Passei minha vida procurando amor.
Como uma pessoa revirando o lixo atrás de algo valoroso, tentando achar cristais em meio ao vidro. Em qualquer ato, gesto, jeito de ser, olhares ou risos, eu estava lá, acreditando que era uma demonstração única, só para mim. Como um diamante de mendigo. Eu não tinha nada de valor e seus pequenos cacos me faziam parecer rico, completo.
Confesso, eu inventei que era amor o que você me deu, por estar aborrecido com a verdade. E a história foi cheia de recortes marcantes, brilhos espetaculares, mas por trás de cada coisa linda houve algum tipo de dor. E assim como quando o sabão toca em meus olhos, me vi no espelho com as escleras vermelhas.
Como um jogador inexperiente de pôquer, você desviava o olhar após dizer que me amava. No fim, as palavras se tornavam mudas. Eram apenas um enfeite sem cor, à favor do vento.
Inocente e maldoso, de passagem rápida e brilhante. Parecia ter todas as cores, mas não tinha cor alguma. Encantou, mas o vento carregou e logo eu perdi de vista. Quis que fosse eterno, como um cristal, mas seu amor não foi nem vidro, foi só uma bela bolha de sabão.
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