crack_exodus Laís Mota

Ele sabia desde o princípio que estar vivendo com Jongin não acarretaria em boa coisa. O mais novo era um amor, mas por diversas vezes era uma pedra em seu sapato, o chiclete grudado em seu cabelo. O garoto sempre dava um jeito de atrapalhar “seus esquemas” e aquilo irritava o Do, mas mesmo assim o baixinho não conseguiria viver sem ele. Porque o Kim era muito importante para si, até mais do que seus fracassados encontros. “O fato era que talvez não tivesse sido uma boa ideia Kyungsoo continuar dividindo um apartamento com seu ex-namorado”.


Fanfiction Groupes/Chanteurs Interdit aux moins de 18 ans.

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Prólogo

Na vida as pessoas tendem a se apoiar uma nas outras para poderem alcançar seu tão sonhado objetivo, algumas vezes de um jeito meio parasita e incômodo; tudo vale na hora de conseguir um bom futuro. E era por meio dessa ideia que Kyungsoo agia, não como sendo um parasita cruel, mas se apoiando em outra pessoa para atingir sua meta de vida enquanto a ajuda também.

O baixinho de olhos grandes vivia em um apartamento no centro de Seul com seu amigo de infância, que também era seu colega de faculdade, ex-namorado e afins. Porque Kim Jongin sempre teve um papel essencial em sua vida boêmia. Os dois eram unha e carne, alma gêmea, e tudo, de alguma estranha maneira, os faziam ficarem juntos. Na faculdade, na vizinhança, no mesmo apartamento... Os dois estavam sempre juntos. E aquilo nunca os incomodou, com exceção de alguns bons meses atrás, onde Kyungsoo começou a se sentir incomodado depois que seu namoro com o moreno acabou.

Inicialmente, Jongin e Kyungsoo tinham um relacionamento de dar inveja a seus amigos, o amor reinava com fervor entre os dois, mas sempre haveria aquele pequeno “porém” que fazia toda uma diferença. Eles se sentiam presos demais um no outro, sufocados demais. Vejam bem, ainda eram adolescentes que estavam ingressando na faculdade, começando um novo momento de suas vidas, o que eles queriam era serem livres para fazerem o que quisessem e quando quisessem. Na perspectiva dos dois, aquele não era o momento certo para manterem um relacionamento.

O término daquele namoro se deu por causa de uma briguinha boba que os levou a botarem as cartas na mesa e falarem como se sentiam “sufocados”. Depois disso ambos puderam voltar a curtir a vida do jeito que queriam, embora tenham sido muito repreendidos por seus amigos que “shippavam” o casal. Baekhyun foi um dos primeiros. Mas a aceitação veio com o tempo.

O fato era que talvez não tivesse sido uma boa ideia Kyungsoo continuar dividindo um apartamento com seu ex-namorado. Claro que, ao fazer isso, a economia no seu bolso crescia notavelmente e ele gostava de não ter que gastar tanto assim, porém, depois que terminaram, Kyungsoo começou a sentir-se um pouco incomodado, isso tudo porque sua mente lhe dizia que não era normal a relação que os dois mantinham.

Relação de amor ou ódio, de amizade ou namoro, o vai ou o vem, tudo na visão de quem os via de fora. Apesar de tudo o baixinho se importava com o que as outras pessoas falavam.

Era um verdadeiro porre ter que lidar com Kim Jongin sob o mesmo teto que ele, porque o moreno era o tipo de pessoa que entre ir a uma balada no fim de semana ou ficar em casa vegetando, prefere a segunda opção, e Kyungsoo simplesmente não conseguia sair e deixar ele sozinho em casa. E acredite, ele o fez uma vez, e quase teve um ataque cardíaco de tanta preocupação, fora que Jongin o ligava de cinco em cinco minutos, perguntando coisas aleatórias, como por exemplo, onde Kyungsoo tinha guardado o pacote de macarrão instantâneo e como ele deveria fazê-lo. Mas o pior não era isso e sim que, nesse mesmo dia, o alvo estava em um encontro com um garoto que conhecera na faculdade, Park Chanyeol, o qual havia o convidado para ir a uma sorveteria no intuito de pedir Kyungsoo em namoro. O resultado, claro, foi o Do voltando para casa saciado, porém solteiro. No final, o Park começou a namorar Baekhyun e se tornou muito próximo de seu grupo de amigos. Até os dias de hoje Kyungsoo não se conformava com tudo aquilo.

Mas o alvo não culpava Chanyeol, afinal, ninguém em sã consciência iria namorar uma pessoa que mora com o ex-namorado e que ainda tem um encontro atrapalhado por este último. E essa era uma das melhores razões para Kyungsoo repensar se deveria continuar dividindo apartamento com Jongin, entretanto sua cabeça começava a doer toda vez que pensava no assunto, então o deixava de lado.

- Yah, é tão frustrante...

- O que é frustrante? – Baekhyun perguntou ao ouvir o choramingo do amigo, caminhando com ele para fora da faculdade junto a Chanyeol, sentindo o frio da noite gélida.

Kyungsoo fez um bico e cruzou os braços em um nítido aborrecimento infantil, fazendo os dois mais velhos rirem de seu jeito fofo.

- Não beijar ninguém. Isso é muito frustrante! – o baixo falava em um tom sério, mas seus amigos acabaram rindo de sua lamentação. – Não riam do meu sofrimento!

Do não conseguia encontrar a graça daquilo tudo. Estava expondo seus sentimentos mais tristes ali e o que seus amigos faziam? Eles riam da sua desgraça em vez de ajudá-lo a superar aquela fase difícil da sua vida. Malditos namoradinhos.

- Mas é engraçado você falando isso, Kyung. – Chanyeol explicou, soltando uma risadinha enquanto desviava de uma tapa do alvo.

- Engraçado porque não é com vocês.

E o mais novo ainda teve que aguentar as provocações dos dois, que entrelaçaram seus dedos e sorriram cúmplices, fazendo Kyungsoo bufar. O sofrimento já era grande, não precisava passar na cara a felicidade dos dois. Duplinha de capetas.

O mais novo só mostrou o dedo do meio para os dois e saiu em disparada, passando pelo portão principal. Sua paciência conhecia a palavra limites muito bem, e ela adorava violá-la. As vozes risonhas alcançavam seus ouvidos, lhe causando um grande alvoroço de irritação. O simples “Você está muito irritado hoje” parecia uma flecha saindo da boca de Baekhyun em sua direção.

Kyungsoo iria ficar calado, na sua, mas a vontade de xingar aqueles dois se fez mais alto que a sua própria altura.

- Eu quero é transar! – gritou enquanto virava seu corpo na direção deles. Mas se arrependeu ao ver o olhar surpreso daquele moreno que tanto atrapalhava seus esquemas.

- Você o que, Kyungsoo? Quer transar, é isso mesmo? – o tom acusador na voz de Jongin denunciava sua incredulidade.

O clima meio tenso, meio tragicômico, com uma plateia de duas pessoas rindo ao fundo, era como um funeral para Kyungsoo. E com coisas demais para conseguir formular uma resposta convincente por ter gritado algo indevido no meio da rua, ele não pensou duas vezes antes de deixar os três para trás e literalmente correr dali, mas não antes de gritar para Jongin:

- Eu nunca fiz isso!

A única conclusão de Jongin em meio a tudo aquilo era que... Kyungsoo era muito burro. A chave do apartamento onde eles moravam ficava com ele já que o menor vivia perdendo as cópias que fazia. Então de uma forma ou de outra o alvo iria ter que encará-lo quando voltasse para casa.

Despediu-se de Chanyeol e Baekhyun e foi atrás de um mercado próximo da faculdade. Precisava passar no mercado para comprar comida para ele e Kyungsoo. O alvo que esperasse agora, ninguém mandou abandoná-lo daquela forma por besteirinhas.

O moreno poderia ir logo para casa e abrir a porta para Kyungsoo, mas ele se encontrava muito irritado com o que o alvo dissera. Afinal, Kim Jongin não era um exemplo de maturidade e Kyungsoo deveria saber disso muito bem antes de atiçar a birra dele.

2 Août 2020 18:18 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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