A vida é muito engraçada!... Ilude-nos e nos esquiva a cada instante da vida, como gotas de água que escorrem pelas pedras. (Feliz) Melancolia foi ver minha avó por estes dias, a definhar pelo resto de sentidos que deve restar em sua vida.
Talvez eu poderia, simplesmente, racionalizar tudo isto e dizer tal como Hannah Arendt que a falta ação e fala, e até mesmo trabalho, para poder viver. Que tudo isso é fruto do pouco que temos para viver, tendo que trabalhar dias e noites, dias após dias, para ter condição mínima de vida material. Isso a fez bater enxadas de baixo sol quente durante anos e anos, e hoje lhe falta isso. Mas ela deseja isso.
Que tudo isso é fruto da nossa voz reprimida a todo momento, e em todos os espaços, e dentro de nós. O pouco que falamos são nossas contingências de alegrias e tristezas, de tecer com o outro. Se nos falta nossa voz, nos falta vida! Também, que a nossa ação já não é útil, e nos jogam para o esquecimento. Então, de que vale estar vivo se não conseguimos agir, nem falar? E até mesmo um pouquinho de nossas ocupações?
Eu penso que não valha! Eu iria estar, nem ser! Mas me resta aquele cipó de afetos e de ervas daninhas que se espalham pelas árvores da estrada, sinônimo desse amor que se espalha e toma meu corpo. Então eu escolhi respeitar suas escolhas, e ficar do seu lado até o fim. E viver junto contigo sua vida!
Se for da vontade, só sinta até o fim! Mas, saiba que pra mim não será o fim, e, sim, só o começo de sua companhia eterna em minha memória. Então, esteja em paz.
Só relaxe, respire e sinta, até que chegue logo!
Merci pour la lecture!
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