luraywriter Luray Armstrong

Katsuki e Eijirou são vizinhos de apartamento que nunca sequer trocaram uma palavra. Todavia, quando a quarentena chega, Katsuki fica em casa se dedicando ao último semestre de faculdade online e Eijirou se dedica a aprender a tocar violão, hábito que irritava bastante Bakugou. Até o dia que não irrita mais, e Bakugou se vê ganhando uma companhia para a quarentena. E para a vida. capa: sssara-b (tumblr)


Fanfiction Anime/Manga Interdit aux moins de 18 ans.

#kiribaku #bakushima #kiribakumonth2020 #fluffy #gay #lgbt
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Capítulo 1 - Pra você guardei o amor

Notas iniciais: Olá, está é minha segunda fic do kiribaku month, com o tema quarentena. Para quem não sabe, o título/capa é uma referência a um vine, só pesquisar “And they were roommates”, só foi trocado roommates por quarantined pra combinar com os tempos atuais kkkkk. A fic foi inspirada pela arte que vcs encontram aqui e que está na capa só que alterada:

https://sssara-b.tumblr.com/post/614467652880056320/and-they-were-quarantined

Ela teve que sair curtinha pelo prazo que ficou curto pra mim, então vai ficar uma short-fic. Assim que eu terminar as outras fics de agosto volto a trabalhar nela e o conceito são encontros dos kiribaku em casa, respeitando a quarentena kkkk.








Bakugou suspirou com ódio e tentou não bater sua cabeça contra o teclado com força. Tinha gastado todos os seus últimos neurônios lendo os livros e artigos sobre aquele assunto e agora simplesmente não conseguia mais escrever. Sentia o resto de sanidade que restava em sua mente se esvair lentamente, como areia escorrendo por suas mãos.

Katsuki estava em seu último semestre de faculdade. Notas gloriosas enfeitavam seu currículo e agora era o momento para fechar com chave de ouro, para isso ele “só” tinha que escrever e apresentar seu TCC, o que estava se mostrando um grande inferno.

Suas mãos se elevaram à sua cabeça, mas antes que pudesse puxar os próprios cabelos em frustração, ele ouviu um acorde tocando.

Parecia ser seu vizinho, tocando no violão. De todas as provações que ele teve que passar durante essa quarentena, como por exemplo a decisão de manter suas aulas online e fazer seu TCC para concluir a graduação de uma vez, a pior delas foi o vizinho que, entediado, parecia ter decidido aprender a tocar violão. Bakugou não entendia muito de música, mas sabia que ele não estava indo bem. Fazia um tempo que ele usava fones quase o dia todo, tentando focar na música clássica que o ajudava a se concentrar e não o ouvia.

Dessa vez, ele parecia ter melhorado. Parecia tocar uma música.

O vizinho de apartamento começou a tocar o que parecia ‘Pra você guardei o amor’. Bakugou ficou surpreso de descobrir que ele cantava e até de forma decente. Ouviu-o tocar e cantar a música romântica, que não era bem o seu estilo, mas tinha lá o seu charme, era agradável de ouvir.

Katsuki encostou a cabeça na cadeira em que estava sentado, fechando os olhos, ouvindo apenas a voz do vizinho com quem nunca se importou muito em saber sobre. A voz era suave, e ficava mais confiante ao decorrer da música, como se ele estivesse tímido, nervoso em cantar, como se soubesse que outros escutavam. Provavelmente cantava da janela.

Apreciou o ritmo animado do violão e só percebeu que a música tinha acabado quando ouviu algumas palmas escassas que pareciam ser de outras pessoas de seu prédio. Abrindo os olhos, Bakugou focou no seu computador e voltou a escrever o parágrafo no qual tinha travado.

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Da próxima vez que escutou o vizinho tocar e cantar, Bakugou não reconheceu a música. Talvez não fosse tão antiga ou famosa. Não conhecia muita MPB, que parecia ser o estilo do vizinho.

Katsuki se aproximou de sua pequena varanda, abarrotada de vasos de plantas, um grande alecrim e outros temperos, para observar o vizinho, sentado num banquinho na sua varanda igualmente pequena, acompanhado por um pequeno cachorro deitado aos seus pés.

— Não se esqueça, por enquanto, de esquecer alguma coisa pela casa e vir buscar do nada…

Bakugou aproveitou o ritmo lento e o tom suave da música, fechando os olhos enquanto escutava o barulho dos carros lá embaixo, pareciam tão distantes. Mas a voz do garoto ruivo parecia perto, alta, distanciado os pensamentos irritados sobre quando finalmente poderia sair de casa.

Novamente, ao fim da música Katsuki ouviu algumas pessoas batendo palmas e um assobio agudo cortou o ar. Quando estava já se preparando para entrar em sua casa de novo, o vento frio incomodando seu corpo, ele ouviu a voz do outro lhe chamar.

— Oi, tudo bom?

— Tudo. — Bakugou respondeu, a testa franzida estranhando a primeira interação humana pessoalmente que tinha em meses com alguém que não trabalhava num supermercado ou farmácia.

— É que eu to aprendendo a tocar o violão e eu vi que cê tava escutando e, não sei, ce tem alguma critica construtiva pra me ajudar a melhorar?

— Não entendo muito de música e instrumentos. — Bakugou respondeu.

— Tudo bem. Er… ce tem algum pedido de música? Eu posso aprender a tocar.

— Na verdade não.

O outro pareceu frustrado ouvindo aquilo, tamborilando os dedos no apoio da grade da varanda.

— Olha, na real é que eu te achei muito bonito e não te vejo muito aqui pelo prédio, só queria puxar assunto mesmo. Cê quer sair pra… pra nada. Quarentena. Esqueci.

Bakugou tentou não rir da expressão perdida do outro, claramente fazendo muito esforço para pensar em como resolver a situação.

— Cê quer almoçar amanhã comigo? Cê pega seu almoço, eu pego o meu e a gente come aqui da varanda. Que tal?

— Vou pensar. — Bakugou respondeu, um sorriso de canto no rosto, entrando em sua casa e fechando a porta de vidro.

— Às 13 horas te espero! — Ele ouviu o vizinho gritar do outro lado.

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