cerejurs Bell Ackerman

Não querendo reclamar mas já reclamando, como é possível ser alguém tão azarado durante tanto tempo? Aquela história de azar nos jogos e sorte no amor definitivamente não se encaixava na infame vida da pequena Marinette, já que a unica sorte que tinha era de ainda estar viva. Seu sonho era ser estilista, mas nunca havia tido nenhuma oportunidade para mostrar o seu talento e quando tinha, algo acontecia para foder as suas esperanças. Então, em um dia comum, Marinette acaba sendo o alvo de um cupido que, honestamente, não fazia ideia do que estava fazendo. Mas de uma coisa Mari tinha certeza: sua situação não poderia piorar. Então por que não aceitar a ajuda de um serzinho extremamente fofo e suspeito?


Fanfiction Dessins animés Interdit aux moins de 18 ans.

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Prólogo

Bem, talvez você esteja lendo isso por simplesmente não ter algo melhor para fazer. Acertei? Oras, é claro que ninguém iria me achar nessa internet se não estivesse totalmente entediado. E adivinhem? Eu também estou entediada! Nossa, faz tanto tempo que eu não vejo a luz do dia que eu tenho certeza de que, quando eu finalmente por os pés para fora de casa, vou queimar que nem um vampiro.


Marinette escrevia em seu celular, não tinha nada para fazer mesmo! Então por que não escrever um desabafo e postar em algum site aleatório?


Se virou na cama, ficando de bruços, apoiando seu queixo no travesseiro, ponderando as próximas palavras que escreveria. Não tinha muitas ideias. Havia acabado de chegar do trabalho após a trágica noticia que havia sido demitida por não precisarem mais dela. Poxa, sou tão descartável assim?


Respirou fundo e voltou a escrever.


Prefiro não revelar meu nome real, então me chamem de Ladybug. Por quê? Bem, eu gosto de joaninhas e as acho fofas. Mas esse não é o ponto, estou escrevendo isso para desabafar.


Eu tenho vinte e cinco anos e faço vinte e seis daqui há três meses. Acabei de ser demitida do meu trabalho por ser insignificante e estou muito triste por nada dar certo na minha vida. Meus pais foram morar em Pequim e me deixaram em Paris, linda e bela cidade do amor, e atualmente eu moro num apartamento meia boca afastado do centro.


Pelo menos eu sou triste em Paris!


Acabou rindo da própria desgraça, passando a mão no rosto para tirar sua franja da cara.


Mas bem, não é como se eu fosse morrer de fome também. As vezes eu consigo um bico aqui e ali... Mas nada realmente interessante. Eu nunca tive oportunidade para mostrar meu talento para o mundo. Eu queria ser estilista, sabe? Fazer aquelas roupas que vocês acham super esquisitas em desfiles de moda ou até mesmo fazer uma noiva feliz criando o vestido dos seus sonhos. Mas como vocês devem ter reparado, a unica coisa que eu tenho atualmente são dívidas e decepções.


Crianças que estão lendo isso: sigam o conselho da tia e tomem cuidado quando vocês forem fazer alguma escolha. Pensem mil vezes antes de tomar qualquer decisão por mais irrelevante que ela seja, afinal, são os pequenos detalhes que formam o seu dia-a-dia.


Escrevi bonito, né?


Se virou de novo, com a barriga para cima dessa vez, relendo o texto procurando algo para acrescentar o mudar e quando se viu entediada, postou. Deixou o celular sobre a sua cama e foi para o banheiro no corredor estreito, precisava tomar um banho para tentar se animar pelo menos um pouco, afinal, era aniversário de sua melhor amiga.


[...]


Se arrumou como pode e partiu rumo à casa de Alya.


Estava mesmo para baixo, talvez seus amigos pudessem pelo menos fazer a sua noite menos pior. E estava funcionando, Rose tinha talento para fazer qualquer um olhar pelo lado positivo da coisa, independente do quão irreal ele seja.


Juleka, noiva de Rose, apesar de não ser boa com palavras ficou por perto, as vezes contando alguma piada sem graça que fazia Rose rir e que, consequentemente, animava um pouco mais a azulada.


Ver as duas a fazia pensar em como queria ter alguém para chamar de amor. Ou qualquer coisa, sabe? Criar apelidos carinhosos ou engraçados, passar a noite debaixo de um edredom quentinho assistindo séries ou até mesmo alguém que fosse a acompanhar até o trabalho por querer passar mais tempo consigo.


Podia não admitir, mas Marinette era uma garota carente. E se via desse jeito quando via casais: totalmente perdida em fantasias da sua cabeça.

Síndrome do garoto perfeito, eu diria.


— Chamando Marinette para a terra! — só saiu dos seus pensamentos quando Alya se aproximou, balançando sua mão em frente ao seu rosto após falhas tentativas de a acordar para a vida.


— Hã? Quê? - olhou para a amiga meio desnorteada. — Ah, Alya! Pensei que você não iria dar atenção para mim. — a morena riu, cruzando os braços ouvindo o que azulada falava com as sobrancelhas arqueadas. Tão cínica!


Sentiria falta dela.


— Deixa de ser ciumenta! Nasceu grudada em mim?!— respondeu brincalhona, mas Marinette notou o tom de desconforto em sua voz. E claro que Alya percebeu que a amiga sabia que algo estava errado. É como se elas pudessem conversar apenas pelo olhar.

Mas mesmo assim, Mari perguntou.


— O que foi?

Alya respirou fundo, juntando suas forças para falar. Queria ser firme, afinal, já havia até comprado as passagens de avião! Por isso segurou firme na mão da melhor amiga e a olhou nos olhos.


— Mari, eu e o Nino decidimos ir morar nos Estados Unidos. Ele recebeu uma oferta de emprego muito boa lá e bem, eu também já consegui um trabalho em uma empresa de publicidade...— pode ver os olhos da amiga começando a se encher de lágrimas, mas sabia que ela não choraria no sua frente, por isso decidiu continuar.— E bem, vai ser melhor para a gente... Ir. Não podíamos perder uma oportunidade tão boa.


Mari desviou o olhar para as suas mãos unidas com a da amiga. Sabia que ela não tinha culpa, na verdade, estava feliz por ela e o marido terem recebido uma oportunidade tão boa de mudar de vida. Queria o melhor para Alya, e se isso significasse ter que ficar longe da pessoa que ela mais ama do mundo (obviamente depois de seus pais), ela ficaria. Por isso sorriu.


— Claro que não tem problema, sua boba!— riu, secando uma lágrima no canto de seu olho.— Nem sei por que v-você tá tão preocupada comigo. Vocês vão ser muito f-felizes lá!

No final das contas, quem acabou chorando foi Alya. Meu deus! Como conseguiria viver sem sua fiel parceira de farra? Parecia inacreditável que em alguns dias estaria longe a ponto de não poder ir andando bêbada para a casa da amiga pedir concelhos para ela e no final das contas acabar em um bar cantando sofrência junto da azulada!


E Mari queria ser forte, como queria, mas acabou desabando quando a amiga lhe puxou para um abraço.


— E-eu vou sentir t-tanta saudade!— fungou, apertando ainda mais os ombros da morena.

— Você vai m-me matar desse j-jeito!!— riu, apesar de também estar apertando a pobre coitada.

Ficaram abraçadas por algum tempo, cada uma com a cabeça cheia de pensamentos sobre o futuro. Conversaram, Alya contou alguns detalhes sobre a viagem, e logo foram cortar o bolo, e então Alya contou ao resto dos convidados sobre a novidade, e a festa seguiu animada. Até as irmãs e pais de Alya curtiram até tarde!


Marinette foi embora lá pras onze da noite, tirando o sorriso do rosto, pensando em todo caminho como queria ter uma sorte como a amiga teve.

Estava triste: primeiro foi demitida por não ter nada de especial, depois descobriu que a amiga iria morar longe pra caramba. O que faltava para completar a sua desgraça? Parou no parque que ficava em frente ao prédio que morava e se sentou no balanço, encarando seus pés na sandália de salto delicada, se balançando suavemente.


Era pedir de mais que um príncipe encantado aparecesse para lhe tirar daquela realidade decepcionante em que vivia?


Encarou o céu estrelado e respirou fundo. Não haviam estrelas cadentes, mas mesmo assim fez um pedido.


Por favor, eu só preciso de uma chance...

Murmurou baixinho, fechando os olhos. Eram palavras simples, não tinha malícia nenhuma no pedido da azulada. Na realidade, aquelas palavras eram a personificação da vontade mais pura que tinha. Precisava de uma chance. Só isso e estaria satisfeita.


Mesmo que nessa única chance não conseguisse fazer o mundo a notar, seria grata. Por que com ela, finalmente poderia dar o primeiro passo.


[...]


Já passavam das dez quando Marinette começou a dar os primeiros sinais de vida.


Foi dormir tarde, após chegar em casa ainda perdeu tempo em assistir uns três episódios de Anne, desejando muito entrar na série e viver uma vida encantada como aquela, mesmo que não houvesse nada de mágico na série. Talvez o que mais a atraia era a personagem principal e a forma tão bonita que ela via o mundo.


Mas o seu sossego não durou muito. Não, não por que o vizinho de baixo reclamara de um barulho vindo diretamente do além ou a velhinha do apartamento ao lado ligando o rádio para ouvir as notícias do dia. Mas porque viu um vulto vermelho passar voando pelos seus olhos.


Rapidamente se sentou, esfregando os olhos com o dorso da mão, estreitando o olhar para ver se via algo. Talvez estivesse enlouquecendo de vez.


Se levantou, calçou sua pantufa fofinha e foi ao banheiro.


Se sentou na privada para fazer seu xixi matinal e bum! De repente viu um serzinho cabeçudo e vermelho diante dos seus olhos. Deu um grito, afastando seu rosto daquele ser estranho, vendo que ele se aproximava cada vez mais, lhe encarando com seus olhos enormes.


— O q-que é você?! Eu pirei de vez?!

O bichinho riu e isso só deixou a pobre Marinette ainda mais confuso.


— Eu sou um kwami. Especificamente um kwami da sorte!— falou com a voz fofinha e Marinette estava para ter um treco.— Mas para você eu irei trabalhar como um cupido! Espero que possamos ser amigas, Marietta.

Okay, vamos por partes. Primeiro: o que caralhos está acontecendo? Marinette mal havia acordado e já estava sendo surpreendida pelas paranoias da sua cabeça, sim, da sua cabeça, afinal aquele filhote de crus credo não podia ser real. E segundo, e provavelmente mais importante: da onde aquele serzinho havia tirado Marietta?


Respirou fundo, ajeitou a sua postura e encarou o kwami.


— Meu nome é Marinette. E-

— Prazer, Marinette! Eu me chamo Tikki! - fora interrompida por Tikki, que parecia animada com a simples resposta de Marinette.

E a garota, por outro lado, estava desnorteada por receber tantas informações de uma vez. Quer dizer, não estava entendendo nada, mal havia conseguido acordar direito! Kwamis por acaso não tem educação? E de onde ela tirou o nome kwami? Seu subconsciente era tão criativo assim?


Muitas perguntas e, definitivamente, queria uma resposta para todas elas.

Se arrastou até a pia do banheiro, sendo seguida por Tikki, e enquanto passava a pasta de dente na sua escova, perguntou para a Kwami. — Você disse que é um serzinho da sorte, certo?


— Sim! Sou um Kwami da sorte. — ela falava animada, parecia feliz de mais.


De onde Marinette havia tirado aquela ideia pirada?


— Se você é um... Kwami da sorte, você vai me dar sorte? — perguntou com esperanças de que sim, teria sorte e todos os problemas da sua vida acabariam. Coitada.


— Negativo! Eu serei um cupido para você, Marietta.


— É Marinette. — corrigiu, enfiando sua escova de dente na boca, encarando o kwami. Não havia entendido a lógica de ter um ser espectral que da sorte se ele apenas arrumaria um namorado, Marinette não precisa de um namorado. Ela pode até querer, mas amor não enche bucho a não ser que seja... Bem, vocês entenderam. — E por que um cupido e não um... Sei lá, gênio da lampada?


Por alguns segundos Tikki olhou para Marinette sem entender muito bem o que a azulada havia dito.


— Mas os problemas não podem ser resolvidos com um príncipe encantado que te amará para todo o sempre?


— Quê? Não! A vida não é um conto de fadas, Tikki! E príncipes não existem. — falou, terminando de escovar os dentes.


— Claro que podem! E eu vou ser o seu-


— Olha, seja lá o que você for, pode ir embora. — interrompeu a kwami, seguindo até a cozinha. Tikki foi junto. — Eu prefiro não me iludir achando que tudo vai dar certo por que um príncipe loiro dos olhos esmeralda apareceu. Já me iludi de mais, entende?


— Na verdade não. — cruzou os bracinhos, pendendo a cabeça para o lado ao ver Marinette mexendo na cafeteira. Ignorou a sua curiosidade por ora, precisava convencer Marietta a aceitar que ela fosse o cupido que resolveria os seus problemas. — Veja bem, eu posso te ajudar! Já ajudei muitas pessoas a realizarem os seus sonhos!


— Ajudou como cupido?


— Não, ajudei como amuleto. — falou inocentemente.


— Me polpe, vai. — revirou os olhos, enchendo uma caneca com café, indo até o sofá. Ligou a televisão e tentou ignorar as várias súplicas da kwami.


Mas o que Tikki tinha de pequena tinha de insistente. Não demorou mais meia hora e Marinette, totalmente sem paciência, decidiu aceitar o trato.


— E o que eu vou precisar dar em troca? — perguntou enquanto colocava os brincos que Tikki havia lhe entregado. Aquilo estava parecendo um trato demoníaco.


E bem, ignoremos o fato da kwami ter entregue um brinco para a Marinette. Ela gosta de joaninhas, certamente havia comprado aqueles brincos e agora, depois de muito tempo, os encontrou. Claro que é isso! Tikki nem é real no final das contas...


— Nada! Quando nós fazemos boas ações somos recompensados no nosso mundo. — disse calminha, esperando a azulada terminar de por o ultimo brinco.


— Esse papo me soa tão estranho...


E então quando finalmente encaixou a tarraxinha no ultimo brinco, sentiu um arrepio enorme percorrer por todo seu corpo. Sentou-se no sofá, sentindo suas pernas bambas e olhou para Tikki como se perguntasse o que havia acontecido, mas a kwami não estava mais lá.


O que diabos estava acontecendo?













17 Mai 2021 18:31 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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À suivre… Nouveau chapitre Toutes les semaines.

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