bura03 Bura _

O amor é uma flor delicada que desabrocha no peito de dois diferentes. Como toda flor, o amor precisa de cuidado para não morrer seco. Como toda flor, o amor aguenta intemperes; tempestades. As intemperes do amor são as brigas.


Fanfiction Anime/Manga Déconseillé aux moins de 13 ans.

#fairy-tail #FT #nalu #songfic #briga #amor
Histoire courte
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Capítulo Único


Notas do autor: Olá! Essa fanfic é uma songfic NaLu baseada na música "Quando você voltar" da Legião Urbana. Espero que gostem!

Boa leitura! <3

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Vai, se você precisa ir
Não quero mais brigar esta noite
Nossas acusações infantis
E palavras mordazes que machucam tanto
Não vão levar a nada, como sempre


― Você não vai! ― A Heartfillia mandou ― Está louco?

― Eu já disse que vou, Luce. ― Respondeu mais calmo ignorando a atitude dela e continuando a ação ― É apenas uma missão classe S ― Completou.

― NÃO! ― Gritou ― É uma missão perigosa, Natsu ― Tentou justificar.

― Sim, é, e eu sou forte, Luce. ― Disse como se aquela tal missão fosse apenas mais uma na sua carreira de mago. ― Eu volto em dois meses.

― Dois meses é muito tempo! Você não vai! ― Falou arrancando a mochila das mãos do rosado, atitude que irritou o Dragon Slayer.

― Para com isso, Lucy. ― Engrossou a voz ― Pare de agir como uma histérica!

― Histérica?! ― Ela repetiu com ironia ― Ah claro, o meu marido vai para uma missão praticamente suicida que ninguém da guilda teve coragem de aceitar e eu tenho que ficar feliz? ― Praticamente cuspiu as palavras.

― Não fale como se eu não fosse capaz. ― Replicou a fazendo bufar.

Ele, pela primeira vez desde o começo da discussão, a encarou, dando a atenção que ela queria para falar.

― Você vai me abandonar novamente! ― Ela sibilou o único argumento que pensou.

― ABANDONAR?! ― Ele gritou também, já enfurecido por aquela briga idiota, na visão dele ― Eu nunca te abandonei, Lucy!

― Ah não? ― Ela falou ironicamente ― Preciso te lembrar de quando você me largou aqui e foi treinar por um ano. ― Ele fechou a cara se lembrando da época e não pronunciou mais nada, apenas continuou a arrumar sua mala de viagem. A esposa se irritou mais pelo silêncio do marido e arrancou algumas roupas da mala.


Vai, clareia um pouco a cabeça
Já que você não quer conversar.

― Realmente não dá pra conversar com você, Lucy. ― Seu tom era decepcionado.

― Não dá para conversar é com você! Um idiota paspalho! ― O ofendeu.

― Falou a garota que precisa sempre ser salva por mim! ― Falou num tom de ironia, porém claramente enfurecido. A única coisa que Natsu não percebeu era o quanto aquelas palavras podiam magoar. Lucy, por sua vez, se calou, magoada. ― Agora você não vai falar mais nada? ― Questionou ainda irritado. ― Percebeu que está errada, é? ― Ele podia não perceber, mas estava a inquirindo a brigar mais, a raiva havia lhe subido.

― Não! Não adianta falar com você! ― Ela disse olhando para os pés, segurando as lágrimas ― Você vai acabar indo nesta merda de missão sem nem se preocupar com a sua família, seus filhos!

― Ah, qual é, Lucy, você fala como se eu fosse morrer! ― Respondeu as acusações dela.

― VOCÊ NEM CONVERSOU COMIGO, NATSU! SIMPLESMENTE DECIDIU IR! ― Bradou soltando uma primeira lágrima que foi seguida de outra e outra... ― Nós somos casados, droga. ― Sibilou baixinho.


Já brigamos tanto
Mas não vale a pena
Vou ficar aqui, com um bom livro ou com a TV
Sei que existe alguma coisa incomodando você

― Lucy, ― Ele se virou para encará-la, ela estava com uma leve sombra feita pela sua franja. Ele não sabia o porquê, porém aquilo o irritou, ele queria que ela o olhasse, a segurou pelos ombros num gesto impensado.

Os pensamentos da loira estavam longe, ela só pensava na ideia de que Natsu a achava uma fraca, de que ele a abandonaria novamente e que a deixaria com os dois filhos deles era demais para ela, entretanto quando ele a segurou pelos ombros, ela pareceu acordar dos pensamentos. Ele cada vez mais nervoso por ela não o encará-lo acabou a segurando pelos ombros com força.

― Vai fazer o quê agora, Natsu? ― Questionou, elevando a altura do rosto que agora estava lavado de lágrimas. Ela poderia estar magoada, porém sua raiva ainda não havia ido embora. Os dois estavam de cabeça quente. ― VAI ME BATER COMO NAQUELA DIA QUE VOCÊ VIROU END? ― Gritou, magoando o demônio de fogo.

― Voc- ― Travou ao ver as lágrimas dela caindo, odiava fazê-la chorar, odiava vê-la chorar. Puxou todo o ar que podia e o soltou lentamente ― Deixa pra lá, ―Largou os ombros dela e abaixou seus braços lentamente. ― Eu vou tomar um banho. ― Comunicou olhando para baixo e com a voz sem emoção.

Ele entrou no banheiro e tomou um longo banho gelado, tentando esfriar a cabeça e os pensamentos. Não queria que aquela simples decisão causasse tantos problemas, apenas achou que aquela missão seria legal, poderia usar seus poderes de demônio sem medo de machucar alguém que amasse.

Também não estava se desfazendo do seu grupo, só queria saber como era, afinal nunca havia feito uma missão só sempre ia ao menos na companhia de Happy. Por fim, nem demoraria muito, ele deveria voltar em mais ou menos dois meses, porém Lucy não entendeu nada daquilo, ela simplesmente achou que o rosado a estava abandonando. Deus, ele nunca faria isso! Natsu Dragneel amava aquela mulher.

Ela, por sua vez, ficou tentando entender a atitude dele por algum tempo, fitando a porta que o amado entrou. Alguns minutos depois desistiu suspirando pesadamente e caminhou em direção a sala, pegando um dos seus tantos livros na estante e tentando lê-lo. Antes de se sentar, agradeceu mentalmente pelas crianças estarem na guilda com Happy e começou a ler.


Meu amor, cuidado na estrada
E quando você voltar
Tranque o portão
Feche as janelas
Apague a luz
E saiba que te amo

“Não há mais o porquê brigar, ele vai de qualquer jeito”, pensou a maga celestial, sentada na poltrona com o livro em mãos. Não havia conseguido se concentrar na leitura e estava a alguns minutos olhando para o nada, sem focar em nada de especial.

No final, o Dragon Slayer era cabeça dura demais para ouvi-la e ela teimosa demais para ceder. Ela não queria brigar, porém não gostava quando ele tomava decisões sem avisá-la, ainda mais decisões que ela considerava tão perigosas. Não importava se ele era o demônio mais poderoso de Zeref, não importava se ele era um grande mago e não importava se ele era extremamente forte, Lucy Heartfillia, quer dizer, Lucy Dragneel sempre iria se preocupar com ele. A força e o poder não importavam quando a morte decidia levar alguém, sua mãe era a prova disso.

Balançou a cabeça para se livrar desses pensamentos, não queria imaginar seu amado morto, já bastava tê-lo visto entre a vida e a morte tantas vezes. Começou a lembrar-se da briga e sentiu seu coração pesado e aquela raiva anterior sumir aos poucos. A loira começou a ver que, talvez, ela tivesse pegado pesado. Natsu não era o tipo de pessoa que tinha maldade no coração. Ele não bateria nela, talvez preferisse morrer a fazer algo parecido novamente e muito menos a abandonaria ou abandonaria os filhos deles. Ele amava demais sua família. Sorriu de canto e continuou a lembrar o quão foi injusta. Talvez, ele só quisesse um tempo sozinho.

Sua linha de pensamento foi interrompida assim que seus orbes captaram um rosado com uma mala em mãos se encaminhando para a porta de casa, ela o olhou para as costas dele meio assustada. Não queria que ele fosse embora sem se desculpar, não queria que ele fosse para a missão achando que ela ainda estava com raiva dele.

Largou o livro em algum lugar e abraçou o Dragneel por trás, passando seus braços pela cintura do rapaz e afundando sua cabeça nas costas dele. Ele largou a mala e se pronunciou antes que ela pudesse dizer algo:

― Luce, desculpa tá bom? ― Falou rápido. ― Eu vou pra missão, mas eu te amo e eu não quero mais brigar, tá?

―Uhum. ― Ela acenou com a cabeça afundada nas costas dele. ― Só me desculpe e saiba que eu também te amo.

25 Août 2020 21:05 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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La fin

A propos de l’auteur

Bura _ Quase engenheira| Agnóstica| Whovian| ENFJ-T| Viúva do Tennant| Apaixonada por Vegebul e pela Mulher-maravilha| Ficwritter e leitora sempre que dá| Fã de muitas coisas| She/ her

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