É uma verdade universalmente conhecida que uma mulher jovem em posse de sensatez pode e deve ir para onde quiser.
Respirei fundo, sentido o vento gelado encontar em minhas bochechas. Depois de anos alimentando meu maior sonho, o de conhecer a casa da minha autora preferida da vida, ali estava bem diante ao meu nariz a casa que Jane Austen cresceu.
Meu coração trotava emocionado. De pensar que aquela casa de dois andares foi o lar da maior escritora Inglesa, eu deixei um suspiro contido escapar pelos meus lábios, afinal, foi naquelas paredes antigas que ela criou Lizzie, novamente meus lábios se ergueram em alegria.
Elizabeth Bennet a personagem cheia de carisma que fazia meu coração acelerar desde a primeira vez que li o livro Orgulho e Preconceito, foi concebida naquela casa de concreto no estilo Vitoriano. Do ponto de ônibus até a entrada da casa construída três séculos antes, observei as janelas enormes criadas de maneira proposital para aproveitar toda a luz do dia afinal na época em que Jane Austen era viva, não havia energia elétrica nas residências e aquela era uma forma de iluminar as residências.
Caminhei até o hall de entrada, ficando boquiaberta pela conservação do local, logo suspirei a observar por dentro a construção.
Uma lojinha com vários itens ficava na entrada, eu apenas ignorei, em algum momento mais tarde poderia me dar ao luxo de comprar um ou dois itens, agora tudo que eu queria era andar apressada e observar tudo o que pudesse assim saciar meu desejo por conhecimento sobre minha autora favorita e que sabe sobre Lizzie.
Será que em algum local daquele enorme residência haveria alguma pista deixada por Austen sobre a personagem que tanto me instigava. Por este motivo, corri de uma vez aos quartos sem dar muita atenção aos corredores largos, os lampiões posto na parede branca ou a escada com o corrimão clássico e escovado, tudo tão bem conservado, se não soubesse que Jane Austen viveu ali nunca cogitaria que estava numa construção antiga.
Subi pelas escadas, observando a madeira envernizada, sorrindo aos quadros dispostos por ela, e foi quando um dos recintos me chamou a atenção, dizia ser o quarto da autora. Como quis viver há 200 anos, ter em Jane uma amiga e confidente, contar de meu amor literário por Lizzie.
Enquanto observava cada canto do quarto simples, me deparei com a coisa mais incrível de todas, algumas roupas da época de Austen eram disponíveis para uso, assim como em toda a propriedade artistas vestidos com roupas do século 19 caminhavam para cá e para lá. Então me permitir ir a caça de meus desejos mais primitivos, vestindo-me num vestido de duas camadas, uma bege e por cima da saia longa e do corselete branco simples sem babados uma camada de tecido em turquesa. Acredito que era pelo corselete está largo assim como o vestido, tudo parecia muito mais confortável do que provavelmente seria antes, mesmo assim balancei o saiote de um lado para o outro ao me encarar no espelho antigo disposto no quarto para troca.
Desta forma segui meu caminho, pronta para explorar todos os cantos daquele lugar maravilhoso. Sorri quando encontrei uma das atrizes caminhando pelos corredores e lentamente me curvei num comprimento rápido está reverenciou de volta com a cabeça. nunca me senti tão incrível, como usando a educação aprendida nós livro de romance históricos.
Desci as escadas e caminhei até a porta de trás da casa, com um sorriso largo, tentando capturar tudo que podia com meus olhos.
Uma placa dourada me chamou a atenção próximo a um dos bancos de madeira no jardim sem flores, apenas grama verdinha e viva circulava o banco, nem parecia que estávamos na Inglaterra o lugar tão frio, na placa os dizeres de que Jane Austen amavas os dias amenos e agradável quando passeava pelo jardim. Eu ri, afinal, aquele dia estava agradável, talvez não tão ameno, mas agradável.
Havia um caminho que eu não poderia dizer se era ou não autorizado, após o jardim, contudo eu queria tanto conhecer tudo que pudesse de Lizzie, os possíveis lugares que Austen caminhava enquanto criava Orgulho e Preconceito, apenas deixei meu coração aflito me guiar.
Não era um passeio difícil, mesmo que tivesse que segurar entre meus dedos a barra da saia branca para não rasgar se prendesse em algum galho. O bosque tinha vista fechado se olhasse para trás não conseguiria ver a casa que estava a pouco.
sorriso largo puxando um tufo de ar, puríssimo de uma forma que as grandes capitais do mundo havia perdido. pronto estava eu enfeitiçada pela paisagem inglesa e pensar que Jane Austen deveria ficar tão embasbacado quanto eu naquele local só me fizeram sentir algo nunca antes sentido.
aquele caminho questão me trouxe memórias do livro que tanto amava lembrei da Sena em que Elizabeth caminhava entre as terras de Mr Collins e Lady Catherine de Bourgh quando tocou com mister Darcy e falou algumas verdades.
Para mim Mr Darcy não era um bom homem muito pelo contrário, ele era soberbo, preconceituoso, prepotente, machista e ainda fez de tudo para separar Jane de Mr Bigles. era um absurdo pensar que Lizie aceitou depois de muito casar-se com ele.
Afinal... a protagonista era uma mulher sensata, de boas maneiras e bela. Por isso é incabível para mim aceitar até os dias de hoje essa paixão. Jane Austen nunca escreveu um pós casamento, por isso fica difícil sabemos se Elizabeth foi ou não feliz em seu matrimônio.
Continuaria ainda pensando naquela cena fresca em que Darcy perguntava a Elizabeth se ela sentiu o mesmo por ele, no momento do topor dos dois num bosque tão parecido como o que me encontrava neste momento se algo não tivesse chamado minha atenção a frente havia uma árvore grande de troncos largos e nela um coração talhado e dentro as letras F e E. Será que era aquilo mesmo que estava lendo Fritzwilliam e Elizabeth?
Estendi minha mão frente ao meu corpo até alcançar o tronco grafado as letras iniciais dos personagens principais de Orgulho e Preconceito não acreditei, meu coração quase parou no momento em que meus dedos circularam a letra "E" de dentro do coração.
Dedos suados, mais trêmulas, respiração ofegante e uma brisa gelada alcançou minha nuca, me encolhi com frio. Pude ouvir passos entre os galhos se aproximar, quando uma voz angelical me chamou:
— Por acaso se perdeu?
Ao me virar para trás uma bela moça de tez clara como porcelana, bochecha rubra e olhos esmeraldinos me encarava com humor. com toda certeza raquel era mulher bonita eu já havia visto, sua beleza e além do físico, os olhos esverdeados trazia uma expertise que nunca notei antes em outra pessoa.
Fiquei sem fala ao obseeva-la que não.notei minha falta de educação ao encara-la. Divertida pronunciou outra vez:
— O gato comeu sua língua? — estalou a língua no céu da boca.
respirei profundamente, voltando a mim e esbaforida respondi simples:
— Não sabia que por essas bandas era proibida a visitação! — tossi sem graça — Voltarei ao museu, me desculpe!
Ela ergueu o a sobrancelha escura como os fios de seu cabelo e pronunciou interessada:
— Mr Collins, aquele ser humano presunçoso com tanto esmeros pela paróquia de Kent, em nenhum momento falou de museu, é um desgraçado arrogante mesmo! — sorriu levando os dedos delicados aos lábios.
Desta vez fui eu quem ergueu a sobrancelha, como assim Kent? Mr Collins?
— O museu de Austen!
E piscou algumas vezes confusa e questionou prática:
— Não conheço Mr Austen! — Piscou algumas vezes — Ah... que cabeça minha, meu nome é Miss Elizabeth Bennet.
Sorri incrédula a encarando, até lembrar que havia muitos atores no museu. Então recerenciei para ela e disse:
— Sou Miss Valeria Santos!
— Como a Duquesa de Austin?
Pisquei algumas vezes, antes de pronunciar:
— Exatamente! — Não sabia quem era Duquesa de quê, mas como estava ali de frente com uma atriz que se passava por Lizzie, resolvi entrar na brincadeira.
Ela abriu e fechou os lábios algumas vezes antes de pronunciar reverenciando um pouco mais longo que o comum:
— Me perdoe pela ousadia, vossa graça! — ela se curvou um pouco mais — Estou a sua disposição.
Sorri esticando meus braços em sua direção, até dizer:
— Poderia me acompar Miss Bennet?
Ela acenou, e andamos lado a lado, sem nem ao menos sair do personagem, e quando saímos do bosque, ao invés da casa de Austen, havia uma propriedade aos fundos de uma igrejinha de pedra, eu respirei e inspirei, onde eu estava, não poderia ser... Tentei encontrar a árvore, mas nada.
***
Mr Collins pomposo como só ele quando soube que Elizabeth fizeram amizade com a duquesa de Austin enquanto caminhava por entre o bosque de Rosings Park, terras de Lady Catherine Bourgh, era só sorrisos separou para mim o melhor quarto de sua casa. Como Jane Austen disse em Orgulho e Preconceito Mr Collins era um homem exagerado e horrível. Giquei com dó de Charlotte por ter casado com ele, porém ao longo dos dias para minha surpresa a Mrs Collins era feliz e possuía seu olhar afeto pelo marido.
Lady de Catharine quando soube que uma duquesa estava hospedada em Kent, ficou horrorizada, como vossa graça poderia escolher um local para ficar tão chifrim comparado ao Belo Castelo de sua propriedade.
Eu não escondia minha afeição pela Miss Bennet, e todo souberam que era por Elizabeth que eu preferi ficar com os Collins, afim se não fosse por ela eu também já teria enchido a cara do clérigo de porrada.
Charlotte vivia falando para Elizabeth, que ter uma duquesa como sua mentora se tornaria uma moça de renome para casar, valorizaria seua dores mesmo que eles não fossem em libras. sonhadora Charlotte pensava e vivia falando para Elizabete que em breve ela receberia o pedido de quem sabe um barão ou até mesmo um Visconde, Lizzie como era de se esperar, achava tudo aquilo uma baboseira sem fim, ela sempre se achou um caso perdido para casamentos, afinal, teimosa como era só aceitaria se casar por amor.
Sim Austen não exagerou quanto ao assunto casamento por todas as mulheres do livro, nossa que inferno era não revirar os olhos quando o assunto era iniciado.
Todos acreditaram que e eu era a Duquesa de Austin, e fiquei feliz pela falta de tecnologia.
Vivendo ao lado de minha doce Lisi, cada dia se tornava tortuoso, foi Mr Darcy quem disse: eu te amo com todo meu coração.
Como quis que meus sentimentos fossem correspondidos mas como uma leitora assídua desta bela história o coração de Lizzie só pertencia a uma pessoa e não era Mr Darcy ou Wickham, e sim a ela mesma!
Elizabeth bennet era como Jane Austen a descreveu: rápida, astuta, bem humorada e deveras interessante. Seus comentários era sempre pontuais, afiados com a ponta de um chicote, seu humor era satírico e ela nunca se diminuia para caber em nenhum local por sua classe social e por vir de uma região interiorana.
Outra coisa que fez meu coração bater apressado era sua bela voz ao cantar e os dedos rápidos dedilhando o piano com cauda que possuía no salão de Lady Catherine.
Então assim como no livro, um dia foi anunciado a chegada de Mr Darcy e meu coração se apertou. Estava na cara que Elizabeth estava ansiosa por vê-lo, sem saber que foi ele quem convenceu Mr Bigles a não pedir a mão de sua amada irmã Jane e partido os dois corações.
O asco era visível em suas atitudes assim como um pouco de admiração, e nos dias que se seguiram tudo aconteceu como Austen sugeriu, até o fatídico dia em que Elizabeth soube que foi Mr Darcy o algoz ao casamento de seu melhor amigo.
Vi a noite toda ela chorar viemente, estava decidida a odiá-lo, assim como o livro, e ele mais enfeitizado por ela. O que eu estava fazendo, então eles se encontraram no caminho para Kent, como Austen sugeriu, e como foi contado uma carta se explicando foi dada para ela na mesma noite.
Vi ela devorar cada uma das linhas escritas pela caligrafia rebuscada. E tudo começou a desabar em minha cabeça.
Precisava dar um jeito de sair daquele sonho maluco e voltar para minha realidade, não aguentaria nunca mais ler Orgulho e Preconceito, agora que conhecia Lizzie mais profundamente. Mesmo assim era claro a paixão e o sentimento de Darcy por ela.
Outro ponto que começou a se tornar urgente o retorno é que minha estadia abrupta com os Collins começou a soar estanho, afinal Lordes e Ladys possuem educação de tal. A mando de Lady Catherine, o insuportável Collins começou a me interrogar sem qualquer sutileza.
Todos os dias ia atrás da árvore que me levaria para a casa, mas nenhum sinal. Elizabeth estava mais desconfortável ali, então chegou o dia que os Lucas voltariam a Meryton. Eu tinha que voltar para casa, antes que Elizabeth me deixasse sozinha com Collins ridículo que todos os dias tentava me fazer cair nas suas gracinhas.
Trotando no bosque de Rosings, reconheci uma das árvores, mas nada do coração grafado em seu forte tronco. Foi quando tive a ideia de com uma pedra desenhar, e foi o que eu fiz, toquei meus dedos na árvore, não sentindo nada mudar, e sem olhar para trás voltei o caminho pela trilha que dava em Kent, e daquela vez ao invés da paróquia de pedras a casinha simples de dois andares. Havia voltado.
como explicaria os dias em Rosing e Kent? Deveria ser uma alucinação, até que o vestido pomposo que Lady Catherine me enviou como presente estava no lugar do outro, então foi real...
Eu caminhava na direção do museu, quando ouvi uma voz conhecida atrás de mim me chamar, e ali estava os olhos castanhos de Elizabeth e o sorriso largo... Mas como?
Merci pour la lecture!
Orgulho, Preconceito & Intrusa nos apresenta uma personagem divertida e muito sagaz, que traz questionamentos válidos sobre a obra a qual homenageia. Além disso, impossível ser fã da obra e não se sentir empolgado com a possibilidade trazida pelo conto: vivenciar a história acontecendo. Confira!
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