A
Andressa Constantino


Nas terras da Noruega, próximo ao mar do norte, tendo como parte do seu território o litoral, ficava um reino de grande soberania e força nomeado Akhar. Era governado por um desbravador, porém, sinistro viking. Ao seu lado, sua esposa era conhecida por seus conselhos e bondade. O casal tinha dois filhos, o primogênito Hured e Rikhor, o mais novo. Tal reino tornou-se próspero e cheio de riquezas, graças as grandes pilhagens que costumeiramente faziam. Há algumas milhas de distância... tinha um vilarejo pobre, tomado pela fome e doenças. Este vilarejo era o lar de uma moça tão gentil e humilde, que lembrava a flor mais delicada que já nascera naquelas terras. O destino dela era moldado, traçado desde o primeiro dia de vida, porém ela escolheria os rumos que a levariam à ele. Mesmo que não o conhecesse. Os caminhos estavam cruzados, mesmo que fossem desconhecidos e nebulosos, se encaixariam perfeitamente, pois os olhos dos deuses, estavam sobre eles.


Romance Romance jeune adulte Interdit aux moins de 18 ans.

#Romance, #Guerra #fantasia #deuses #inkspiredstory #criaturas #magia
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Prólogo

A Espada e o Escudo

Prólogo



A noite era fria. A neve se acumulava pela estrada, quase a tomando por completo, oque dificulta um pouco a passagem. O vento sopra cortante na pele e o único refúgio era o casaco de peles que ela ajeitava em seu corpo. A geada constante dificultava enxergar, senão fosse pelas pequenas chamas das lamparinas à frente. A vila já estava bem próxima, a mulher apressou os seus passos chegando a uma pequena varanda feita de madeira já bem envelhecida. Logo sentiu o aroma do chá quente feito pela sua adorável mãe, era o que mais anseiava depois dessa pequena viagem ao sudeste.


A busca por plantas curativas que apenas nasciam em determinados locais, cada vez à levava mais longe. Mas por um bem maior o risco era uma opção, tentar salvar vidas. Ao abrir a porta se deparou com a senhora em frente à mesa. Um arranjo simples de pães, frutas, cozido de peixe e duas canecas com chá quente feito com carinho para sua amada filha. Sorridente a senhora foi ao encontro da mais nova à abraçando. Um beijo gelado foi depositado em sua testa alargando ainda mais seu sorriso.


— Como foi em sua viagem? — Ela perguntou enquanto arrumava algumas cambucas com o cozido, servindo-as.



— Uma pequena aventura eu diria, no meio do caminho soube de pequenos vilarejos sendo cercados pelos guerreiros vikings. Com um inverno tão forte como esse os saques se tornarão um problema, creio ter sido guiada pelos deuses por um desvio. Não me deparei com nenhum e encontrei as flores, temo não ser o suficiente, somente aqui são três famílias doentes.


— Freya nos deu um dom, eu lhe ensinei como sentir a energia dessas flores de cura e lhe mostrei como usá-las, porém cada vez mais se torna arriscado.



— Sim eu sei, mas, deve haver um jeito e não pretendo parar as buscas, principalmente pela senhora.


— Minha filha, não há flores que resolvam a minha doença, já é algo antigo, um mal que me acompanha. — Ela falou terminando sua refeição, viu sua filha por a mão em sua testa notando a febre aumentar.



— Sua febre está aumentando, como eu queria que essas flores trouxessem a solução mãe, do que adianta pra mim salvar outras vidas? Se não consigo salvar a sua?



— Não fale desse jeito, seu destino já está traçado pelos deuses. Não temos um vidente aqui mas eu já sinto isso faz muito tempo, sua história está apenas no começo, a minha está perto do final. Já cumpri o meu propósito neste mundo e nesta terra.



— Vou fazer o preparo das flores, a senhora precisa descansar, vou por lenha na lareira para manter a casa aquecida, amanhã tenho que levar esse elixir para os doentes.



— Tudo bem, mas não vá dormir muito tarde, você também está cansada, e quando chega arruma mais trabalho pra fazer.


— Tentarei não demorar.



Os dias passaram, e pela manhã como de costume a mulher jovem caminhou até o quarto de sua mãe. Queria ver como estava, se precisava de algo antes que saísse para o seu trabalho na vila. Ao abrir a porta devagar, notou sua mãe ainda deitada. O silêncio se tornou algo sufocante quando viu que ela não respirava, correu ajoelhando-se na frente da cama, tocou a pele já fria de sua mãe e seus olhos arderam.


As lágrimas caíam sem parar, se sentiu solitária, por anos eram apenas as duas. Agora teria de seguir sozinha o resto da jornada. Após se recuperar um pouco, ela ajeitou o corpo de sua mãe para a cerimônia. Algo simples, porém muito significativo, avisar aos moradores e amigos foi doloroso demais. Todos sentiam a perda de uma grande mulher para eles, mas sabiam sobre sua entrada em Valhala, trazendo assim, alívio.


A pira foi construída por cada morador, de acordo com os costumes. Um vilarejo pequeno de apenas umas 120 pessoas, em uma situação muito pobre. Nenhum rei se importava com meros camponeses, esta era a verdade, pelo menos nenhum rei até então. Ainda viviam na sombra do medo, por causa das ameaças de invasores. Provavelmente eles seriam os próximos a ter que dar seus animais e alimentos ou morrer tentando lutar.



Laffrid, assim se chamava sua mãe, jazia sobre a pira média feita de madeira e palha, na mão de sua filha, a tocha com fogo. Um silencioso pedido aos deuses pela travessia de sua mãe. Logo atrás uma cantiga antiga era entoada pelos moradores, abaixando a tocha logo viu a palha ir queimando aos poucos. Ela ficou ali parada, perdida no próprio tempo, ninguém mais cantava. A canção continuava aos seus ouvidos, percorrendo o longo caminho até seu coração.



A noite caiu mais fria e escura, não nevava mas a neblina estava intensa em todo o local. Uma certa agitação fez com que a mulher se levantasse da pequena poltrona e abrisse a janela. Ao longe pôde ouvir certo alvoroço, gritos e sons de espadas, fechou a janela sentindo seu coração disparar em desespero.


Mais rápido do que imaginou, o pior que podia esperar, depois da morte de sua mãe. Eles haviam chegado e não ia sobrar nada em seu pequeno vilarejo. Só lhe restava duas opções, lutar pela sua vida ou fugir agora como uma covarde abandonando a todos. Nenhuma das duas era boa em seu ponto de vista, mas não se tornaria uma covarde, não abandonaria aqueles que a abraçaram por tanto tempo. Seguiu então a primeira opção.


Mas os planos dos deuses eram outros.


30 Juin 2021 19:09 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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