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Park Jimin é uma pessoa extremamente livre e decidido, sendo sua única regra, ignorar regras. A caminho da praia para passar o ano novo com seus amigos, seu carro acaba quebrando, é então que se vê obrigado a pegar carona com um desconhecido, que inicialmente o atrai com seus pequenos olhos escuros e semblante sério. Durante a viagem juntos até a praia, Jimin acaba descobrindo que ele e o desconhecido possuem muito mais que apenas um destino em comum.


Fanfiction Groupes/Chanteurs Interdit aux moins de 18 ans.

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Capítulo Único

Escrito por: @DayDre | @FluffygustD


Notas iniciais: Olá pessoal, espero que gostem dessa oneshot, boa leitura.


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Jimin via um trecho da estrada para o litoral de Busan se revelar diante de si com o pôr do sol brilhando no horizonte, o teto do seu velho carro abaixado e um óculos escuros para proteger os olhos, já podia imaginar a brisa do mar em seu rosto. Estradas abertas significavam possibilidades. Não se sabia o que poderia o esperar na próxima curva. Jimin torcia para ser um posto de gasolina, pois ao verificar o painel notou que o seu carro estava quase sem gasolina.

Jimin estava tão ansioso para encontrar seus amigos na praia e animado com os preparativos para o ano novo que, a única coisa que não poderia esquecer, acabou por esquecer.

— Droga! — praguejou baixo, batendo com uma das mãos no volante.

Era hora de encarar a realidade. Pelo lado positivo, a estrada livre. Pelo lado nem tão positivo, poderia ficar sem gasolina antes de passar por um posto de gasolina.

A turma toda estaria reunida na casa de praia. Incluindo Namjoon, o noivo deSeokJin. Sabia que teria alguns extras; ao que parecia, Namjoon ia levar dois amigos. Jimin estava curioso, não que tivesse algum interesse nos amigos. Além disso, tinha aprendido a lição aos dezessete. Estar apaixonado mandava seu discernimento para o inferno e o deixava idiota. Mas passado era passado. Ele tinha quase vinte cinco anos e adorava sua vida, sorriu com o pensamento, orgulhoso, e de repente avistou um posto de gasolina à sua frente.

Parou perto de uma bomba e deixou a gasolina fluir. Durante a espera, se espreguiçou enquanto analisava tudo a sua volta. Tirou os óculos e passou os dedos pelo cabelo, depois pegou a carteira e entrou para pagar. Sua carteira estava recheada de notas, a maioria gorjetas dos bicos como cantor em barzinhos e casas noturna em Seul, onde morava durante o último ano. Era a sua grana para viajar e passar o réveillon. Uma rápida visita ao banheiro, uma nova camada de protetor solar, um refil de água da torneira na garrafa e estava pronto para pegar a estrada de novo. Infelizmente, quando Jimin virou a chave na ignição, percebeu que seu carro não estava no mesmo clima. Nada aconteceu.

— Por favor, por favor — implorou ao tentar mais uma vez. — Vamos, não faça isso comigo.

— As alegrias de possuir um carro velho — disse Jimin ao sair novamente do veículo e olhar ao redor.

Havia umas ilhas de manutenção no posto de gasolina antigo, então foi até lá.

As portas estavam abertas, havia peças por todos os lados e um carro desmontado, mas não viu sinal de vida.

— Olá, alguém? — gritou.

Um homem com um avental apareceu da sala ao lado.

— Olá. Posso ajudar?

Jimin leu o crachá com o nome dele no bolso e sorriu.

— Oi, Mark, eu sou o Jimin. Espero de verdade que você possa me ajudar. Meu carro morreu na bomba.

— Certo, Jimin, vamos dar uma olhada.

Quando saiu e Mark viu o carro sorriu.

— Ei, um clássico. Legal.

— É, uma beleza. Quando dá a partida.

Após alguns minutos de olhadas debaixo do capô, Mark o encarou.

— Tô achando que o alternador quebrou. Vai precisar de um novo.

Jimin soltou um gemido.

— Quanto tempo e quanto?

— Tenho de arrumar um em Seul ou ainda mais longe. Vai te custar umas centenas de Wons, provavelmente.

“Merda, merda, merda!” Jimin pensou, tinha raspado o dinheiro da gasolina para voltar para casa, mas consertar o carro gastaria quase tudo e ele não tinha um cartão de crédito.

— Quer que eu encontre a peça e passe o preço pra você?

— Eu gostaria, sim.

— Claro. Provavelmente vai levar uma meia hora. — Ele colocou o boné para trás e coçou a testa. — A lanchonete mais à frente da estrada tem um café gostoso e comida caseira.

— Obrigado.

Andou na direção que ele indicou. Embora não estivesse com ânimo para comer em um restaurante, ele precisava de um lugar para esperar e ponderar o que fazer em seguida.

Deixar o carro com Mark e gastar o dinheiro da gasolina em uma viagem de ônibus?

Consertar o carro e esperar que o universo fizesse chover dinheiro? Ou a opção três: ligar para o Jin? Jin e Taehyung tinham se oferecido para pagar a passagem, mas Jimin era orgulhoso demais e não gostava de depender de ninguém.

Jimin seguia pensando em sua própria falta de sorte quando um carro preto passou por ele e entrou em um estacionamento. Ele tinha chegado à lanchonete que Mark havia recomendado, uma construção bonita, pintada de branco e com persianas amarelas. Havia meia dúzia de carros no estacionamento. O carro preto parou em uma vaga vazia do outro lado, debaixo da sombra escassa de uma árvore.

A porta do motorista se abriu e um homem saiu com uma revista de eletrônicos em uma das mãos, depois seguiu até a lanchonete. "Nada mal” pensou Jimin. Camiseta preta maior que ele, bermuda da mesma cor e cabelo preto, mas a pele pálida indicava que o mesmo não era adepto a pegar um sol. Tinha um certo mistério no desconhecido, não conseguiu ver direito seu rosto por conta do chapéu que usava.

Aproximou-se do carro, era um esportivo e bem melhor que seu carro velho, a placa era de Daegu. Uma ideia se formou para Jimin, o universo podia não ter feito chover dinheiro, mas talvez tivesse enviado uma solução diferente para o seu dilema. Talvez tivesse feito chover uma carona e um motorista misterioso e interessante para si.

[...]

Jimin adentrou a lanchonete e observou o desconhecido por alguns instantes, ele parecia indeciso entre uma torta de morango ou uma de chocolate.

— Peça a de morango — falou ao se aproximar chamando a atenção do desconhecido para si, sentou-se no banco ao lado do moreno. — Para mim apenas um suco de laranja.

— Obrigado... — respondeu o desconhecido, pedindo, por fim, a torta de morango.

— Jimin, Park Jimin. — Estendeu a mão.

— Min Yoongi. — Ele pegou sua mão e um arrepio percorreu seu corpo, e Jimin teve a sensação de que Yoongi sentiu o mesmo pois rapidamente a soltou.

Então Yoongi desviou os olhos para folhear a revista.

— Você prefere ler a falar comigo? — provocou Jimin. — Estou magoado.

— Er... — Yoongi o olhou. — Você mora por aqui, Jimin? — falou com a voz baixa e rouca.

— Sou de Seul, curso faculdade de música lá — mentiu Jimin, ele não podia assumir que na verdade sua vida era baseada em bicos e incerteza, ele precisava que Yoongi ficasse interessado nele.

— Sério? Eu sou produtor musical — falou Yoongi animado.

Uma garçonete apareceu e colocou os pedidos diante de ambos.

— Vá em frente, vamos dividir — disse Yoongi para a torta.

— Obrigado. — Prontamente, Jimin preparou a garfada e a enfiou na boca.

— Não que eu me importe em dividir, mas me parece que você estava com fome o suficiente para pedir um pedaço de torta só para você.

— Não tem nada a ver com fome — disse Jimin de forma irônica. — É tudo a ver com finanças.

— Vou pedir outro pedaço para você — disse Yoongi rapidamente. — Ou um sanduíche. O que você quiser.

— Você é um doce, mas não estou morrendo de fome. Só estou contando os centavos. Aliás, por falar em centavos... — Jimin passou a língua pelos lábios, pegando o chantilly da torta que pudesse ter ficado no caminho. — Você simplesmente saiu para dar uma volta de carro ou vai mesmo para algum lugar?

— Busan, vou encontrar uns amigos — acrescentou ele.

— É? Por um acaso, eu também. — Jimin se inclinou um pouco. — Tem espaço para mais um? Divido a gasolina com você.

Yoongi quase cuspiu o café.

— Você quer uma carona até Busan? Vai até lá pedindo carona?

Jimin fez cara feia.

— Cara, você parece meus pais. Não, eu não estou pedindo carona. Estou pedindo para você me levar até lá. — Um sorriso malicioso iluminou o rosto de Jimin. — É claro que, se você negar, acho que vou ser obrigado a esticar o polegar na beira da estrada. E, sabe como é, é perigoso lá fora. Nunca se sabe o que pode acontecer. Você não quer um peso desses na consciência, né?

Jimin sabia muito bem se virar sozinho, sabia como se defender, mas ele realmente precisava daquela carona.

— Como chegou até aqui?

Jimin pegou a própria caneca.

— De carro, mas o alternador quebrou lá no posto de gasolina e estou preso aqui.

— Então conserte. — Ele começou a falar e depois parou. — Ah. Se sua grana não paga uma torta...

Concordou com a cabeça.

— Exatamente.

— Jogue no cartão.

— Não tenho cartão.

— Como você sabe que eu não sou um serial killer? — questionou ele.

Jimin riu.

— Um serial killer não divide tortas com suas vítimas.

Ele franziu as sobrancelhas diante de tal tolice.

— Você acabou de me conhecer.

— Você parece um gatinho fofo.

Yoongi bufou.

— É claro que não. — Yoongi pareceu irritado — Como vou saber se você não é um serial killer?

Jimin chamou a atenção de uma garçonete e perguntou.

— Ei, qual é a sua opinião? Eu pareço um serial killer para você?

A mulher madura deu uma risada.

— Querido, se você matar este rapaz, acho que não vai ser com uma faca.

— Nem todo serial killer usa faca — ressaltou Yoongi.

A insinuação sexual da garçonete tinha sido bem clara, bem como o flerte de Jimin.

O que havia com Yoongi? Ele não tinha o mandado para longe, logo, sabia que o mesmo também tinha interesse em homens, além da forma que olhava para seus lábios. Ele simplesmente parecia levar tudo a sério demais.

Min Yoongi era bonito, mesmo assim, Jimin notou que ele parecia não ter consciência disso ou talvez não se importasse.

Ele era intrigante. Um desafio. E obviamente estava atraído por si, mas preferia falar sobre serial killer do que flertar. E, curiosamente, Jimin achava bem sexy quando ele passava sermões naquela voz rouca que combinava mais com um palco do que um estúdio.

— Humm — provocou novamente Jimin. — Você realmente fez disto uma ciência. Acho que você é fanático por serial killers.

Ele sacudiu a cabeça.

— Eu leio bastante e gravo as informações.

A garçonete trouxe as contas e Jimin pagou a sua, incluindo uma boa gorjeta.

— E aí, qual vai ser? Vou precisar pegar carona ou você vai ajudar? — Yoongi deixou a revista de título chamativo em cima do balcão, então Jimin a pegou e entregou a ele para que suas mãos se tocassem. A tensão fazia a pele dele formigar e irradiava pelo meu corpo.

Yoongi baixou o olhar enquanto olhava para a própria mão e a revista como se não as reconhecesse.

— Er, obrigado. — Aí ele ergueu o olhar para o rosto de Jimin e franziu a testa. — Você não ia mesmo pegar carona, né?

Jimin soltou um suspiro enquanto o acompanhava até a porta.

— Talvez eu consiga consertar o carro e ver até onde poderia chegar com o dinheiro que sobrou para a gasolina. O mecânico está conferindo o problema e vai me passar um orçamento.

— Então vamos ver o que ele diz. — Ele abriu a porta.

Caminharam até o carro preto e Yoongi fez sinal para a porta do passageiro.

Alguns minutos depois eles pararam no posto de gasolina.

— Aquele é o meu carro. — Jimin apontou para o velho carro azul que havia sido transferido da bomba para um canto do estacionamento.

— Quantos anos tem essa coisa? — Yoongi riu.

— É de 1990. — Jimin deu de ombros.

— Uns bons anos mais velho do que você.

— É, foi o meu primeiro carro e a gente combina um com o outro. — Cutucou o braço de Yoongi enquanto apreciava a pele quente e o músculo por baixo dela.

Ele se afastou e saiu do carro e, a passos largos, se dirigiu para próximo do carro de Jimin. Já Jimin saiu aos tropeços para alcançá-lo.

O mecânico com quem ele havia conversado antes usava um macaco para erguer um carro esportivo.

— Ei, Mark.

— Ei, Jimin.

Yoongi, de sobrancelhas levantadas, olhou para os dois, talvez imaginando que informalidade era aquela. Jimin teve a sensação de que ele não era uma pessoa tão sociável quanto ele.

— Como está isso aí?

Ele tirou uma luva de trabalho.

— Achei um alternador recondicionado em Seul. Se você der o sinal verde, vão mandá-lo para cá. Hoje é sexta-feira, o alternador só chega amanhã. Mas como você sabe…

— É feriado de Ano Novo. Quanto sairia?

— Mais ou menos uns noventa mil wons.

Jimin fechou a cara

— Ai. — Aquilo iria arrasar com o dinheiro da sua gasolina.

— Desculpe — disse ele solidário.

— Deixa para lá. Beleza, decidi o seguinte. Não tenho dinheiro o suficiente para o conserto e a gasolina. — Jimin estava frustrado. — Será que eu poderia deixar o carro aqui durante algumas semanas? Vou deixar o dinheiro das peças.

— Não precisa pagar até o trabalho estar pronto. — O mecânico sorriu. — Afinal, estou com seu carro como garantia.

Jimin deu uma risada e se virou para Yoongi.

— Agora é a sua vez de decidir.

Com uma expressão meio chocada, Yoongi murmurou:

— Parece que não tenho muita escolha.

— É! — gritou. — Obrigado! — Jimin atirou os braços em torno dele e o apertou com força. — Ah, eu te amo, você é o melhor. — Jimin notou como Yoongi era gostoso, apesar de ser mais magro que ele, era firme e tinha o cheiro amadeirado. Jimin não queria soltá-lo, mas ele não o abraçava de volta, chocado pela sua reação.

— Vou pegar as minhas coisas — disse Jimin enquanto seguia na direção de seu carro velho com Yoongi atrás. Ele o ajudou a subir a capota conversível e fechar as janelas, depois conferiu se os documentos do carro estavam trancados no porta-luvas e recolheu todos os pertences largados por ali.

Jimin abriu o porta-malas.

— Esta é toda a sua bagagem?

— São todos os meus bens materiais, praticamente. — Puxou uma mochila e deixou para ele outra bolsa.

— Sério? — disse ele, incrédulo. — O que tem aqui dentro?

— Queijo e biscoitos, frutas. — Deu de ombros.

Jimin seguiu Yoongi até o carro enquanto admirava a bunda dele.

— Pronto para pegar a estrada?

Desta vez, Yoongi deu um aceno firme com a cabeça, como se finalmente tivesse topado a empreitada.

— Vamos lá.

Colocaram os cintos de segurança e Jimin sorriu, ele tinha conseguido.

[…]

Algum tempo depois, Yoongi já tinha feito milhares de perguntas, Jimin respondia tudo, algumas ele dava poucos detalhes, Yoongi também era assim nas respostas então era uma troca justa.

Baixou o vidro da janela e deu um suspiro de prazer.

— Amo estradas livres. — Possibilidades. Agora não havia apenas praia, tinha um homem ao seu lado atraente e inteligente. Absolutamente tentador.

— Você pretende pegar a estrada costeira o caminho todo até lá? — perguntou Jimin.

Yoongi baixou o vidro da janela dele também. O braço esquerdo repousava no quadro da janela e a brisa desgrenhando o cabelo preto.

— Pretendia. Tem problema? Você está com pressa, né?

— Não muito.

— Ótimo. Eu odeio rodovias. Fujo delas sempre que posso.

— Você não parece do tipo que curte praias, o que está indo fazer em Busan? — Yoongi sorriu levemente pela observação.

— Realmente não curto, e não curto muitas pessoas, mas meus amigos não iriam parar de me encher até que eu aceitasse.

Yoongi ligou o rádio e uma música que Jimin adorava tocava, ele começou a cantar baixinho, Yoongi desviou por um instante o olhar da estrada e o encarou.

— Você tem uma ótima voz.

Jimin sorriu pelo elogio.

— Obrigado, é o que garante meu sustento. — E cantou um pouco mais alto.

[…]

Faltava um pouco mais de uma hora para que chegassem a Busan, já seguiam pela encosta do mar. Jimin sentia a sua bunda dolorida pelo tempo sentado, admirava o mar e sentia o ar salgado entrar pelas suas narinas, ele amava aquele cheiro.

— Quer parar um pouco? — perguntou Yoongi.

— Acho que preciso espichar minhas pernas. — Fez uma careta por conta da dor.

Yoongi encostou o carro próximo a areia da praia e ambos desceram. Jimin sentiu um alívio imediato.

— Vamos caminhar — disse ele enquanto tirava os sapatos.

Yoongi o encarou como se ele tivesse enlouquecido.

— Yoongi-ssi, você não pode usar sapatos na praia em um dia ensolarado.

— Não posso? Por que não? É algum tipo de regra?

— Você costuma seguir regras? — brincou ele.

— Se houver bons motivos por trás da regra. Caso contrário, nem tanto.

— Sapatos são um desrespeito à praia — disse Jimin na mesma hora.

— Certo, você me convenceu. — Ele se abaixou para tirar os sapatos.

Jimin foi até a beira da água, espirrou a água do mar com os dedos dos pés, deu um suspiro de prazer e depois começou a caminhar ao longo da margem.

Yoongi o alcançou e ficou ao lado dele, enquanto as ondas se agitavam ao redor dos pés deles.

— Obrigado por me trazer até aqui — disse Jimin.

— De nada.

Eles caminharam em silêncio por alguns minutos. O vento grudava a parte de cima da camiseta preta de Yoongi no corpo dele e bagunçava o seu cabelo, ele ficava mais bonito com aquela paisagem.

— Eu perdi meu irmão quando era jovem — disse ele baixinho. — Ele morreu quando eu tinha dezesseis anos, por imprudência de jovens.

— Sinto muito. — Jimin apertou o braço dele de leve.

— É por isso que sou assim.

— Não tem problema. Eu gosto. — Jimin sorriu e puxou Yoongi de volta para a areia.

— Na verdade eu não faço faculdade de música — soltou Jimin, Yoongi estava sendo sincero com ele, então era justo que fizesse o mesmo. — Eu saí de casa cedo, meus pais não me aceitavam como eu sou, vivo fazendo minishows em Seul.

Yoongi soltou um suspiro.

— Isso não te torna menos interessante, Jimin. Somos tão opostos.

— Sabe do que eu estou com vontade? — Jimin virou-se de frente para Yoongi e apoiou as duas mãos nos ombros dele.

Os cantos dos olhos de Yoongi se enrugaram e ele sacudiu a cabeça com uma expressão perplexa.

— Jimin, eu não faço ideia.

— Disto.

Inclinou a cabeça na direção dele em um óbvio convite, os olhos dele se arregalaram de surpresa.

Os olhos de Jimin fecharam-se para não serem ofuscados pelo sol conforme os lábios de Yoongi encontraram os seus. Hesitantes, por um breve instante, depois intensos, ferozes, exigentes.

Um beijo e, de alguma forma, sentiu todo o seu corpo alecer, o seu ser inteiro foi sugado. Deslizou seu corpo contra o de Yoongi, as roupas se esfregando.

Yoongi afastou a boca da sua, ofegante.

— Jesus — engasgou ele.

— Yoongi-ssi? Isto foi...

Um toque de humor reluziu nos olhos do moreno.

— Inesperado?

— Er, sim.

Agora Yoongi dava um sorriso malicioso.

— Tenho a sensação de que esse deve ser o seu estilo.

— É melhor do que ser entediante.

— Esse beijo definitivamente não foi entediante.

Jimin devolveu o sorriso dessa vez.

— Que pena ter tanta gente nesta praia.

Yoongi sacudiu a cabeça devagar, não por negação, e sim por perplexidade.

— Isso não é a minha cara.

— Então você precisa se soltar, cara.

Yoongi soltou uma risada anasalada.

— Talvez eu faça isso. — Ele respirou fundo e soltou o ar com firmeza. — A gente devia voltar para a estrada.

Jimin revirou os olhos e se afastou.

Calçaram os sapatos e pegaram o caminho para onde o carro estava estacionado, se afastando da praia.

Ao entrar no carro Jimin se perguntava o que seria a partir dali, faltavam poucos km e estaria com seus amigos em Busan, comemorando mais tarde um novo ano que chegava, mas isso significaria que não veria mais Yoongi. Claro que ele poderia pegar o número de celular do mesmo, mas isso ia contra sua única regra.

A verdade é que ele gostou de Yoongi mais do que o normal, mais do que apenas uma atração sexual, era por isso que tentava conhecê-lo melhor. Mas ele não podia se envolver, ainda mais, com alguém que conhecia há um dia.

— Sabe, Jimin, talvez eu tenha uma música que encaixe muito bem com sua voz — começou Yoongi, tirando-o dos próprios pensamentos. — Quem sabe podemos nos encontrar em Seul e você vê o que acha?

Sim, Jimin queria muito, talvez fosse uma oportunidade, pelo que Yoongi contou durante a viagem ele já tinha trabalhado com grandes nomes, mas isso também era uma brecha para se encontrarem novamente.

— Eu adoraria, Yoongi. — Mas Jimin sabia, em seu interior, que ele fugiria novamente.

— Ei, a gente só se beijou, Jimin, não assumimos nenhum compromisso para o resto da vida.

— Está tão evidente assim?

— Consigo ver a fumacinha saindo pelos seus ouvidos de tanto pensar.

Jimin riu com aquela frase, talvez eles pudessem manter uma amizade, sem compromisso.

Depois de algum tempo chegaram em Busan.

— Vire aqui à direita, depois à esquerda daqui a dois quarteirões. Estamos quase lá.

Yoongi seguiu as suas instruções. Então acabou por estacionar na frente de uma casa próxima à praia e franziu a testa, enquanto olhava para a fachada da mesma.

— Não é possível — murmurou Yoongi.

— O que foi? Algo errado? — disse, inclinando-se e olhando para a casa que parecia a mesma do ano anterior, apenas com alguns vasos de plantas a mais na frente.

Antes que Yoongi pudesse responder, um Jin e um Namjoon saíram animados para fora da casa com Jungkook, Taehyung e mais um outro homem que Jimin não reconheceu, mas deveria ser um dos amigos de Namjoon, logo atrás.

— Jimin você finalmente chegou! — falou Jin, abraçando-o. — Ei, o que você está fazendo com Min Yoongi?

Jimin virou em direção ao moreno, que começou a rir.

— Vocês conhecem ele?

— Claro. — Quem falou dessa vez foi Namjoon. — Ele é meu melhor amigo.

— Então Jimin é o amigo cantor do Jin que você tanto queria me apresentar, Namjoon?

— Ele mesmo, Yoongi.

Enquanto falavam como se Jimin não estivesse ali, o mesmo encontrava-se boquiaberto enquanto um Taehyung ria da sua cara. Todo o seu plano de não se envolver com Min Yoongi ia por água abaixo, já que teria que passar o final de semana todo com o mesmo.

Talvez fosse o destino lhe dando a chance de, finalmente, passar uma virada de ano novo acompanhado.

[…]

Jimin fugiu de Yoongi como o diabo fugia da cruz durante as próximas horas que se passaram. Contou o que tinha acontecido com seu carro para seus amigos enquanto arrumavam as coisas para verem os fogos na praia.

— Isso que eu chamo de destino — falou Taehyung, cutucando-o e Jimin revirou os olhos. — Qual é Jimin? Se permita a alguém novamente, nem todos os caras do mundo são como seu namoradinho do passado.

— Yoongi é uma boa pessoa. — Dessa vez era Jin que tentava convencê-lo. — Ele não é do tipo que brinca com alguém. E vocês não vão casar.

— Vocês não vão me deixar em paz, não é mesmo?

Ambos negaram com a cabeça e Jimin sabia que aquela era uma batalha perdida. Ele realmente estava há muito tempo sem ninguém, um novo ano se iniciaria, era o tempo de mudança.

Já passava das onze horas da noite quando se dirigiram para a praia, havia muitas pessoas reunidas e no céu as estrelas brilhavam.

— Vai passar me ignorando agora? — Yoongi surgiu ao seu lado.

— Eu só fiquei surpreso com tudo.

— Frustrei seus planos de não se apaixonar por mim?

— Essa frase seria minha, Yoongi. — Yoongi sorriu e Jimin notou o quanto aquele sorriso gengival era bonito.

Juntaram-se aos demais e começaram a contagem regressiva, faltavam cinco minutos para o novo ano.

— Eu não sei o que aconteceu no seu passado, Jimin. — Yoongi parou em sua frente o olhando nos olhos. — Mas sei que você é um cara insistente e muito interessante. Além de que, por algum motivo, o destino colocou você no meu caminho naquela lanchonete, então não precisamos ir com pressa, temos um ano novo inteiro pela frente. Só quero uma chance de conhecer um pouco mais você, Park Jimin.

— Eu… — E a contagem regressiva começou: Dez, nove…

— Então, aceita, Jimin? — Oito, sete, e o olhar de Yoongi no seu, uma imensidão de probabilidades.

Cinco, quatro…

— Sim, Min Yoongi, eu aceito.

Dois, um…

E Yoongi juntou os lábios, ambos sorrindo, com os fogos estourando no fundo. Era um novo ano, e aquele ano prometia ser um dos melhores da sua vida.

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Notas finais: Muito obrigado por lerem até aqui, e terem dado uma oportunidade para história, espero que tenham gostado.

1 Janvier 2022 00:50 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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La fin

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