1990. Um ano após a queda do muro de Berlim, a situação piorara drasticamente e o socialismo se mostrava cada vez mais insuficiente, estavam em desvantagem, desestabilizados, tanto ele quanto seus filhos carregavam cicatrizes físicas e mentais que jamais poderiam ser apagadas e União Soviética sabia que era uma questão de tempo até que seu fim chegasse, já estava conformado com isso. Mas antes ele tinha que preparar aquele que tomaria seu lugar e isso parecia ser uma missão ainda mais difícil do que manter a paz em seu território.
___ENH___
Era madrugada, por volta das três, o vento frio soprava do lado de fora, agitado, talvez anunciando o que estava prestes a acontecer. Rússia dormia sozinho em seu quarto quando ouviu um barulho estranho, bocejou, se sentando e coçando os olhos com as mãos pequenas para tentar clarear sua visão e descobrir a causa do som, eram tempos difíceis e o menor aprendeu a ter um sono leve para se manter em segurança.
─ Rússia, está acordado? - União Soviética perguntou sério, terminando de fechar a porta e trancá-la.
─ Papa? - O pequeno o encarou surpreso, um arrepio subindo por suas costas pelo olhar que recebeu, engolindo em seco ─ Aconteceu alguma coisa?
O mais velho encarou seu primogênito com seriedade e ao mesmo tempo com pena, seu filho era a definição de inocência, não estava pronto para lidar com o mundo ou com as guerras. Quase o lembrava de si mesmo no passado, o soviético pensou enquanto se aproximava da cama, Rússia era seu sucessor mas era fraco, submisso e ingênuo, acreditava na bondade de todos, mesmo após tantos problemas.
Entretanto, isso não duraria muito tempo, URSS resolveria isso, da mesma forma que seu próprio pai havia feito quando ele completou onze anos.
─ Papa? - A jovem federação estranhou a cara que seu pai fazia e se encolheu inconscientemente ─ Eu fiz algo errado?
─ Levante-se. - União Soviética tentou não expressar o que sentia, falando com austeridade.
O pequeno russo abaixou o olhar, recebendo aquilo como um sim, e pensando que seria punido por alguma coisa se levantou e se posicionou na frente do maior, ainda com os olhos fixados no chão, seu interior estremecendo em medo. Com apenas dez anos Rússia já alcançava em altura o peito de seu pai, entretanto, isso não o impedia de se sentir fraco e inferior.
URSS franziu o cenho, observando insatisfeito a postura do menor, ele nem sequer lhe olhava nos olhos! Não tinha um pingo de ousadia e nem exigia respeito; era um comportamento perfeito para o filho de um ditador se ele fosse o mais novo, mas Rússia era o mais velho, ele teria que assumir seu cargo, dominar, comandar, pensar por si próprio!
O maior se abaixou, segurando a barra do pijama do menor e puxando para cima sem explicar nada, em seguida retirou sua calça e cueca juntas, deixando-o completamente nu.
─ P-Papa, o-o que-
─ Hm... – Agarrou o rosto do menor de forma bruta, pensando se faria mesmo aquilo.
─ Está d-doe-
Sua voz trêmula foi sufocada por um beijo bruto e dolorido, suas mãos agarrando o braço do mais alto em desespero conforme seu ar acabava e ele sufocava, só sendo liberto quando as lágrimas finalmente se acumularam em seus olhos, escorrendo por sua bochecha por conta da força que usava para fechá-los.
─ Deite na cama. - O soviético ditou sem um pingo de emoção, soltando-o e apontando para o lado.
─ Não me machuque, por favor. - Implorou angustiado, vendo como ele lhe observava em silêncio, achou que talvez tivesse recobrado a razão, porém, a realidade o atingiu junto ao tapa que acertou seu rosto, quase o derrubando.
O mais velho permaneceu sem expressão, agarrado o rosto já vermelho do filho e o erguendo para que olhasse em sua direção.
─ Não vou te machucar, se me obedecer. - Sussurrou em tom de ameaça─ Agora, deite.
─ Promete que não vai machucar?
─ ... Prometo.
Rússia o encarou trêmulo e corado por conta do constrangimento de estar sem roupas, suspirando sôfrego para recuperar o ar, ele não fazia ideia do que estava acontecendo, mas tinha um pressentimento ruim que o fazia querer correr, fugir o mais rápido que podia e então se esconder na floresta; contudo, era seu pai ali, e URSS jamais faria algo para feri-lo, ele o tinha garantido. Com isso em mente, o pequeno russo voltou para cima de sua cama, usando as mãos para esconder suas partes íntimas.
URSS retirou sua ushanka e seu coldre onde jazia sua pistola, largando-os na pequena cadeira no canto do quarto, retirou os sapatos e em seguida respirou fundo, abrindo o cinto e desabotoando os botões de sua calça, ele não queria ficar ali mais do que deveria, nem ferir seu filho mais do que precisava, só queria vê-lo encarar a realidade como ela era, dura e cruel.
Com um pedido de perdão mental ele subiu na cama apoiando as mãos uma de cada lado de Rússia, que se encolheu e tentou puxar a coberta para se cobrir.
─ Não se cubra. - Ordenou, vendo o filho parar imediatamente; tão obediente que fazia os nervos do soviético ferverem.
Retirou as mãos que o pequeno usava para se cobrir e usando a mão esquerda as prendeu acima da cabeça dele, com a direita abriu-lhe as pernas e se encaixou entre elas, aproximando-se para sussurrar.
─ Eu vou te ensinar uma lição hoje, a mais importante dentre todas: nunca confie em ninguém, me ouviu, ninguém. - O menor assentiu repetidamente ─ Nem em seus amigos, nem em conhecidos e, principalmente, nunca confie em quem diz que ama você.
O menor fez uma careta confusa e dolorida, a mão de seu pai apertava seu pulso com tanta força que ele tinha certeza que ficaria roxo, mesmo assim não reclamou, seu pai não faria isso de propósito.
─ Mas... Mas pai, você diz que me ama e eu amo você e o Ucrânia e a Bielo e todos os meus irmãos.
─ Me escute. - O comunista segurou o queixo do mais novo, forçando-o a olhá-lo ─ Você não pode confiar em ninguém, não pode amar ninguém, nenhum deles te ama de verdade, vão te trair na primeira oportunidade! Você tem que desconfiar de todos!
─ E-Eu tenho que desconfiar do senhor?
─ Principalmente de mim. - Dito isso, o soviético segurou o pequeno mais firmemente, juntando suas bocas e enfiando sua língua na pequena cavidade de seu filho, explorando-a com violência, só o largando quando o garoto passou a se debater, deixando uma mordida forte nos lábios vermelhos.
Rússia sentiu os olhos arderem ainda mais e cerrou as pálpebras, arfando fortemente para tentar recuperar o fôlego, suas mãozinhas se contorciam em busca de liberdade, mas isso só fez o aperto aumentar, as lágrimas começaram a escorrer do canto de seus olhos e ele ameaçou gritar quando seu pai cravou os dentes em seu pescoço, mas uma ordem foi o suficiente para fazê-lo desistir, em vez disso ele começou a implorar enquanto o sangue pintava seu ombro e logo a fronha do travesseiro, pedindo desculpas, o que só pareceu deixar o outro mais irado.
─ Calado! - Ordenou rude, mas em seguida pousou seus lábios sobre os do menor suavemente e soprou as palavras ─ Aprenda isso Rússia, todos que dizem que te amam vão te machucar, o amor é a pior coisa que você pode ter.
Após isso URSS retirou seu cinto e segurou firmemente, distribuindo alguns golpes na lateral do corpo do menor antes de usar o objeto para amarrar as mãos de Rússia na cabeceira da cama.
─ Para... p-por favor...
Ele ignorou o pedido, e agora com as duas mãos livres, o segurou pelo quadril, se abaixando para prender um dos mamilos entre os dentes, mordendo até que a pele se rompesse e o menor gritasse pela dor, pedindo ajuda e tentando se afastar como podia. O soviético se ergueu, olhando-o nos olhos e abrindo ainda mais as coxas do filho, encaixando seu pênis no pequeno orifício do mais novo ao mesmo tempo que via o pânico brilhando nos antes calmos orbes azuis, se esforçou para abrir um sorriso falso, fazendo questão de dizer que o amava antes de entrar de uma vez sem qualquer aviso e com toda a força.
Rússia berrou de dor, mas URSS tapou sua boca, abafando seus gritos e apelos, e transformando eles em ruídos desconexos que mal podiam ser ouvidos, ele começou a se debater e as lágrimas caíam sem parar, o rosto tão vermelho parecia queimar, o pequeno parecia desesperado e assustado, mas União Soviética não parou, nem deu tempo para que ele se acostumasse, se movendo assim que terminou de entrar.
Era terrivelmente apertado, a diferença de tamanho entre os dois era enorme e a falta de lubrificação e preparação tornava o ato doloroso para ambos, contudo, pela expressão em pânico - quase em choque - de Rússia, estava claro quem era o mais afetado, o sangue sendo a única coisa que diminuía a fricção no ânus dilacerado da federação.
─ Pare de chorar. - URSS exigiu irritado, ouvindo os soluços sufocados do filho ─ Quando alguém te machucar, não demonstre, você tem que ser forte, tem que comandar e cuidar de seus irmãos.
O menor sentia como se estivesse sendo rasgado cada vez que seu pai se movia, era horrível, a ardência dominava tudo e tinha uma dor que perfurava dentro de sua alma e parecia parti-la no meio, não só isso como o maior também o arranhava e mordia enquanto se empurrava dentro de seu corpo, como se ele fosse uma boneca, um objeto sexual, e não seu amado filho; em algum momento ele desistiu de fugir, sua mente se dissociando do momento, apenas as lágrimas ainda caíam. Ele não sabia o que tinha feito para merecer um castigo como aquele, nem sequer entendia direito o que aquilo realmente significava, mas as palavras que seu pai murmurava em seu ouvido enquanto o machucava eram bem claras e pareciam ser a única coisa que fazia sentido, então Rússia se agarrou a elas, escutou cada frase, mentira e blasfêmia e gravou a ferro quente no coração. Aquelas palavras eram sua distração para toda aquela agonia, seu único conforto enquanto seu pai arrancava cada rastro de virtude de seu corpo a força.
Quando finalmente acabou, o soviético saiu de dentro do menor, observando com desgosto o sangue que escorria junto ao seu sêmen por entre as pernas delgadas e a marca de suas mãos em ambas as coxas, se ajoelhou na cama, soltando o cinto que prendia o filho e então chamando sua atenção.
─ Vem aqui.
Rússia o olhou em silêncio, cada célula de seu corpo parecia doer e ele não tinha forças para se mover, os braços agora livres caíram fracos acima de sua cabeça. Imóvel, ele juntou ar para implorar uma última vez.
─ Suficiente... Por favor. Eu... Eu já aprendi-
A mão pesada apertando seu pescoço o surpreendeu e ele apertou o pulso de seu progenitor com as mãos fracas, se encolhendo quando recebeu um olhar enfurecido do mais velho. Ele se arrependeu de ter falado.
─ EU decido quando é suficiente!
Seu cabelo foi puxando e com ele o resto de seu corpo, porém, antes mesmo que tivesse a chance de reclamar sua boca foi direcionada para o membro de seu pai, estava sujo e o cheiro o deixava enojado, mas ele foi obrigado a engolir cada centímetro dele, sentindo os lados de sua boca arderem, engasgando sempre que ele empurrava um pouco mais fundo. Queria vomitar, esperava que alguém o salvasse daquilo, sentia como se seu corpo fosse colapsar a qualquer momento.
Quando o líquido branco e espesso foi despejado em seu rosto, Rússia se sentiu imundo, descartável, humilhado. Urss levantou da cama e se vestiu, pegando suas coisas e dando um último olhar ao filho, vendo-o deitado no mesmo lugar, encarando o nada.
─ Eu espero que tenha aprendido a lição, caso contrário teremos que repeti-la. - O pequeno acenou lentamente com a cabeça, mas seus olhos estavam completamente vazios ─ Ótimo, se limpe e não conte sobre isso a ninguém.
Com isso, URSS finalmente deixou o quarto, se dirigindo ao seu próprio, com a culpa pesando em suas costas ele tomou um banho demorado, querendo se livrar de qualquer vestígio do ato que tinha cometido, após isso vestiu uma roupa qualquer para dormir e pegou uma garrafa de whisky que tinha em sua cabeceira, junto a um copo de vidro, bebendo até que conseguiu pegar no sono. Nessa noite ele teve pesadelos com seu pequeno nazista, e memórias nada agradáveis com Império Russo.
Do outro lado do corredor, Rússia permanecia imóvel sobre a cama, sua mente infantil não sabia como lidar com o que tinha acontecido e somente uma coisa passava em sua cabeça de novo e de novo: URSS tinha prometido, ele tinha prometido que não o machucaria, e não cumpriu.
A federação sibilou de dor, resolvendo apenas obedecer o que seu pai havia dito antes de qualquer coisa, lágrimas voltaram a descer por seu rosto e o pequeno tentava inutilmente limpá-las enquanto dava passos lentos e dolorosos até o banheiro, no meio do caminho suas pernas cederam e ele caiu no chão, chorando mais alto quando a dor aumentou, se arrastou o resto do caminho, engatinhando sempre que o incômodo diminuía. A água ardia sempre que batia em alguns dos arranhões que seu pai tinha feito, mas o russo continuou parado debaixo do chuveiro, esfregando o sabonete sobre a pele com as mãos trêmulas, ele mal enxergava devido as lágrimas, e nem sabia o que fazer para limpar aquela área delicada de seu corpo que ainda sangrava para o seu completo desespero.
Depois de resolver o problema - resolver não, fazer a única coisa que lhe veio em mente, que foi colocar um monte de algodão com o remédio que seu pai costumava passar em seus machucados -, ele pegou a primeira roupa que achou e vestiu, soluçando baixinho enquanto deitava no pequeno sofá que tinha no canto do quarto, sua cama estava suja e ele não tinha forças para trocar os lençóis, então se enrolou como uma bolinha no móvel acolchoado e chorou até dormir, desejando que tudo não passasse de um pesadelo.
___ENH___
Dia seguinte. 12:30.
Ucrânia e Bielorrússia discutiam pela última batata, enquanto Cazaquistão tentava apartar a briga. União Soviética apenas comia seu almoço com uma calma forjada - apenas pensar na reunião que teria com os Estados Unidos e UK mais tarde o deixava no limite de sua paciência - quando ouviu passos lentos vindos da escada, logo seu primogênito passou pelo arco da cozinha, mancando até seu lugar da mesa em completo silêncio. Os dois russos compartilhavam de olheiras grossas e arroxeadas, mas os menores não pareceram notar isso em um primeiro momento.
─ Irmão, você acordou! - Bielorrússia foi a primeira a se pronunciar, correndo para abraçar o irmão - Ucrânia estava dizendo que você morreu mas eu sabia que não era verdade!
─ Não chegue perto de mim. - Rússia mandou em um tom neutro, mas seu olhar sombrio fez a pequena pular para trás assustada, o russo apenas pegou um pouco de suco e bebeu, ele não sentia fome alguma.
─ I-Irmão?
─ O que foi isso Rusky? - Ucrânia perguntou irritado, ainda preso entre os braços de Cazaquistão - Pode me soltar agora Caz, eu não quero mais a batata.
O outro relaxou o aperto e foi amparar Bielo, que agora tinha pequenas lágrimas no canto dos olhos.
─ O que foi isso? - Ucrânia repetiu, ignorando o casal e se aproximando de Rússia, cutucando lhe o ombro, mas o mais velho sequer lhe olhou, indignado, o pequeno de apenas oito anos - mas que já possuía um gênio muito forte - desferiu um tapa contra o braço do irmão, vendo o copo que ele segurava escorregar e cair no chão, por sorte, era de plástico, e o único estrago foi o suco derramado.
Os olhos vazios de Rússia se direcionaram para o mais novo, e sua mão rapidamente alcançou a gola da camisa azulada, puxando Ucrânia a sua altura, o que fez o menor ficar na ponta dos pés.
Nesse momento URSS finalmente se manifestou, se levantando de seu lugar e parando ao lado dos filhos.
─ Solte-o. Agora. - Mandou, vendo o corpo de Rússia tencionar completamente antes que ele solta-se Ucrânia, erguendo-se da cadeira para pegar o copo e levá-lo até a pia.
─ Subam pro quarto de vocês. - Outra ordem, dessa vez para os mais novos. Bielo lançou um olhar triste a Rússia depois correu para as escadas puxando Cazaquistão pela mão, os outros seguiram a deixa. Já Ucrânia ainda sentia o ímpeto de tirar satisfações com o irmão mais velho, porém o olhar de pai pesava em si e o pequeno bufou antes de realmente sumir da visão do soviético.
URSS esperou estarem completamente sozinhos e então apoiou uma mão no ombro do filho, mas este rapidamente se afastou, lhe direcionando um olhar afiado.
─ Não encosta em mim!
O maior ignorou, dando mais um passo na direção do outro.
─ Não chega perto! – Rosnou, tentando parecer ameaçador de alguma forma ─ Ou eu vou... E-Eu vou... - Seus olhinhos se encheram d'água e logo toda a sua estrutura tremia em puro terror.
O soviético parou em seu lugar. Um suspiro derrotado escapou por seus lábios antes que ele cruzasse os braços, olhando o primogênito de cima, nada além de decepção cruzava seu olhar, pelo menos do ponto de vista do pequeno russo.
Ainda não era o suficiente, Rússia continuava com medo e ainda agia como um ser indefeso, a postura fria de antes já tinha desmoronado.
─ Vou passar no seu quarto de novo essa noite, não tranque a porta. - Avisou e se virou para sair da cozinha, ele pôde ouvir quando os joelhos de Rússia cederam e o menor caiu no chão já chorando, soluçando abafado, e enquanto fechava e trancava a porta da frente de sua casa URSS desejou ter outro meio de fazer seu filho enxergar a verdade.
Mas não havia. E se o soviético sabia de uma coisa, era que qualquer coisa valia para manter o poder e a soberania de seu território, machucaria Rússia quantas vezes fossem necessárias - E foram muitas até que o pequeno deixasse de se parecer como uma vítima indefesa, e começasse a agir como deveria, ele descobriu mais tarde -, apenas para garantir que seu legado continuasse conforme deveria ser: forte, frio, rígido e mortal para qualquer um que cruzasse seu caminho. Ele esperava que seu filho o entendesse um dia, porque era tudo em nome da honra.
Merci pour la lecture!
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