Eu tinha todas as repostas. Mas por que essa infelicidade foi incessante?
Terceirizei todas as culpas e apontei dedos para o mundo. Cheio de lágrimas e revolta, tentei me convencer de que fui amado menos do que merecia. Confabulei que a vida é difícil. Culpei os ricos, os patrões, os professores, os colegas, o governo, o sistema, a pandemia, Deus e meus pais.
A análise colocou um espelho em minha frente e com o dedo em riste, descobri que a culpa de tudo era somente minha e, ao mesmo tempo, como é difícil vencer uma batalha contra o meu próprio reflexo. Terceirizar a culpa foi um ato de defesa inconsciente , porque eu mexia com o que coloquei em prática como verdades e princípios durante uma vida. Eu sabia de tudo. Fui teimoso e orgulhoso, me mantive nessa prisão mental, quando bastaria eu aceitar que não tinha todas as respostas para ter minha liberdade novamente.
Me senti livre, mas foi dolorosa essa libertação, afinal, tive que confrontar todas as infrações que me colocaram naquela situação e me perguntar se mudar seria menos prejudicial do que ficar preso por simples teimosia ou orgulho. A resposta poderia ser óbvia, mas o evidente adora se esconder em pontos cegos, e só quando mudei o meu prisma, pude ver que a chave dessa cela estava o tempo todo comigo.
Não preciso mais ter todas as respostas, sinto orgulho ao falar isso em frente ao espelho. E a infelicidade se foi.
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