rmconnan R.M. Connan

Será que duas crianças podem se apaixonar? Será que uma princesa e um plebeu podem criar um laço de amor sendo eles tão novos? Veremos...


Histoire courte Tout public.

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Histoire courte
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Capitulo Único

Estávamos no pátio do castelo, eu e a princesa Niky, muitas vezes ficávamos por horas lá apenas brincando. Não sei com um simples plebeu do reino pôde se aproximar tanto da princesa e ainda a filha mais nova do rei.
— até mais Daniel. — disse Niky se despedindo de mim.
— Tchau! Niky. — respondi com um aceno.
Após ela entrar no castelo pude ver o rei Charles olhando para mim com olhar de desaprovação. No momento nem me importei muito para aquilo, até porque éramos apenas crianças se divertindo. No outro dia, cheguei ao pátio no mesmo horário de sempre, quando o sol mostrava 14h no relógio do centro, mas Niky não estava lá como de costume. Esperei até que o relógio do centro não mais fosse necessário, pois a noite já tinha levado qualquer raio de sol que fosse visível. Após muito tempo de espera resolvi ir para casa, sozinho em meio à escuridão, a cada passo que dava eu imaginava o rosto de Niky. Será que isso é o que os adultos chamam de amor? Acredito que não.
Após alguns minutos de caminhada pude ver minha casa à frente e a última lamparina ainda acesa me esperando chegar. Entrei bem devagar para não acordar minha mãe que já devia estar no seu terceiro sono. Àquela noite não consegui dormir, apenas pensando no que poderia ter acontecido com Niky, sempre que ela não ia brincar pedia para um dos guardas do palácio para que fosse me avisar o motivo.
Assim que o primeiro raio de sol iluminou meu quarto eu me levantei e fui até o local combinado. Esperei sentado lá desde o momento em que os portões do castelo fossem abertos até o último soldado passar, a fome para mim era algo pouco relevante naquele momento, já que minha única vontade era saber sobre Niky e poder voltar a brincar com a princesa mais divertida que já conheci. Certo momento, já sem saber o que fazer, perguntei a um dos guardas do castelo onde estava à princesa Niky. A única resposta que o guarda me deu foi de que a princesa não poderia sair para brincar, pois, estava na aula de esgrima.
— Mas sempre que ela não pode sair ela me avisa. — indaguei o grande cavalheiro.
— Saia daqui a garoto, talvez ela apenas não queira mais te ver. — respondeu aquele homem me empurrando.
Com a força do empurrão que ele me deu eu acabei caindo para trás e, com lagrimas nos olhos, me afastei da entrada do palácio e me sentei à beira do caminho rezando por uma aparição da minha amiga. Sem sucesso tive que retornar para casa ao início da noite. Ao chegar a minha residência pude ver minha mãe sentada com duas lamparinas acesas um em cada lado da cadeira enquanto ela tricotava um lindo cobertor.
— Olá meu filho, se divertiu com a princesa hoje? _perguntou ela com um sorriso no rosto.
— Claro que sim mamãe. — Odiava mentir para ela, mas não queria a deixar preocupada.
— então por que esta com uma carinha tão triste meu pequeno raio de sol?
— Ela não veio, ela não apareceu. — não consegui evitar as lagrimas de saírem de meus olhos.
Minha mãe me abraçou com força, nem se importou que o cobertor houvesse caído ao chão. Ela me pegou no colo e secou as minhas lágrimas uma a uma.
— Não chore meu pequeno, tenho certeza de que há um motivo muito forte para que ela não houvesse saído para se divertir ao seu lado.
Após alguns momentos de carícia e conforto no colo dela eu adormeci ainda com lagrimas a rolar em meus olhos. No outro dia ao acordar percebi que havia chorado durante a noite, pois meu travesseiro estava molhado. A minha tristeza era tanta que não consegui ir até o castelo novamente. Minha mãe ao ver minha dor tentava me consolar de maneiras diferentes, mas infelizmente sem sucesso. Ao anoitecer me ajoelhei em frente a minha cama e rezei, pedindo que Deus me ajudasse a rever minha amiga, e o perguntei o porquê de ela não mais sair para me ver. Deitei-me em minha cama, a cada vez que fechava meus olhos, podia ver uma das centenas de vezes em que, juntos, nos divertíamos e novamente a lagrima insistiu em cair e manchar meu travesseiro.
Ao acordar em mais um dia de dor eu estava decidido a fazer algo para ver àquela que tanto me alegrava, tomei meu café com certa pressa, dei um beijo em minha mãe e saí correndo pela porta até chegar ao castelo. Sentei-me a frente da porta apenas observando e esperando o momento certo de correr e entrar por aquelas grandes portas. Certo mercador ia se aproximando para vender alguns produtos ao rei e eu me escondi em meio a seus produtos. Ao entrar no castelo arrumei uma maneira de me esgueirar pelos grandes corredores sem ser visto. Após muito andar consegui encontrar o quarto de Niky, soube que era o dela, pois ela havia pendurado todos os desenhos que eu havia feito para ela, assim como ela disse que faria. Para meu desgosto não havia ninguém lá. Entrei e fechei a porta atrás de mim, buscando algo que me ajudasse a entender tudo o que aconteceu nos últimos dias. Ate que no criado mudo ao lado de sua cama, avistei uma carta. Esta carta havia sido endereçada a mim, mas não foi entregue, pude sentir o perfume dela exalando em todo o quarto, aquele aroma me trouxe um conforto que há três dias eu não sentia igual. Sentei-me na cama e abri a carta, o que estava escrito nela me fez derramar muitas lagrimas.
“Querido Daniel, hoje meu dia foi o mais doloroso possível, após nossa brincadeira meu pai veio ao meu quarto muito zangado, e me tirou aquele sorriso que eu trago comigo desde que te conheci. Ele me disse que não mais poderei te ver, acabou comigo estas palavras que me disse, então com tudo que havia em mim, tentei arrumar maneiras para que ele mudasse tal regra. Infelizmente ele não mudou o que me fez chorar amargamente até adormecer. Hoje pela tarde pude te ver sentado no centro do pátio, mas não pude sair para te ver. Novamente tentei convencer meu pai de mudar tal decisão, o que o fez se irar ainda mais comigo. Por conta disso hoje estou me despedindo do reino, ele está me mandando para morar com minhas primas no reino Vir ao sul da montanha. Sei que de alguma forma você irá ver tal carta e quero que saiba que eu nunca te esquecerei, seja onde for, seja como for. Você sempre será o motivo do meu sorriso. De sua grande amiga princesa Niky.”
Esta carta foi o suficiente para me cortar o coração e retirar toda a alegria que um dia eu pude sentir na vida. Hoje após treze anos desde tudo isso aconteceu, a marca que a minha amada princesa Niky deixou em mim ainda me faz sorrir, espero que algum dia possa a encontrar e dizer que o que eu sentia por ela era a forma mais simples e preciosa do AMAR.

23 Juillet 2020 23:01 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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La fin

A propos de l’auteur

R.M. Connan escritor nas horas vagas e sonhador em tempo integral que adora explorar sonhos, até porque cada um dos meus é o enredo de um filme, pesadelos e visões, sou aquele que está a todo momento observando tudo e todos. Durante o dia, anoiteço me preparando para sonhar com minha próxima obra.

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