brina Sabrina Leone

Quando um estranho robô cai no planeta Terra, não traz consigo somente um milhão de dúvidas, mas também dois guerreiros de outro planeta. Agora, cabe à R.D.M e seus excelentes agentes lidar com uma possível invasão alienígena. Ps: Essa é a terceira história de uma cronologia inteira. Então, caro leitor, sugiro que leia a história que antecede esta, para que possa ficar por dentro dos acontecimentos recentes desde universo que está dando seus primeiros passos. Antes de iniciar essa grande aventura, sugiro que leia: O Retorno de Sheldon Cooper.


Science fiction Futuriste Tout public.

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O Primórdio da Redenção

O agente especial Hélio Roth suplicou a si mesmo que não faria isso desta vez. Como o mais novo dirigente da equipe astronômica da R.D.M. (Reserva Defensiva Mundial) ele teria que ter pulso firme para liderá-los em uma missão que prometia o caos. Hélio, um homem de 40 anos, com os cabelos castanhos, peso normal e de origem hispânica encarou friamente seu reflexo no espelho e se perguntou porquê seu maxilar estava tão quadrado naquela manhã. Ele vestiu seu terno de costume e foi diretamente para a sede da R.D.M., passando por vários setores e andares até chegar ao seu escritório no 22° andar.

Ele se sentou em sua cadeira de couro e aspirou com satisfação o cheiro de sua sala perfeitamente bem limpa. Ele olhou cada detalhe de seu escritório, como fazia todas as manhãs. Até que notou um grande envelope marrom em sua mesa. Ele abriu o mesmo e removeu algumas folhas brancas.
Rapidamente, ele guardou as folhas no envelope e removeu o telefone do gancho da mesa.
—Prepare o jato— ele disse ao telefone e o desligou imediatamente.
Ele se levantou e caminhou pelo corredor mais rápido do que de costume. No mesmo andar, ele entrou em uma grande sala cheia de computadores. Ele continuou a apressado, passando pelos materiais e pelas pessoas como se não os vissem. Hélio parou na frente de um computador em especial, observando a mulher por detrás dele. Uma ruiva de uns 30 e poucos anos, pálida, em forma, com o cabelo solto passando um pouco do ombro.
—Natalya Violett— chamou Hélio.
—Agente Roth— ela assentiu olhando-o fixamente. Por um momento, ele se perdeu nos olhos verdes dela. Seu olhar era intensamente convidativo e escondia muita coisa, definitivamente não era um olhar comum.
—Temos um 212M em processo— ele disse após recuperar o fôlego que havia perdido ao observar a beleza rara dela.
—Entendido— ela abaixou a cabeça, organizando alguns papéis. Ela se levantou, abraçando seus papéis e Hélio teve que lutar contra si para não olhar ao decote dela —Te encontro na ponte 4?
—Ah... e-eu achei que poderíamos ir juntos— respondeu ele, ansioso.
—Tenho que levar essa papelada ao setor administrativo— ela informou sem nenhuma emoção na voz, passando por ele, fazendo-o virar e olhá-la novamente —Vá na frente. Sigo logo.
Ela deixou a sala e ele tentou captar o menor dos fraguimentos do perfume dela no ar. Ele respirou fundo e se dirigiu até a ponte 4, onde um enorme avião militar negro o esperava. O avião possuía, além de um avançado laboratório no setor de cargas, uma completa sala de reuniões e três quartos. Cada centímetro foi incrivelmente bem aproveitado. Na rampa do avião, estavam dois carros fortes com a sigla da R.D.M. em suas portas.

Haviam alguns agentes embarcando no avião enquanto Hélio esperava todo o equipamento ser colocado no veículo.

—Um 212M— uma voz masculina veio até o ouvido de Hélio. Ele se virou e viu um jovem de 20 anos cheio de malas nas mãos. Ele era gordinho, inglês, cabelos encarcolados e loiros, tinha uma leve centelha de barba e um grande óculos.
—Steve, oi— disse Hélio, apertando sua mão.
—Agente Roth— ele assentiu —Então, por que eu fui convocado? Eu sou um engenheiro apenas, não fico em campo...
—Acredito que a Diretora Schelle teve um bom motivo para te colocar nesta missão— respondeu Hélio dando um leve tapa no ombro de Steve.
—Tá... eu vou colocar minhas coisas lá dentro— ele disse correndo para a área laboratorial do avião —Cuidado para não subir demais— ele disse rindo enquanto Hélio o encarava seriamente ——Entendeu? Hélio... Gás... Atmosfera...
—Eu entendi— disse Hélio friamente, o fazendo ir diretamente para o avião.
—Agente Roth!— uma voz feminina o chamou. Novamente, Hélio se virou e viu Lisa Rupher, a bioquímica da agência. A jovem de 25 anos, magra, pequena, com os cabelos castanhos e olhos grandes veio derrubando suas bagagens pelo caminho.
—Lisa, deixa eu te ajudar— ele se prontificou indo ao encontro dela.
—Ah, muito obrigada, Hélio— ela agradeceu distribuindo o peso de suas malas a ele —Eu nem acredito que fui escalada para uma missão em campo
—É, nem eu— ele concordou enquanto se aproximavam da rampa do avião.
—Normalmente eu só fico no laboratório vendo plantas e dissecando sapos— ela continuou sorridente, enquanto eles entravam na sala do laboratório e guardavam as malas dela —É legal, mas... mas não muito.
—Oi...— disse Steve de repente.
—Olá— Lisa respondeu com um enorme sorriso.
—Steve Kincle esta é Lisa Rupher. Lisa Rupher, este é Steve Kincle— Hélio os apresentou devidamente. Ambos se cumprimentaram, com Steve um tanto envergonhado e Lisa mantendo sua alegria.
—E... eu vou no banheiro— Steve disse do nada, correndo do laboratório.
—... Sujeito esquisito— comentou Lisa ao notar que ele não poderia mais ouvi-lá.
—A culpa é sua— respondeu Hélio cruzando os braços com um sorriso —Deixou o pobre rapaz nervoso como...
—Como você com a senhorita Violett?— interrompeu Lisa, destruindo o sorriso de Hélio.
—Co-como assim?— ele gaguejou.
—Você trabalha no centro da segurança mundial. A RDM vê tudo— ela riu —Achou que não veriam a enorme queda que você tem pela agente Violett?
—Não... nada a ver— ele disse sem graça —Quer dizer, ela é uma mulher muito bonita. Mas a agente Violett...
—Eu o quê?— a voz confiante e rígida de Natalya Violett veio até eles. Hélio se virou e a viu na porta do escritório com uma das sobrancelhas arqueada.

—Você... você chegou bem na hora— disfarçou Hélio, tremendo minimamente enquanto força um sorriso.
—Tá tudo bem?— Natalya perguntou enquanto o via balançar os braços ante a carga de ansiedade que passava por eles.
—Tá!— ele respondeu e pareceu alto demais —Está tudo bem!
—Isso na sua mão é suor?— perguntou Lisa tocando-o.
—Claro que não!— ele enfiou as mãos no bolso rapidamente.

Natalya Viollett olhou diretamente para Lisa Rupher, sem acreditar que a menina fora escalada para uma missão em campo. Quando Steve Kincle voltou para o laboratório, Natalya teve a sensação de ter entrado no avião errado. Entretanto, a imagem de um cavalo alado com a escrita "P.E.G.A.S.O" (Planador Edificante Geográfico Absoluto Simbolicamente Ofensivo), a fez ter certeza de que estava no lugar certo. Era o maior avião da R.D.M, e isso o dava o direito de um nome.

Ela olhou novamente para os dois jovens, que já começavam a dividir o laboratório e coloca seus jalecos.

—Tudo bem aí?— perguntou Hélio, ao notar a expressão de confusão em Violett.

—Tem certeza de que eles estão aptos para uma missão em campo?— perguntou Natalya, em dúvida.

—Lisa Rupher é brilhante— respondeu Hector, vendo a bioquímica dar um tapa na mão de Steve por mexer em um pequeno frasco com veneno de cobra —Ela foi considerada com intelecto nível gênio. Possuía dois PhDs em bioquímica quando tinha 17 anos e continuou seus estudos na Academia de Ciência e Tecnologia da R.D.M. Ela se formou como uma das cadetes mais jovens da história da Academia devido ao seu intelecto. Lisa tem uma mente perspicaz e incrível, focada na análise, que lhe permitiu pesquisar e desenvolver muitos equipamentos inovadores para nossa agência— Hélio suspirou e encarou Steve Kincle, que usava uma fita métrica para dividir o laboratório perfeitamente entre ele e Lisa —Já o Steve, elese tornou um agente muito conhecido na comunidade de tecnologia da R.D.M por sua experiência tecnológica. Steveprojetou e criou muitos dos equipamentos que nós usamos todos os dias. Ele também criou muitas das ferramentas usadas para análises e trabalhos científicos. A natureza sensível de muitas missões o levou a desenvolver dispositivos contra o relógio que precisavam ser adaptados aos parâmetros de cada missão. Temos prodígios em nossa equipe, agente Violett

—Entendo— Natalya, pela primeira vez, sorriu —Essa equipe foi mesmo escolhida a dedo

—Obrigado— uma terceira voz fez com que ambos se afastem um do outro.

Eles se viraram e viram o agente Carter, um homem com pouco mais de trinta anos. Com porte atlético, cabelos escuros e bem penteados em um corte moderno, olhos escuros e um sorriso marcante.

—É bom ter você na ativa novamente, Carter— Hélio o cumprimentou.

—Não estava mais aguentando ficar longe— respondeu ele, e o ferimento, já cicatrizado em suas costas fez com que James Carter se lembrasse que ele ainda estava lá. Fora ferido em ação, em um confronto civil do Haiti, o que lhe fez ter uma licença da qual ele não precisava.

A rampa do avião começou a subir. Eles foram até a sala de reuniões, onde se sentaram ao redor de uma mesa amadeirada.

Hélio foi até a tela digital da sala e tomou a atenção de todos.
—Bom, como todos sabem, estamos decolando por causa de um 212M— começou ele, mas parou após notar que Lisa levantava a mão impacientemente —Sim?
—É... o que significa um "212M"?— ela perguntou.
—Significa que não sabemos o que isso significa— respondeu a agente Violett, confundido ainda mais a garota.
—Significa que um objeto de origem desconhecida foi encontrado— respondeu Hélio.
—Onde?— perguntou Lisa.
—Nas Cavernas de Caynton, perto de Shifnal... No condado de Shrospshire para ser mais exato— explicou o agente Roth.
O avião com a charge "PEGASO" em suas asas decolou do angar da R.D.M. rumo à Inglaterra. Eles ficaram no ar por pouco mais de três horas até que o piloto alertou sobre a aterrissagem.

Imediatamente, Natalya vestiu seu uniforme negro da R.D.M., o que deixava suas curvas ainda mais visíveis, pois o uniforme era completamente colado ao corpo para proporcionar uma flexibilidade maior. Lisa e Steve, por não serem agentes de combate, não necessitavam propriamente de um uniforme, então ambos continuaram com suas roupas de costume. James Carter também vestiu seu uniforme.
Eles deixaram o avião e se dirigiram para as Cavernas de Caynton de carro. Demorou cerca de 20 minutos. Quando chegaram, toda a área da floresta ao redor estava fechada pelo governo local. Bastou apenas um mostrar de crachá de Hélio para que os policiais os deixem passar.
A entrada era uma escada única para o subsolo, os forçando a descer em fila única pelo minúsculo espaço.
—Sabe, é interessante a história das Cavernas de Caynton— começou Lisa, entusiasmada —Foi descoberta através de uma toca de coelho
—Toca de coelho?— perguntou a Steve, bem atrás dela.
—Sim. Viram um coelho entrando num buraco, o seguiram e encontraram esse lugar extraordinário— respondeu Lisa com um certo brilho nos olhos —Uma lenda popular as associam a Ordem dos Cavaleiros Templários, um ordem militar de cavalaria fundada no século 12, com o objetivo inicial de proteger os cristãos que voltaram a fazer a peregrinação pelos perigosos caminhos a Jerusalém após a sua conquista. Seus membros faziam voto de pobreza e castidade para se tornarem monges, usavam mantos brancos com a característica cruz vermelha, e seu símbolo era um cavalo montado por dois cavaleiros. Andavam fortemente armados e tinham certos privilégios legais, e contavam com o apoio da Igreja Católica. Apesar dos votos individuais de pobreza, a ordem se tornou possuidora de grande riqueza e poder, especialmente durante as Cruzadas, quando receberam doações de dinheiro, terras e até negócios de nobres europeus. Em 1095, o papa Urbano 2º prometeu aos cavaleiros da Europa perdão por seus pecados se eles aderissem à cruzada para reconquistar Jerusalém para os cristãos. A ordem foi dissolvida em 1312 pelo papa Clemente. O súbito desaparecimento da maior parte da infraestrutura europeia da Ordem deu origem a especulações e lendas, que mantêm o nomes dos templários vivo até os dias atuais, e as Cavernas de Caynton são uma delas...
—Agora eu sei porque você foi escolhida para essa missão— disse Hélio orgulhoso da paixão como Lisa descrevia o que sabia sobre as cavernas.
Ao final da escadaria, eles se depararam com uma enorme sala com algumas velas colocadas por arqueólogos ali. Tudo estava da maneira como foi encontrada. As pedras, alguns objetos como cerâmica e alguns rabiscos nas paredes de terra.
Hélio removeu um aparelho retangular do bolso que emitia uma luz azul e um certo "bip", como um detector de metal.
—Bacana— disse Steve observando Hélio apontar a pequena e fina antena do aparelho para diferentes direções —Deixa eu adivinhar, Indústrias Addams?
—O senhor Addams sofria de uma insônia muito grave— disse Hélio —O cérebro dele não parava... Virava noites e noites construindo coisas. Pobre homem... que Deus o tenha...
—Não localizaram?— perguntou Lisa, seguindo Hélio, que era guiado pelo aparelho —Digo, a Sabrina? Os registros dizem que o portal de Sheldon a fez sumir, mas nem mesmo ele sabia para onde a mandou
—Os registros estão certos— respondeu Hélio —Ela simplesmente desapareceu. Nenhuma ocorrência ou reconhecimento em todo o planeta.
—Isso é bom— disse Lisa com um vasto sorriso, mas ele sumiu após ver o olhar de desaprovação de James —Não é?
—Não é bom saber onde seu inimigo não está— James respondeu, seriamente.
—Mas... ela não é nossa inimiga, é?
—Somos humanos— ele simplesmente respondeu, passando por ela.

—Não liga pra ele— Hélio disse para Lisa, em voz baixa —O agente Carter é meio paranóico

Eles foram coordenados pelos circuitos de cavernas à dentro até chegar em uma espécie de sala. Lá, eles viram, nos escombros de um provável desmoronamento, algo que lhes chamou atenção. Perto das rochas e pedras de terra, havia uma espécie de ferro. Eles se aproximaram e removeram algumas as pedras com o máximo de cuidado possível. Quando a poeira baixou, eles estavam diante de algo que os deixou perplexos: um pequeno robô. Pouco maior que uma cadeira, ele possuía uma cabeça quadrada com um visor, uma tela escura. Abaixo de sua cabeça, havia um pequeno cabo que o ligava ao resto do corpo. Seu corpo era um triângulo com uma espécie de compartimento onde seria sua "barriga". Ao que tudo mostrava, ele se locomovia por algum tipo de esteira, pois era o que mais se assemelhava aos pés. Duas pequenas esteiras circulares. Suas mãos eram canos prateados, com um interior oco... Para entrar ou sair algo. Era possível ver também algumas saídas de ar. Três buracos finos em suas laterais.
—Que fofo— disse Lisa com os olhos brilhantes —Ele parece o Wall-e...
—Espera— interrompeu Steve, removendo uma pequena maleta de sua mochila. Ele tirou um aparelho triangular e começou a escanear o robô.
—Olha— Lisa apontou para as rochas ao redor dele —O localização dele e informações rochosas fossíliferas sugerem que ele está aqui há mais de mil e quinhentos anos... Talvez seja o que realmente deu origem às Cavernas de Caynton...
—Tem mais— alertou Steve, observando as ondas que o aparelho inibia —Tá vivo...
—Vivo?!— indagou Hélio dando dois passos para trás.
—Sim. Ele está em modo furtivo, adormecido— respondeu Steve —Tem uma fonte de energia ativa
—Ele detectou raios nuclídeos, mas não tem semelhança a nenhum isótopos que eu conheço— explicou Lisa ao lado de Steve.
—Existem ocorrências temporais também... mas até mesmo elas variam— constatou Steve, confuso —Como isso é possível? Ele caiu... sem tempo algum.
—Como assim?— perguntou Carter, confuso.
—Pelo local e estado do objeto, podemos concluir que ele caiu há muito tempo, mas o que detectamos nele é que ele não está aqui há mais de uma semana— explicou Steve, deixando todos intrigados.
—A caverna diz uma coisa, mas o objeto outra...— comentou Lisa, pensativa.
—Cuidado. Ele tem um núcleo de energia instável e uma frequência gigantescas— alertou Steve.
—Temos que informar isso— disse Hélio pegando seu rádio —Diretora Schelle, encontramos o 212M... Sim, e eu posso afirmar que... ele não é deste mundo

4 Septembre 2021 15:20 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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