Eu nunca havia pensado no quanto eu sou dependente da minha visão até estar face a face com a possibilidade de perdê-la.
E aí eu entendi, que é essa a nossa natureza. É exatamente assim que nós somos.
Não nos damos contas do quanto amamos o pôr-do-sol até que ele não seja mais visível.
Não nos damos contas do quanto amamos ler até que isso não seja mais possível.
Não nos damos contas do quanto nossa natureza é frágil e efêmera até que algo nos dê uma rasteira.
Talvez eu tenha demorado a perceber que para mim, minha visão é meu tudo. E que tudo que eu mais amo depende dela.
Eu não desejaria nem ao meu pior inimigo a sensação de impotência a várias dúvidas e incertezas que pairam por minha cabeça.
Porque eu não sei quando eu vou acordar com os olhos embaçados.
Com a vista falha.
Vendo nada além de luz e sombras.
Eu não sei por quanto tempo eu poderei botar no papel as palavras que amo rascunhar a punho.
Não sei quanto tempo tudo que eu amo ainda vai ser visível na mesma medida em que é palpável.
Você já parou para pensar no que é realmente importante?
Eu espero que sim.
Espero que, ao menos, o faça.
Antes de ser pego de surpresa como eu.
Antes que a vida lhe dê a mesma rasteira que me deu.
Merci pour la lecture!
Nous pouvons garder Inkspired gratuitement en affichant des annonces à nos visiteurs. S’il vous plaît, soutenez-nous en ajoutant ou en désactivant AdBlocker.
Après l’avoir fait, veuillez recharger le site Web pour continuer à utiliser Inkspired normalement.