brina Sabrina Leone

A Cortesã dá início à fase final de seu plano mirabolante, atraindo atenção mundial em uma comitiva. Anna Schelle, a diretora da R.D.M., a agência internacional que se habilita a manter a paz, logo reúne os únicos super-heróis que serão capazes de defender a Terra de ameaças sem precedentes. Sheldon Cooper, Dália Escarlate, Mestiça Profana, Chloe Cooper e o Paladino Vermelho formam o time dos sonhos de Schelle, mas eles precisam aprender a colocar os egos de lado e agir como um grupo em prol da humanidade antes que seja tarde demais. Ps: Essa é a sexta história de uma cronologia inteira. É o fechamento da primeira fase do que gosto de chamar de Universo Leone. Para poder compreender essa história e seus personagens, sugiro que leiam as outras histórias que vieram antes dessa e ergueram os pilares deste mundo literário: The Cooper, O Retorno de Sheldon Cooper, Imortais, A Primogênita, O Paladino Vermelho. Somente com o entrosamento dessas seis histórias acima (todas postadas aqui), você, leitor, terá o que é necessário para iniciar essa grande aventura!


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Chloe Cooper



Era uma manhã ensolarada de sábado quando o presidente dos Estados Unidos recebeu uma mensagem. Tratava-se de uma nova aliança, uma nova união dentre os países do momento. Contavam com sua presença do Clube Diógenes, na embaixada londresca.

Diante de tal oportunidade, ele não pensou duas vezes e preparou tudo para sua viagem. A atenção mundial estava em Londres naquele instante, pois não só o atual presidente dos Estados Unidos estava lá, mas como todos os líderes governantes de todas as nações. Cada representante de cada governo de cada país estava no Clube Diógenes. Todos foram sutilmente convidados por alguém que exigia manter-se anônimo.

O mundo inteiro estava centrado nos jornais, televisões, internet. Estava em todas as páginas, em todos os canais, em todos os sites e redes sociais. O maior encontro político do século estava acontecendo e ninguém tinha ideia do motivo.

Os líderes estavam no salão principal do prédio, olhavam uns para os outros com empatia, desprezo e inveja. Um verdadeiro mar de interesses os rondava. E a pergunta que repercutia na mente de todos "Quem?" e "Por quê?"

As portas se abriram e uma mulher alta, de cabelos negros, rosto simétrico cheio de pó branco entrou. Usava um vestido de época feito sob medida, bem apertado na cintura de cor ameixa, junto com um pequeno chapéu, onde uma renda caia e cobria metade de seu rosto. Ela entrou com um sorriso, girando seu guarda-chuva pontudo de um lado para o outro.

—Vamos começar a festinha— ela disse com um sorriso forçado, fechando as portas.

—Foi você quem marcou essa reunião?— indagou o primeiro-ministro de Londres.

—Ah, sim. Eu precisava de todos vocês aqui— ela respondeu com um sorriso meigo.

—Poderíamos saber porquê?— perguntou o presidente dos Estados Unidos.

—Não sejam tão apressadinhos!— ela os censurou como uma tia que chama a atenção do sobrinho.

—Então seja rápida, Mary Poppins— exclamou o impaciente presidente do Brasil.

—Muito bem... Vamos começar— ela estalou os dedos e todos viram uma fumaça verde sair dos cantos das paredes.

Os seguranças foram os primeiros a cair. O forte cheiro de gás era insuportável e se intensificava cada vez mais. Imediatamente, todos os líderes começaram a tossir e serem intoxicados pelo ar rarefeito. Alguns tentaram sair, forçando as janelas e portas, mas tudo foi em vão. Estava tudo devidamente trancado.

Enquanto alguns caiam no chão, a mulher pegou um controle remoto. Uma tela desceu de um compartimento do teto e começou a tocar "I Can't Decide" (Scissor Sisters). Ela começou a cantar e dançar, jogando-se e saltitando de um lado para o outro no salão enquanto todos eram sufocados pelo gás incrivelmente tóxico.

—Que... quem é... você?— questionou o presidente da república portuguesa, ao chão, vermelho, perdendo todo o ar.

—Eu sou...— ela começou a sorrir, como se esperasse por essa deixa. Havia prazer em dizer tais palavras —A Cortesã!.

Alguns tentavam atacá-la ou para-lá, mas a cada aproximação, ela sumia e aparecia em outro canto da sala. Era impossível sobreviver naquelas condições.


INSIGHT


>Instituto Montespan<


Senhor, temos um código vermelho— alertou Natalya Violett ao entrar na sala do Brigadeiro Hélio Roth. Pela expressão da russa, era algo realmente importante e urgente.

—O que aconteceu?— ele pergunta, levantando-se.

—A conferência dos líderes mundiais. Estão todos mortos— ela responde seriamente.

—Como assim?!— indagou ele, sem crer.

—Senhor, estamos em crise mundial. Todas as nações perderam seus governantes

—Como isso foi acontecer?!

—Foi identificado uma espécie de gás na sala de reuniões.H₂S. Havia uma mulher, a Cortesã.

—E como chegaram a ela?

—Vídeos das câmeras de segurança— ela pega seu notebook e mostra as imagens para ele —Vê? Ela estava na sala

—Como... Como ela não foi intoxicada?

—É isso o que precisamos descobrir, e rápido.

—A R.D.M. estava de olho nela há um bom tempo... Precisamos pará-la imediatamente. É mais do que óbvio que ela representa um perigo crítico para nós.

—E o que vamos fazer, senhor?— perguntou Natalya, pronta para receber ordens.

—Vamos...— disse Hélio, mas não tinha ideia do que fazer.

As portas de seu escritório foram abertas de uma só vez. Em um tailleur azul-marinho, com linhas brancas nas pontas, abaixo de um chapéu fedora vermelho-vivo, equipado com uma pena branca, estava Anna Schelle, a diretora da Reserva Defensiva Mundial.

—Vamos Ativar o Projeto Insight— ordenou ela, batendo seus saltos negros ao invadir a sala.

—Tem certeza, diretora?— perguntou Hélio Roth, hesitante.

—Tenho mais do que certeza disso, Brigadeiro Roth— respondeu Anna, decidida —Já passou da hora...


>07:15 AM - New York Times<


Chloe Cooper havia acabado de terminar de montar sua bola de elásticos em seu escritório no jornal local. Jogava sua mais nova criação na tela do computador até voltar para sua mão, divertindo-se com sua escapatória do tédio do cotidiano.

—Você acha que elástico não tem custo, senhorita Cooper?— o gerente do escritório, Tom, disse ao entrar na sala dela —Semana passada você fez uma corrente enorme de clipes de papel e agora uma bola de elástico? E mais, eu soube que andou roubando Coca-Cola da cozinha de funcionários

—Foram só duas latinhas— ela justificou, cansada de ouvi-lo.

—Se tiver sorte, não vão te demitir. Apenas descontar de seu salário— ele exclamou com um sorriso de escárnio.

—Legal— ela diz e, com o dedo do meio, aperta a tecla de seu computador, fazendo a impressora ao lado expelir um arquivo —Não precisa ser nenhum Sheldon para saber que você não conseguiria bancar esse terno e relógio com o salário de gerente

—Do que está falando?— ele questiona, vendo-a pegar o arquivo.

—Fez viagens semanais para Atlantic City— acrescentou ela, imitando o sorriso irônico dele —E tem essa... funcionária fantasma, Jennifer Smith...?

—Você está passando dos limites— ele sussurrou, culpado.

—O que passa do limite são esses fundos perdidos— ela mostra o arquivo para ele —Tem cheiro de fraude e desfalque

—Já entendi— ele abaixa a cabeça até ela —O que você quer?

—O mesmo que você

—Sua demissão?

—Eu quero que você me demita e me dê seis meses de compensação. E é melhor fazer uma boa carta de recomendação, ou eu mando isso pro RH

—Uma jovem chantagista...— ele murmura enquanto ela parte para a saída —Seus pais devem estar orgulhosos!


Chloe parou. Imóvel, ela respirou fundo e deu um leve toque nos armários de arquivos, fazendo com que os sete armários caiam um sobre o outro, feito um dominó, causando uma enorme bagunça e um barulho horrível.

Ela saiu pelo elevador da área norte, pegando seu telefone e contatando sua única amiga, Lindsay.

—O que... o que é isso?— perguntou Tom para si mesmo, diante dos armários amassados.

—Com licença— um homem de uns 44 anos, de terno azul marinho, parcialmente calvo o chamou —Eu sou Hélio Roth e estou procurando por Chloe Cooper. Ela está?

—Acabou de ser demitida— respondeu Tom.

—Ah, certo... E você saberia me dizer onde posso encontrá-la?

—Talvez no bar mais próximo— respondeu Tom com arrogância.

—Está bem, obrigado...— antes de sair, Hélio parou e encarou os armários —Essa bagunça não é boa para a imagem de um jornal tão bom quanto esse— ele deu um sorriso fosco, irritando ainda mais Tom.

Em duas quadras, Chloe já tomava sua primeira vodka do dia na companhia da loira de 30 anos, Lindsay Simpson.

—Você está bebendo às sete da manhã?— questionou Lindsay, vendo a amiga virar a garrafa garganta abaixo.

—São sete da noite em algum lugar— ela deu os ombros —E além disso, eu preciso atualizar meu currículo

—Vai colocar "encher a cara" em habilidades especiais ou em experiência?

—Não sei...— ela bebe mais —Eu estou ajudando os outros com isso

—Como beber vai ajudar as pessoas?— questionou Lindsay.

—Não é óbvio? Quanto mais eu bebo, menos elas bebem. O que evita brigas, acidentes e tudo mais...

—Por que foi demitida dessa vez?— perguntou a loira, rindo.

—Meu chefe era um cuzão, um verdadeiro escroto

—E, deixa eu adivinhar, Chloe. O emprego estava sugando sua alma pela máquina de xerox?

—Não, esse era o anterior. Esse emprego estava sugando meu cérebro pela ventilação

—Sabe que só fica entediada porque é qualificada demais para esses trabalhinhos

—Mas altamente desqualificada para qualquer outro trabalho maior

—Mentira...— desacreditou Lindsay, e abriu um largo sorriso ofuscante logo em seguida —Isso! Você é boa em mentir!

—E você é linda— Chloe deu um sorriso de escárnio.

—Hey— um homem alto, de barba, com uns 20 anos chamou e veio até elas —Eu conheço você. É Lindsay Simpson! Eu assistia o seu programa, você fazia a Lily

—Ah, sim...— confirmou Lindsay, constrangida —Já faz tempo...

—Eu tinha 13 anos na época— ele continuou —Aprendi muito com a Lily. Eu aprendi a segurar o controle remoto com uma mão e descabelar o palhaço com a outra— ele começou a rir e Lindsay se negou a olha-lo nos olhos, ficando corada aos poucos.

—Por que a gente não joga?— sugeriu Chloe, observando uma máquina de jogos de força.

—Chloe, não vale a pena— murmurou Lindsay.

—Não, eu acho que vale sim— respondeu Chloe E aí? Quer apostar?

—Apostar o quê?— perguntou o homem, interessado no assunto.

—Bom, se eu ganhar, você paga nossa conta, pede desculpas pra minha amiga e cai fora daqui

—E se eu ganhar?

—Aí...— ela pensou um pouco —A gente vai no banheiro e eu descabelo o seu palhaço

—Ok— ele aceitou com um sorriso malicioso.

Foram até a máquina, os amigos dele rapidamente os rodearam e começaram a comentar. Ele socou a bolsa da máquina, atingindo a pontuação de 552, o que era uma alta pontuação, induzindo que ele tinha uma força considerável. Os amigos festejam e ele começa a passar a língua entre os lábios, pensando longe.

—Passar da sua pontuação parece dureza— comentou Chloe, com um sorriso de canto.

—Ainda não— ele respondeu —Mas com certeza você vai deixar duro...

Ela se aproxima e dá um leve soco, como o de quem bate em um irmão. A máquina fundiu e o score foi para 999, o máximo que ela podia calcular, depois faíscas saíram e as luzes se apagaram.

—Estou esperando— exigiu Chloe enquanto os amigos dele desacreditavam de seus olhos.

—Desculpe— ele murmurou.

—Mais alto, cretino!— ela ordenou em alto e bom som.

—Desculpe— ele repetiu altamente para Lindsay, entregando duas notas de cem dólares para Chloe.

—Valeu— agradeceu ela, voltando ao seu lugar enquanto o hormem saia do bar com seus amigos ainda incrédulos.

—Incrível— elogiou Hélio Roth ao entrar —Fantástico

—Eu te conheço?— questionou Chloe, parada na frente de Lindsay.

—Não, mas eu sei quem você é— disse, mostrando seu crachá de identificação —Sou o Brigadeiro Roth, da R.D.M.

-Brigadeiro, é?— perguntou Chloe encarando-o de cima a baixo.

—Ótimo... Antes faziam piada com meu nome, agora será com meu cargo— comentou Hélio, frustrado.

—O que quer aqui?— perguntou Lindsay —Disse que a conhece, suponho que tenha vindo atrás dela

—Sim. Estou representando a Reserva Defensiva Mundial e temos ciência de suas habilidades, Chloe

—E daí?

—Estamos enfrentando uma crise mundial, precisamos das suas habilidades de investigação e força

—Não, valeu— ela negou prontamente.

—Chloe, essa é sua oportunidade de ser algo mais do que uma secretária— incentivou Lindsay, animada —Pode usar suas habilidades para algo útil de verdade! Pode fazer a diferença!

—Eca, para de ser a mocinha do gibi— respondeu Chloe, fazendo uma careta se nojo —Por que você não coloca uma capa e sai correndo por aí?

—Eu faria se pudesse— respondeu Lindsay.

—Eu também— disse Hélio com um leve sorriso.

—Merda, Lince!— exclamou Chloe, de repente —Você tem grana, beleza, um programa na rádio, fãs carinhosos quando não são bizarros... O que mais você quer?

—Salvar o mundo— respondeu Lindsay, sentindo-se boba, mas era a realidade.

—Eu gosto de sua maneira de pensar— comentou Hélio.

—Quer ser uma heroína? Eu vou te mostrar como ser uma— disse Chloe, subindo na mesa —Bebidas por conta de Lindsay Simpson, pessoal!— ela disse em alto e bom som, fazendo todos comemorarem.

—Ok... Você vem comigo?— perguntou Hélio.

—Não— Chloe simplesmente respondeu.

—Mas precisamos de você, de suas habilidades— tentou Hélio —Depois daquele ataque, estamos desenvolvendo uma equipe de resposta para esse tipo de coisa. E você, Chloe Cooper, foi recrutada

—Eu não sou uma super-heroína— anunciou Chloe, seriamente.

—A gente paga bem— disse Hélio com um sorriso sugestivo.

—Ela vai pensar— se adiantou Lindsay.

—Eu não...

—Ótimo— Hélio interrompeu Chloe de se pronunciar, colocando seu cartão na mesa delas —Liguem-me com uma resposta o mais rápido possível por favor

—Pode deixar— garantiu Lindsay, sorridente enquanto ele se afasta.

—Tá louca, Lince?!

—Você vai salvar o mundo

—Eu nem sei que merda está acontecendo!

—Precisa de uma roupa de super-heroína— comentou Lindsay para si mesma.

—Esquece...— bufou Chloe, rolando os olhos.

—Eu tenho uma ideia— Lindsay agarra na mão da amiga e corre com ela até seu carro, indo direto para seu apartamento na cobertura de um prédio no centro.



3 Décembre 2021 10:35 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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