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Sombra da


Onde Jiang Cheng odeia a todos exceto seu filhotinho fofo. ---------------------------------------------------- Os personagens desta história não pertencem a mim e sim ao universo de Mo Dao Zu Shi da autora MXTX.


Fanfiction Livres Tout public.

#Mdzs #XiCheng #WangXian #jiangcheng #lanxicheng #conforto #soft #mxtx
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Exceto você!

Jiang Cheng não se via como uma pessoa egoísta, mas talvez ele fosse. Ele, de forma recorrente se pegava afastando as pessoas para o mais longe possível, talvez fosse um péssimo hábito ou algo assim, mas verdade seja dita, era mais fácil afastar as pessoas do que lidar com elas.

"Pessoas são como bola de tênis, se você sabe jogar você se dá bem, se não, ou elas deixam machucados que variam entre leves e graves, ou você não consegue manter o jogo e perde as bolas. Mas o pior é se você souber jogar, então aparecerá um oponente no qual irá tentar te fazer perder a bola ou a bola consequentemente irá parar fora do campo e você irá perder. Tradução: Não jogue tênis e não lide com pessoas."

Não era como se o Jiang tivesse um coração de pedra ou algo assim, ele também amava e tinha pessoas a quem queria proteger, essas eram escolhidas a dedo, como seu sobrinho, seu irritante irmão e recentemente o líder da ala pediátrica do hospital Lan. Jiang era muito cuidadoso no seu campo de escolha afetiva, e quando alguém conseguia entrar nesse campo estável e tenebroso, o veterinário entrava em um pequeno estado de pânico interno e se tornando mais frio e cruel com todos a sua volta garantindo que ninguém iria se aproveitar dessa pequena fagulha sentimental que surgia em seus olhos.

Jiang Cheng odiava lidar com pessoas, pessoas são muito complicadas. Mas amava animais, eles eram sempre puros e amáveis, se fazia anos que não tinha um, — mesmo cuidando de muitos — sempre se aproveita do carinho e o amor puro que Fada, cadela de Jin Ling. O fato era que ele mimava a cadela como se fosse sua filha e á ela mostrava um lado que ninguém — absolutamente ninguém — via, um lado doce e amoroso que ele escondia por trás de sua recorrente arrogância, orgulho e irritação a todos.

— A-Cheng… no que está pensando?

— Eu não gosto de pessoas.

— Hum? Isso foi direcionado a mim? Achei que já tivéssemos passado dessa fase.

— Huan-gege…

— Hum?

— Fico feliz que você se pareça mais com um filhote fofo do que com uma pessoa.

— Hum??

A voz do Jiang era calma, manhosa, melancólica e carregada de afeto. Lan XiChen não ouvia muito aquela voz ou via a aquela expressão distante e contemplativa no adorável rosto de seu parceiro. Era uma visão realmente divina e parecia uma doce pintura assim como das outras vezes. O mais novo estava sentado à sua frente com um olhar baixo e distante, acariciava a fita branca entre os dedos como se ela lhe trouxesse um pouco de paz.

Se fosse outra pessoa que tivesse dito que ele era um "filhote fofo". O Lan teria se ofendido e com certeza responderia com uma ofensa sutil em meio a um sorriso. Mas foi Jiang Cheng que o disse, o mais velho sabia como o mais novo amava e confiava mais em animais que em pessoas então aquilo com certeza não foi pejorativo e sim um elogio e admissão que o menor confiava e o amava —ainda mais carregado com aquele afeto e melancolia era impossível odiar aquilo. — Mas XiChen era inteligente, inteligente o suficiente para ver que algo tinha acontecido e que tinha afetado profundamente seu gatinho arisco.

— A-Cheng, você quer conversar sobre o que te deixou assim?

— Huan-gege, eu não quero lhe importunar com algo banal. Ideias estúpidas às vezes geram emoções realmente irritantes.

Huan entendia, WanYin odiava ser um fardo, odiava profundamente dividir as coisas, tanto por se sentir fraco como por se sentir um incômodo aos outros. O mais velho só viu o Jiang agir de forma lamentável uma vez, mesmo assim estava bêbado e não demorou a rir e dizer o quão estúpido era por fazer aquela cena, afinal haviam muitas pessoas com problemas maiores que os seus. No final XiChen descobriu que o arrogante e orgulhoso veterinário de YunMeng morria de medo de amar, medo das brigas, medo de ser deixado, medo que tivesse uma relação como a dos pais e ao mesmo tempo medo de ficar sozinho; Jiang Cheng morria de medo das pessoas. No mesmo tempo descobriu sua teoria sobre o jogo de tênis e percebeu que aquele homem forte que se tornava lamentável quando bêbado, era com quem ele queria passar o resto dos seus dias.

Na mesma noite XiChen levou WanYin até o quarto em que estava hospedado em sua casa, e o deitou o ouvindo reclamar a perda do calor de seu corpo, seu rosto tinha uma linda e sofrida carranca, deixando claro que o mesmo tinha começado a ter algum sonho ruim já que parecia sereno quando estava nos braços do mais velho.

O mais novo ficaria como um morango de tão vermelho se soubesse que foi carregado como uma noiva até o quarto, Huan tinha ficado em dúvida sobre contar ou não sobre aquilo a ele apenas para seu próprio deleite. No final desistiu pois corria o risco do seu gatinho arisco correr de Gusu e nunca mais voltar, agora que finalmente percebeu e aceitou seus sentimentos isso não deixaria o mais novo ir muito longe de si.

Quando foi puxar as cobertas para cobrir o outro sentiu um leve arrepio ao ter sua faixa puxada fazendo a mesma se soltar. Suas bochechas e a ponta de suas orelhas tinham esquentado fortemente. Na época Huan achou tão adorável a forma como Cheng segurava sua fita com a expressão muito mais serena do que a antiga, a força que ele colocava se recusando a soltar quando o mais velho tentou tela de volta, a forma que a abraçou como se fosse a coisa mais valiosa do mundo e como murmurou um manhoso "meu" em tom adormecido. O Lan foi incapaz de tirar dele, seu coração pesava com a ideia de tomar aquela fita das mãos de WanYin, no final Jiang Cheng nunca devolveu a fita. XiChen passou por um aperto quando foi visitado na manhã seguinte pelo tio e irmão que deram falta da fita que deveria estar em sua testa. Disse que tinha perdido e pediu para que o Tio o arrumasse outra, Huan recebeu um sermão, mas logo teve outra em suas mãos/testa.

Quando encontrou Jiang novamente o mais novo pareceu irritado ao ver a fita em sua testa — Huan nunca soube mais o fato era que WanYin tinha ficado com ciúmes, em sua cabeça Huan não devia usar outra fita pois as pessoas poderiam entender que o mesmo ainda estava disponível ( mesmo que tecnicamente ele estivesse). — O mais velho sentiu um calor percorrer o corpo quando as mãos macias seguraram as suas colocando algo redondo dentro das mesmas. Huan queria olhar o objeto, mas não conseguia desviar os olhos dos sapecas e brilhantes olhos ametista pertencentes ao outro, sentiu aquele calor percorrer de orelha a orelha mais uma vez, Jiang Cheng segurava a ponta de sua fita mais uma vez e a beijou antes de puxa-la desfazendo o pequeno nó.

— Meu...

A mesma palavra da noite anterior, mas dessa vez ditas com mais segurança e até mesmo um pouco de arrogância e posse. O menor deu um sorriso vitorioso, beijou o mais velho antes de se despedir deixando o mesmo boquiaberto e sem entender exatamente o que tinha acontecido. Quando finalmente recuperou os sentidos e olhou o que Cheng tinha deixado em sua mão viu o sino da família Jiang o que fez seu rosto esquentar mais uma vez, seu coração que até agora não havia dado sinais de vida bater não rápido e intensamente que quase o matou.

O sino da família Jiang era tão importa quanto a faixa na testa da família Lan, significava tanto acalmar a mente, dar foco e também era um sinal de amor, proteção e importância. Quando um membro da linhagem Jiang queria passar o resto da vida ao lado e protegendo alguém eles davam seu sino a essa pessoa. Lan Huan se lembra de quanto Jiang Yanli deu o dela a Jin ZiXuan e como a cena foi adorável e como por recorrência aquele sino foi parar com Jin Ling e depois nas mãos do sobrinho Sizhui — o mesmo mal era visto com a fita branca na testa nos últimos meses.

— Huan-gege… você está me ouvindo?

— Hum?

Huan voltou de seus devaneios vendo o menor se levantar indo até si e se sentando de lado no seu colo e deitando a cabeça em seu ombro como se pedisse carinho e segurança.

— Eu perguntei se posso ficar com você essa noite.

— A-Cheng...

— Hum?

— Eu amo você.

— E-eu amo você Huan-gege…

Ok. Jiang Cheng estava muito abalado com alguma coisa. Ele não dizia "Eu te amo." Não chamava Lan XiChen de "Huan-gege" , não a menos que estivessem transando ou XiChen pedisse/ implorasse por aquilo.

— A-Cheng… Realmente não quer conversar sobre o que lhe deixou triste?

— Eu odeio pessoas… Huan-gege eu não quero mais ser o patriarca da família… eu estou cansado, não quero mais lidar com coisas complicadas, com pessoas complicadas. Eu sinto sua falta o tempo todo como se eu fosse morrer… eu me sinto incompleto longe de você... é tão frio e solitário… Huan-gege eu não aguento mais ficar nem um segundo sem você, dói muito...

Por essa XiChen não esperava.

Já tinha notado que as visitas do menor se tornaram tão frequentes que o mesmo não ia a YunMeng a quase três meses para vê-lo, afinal não era necessário já que Cheng sempre vinha mais rápido. Isso também o preocupava um pouco e até chegou a comentar com o menor, Jiang parecia mais exausto a cada vez que se viam, mas ele ficou tão irritado com o assunto que o Lan não voltou mais a falar disso… Seus pensamentos foram cortados mais uma vez quando sentiu os lábios macios do menor contra o seu, o beijo foi calmo e carregado de um sentimento raro e quentinho vindo do menor, uma carência misturada com amor.

Durante o beijo Huan sentiu o gosto de rodula, folha usado para fins médicos que entorpece a mente do paciente e o deixa mais propenso a dizer a verdade e viajarem um pouco além da conta dentro da própria cabeça. — como a maconha.

Afastou os lábios lentamente observando o Jiang completamente manhoso nos seus braços e tentou se lembrar onde o companheiro poderia ter consumido tal erva. Wei WuXian! O cunhado tinha insistido em falar a sós com WanYin durante a manhã e disse a XiChen que faria seu namorado voltar carinhoso e amável para seus braços. O Lan não tinha se importado com aquilo achando que era só mais uma provocação boba direcionado ao seu namorado. Mas pelo visto não foi, bom mesmo estando preocupado agora que já sabia que ninguém tinha magoado seu gatinho ele se sentia mais leve. Mas iria tirar um pouco de proveito da situação.

— A-Cheng.

— Hum?

— Se você pudesse pedir qualquer coisa a mim, o que você gostaria?

— Eu não posso pedir o que eu gostaria Gege… Você ficaria triste por ter um namorado muito egoísta.

— Seja egoísta WanYin... Eu quero que seja.

— Bem… Eu pedira para Huan-gege vir morar comigo em YunMeng.

— Por que WanYin não poderia vir morar comigo?

Eu não tenho ninguém para ficar no meu lugar em YunMeng… Jin Ling está morando em Gusu agora, Wei não é mais membro da família Jiang… Fora eles eu só tenho você…

— Se eu renunciasse ao meu cargo você ficaria feliz?

— Eu não quero isso… Lan Huan vai ficar triste e ver Lan Huan triste dói mais do que a saudade que mora aqui. Por isso WanYin não conta a Huan o quanto sente saudades... WanYin não que ver seu gege triste.

Viu Jiang Cheng pegar uma de suas mãos e deitar sobre o próprio peito parecendo choroso em sua última fala. Por muito tempo achou que o único que tinha sentimentos realmente profundos na relação era ele, agora que tinha consciência que seu gatinho arisco suportou tanto apenas para não preocupado isso lhe partiu profundamente o coração. O mais novo era o responsável pelo término de sua depressão e pela felicidade em sua vida, faria qualquer coisa que ele pedisse e talvez fosse por isso que WanYin nunca lhe contou sobre esse amargo anseio de saudades que sentia.

— WanYin… se eu te pedisse para morar com você. O que você diria?

— Se Huan-gege estiver feliz WanYin será a pessoa mais feliz por recebê-lo em YunMeng.

O pequeno lhe beijou mais uma vez se aconchegando mais adormecendo aos pouquinhos. Huan não se móvel a noite toda, não queria acordar o mais novo e aproveitou para pensar profundamente sobre a ideia que lhe foi proposta. — Jiang Cheng não iria se lembrar de absolutamente nada na manhã seguinte, era um efeito da erva. — Isso era bom, Huan já tinha pensado diversas vezes em deixar Gusu para viver em YunMeng com seu pequeno gatinho, mas não sabia se Cheng compartilhava o mesmo desejo. Agora que tinha essa confirmação não precisou muito para decidir o que fazer.

(...)

Pessoas são complicadas, Jiang Cheng realmente não gosta de lidar com pessoas. Mas estava tudo bem, pois Lan XiChen não era uma pessoa comum de qualquer forma, ele era seu filhotinho fofo — estava tudo bem pensar assim, porque Huan o via como seu gatinho arisco.

— Eu realmente odeio pessoas… mas tudo bem se for você...

O Jiang disse desviando o olhar do sorridente e empolgado Lan XiChen, que agora estava parado a frente de sua porta com várias malas e um filhotinho de cachorro nos braços como se implorasse para que WanYin os deixasse ficar com ele. No final ele apenas suspirou profundamente contendo o sorriso, pegou o filhote dos braços de XiChen e entrou dando passagem para que o mesmo entrasse.

15 Mai 2021 06:16 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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La fin

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