A primeira vez em que ele a viu, soube, de uma vez por todas, que seu destino estava selado.
— Meu senhor. — Seu pai deu um passo à frente e se prostrou em frente ao seu tio.
E que o estava, para sempre.
— Hizashi… — O gêmeo mais velho deu um passo a frente, encarando o mais novo aos seus pés.
Seu pai abaixou a cabeça, encostando sua testa no chão, em um voto de submissão e reverência.
— É uma alegria para mim que tenham vindo.
Mas Neji não se importava. Não aqui, não agora.
Seus olhos saíram daquela cena, para recaírem sobre ela.
Hinata permanecia ali, agarrada às vestes do próprio pai, enquanto usava suas pernas como um refúgio para sua timidez. Os olhos esbranquiçados, tão dignos quanto os seus, acompanhavam as ações de Hizashi com a curiosidade da criança que era.
Então, como se despertasse de um torpor irreal, ela o viu. Ergueu o rosto em sua direção, mas, quando notou que era olhada de volta, escondeu também seu rosto atrás das pernas do pai.
Desde então, ele soube.
Que dali para frente, não teria mais voltas.
— Hiashi… — Viu quando seu pai se ergueu, colocando-se de pé e se aproximou, sendo recebido pelo abraço caloroso de seu tio. — Meu irmão… — E também quando ambos se soltaram, fazendo seu pai tomar as mãos dele e as beijar. — Não haveria porquê não estarmos aqui.
Ambos, pai e tio, olharam para ele. Ambos, transpareceram o sorriso de gratificação e tranquilidade.
— Não no aniversário de três anos da Hinata. — Ouviu seu pai lhe dizer e voltar a olhar a menininha, que permanecia a meio rosto, olhando a todos feito um animal encurralado.
Não havia mais voltas.
Porque o destino era algo traiçoeiro. E não importava quantas vezes e de que maneira você tentasse se desviar dele, ele sempre te traria de novo para o mesmo lugar...
— Hinata-sama. — Se aproximou, encarando os mesmos olhos amedrontados de 9 anos atrás e a timidez que se interpunha entre ela e o restante do mundo.
Sua obrigação o fez se inclinar em sua direção, naquele breve gesto de submissão e reverência.
— N-Neji… — A voz trêmula, que o irritava profundamente, e a leve surpresa, o fizeram acreditar que talvez suas ações tivessem sido inesperadas. — N-Não, p-por favor…
Sentiu que as mãos dela tentaram conter seu tronco, mas a rapidez de sua ação, impediu que ela o tocasse. Em contrapartida, tomara-lhe as mãos entre as suas, assustando a primogênita da família principal dos Hyūga, que se limitou em corar as bochechas, e as beijou, voltando a encará-la com devotada indiferença.
— Feliz doze anos, princesa. — Disse, em uma quase ironia, dando-lhe as costas, desaparecendo entre os convidados presentes.
E tocou a faixa que trazia sobre sua testa, encarando o chão de uma maneira revoltosa e resignada.
Não importasse o quanto se tornasse mais forte. Em uma disputa entre ele e seu destino, Neji sabia. Sempre, sairia perdendo.
Merci pour la lecture!
Nous pouvons garder Inkspired gratuitement en affichant des annonces à nos visiteurs. S’il vous plaît, soutenez-nous en ajoutant ou en désactivant AdBlocker.
Après l’avoir fait, veuillez recharger le site Web pour continuer à utiliser Inkspired normalement.