Sempre tive minha curiosidade aguçada pela observação do comportamento animal, e suas nuances.
As serpentes são silenciosas, apesar de se arrastarem por sobre uma superfície potencialmente ruidosa. Traiçoeiras?
Os morcegos são cegos, mas movem-se com incrível rapidez entre os obstáculos, na negra escuridão noturna. Sorrateiros?
Os grandes felinos alternam seu comportamento entre o brincar com seus filhotes e congêneres, da forma mais bucólica possível, até outros momentos de extrema ferocidade, ao atacar suas presas. Dissimulados?
As orcas parecem criaturas dóceis nos aquários turísticos, mas são capazes de surpreendentemente “torturar” os filhotes de focas, lançando-os repetidamente para o alto e fora das águas, parecendo protelar a morte. Sádicas? Assassinas?
Ninguém que estiver em seu caminho, escapa à fúria de um enxame de abelhas africanas. Destrutivas?
Particularmente, sempre detestei assistir às cenas de selvageria animal, torcendo para que o predador acabasse ludibriado pela vítima da perseguição. Porém, a vítima do momento acaba se tornando o perseguidor de amanhã. A fria realidade da cadeia alimentar está aí ao nosso lado; basta observar o jardim o ou lote vago ao lado; não precisamos ir até a selva.
Não é questão do bem ou mal, fraco ou forte, presa ou predador. É a luta diária pela sobrevivência, pelo alimentar instintivamente os filhotes, manter a espécie. Nenhum animal é mau em sua essência.
Nós, humanos "inteligentes e superiores", é que a eles imputamos características humanoides negativas, sempre enaltecendo seu lado agressivo, como se a violência fosse algo a ser almejado.
Lutas do UFC, jogadores viris, badboys, gangues de rua, filmes e games violentos, armas, canais via web de ódio explícito, políticos reacionários, e todos os similares. Rinhas de cães, galos, passarinhos, e outros exemplos de bestialidade humana, ainda estão por aí, à espreita. Músicas de extremo mau gosto, banalizando a estupidez, são comuns.
Todos querem ser predadores, estar no topo, expor seu ódio implícito, sua fúria insana...
Somos todos animais potencialmente ferozes; a diferença, é que não agimos por instinto apenas.
O que nos move é bem mais sórdido!
Merci pour la lecture!
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