koushirou Yoshi Koushirou

Amaldiçoado em sua nova vida por um fantasma, Camus se vê pressionado a viajar a um passado distante para enfrentar um inimigo invisível, porém calamitoso. Junto de cavaleiros que jamais se imaginou próximo, ele irá descobrir das ruínas ao nascimento do que, hoje, é o Santuário de Athena e suas 12 casas. A sua fé... Ela pode ser restaurada? Ou ela se quebrará?


Fanfiction Anime/Manga Interdit aux moins de 18 ans.

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Prólogo

Fechou a luz e apagou a porta atrás de si.

Caminhou com passos rápidos, deitou-se nos sapatos e tirou a cama, jogando-a longe, confuso e ofego. Tirou a respiração descompassada e tentou acalmar a franja comprida dos olhos escuros, fechando-os.

O que acontecera?

Tentou realinhar os pensamentos, voltando a fitar o teto no escuro absoluto.

Beijara Afrodite. Seu vizinho de casa zodiacal, aquele que até onde podia lembrar, não amava. E agora se mantinha confuso, tortuoso, sem saber o que pensar e sequer aonde estava. O que pensou naquele momento? O que sabia sobre ele? O que sabia sobre si mesmo naquele exato momento?

Sentou-se na cama, passando os dedos compridos pelos fios ruivos, nervoso. Eram cavaleiros, homens, não podiam! Era estranho, pois lutaram por muito tempo juntos, se conheciam há anos, e nunca pensou que isso lhe passaria pela cabeça. Nem pela sua, e nem pela do próprio Afrodite.

Se bem que... A feição doce e os lábios rosados do sueco lhe eram atrativos desde sempre, até pensara neles algumas vezes, mas não a este ponto! E, então, puramente aconteceu. Antes que pudesse dizer sim ou não...

Levantou-se, calçando os sapatos novamente e pisando duro até a porta, mas estacou com a mão na maçaneta, o sangue fervente nas veias. O que estava fazendo mais uma vez? Nunca fora irracional, então por que cargas d’água o estava sendo agora? Suspirou, voltando-se para a janela do quarto, apoiando suas costas na parede, observando a chuva cair lá fora enquanto tocava seus próprios lábios com a ponta dos dedos em uma tentativa de ainda sentir o toque do outro guerreiro.

Estivera recostado em um dos pilares da casa de Aquário por horas, observando as grossas gotas caírem, formando poças fundas e refletirem o cenário grego. Um belo ponto turístico, se não local de tanta guerra. Se não berço de tantas lágrimas como os grossos pingos de chuva que caíam incessantemente das nuvens carregadas. E pensar que todas aquelas casas já viram incontáveis litros de sangue... Amores, iras, lealdade, traição, paixão e fervor. Proteção por uma santa que protegia-lhes a vida em troca de suas próprias almas, fadadas a encarnar e reencarnar eternamente para proteger-lhe.

Seus olhos avermelhados corriam pelos pilares da casa de Capricórnio quando sentiu o cosmo sutil se aproximar. Era comum que subissem ao 13º templo, e não ao contrário, o que estava acontecendo. Não virou-se, esperando quem quer que fosse se aproximar. Manteve-se observando, atentamente, a chuva cair sem piedade como se fosse uma singela sinfonia.

—Bom dia, Camus— ouviu a voz lhe cumprimentar.

—Deseja passar?— respondera brevemente, como o costume. Reconhecera o cosmo aprazente.

—Na verdade, venho lhe fazer companhia num dia chuvoso — recebeu como resposta algo que lhe surpreendeu. Bem... Conversavam algumas vezes, afinal. Não era como se odiassem, pois desde o início dos tempos de paz mantinham um convívio agradável em nome da boa vizinhança... Ao contrário de alguns cavaleiros, que se portavam como crianças de primário ao se avistarem. — E agradecer pela ajuda com as sementes de rosas que trouxe da França.

—Elas brotaram?— questionou sem responder ao agradecimento.

Havia visitado seu país de origem e trouxera consigo o que pôde para alguns amigos do santuário, como todos sempre faziam. Era como uma pequena tradição, supostamente, onde aquele que visitasse seu país trazia coisas pequenas que os outros cavaleiros gostariam.

—Sim, são lindas— sorria e Camus virou-se para fitá-lo a tempo de encontrar os olhos azuis juntos aos seus— A chuva lhes ajudará a ter ainda mais força.

—Isso é ótimo— concordou com a cabeça, observando o louro aproximar-se de si de forma airosa, parando a sua frente. Só então pôde ver que os fios claros tinham pequenas gotas d’água.

—Você é mais legal do que as pessoas pensam, Camus de Aquário— iniciou com um sorriso astuto. Afrodite sempre fora astuto.— Você não é um cubo de gelo como todos imaginam. Eu, pessoalmente, acho isso puramente interessante— seu sorriso se tornara de canto.

Um observou o outro. Afrodite perdia-se nos fios ruivos e Camus perdia-se nos olhos azuis. Ambos perdidos demais para perceber que a chuva aumentara a intensidade e os cosmos se inquietavam sutilmente, fervorosos. O cosmo frio de Camus aquecia e o cosmo suave de Afrodite estremecia.

E, por fim, o silêncio se partiu por um trovão cortando o céu.

—Bem... Creio que esteja em minha hora de partir— o pisciano ciciou, segredando dentro do sorriso.

E, quando o louro estava prestes a virar-se, o dono da casa lhe segurou o rosto com delicadeza e selou seus lábios nos dele com sutileza, causando uma exclamação de surpresa tanto em quem beijou quanto em quem fora beijado.

18 Mai 2021 23:15 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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