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Yoongi se considera sortudo. Seu namorado, Jimin, é extremamente apaixonante e eles nunca brigaram, mesmo morando juntos há quase três meses. No entanto, tudo isso muda com a aproximação de um dos feriados coreanos mais importantes para a família Park. Por serem tradicionais, os pais de Jimin consideravam inadmissível que o filho passasse o Chuseok fora de sua terra natal. Então, considerando isso uma boa oportunidade de viajar e apresentar Yoongi à sua família, Jimin tenta convencê-lo a ir também.


Fanfiction Groupes/Chanteurs Interdit aux moins de 18 ans.

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Capítulo único

Escrito por: @Erami/Erami4


Notas Iniciais: Oi, pessoas! Boa leitura <3


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— Yoongi!

Escutando a voz chateada do namorado, o rapaz mais velho encolheu os ombros, sabendo que não havia como fugir dessa discussão com ele. Jimin sabia ser bem persuasivo quando queria e, tendo em vista que já havia fugido desse assunto tantas vezes, não era de se admirar que o outro rapaz estivesse ainda mais empenhado em conversar.

— Eu já disse que não acho uma boa ideia, amor — respondeu Yoongi, por mais que soubesse que não adiantaria muito; Jimin sempre arranjava um jeito de argumentar contra a sua opinião, sabendo bem o poder que exercia sobre Yoongi.

— Por que não? Já estamos namorando há quase um ano e agora estamos até morando juntos! Você não acha que já está na hora de conhecer meus pais?

— Eu entendo o seu ponto, mas você mesmo me disse como eles são conservadores. Acha mesmo que seus pais vão gostar de ver o filho mais velho chegando com um homem na casa deles? Ainda mais no Chuseok? — perguntou e, antes que Jimin respondesse algo, Yoongi continuou: — É claro que não! Seu pai vive te ligando para saber se já arranjou alguma namorada. Ele vai me odiar se souber que estamos morando juntos há três meses.

— Não exagera, Yoon… — Um bico assumiu os lábios de Jimin e ele se aproximou do namorado, daquele jeitinho que sabia que mexia com Yoongi. — Mesmo com tudo isso, tenho certeza que meus pais só querem me ver feliz.

Amolecendo um pouco, Yoongi suspirou. Jimin havia passado os braços ao redor da sua cintura, aproximando o rosto do seu pescoço, e começou a deixar pequenos beijinhos ali.

— Quando eles perceberem o quanto eu amo você, vão te tratar bem… — Jimin praticamente sussurrou no ouvido de Yoongi, que suspirou. — Além disso, só um louco não gostaria de você. Você é tão perfeitinho.

Sim, definitivamente Park Jimin era seu ponto fraco. O rapaz sabia exatamente o que dizer e como o tocar para deixar Yoongi derretido, cada vez mais disposto a ouvi-lo.

— Ainda não sei se seria tão simples assim na prática… — Respirando fundo, Yoongi buscou os últimos resquícios de sanidade ainda presentes em seu cérebro para não ceder tão facilmente a seu namorado.

— É claro que seria — retrucou Jimin, continuando com os suaves beijos que deixava no pescoço alheio. — Por favor, Yoon. Faz isso por mim. Por nós dois.

Dando alguns passos para frente, Jimin os conduziu, até que o rapaz mais velho estivesse sentado no sofá da sala. Apoiando as mãos nos ombros de Yoongi, Jimin subiu no colo do namorado.

— Eu não quero mais esconder de ninguém que estou com você, hyung… — Sorriu, passando os braços ao redor do pescoço dele. — Você não quer que todos saibam que eu sou seu namorado?

— Jimin…

O mais novo começou a se movimentar em cima do colo de Yoongi, sentindo-se ainda mais ousado quando o viu jogando a cabeça para trás.

— Eu só quero que todo mundo saiba que eu sou o seu homem, hyung. — Falando de maneira manhosa, Jimin soube que havia acertado exatamente em sua escolha de palavras apenas pelo jeito que Yoongi o olhou.

— Você adora brincar comigo, não é? — Yoongi fechou os olhos, aproximando-se do rosto do namorado.

Jimin entreabriu os lábios quando Yoongi o beijou. Sabendo que faltava pouco para conseguir o que queria, Jimin deixou que Yoongi o puxasse para frente, pressionando os corpos um no outro.

Com Jimin montado em seu colo, Yoongi não soube em qual momento exatamente havia perdido para o rapaz mais novo. Tudo o que ele sabia era que acabaria cedendo ao desejo de Jimin.

Sim, Yoongi era realmente muito apaixonado para sequer conseguir negar algo pedido com tanto jeitinho.


[...]


— Isso é injusto. Preciso lembrar de não começar a transar com você enquanto discutimos algo importante. Você sabe que eu não me concentro direito com você em cima de mim e usou isso contra mim — acusou Yoongi, alguns dias depois.

Estavam os dois dentro de um avião com destino a Busan, onde a família do mais novo morava. Jimin colocava a bagagem de mão no compartimento certo enquanto Yoongi o ajudava, murmurando suas reclamações em voz alta sempre que tinha oportunidade.

— Quem mandou você pensar com o pau, Yoon? — Jimin riu, deixando um Yoongi emburrado se sentar no lugar próximo à janela. — Não importa o jeito como eu te convenci. O fato é que você concordou e daqui a algumas horas vamos encontrar meus pais e passar alguns dias na casa deles. Eles sempre ficam felizes quando eu apareço durante o Chuseok.

— É, mas eu não tenho certeza que essa empolgação vai durar até eles verem a surpresinha que você está levando junto com você. Eu realmente espero que eles gostem de mim. Eu vou acabar chorando se não gostarem.

Com a confissão de Yoongi, Jimin levou o braço até o dele, juntando ambas as mãos.

— Eles vão te amar, hyung.

Tentando acreditar no que Jimin havia dito, Yoongi o direcionou um sorriso confiante. Agora que já estava a caminho de Busan era tarde demais para fugir, passaria o feriado inteiro com seus sogros. Com isso em mente, sua única opção era fazer o seu máximo para conquistá-los, pois não abriria mão de estar com Jimin tão fácil.

No entanto, se Yoongi havia adquirido um pouco de confiança durante o voo, ela foi sumindo no momento em que ele e o namorado passaram pelo portão de desembarque e ele viu Jimin acenando para um homem desconhecido.

— Vamos, Yoon. Meu irmão veio nos levar até a casa dos meus pais!

Jimin parecia genuinamente feliz conforme o arrastava pelo mar de pessoas circulando pelo aeroporto, só parando assim que chegaram perto o suficiente do rapaz para quem havia acenado.

Tão próximo, Yoongi admirou a semelhança entre ele e seu namorado, ficando chocado com o quanto Jimin parecia com aquele que, obviamente, era o irmão mais novo dele.

— Jihyun! — Sem esconder a saudade que sentia, por estar há tantos anos sem vê-lo, Jimin largou a sua bagagem com Yoongi antes de apertar o irmão em seus braços. — Como você cresceu! Nem acredito que já está dirigindo e veio até aqui de carro, sozinho. Quando foi que você ficou tão grande, moleque?

— Não seja tão exagerado, hyung. Eu dirijo há dois anos agora. Você que passou muito tempo sem nos visitar.

Com essa resposta, um bico surgiu na boca de Jimin e ele bagunçou o cabelo do irmão.

— Seu moleque — resmungou, afastando-se do menino.

Jihyun sorriu. Porém, assim que reparou na presença ao lado de Jimin, franziu a testa.

— Quem é esse com você, hyung?

Vendo como seu irmão mais novo parecia curioso, Jimin respirou fundo, lançando um último olhar para Yoongi antes de responder:

— Esse é Yoongi. Ele é meu namorado.

A expressão do menino foi de simpática a fechada em um segundo e Yoongi só teve tempo de pensar no quão fodido ele estava.

— Eu não acredito nisso, hyung! Achei que finalmente passaria algum tempo com você, mas você trouxe um namorado? Já estou vendo que vou ser ignorado por causa dele — reclamou o mais novo, cruzando os braços.

— Não seja tão ciumento, Jihyun.

— Nosso pai não vai gostar nada dessa história.

Yoongi lembrava que, em uma das conversas que teve com Jimin, seu namorado o disse que o único da família que sabia que Jimin era gay era justamente o seu irmão mais novo. De início, Yoongi imaginava que, justamente por isso, Jihyun seria aquele a melhor aceitar a sua presença. Ele não poderia estar mais enganado.

Vendo a careta enfezada do irmão do seu namorado, Yoongi suspirou, imaginando o quão pior será a reação dos seus sogros.

Não muito tempo depois, após uma carona desconfortável, na qual Jihyun o encarava pelo espelho do carro de tempos em tempos, Yoongi se viu em frente a uma casa grande, mas simples.

Timidamente, pegou suas coisas e seguiu Jimin e o cunhado até a porta, seu coração quase parando no momento em que Jihyun a abriu. A primeira coisa que Yoongi avistou foi um homem sentado no sofá, assistindo televisão.

— Pai! — Jimin o chamou, indo em direção ao homem, e Yoongi engoliu em seco quando viu o senhor erguer a cabeça.

Momentos depois, a mãe de Jimin também apareceu, indo até o marido e o filho mais velho.

— Com medo? — Yoongi escutou uma voz baixinha e se virou, encontrando Jihyun olhando-o com ar de riso, como se achasse graça de seu nervosismo. — Meu pai vai te comer vivo quando souber que está cheio de gracinhas com o meu irmão. Eu mal posso esperar por isso.

Apertando os olhos com o que escutou, Yoongi o encarou de volta. Então era só Jimin sair de perto que o irmão dele mostrava as garras? Que pirralho mal-educado! Se não fosse o respeito que tinha a Jimin, Yoongi já teria soltado uns palavrões na cara de Jihyun.

Resignado, Yoongi bufou, esperando que seu namorado voltasse até onde estava, o que, felizmente, não demorou muito.

Assim que se aproximou, Jimin passou os braços ao redor da sua cintura e Yoongi, satisfeito com o gesto, olhou de maneira presunçosa para Jihyun. O Park mais novo, ao ver essa pequena cena, revirou os olhos de maneira infantil, não soltando mais nenhum comentário.

Sentindo-se vitorioso, Yoongi voltou a olhar para Jimin.

— Então, eu sei que vocês estão se perguntando por que eu trouxe alguém, já que eu nunca fiz isso antes — disse Jimin, sorrindo em direção aos dois. — Mas esse é Yoongi, meu namorado.

Antes que Yoongi pudesse se curvar em respeito a eles, escutou um barulho alto. Chocado, Yoongi percebeu que o pai de Jimin havia derrubado o controle da televisão no chão, tamanho seu susto ao escutar o que o filho mais velho falou.

— Como assim namorado?!

Vendo como seu pai havia reagido, Jihyun nem tentou segurar a vontade que sentia de rir do caos que se instaurou no ambiente.

— Do que você está falando, Jimin? — Dessa vez, a mãe de Jimin tomou a frente. — O que você quer dizer com… isso?

— Eu quero dizer exatamente o que falei. Yoongi e eu namoramos. Além disso, estamos morando juntos.

Olhando para o olhar espantado de cada membro da família Park, Yoongi praguejou mentalmente. Maldita hora que ele havia aceitado vir até Busan.


[...]


— Eu falei que era uma ideia ruim — disse Yoongi, assim que ficaram sozinhos.

Após o momento turbulento na sala, Jimin conseguiu apaziguar o ânimo de todos, prometendo que explicaria melhor a situação durante o jantar. Com isso, seguiu com o namorado até seu antigo quarto, onde os dois deixaram suas bagagens e passariam a noite.

— Não seja tão pessimista. Foi apenas uma primeira impressão ruim. Tenho certeza que, ao longo do feriado, eles vão se apaixonar por você! — contrapôs Jimin, confiante.

Mesmo não concordando com tal visão, Yoongi se calou. Não queria desanimar o outro.

No entanto, mais tarde, quando voltaram a sala e cada Park o olhou com uma expressão de desaprovação no rosto, Yoongi só conseguiu pensar no quão iludido seu namorado estava, achando que algo bom viria dessa convivência.

— Então, Min Yoongi… — Durante o jantar, o pai de Jimin começou a interrogá-lo e, sem ter como fugir disso, Yoongi o olhou. — Como você conheceu o meu filho?

Abrindo a boca, Yoongi quase contou a história de como encontrou Jimin, por acaso, em uma boate gay e Jimin deu em cima de si, mas seu namorado o interrompeu, contando ele mesmo sua versão dos fatos.

— Nos conhecemos na faculdade. Engraçado, não é? — Jimin riu.

Yoongi quase ergueu a sobrancelha com aquela mentira descarada. Mas, se Jimin queria bancar o santinho na frente dos pais, quem era Yoongi para dizer alguma coisa?

— Sim, foi na faculdade. Nós somos de cursos diferentes, mas acabamos cruzando um com o outro quando descobrimos que temos um amigo em comum — reforçou o que Jimin havia dito, adicionando mais fatos na história para passar veracidade.

Yoongi não estava mentindo totalmente, o que ajudou. Eles realmente haviam estudado no mesmo lugar e tinham amigos em comum. Porém, ambos só descobriram isso após ficarem sem compromisso no banheiro da boate onde haviam se visto pela primeira vez.

No entanto, realmente era uma boa ideia omitir essa parte, visto que, sem sequer saber dos detalhes mais sórdidos, o pai de Jimin já aparentava estar altamente insatisfeito.

— Depois de alguns meses, descobri que o Yoongi precisava dividir o apartamento com alguém e resolvemos unir o útil ao agradável. Moramos juntos desde então. — Jimin sorriu, terminando sua explicação.

A senhora Park e Jihyun continuavam calados, apenas observando as reações do patriarca da família.

— Certo. E quanto a seus familiares, Yoongi? — perguntou o mais velho, lançando-o outro olhar questionador. — O primeiro dia de Chuseok começa amanhã. Eles não se importam que você passe o feriado longe da sua cidade natal?

Yoongi negou, não tendo ideia dos olhares horrorizados que receberia com o que respondeu:

— Minha família não liga muito para essas tradições. Eu nunca os vejo no Chuseok.

Antes que alguém falasse algo, Jimin sorriu de novo, tentando não deixar o clima tenso.

— O Yoongi-hyung teve uma criação diferente. Os pais dele são coreanos, mas foram criados fora da Coreia — acrescentou, na tentativa de fazer os pais compreenderem melhor o namorado.

Por baixo da mesa, no entanto, Jimin apertou a coxa de Yoongi, chateado por ele parecer tão indiferente em um tópico tão importante para a sua família.

Percebendo o seu erro, Yoongi tentou melhorar a imagem que passava.

— Porém, mesmo não tendo crescido na Coreia, assim que me mudei e comecei a estudar aqui, sempre me interessei em aprender mais sobre a cultura coreana.

“Merda”, praguejou mentalmente. “Isso é o melhor que você conseguiu falar, Min Yoongi?”

Ao menos, foi o suficiente para Jimin afrouxar o aperto em sua perna, mostrando que estava satisfeito como que disse.

— É mesmo? Então você deve saber que, na minha família, possuímos costumes que colocamos em prática durante o Chuseok. Mal posso esperar para saber como vai se sair.

Com essa frase vinda do homem mais velho, Yoongi engoliu em seco, sentindo uma leve ameaça por trás das palavras.

No dia seguinte, percebeu que, talvez, não estivesse tão louco assim ao pensar que o pai de Jimin havia dito de maneira implícita que o testaria. O dia mal havia começado quando eles se organizaram para visitar o túmulo dos ancestrais da família de Jimin e o senhor Park se aproximou de si, um olhar presunçoso brilhando no rosto.

— Você pode ajudar a carregar a comida, Yoongi?

— Com certeza, senhor.

Assentindo, foi com o mais velho até a cozinha, pegando o que já haviam separado.

— Você conhece o Seongmyo ou, como os seus pais, não liga muito para essa tradição coreana? — indagou o pai de Jimin no que, obviamente, era uma indireta ao que Yoongi havia dito na noite passada.

Por mais que não gostasse do tom do senhor Park, Yoongi conteve sua vontade de respondê-lo de maneira insolente, sabendo que Jimin estava a apenas alguns metros de distância, observando-os.

— Na verdade, conheço a tradição. Jimin me alertou sobre os serviços memoriais. Vamos visitar os avôs dele, não é? — respondeu, da maneira mais educada que pôde, mesmo que por dentro só quisesse se trancar no quarto e não interagir com ninguém.

Surpreso com a resposta, o senhor Park não falou mais nada, colocando parte da comida embalada nos braços de Yoongi. O mais velho quase parecia decepcionado por ver que Yoongi sabia do que ele falava, não podendo criticá-lo por isso.

De longe, Yoongi viu Jimin sorrir em sua direção e tentou fazer disso sua motivação. Sabendo que o pai dele procurava qualquer brecha para apontar defeitos em si, não reclamou, nem mesmo quando percebeu que o senhor Park havia deixado justamente os itens mais pesados em seus braços enquanto Jihyun não estava com quase nada em mãos.

Ajustando o peso para nada cair, Yoongi bufou, sem soltar uma palavra sequer.

Assim que saíram de casa, no entanto, os Park pararam de provocá-lo. Após uma longa caminhada, durante a qual todos permaneceram em silêncio, eles chegaram aonde estavam os túmulos dos avôs de Jimin.

Observando o senhor Park começar a retirar as ervas daninhas que cresceram ao redor das sepulturas, Yoongi respirou fundo, admirando a maneira como a família de Jimin era séria sobre esse momento.

A mãe de Jimin, com a ajuda dos filhos, organizou frutas, bolinhos de arroz, carne e bebidas que eles queriam oferecer aos familiares que já partiram.

Para prestigiá-los, todos se curvaram em respeito.

Somente quando o momento havia acabado, Yoongi se aproximou de Jimin, reparando no olhar reflexivo do namorado.

— Você gostaria da minha avó. Ela era bem parecida com você — disse Jimin.

— Ela era? — perguntou, curioso.

— Sim. Ela também achava essas tradições uma grande besteira. Mas, sempre participava porque sabia que era importante para o vovô, exatamente como você está fazendo agora só porque sabe que vai me deixar feliz.

Com essa resposta, Yoongi sorriu.

— Eu sinto falta deles, hyung.

— Tenho certeza que eles estão orgulhosos de você — falou, percebendo como essa visita havia deixado Jimin emotivo. — Obrigado por me trazer até eles. Sinto muito se fui chato em algum momento. Eu sei o quanto isso é importante pra você.

Jimin negou.

— Você tem sido perfeito, Yoon.

Dessa vez, Yoongi se sentiu mais confiante. O olhar feliz de Jimin definitivamente havia feito tudo valer a pena.


[...]


Logo que as tarefas memoriais foram concluídas, Yoongi passou um bom tempo com Jimin, apreciando as histórias que ele contava sobre a infância, de quando os avôs dele ainda estavam vivos.

Juntos em todos os momentos livres que tiveram ao longo dos primeiros dias, ambos adquiriram o costume de conversar na varanda da casa dos Park pela tarde, mesmo que às vezes Jihyun fosse intrometido e sentasse com eles apenas pelo prazer de provocar Yoongi, o qual, impotente, não o xingava por respeito ao namorado.

Jimin, é claro, permanecia alheio a tudo, visto que o pirralho do irmão dele — como Yoongi carinhosamente havia apelidado Jihyun — só o falava coisas mal-educadas quando Jimin não estava olhando.

Dessa forma, Yoongi sofria em silêncio, falando vários palavrões dentro da própria cabeça a cada vez que Jihyun fazia uma careta ou estirava a língua em sua direção.

Infelizmente, esses momentos desagradáveis não se resumiam a Jihyun. Com os pais de Jimin, a antipatia por Yoongi também era presente, apesar de menos explícita.

Em uma das noites, assim que se reuniram em família após o jantar, os pais e o irmão de Jimin decidiram beber e jogar.

Tendo escolhido um jogo de cartas, o senhor Park começou a se vangloriar por estar ganhando de Yoongi após poucos minutos.

— Nosso genro não é muito bom jogando, não é, querida? — disse para a esposa, tentando soar inocente, mas Yoongi sabia que ele falava de propósito.

"Puta que pariu. Que ódio desse velho", resmungava em pensamento a cada comentário que o pai do seu namorado acrescentava.

— Eu não tenho muita prática nesse jogo, senhor Park. É por isso. — Sorriu Yoongi de forma doce.

"Vai se foder. Eu nem jogo tão mal!"

Sim, Yoongi era um bom ator.

— Posso jogar contra Yoongi-hyung agora? — perguntou Jihyun, como sempre se intrometendo na história a cada oportunidade que tinha de ver Yoongi segurando a vontade de revirar os olhos. — Você já ganhou dele duas vezes, pai.

Ótimo. Como se não bastasse tentar agradar um Park, Yoongi tinha que agradar todos eles a fim de deixar Jimin orgulhoso.

— Claro — respondeu Yoongi, respirando fundo para buscar paciência.

Jihyun sentou-se à sua frente e, mais determinado a ganhar desta vez, Yoongi fez o máximo para não cometer nenhum deslize. Deus, como queria tirar aquele maldito sorriso convencido no rosto do mais novo! Se ao menos no jogo pudesse vencê-lo, Yoongi já se sentiria melhor.

Vendo Jimin se sentar ao lado de Yoongi, Jihyun descartou sua primeira carta.

— Sinto muito, mas vou fazer seu namorado perder, Jimin-hyung.

Yoongi não se deixou afetar, analisando bem suas opções antes de fazer qualquer jogada.

— O jogo mal começou, moleque — Jimin repreendeu o irmão.

Grato por Jimin defendê-lo, Yoongi tentou manter sua honra perante o namorado. No entanto, Jihyun o olhava de maneira tão infantil que Yoongi só queria ganhar a droga do jogo e jogar as cartas na cara do outro rapaz.

A começar do dia que havia chegado em Busan, Jihyun fazia de tudo para disputar com Yoongi em absolutamente tudo, desde jogos até coisas triviais como cozinhar. No segundo dia de Chuseok, inclusive, todos fizeram songpyeon juntos e Jihyun tentou competir com Yoongi para ver qual seria o bolo de arroz que ficaria mais gostoso, o dele ou o de Yoongi.

Então, com fogo nos olhos devido a toda essa implicância consigo, Yoongi tentou combinar as cartas em suas mãos da melhor forma possível, para mostrar a Jihyun que sabia ser tão infantil quanto ele se quisesse.

Que Jimin nunca saiba dos seus pensamentos, amém.

— Ganhei! — disse, empolgado, assim que percebeu o rosto emburrado de Jihyun.

— Seu namorado só ganhou porque eu deixei, Jimin-hyung. Tive pena dele e não quis que ele perdesse três vezes seguidas na sua frente.

Arqueando a sobrancelha com a mentira deslavada de Jihyun, Yoongi trincou os dentes, irritado por ver que ele fazia pouco caso da sua vitória.

Droga, desde quando havia se tornado tão competitivo? Talvez toda essa tentativa de conquistar a família de Jimin estivesse afetando seu cérebro.

— Agora que já deixei você vencer uma vez, nós podemos jogar pra valer — falou o mais novo, voltando a sua face debochada de antes.

Na segunda partida, Yoongi perdeu. Jihyun ficou radiante e foi como se a primeira vitória de Yoongi nunca houvesse existido.


[...]


— É oficial. Seu pai e seu irmão me odeiam — falou Yoongi, assim que se deitou na antiga cama de Jimin. — Nós vamos embora amanhã e eles ainda me odeiam.

Seu namorado estava dentro do banheiro do quarto, terminando de escovar os dentes enquanto o escutava desabafar.

— Não fala assim, Yoon. Eles só estranharam um pouco, mas hoje já foi melhor do que o primeiro dia, não é? Jihyun até te deixou ganhar dele no baralho — disse, sentando-se em frente a Yoongi, que bufou contrariado quando escutou a última parte.

— Ele não me deixou ganhar!

Jimin riu.

— Não ria de mim. Ele disse aquilo de propósito. Só para pagar de bom moço e me fazer parecer ruim na sua frente. — Um bico surgiu no rosto de Yoongi.

— Certo, eu acredito em você, bebê chorão.

— Eu não sou um bebê chorão!

Jimin riu novamente e Yoongi se virou, escondendo o rosto no travesseiro.

Sem se importar com a voz chateada do mais velho, Jimin se aproximou dele, deitando-se na cama para deixar a boca bem perto do ouvido de Yoongi.

— Tem razão. Você não é um bebê chorão. É o meu hyung, não é? — disse, deixando a voz rouca de propósito, gostando quando viu os pelinhos arrepiados na nuca de Yoongi.

— Jimin…

— Aguenta só mais um pouquinho, Yoon. O Chuseok termina amanhã e nós já vamos voltar para nossa casa. Só você e eu.

Afetado com o jeito como o mais novo falava, Yoongi virou o rosto para o lado a fim de olhá-lo. Suas bocas quase se tocaram apenas com isso, raspando levemente uma na outra.

— Seu irmão é tão chato comigo, amor.

Talvez Yoongi estivesse colocando um pouco mais de sofrimento na voz, mas o fato é que ele estava carente. Queria, sim, um pouco de carinho do namorado e, se preciso, faria um draminha para conseguir isso.

— É mesmo? E você tem aguentado tudo isso em silêncio? Coitadinho.

Jimin entendeu bem o que Yoongi queria, sorrindo para o namorado quando subiu no colo dele.

— Mas eu conversei com o meu irmão hoje antes de vir para o quarto, sabia?

Yoongi franziu a testa, surpreso com a informação.

— Conversou? — perguntou.

— Sim. E ele me disse que só agiu dessa forma porque tinha dúvidas sobre você ser um cara legal no começo. Mas, se você o aguentou sendo todo chato, você deve realmente me amar, foi o que ele me disse. Não faz sentido, mas meu irmão é esquisito, você sabe. Na cabeça dele, as coisas funcionam dessa forma.

Mesmo aliviado com o que ouviu, Yoongi bufou, sem entender por que Jihyun havia feito tudo isso quando eles poderiam simplesmente ter conversado.

No entanto, não teve muito tempo para pensar sobre as motivações do seu cunhado, pois Jimin voltou a falar:

— Talvez eu possa fazer você se sentir melhor, Yoon. Imagino o quanto deve ter sido estressante lidar com meu irmão.

Sem entender aonde o mais novo queria chegar, Yoongi o encarou.

— Você merece uma recompensa por ter vindo até aqui comigo e por ter sido tão bom que até a minha família percebeu — explicou, de maneira tão provocante que Yoongi se sentiu excitado.

Antes que tivesse tempo de reagir, Jimin puxou a barra de sua calça moletom para baixo, amontoando o tecido na altura dos tornozelos.

— Você quer? — perguntou Jimin, ainda que a resposta fosse bem óbvia, apenas pela maneira como Yoongi suspirou.

— Por favor.

Conhecendo bem seu namorado, Jimin sabia o quão facilmente afetado ele era. Assim, decidido a não provocar muito, inclinou-se sobre Yoongi e o beijou.

Algum tempo depois, Jimin não se surpreendeu quando o mais velho colocou a língua para fora, deixando Jimin chupá-la. Ele parecia tão, tão carente querendo ser beijado que balançou o quadril para cima, buscando sentir mais Jimin.

Abaixando o rosto, Jimin levantou a camisa de Yoongi beijando a barriga exposta, esfregando os lábios por toda a pele que encontrou até chegar na barra da cueca dele.

Yoongi já estava duro, com o tecido apertado tão esticado que o pau de Yoongi apareceu um pouco assim que Jimin puxou a cueca levemente para baixo.

— Porra… — Yoongi gemeu assim que sentiu os lábios grossos envolvendo a cabeça de sua ereção, chupando-a tão bem, mesmo que a cueca ainda atrapalhasse.

Jimin pressionou com as mãos por cima de sua roupa íntima, testando cada reação sua antes de simplesmente puxar a peça para baixo, deixando-a junto a calça, ainda enrolada nos pés de Yoongi.

Sem muita paciência, colocou tudo na boca, pressionando a língua por todo o caminho até que seus lábios encostassem na virilha do namorado.

Alternando entre simplesmente encostar a língua e levantar e descer a cabeça, Jimin se deixou levar, apreciando os gemidos que saíam da boca de Yoongi no processo.

O peito de Yoongi subia e descia rápido, sua pulsação aumentando de velocidade quando agarrou o cabelo de Jimin e empurrou a cabeça dele para baixo, fazendo o garoto engolir mais do seu pau.

Jimin o deixou fazer isso. Na verdade, até o incentivou, empurrando a língua para cima para apertar ainda mais o pau de Yoongi.

O mais velho elevou o quadril, aumentando a frequência com que fazia isso até que Jimin chegasse a engasgar por ter a boca muito cheia.

Afastando-se do pau babado de Yoongi, Jimin o bombeou com a mão algumas vezes, ficando mais rápido apenas para ver Yoongi franzir a testa de prazer.

— Você quer gozar em mim, hyung? Quer gozar na boca do seu homem?

Fraco, Yoongi assentiu.

— Eu estou tão, tão perto — confessou, apertando os olhos quando Jimin o tomou na boca mais uma vez.

Yoongi não durou muito, gemendo quando Jimin foi até o final mais algumas vezes. Gozando, empurrou a cabeça do garoto para baixo, sabendo que ele estava engolindo cada parte.

Assim que viu Yoongi afundar no colchão, satisfeito, Jimin o olhou com malícia.

— Yoon, se você continuar se comportando tão bem como tem feito até agora, prometo chupar seu pau desse jeito toda noite.

Meio atordoado pelo orgasmo, Yoongi riu do que Jimin falou, puxando-o para cima.

— Você realmente sabe como me ganhar, não é? — perguntou, mudando as posições na cama para que ficasse em cima de Jimin. — Mas tudo bem, eu gosto disso.

Jimin suspirou quando Yoongi o beijou.

— Agora é a minha vez de cuidar de você — disse Yoongi, excitando-se novamente quando sentiu o quão duro Jimin havia ficado por apenas chupá-lo.

Aproveitando a noite com o namorado, Yoongi notou que pouco se importava com a implicância da família dele e o método dos Park para aprová-lo. Isso não era nada comparado ao quão bem Jimin o fazia se sentir. E, se precisava enfrentar um pai e um irmão ciumento para continuar ao lado de Jimin, ele enfrentaria com prazer.

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Notas Finais: Queria agradecer a @yvespicy pela capa e a @2minym pela betagem!

3 Août 2021 18:31 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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La fin

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