maxinexx Maxine Gross

Sakura estava cansada de transparecer o que não era.


Fanfiction Anime/Manga Déconseillé aux moins de 13 ans.

#sakuino #sakura #ino
Histoire courte
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There's nothin' wrong with lovin' who you are

Em todos os anos de Ensino Médio, Sakura Haruno aprendeu uma única certeza; a personalidade de todos ali era moldada ao que satisfazia outros olhos. Consigo não era diferente; seus gostos pessoais eram jogados a escanteio, enquanto pregava aquilo que agradava ao público. Sentia-se exausta em postergar uma máscara conivente, mas também não sabia ser outra pessoa.

Por muitos anos manteve o relacionamento com o homem que achou amar, causando suspiros pelos corredores da escola e inveja aqueles que desejavam pôr suas mãos em um garoto rico e esbelto. O burburinho de sua separação foi motivo de sussurros pelo resto da semana, enquanto suas próprias amigas afirmavam que aquele seria seu maior arrependimento.

Sakura gostaria que elas vivenciassem o que estava sentindo naquele momento; um alívio imensurável. O fato mais íntimo de sua pessoa era negado veemente por si mesma, embora no fundo tivesse certeza de que realmente gostava de mulheres.

Muito antes de firmar um namoro com Sasuke Uchiha, Sakura já se sentia traída por seus próprios olhares insistentes em mulheres aleatórias. Tudo nelas parecia atrair sua atenção, ao mesmo tempo em que seu conteúdo era motivo para sonhos eróticos e suspiros melosos. Para a Haruno, parecia errado simplesmente desejar alguém do próprio sexo, por isso não se surpreendeu ao levar seu namoro por três longos anos.

Com a chegada de Ino Yamanaka, os pensamentos se tornaram ainda mais barulhentos e insuportáveis. A aluna nova parecia ter sido esculpida com muito cuidado e afeição; tinha longos cabelos loiros e sedosos que faziam um contraste perfeito com seus olhos azuis, dos quais a Haruno podia se perder facilmente. Era difícil não notá-la, principalmente nas aulas de educação física, onde a Yamanaka costumava usar shorts curtos e regatas coladas, uma tentação perigosa para Sakura.

Os sonhos quentes aumentaram significamente desde que a conheceu e a vontade de transar com Sasuke diminuía a cada dia. Seu desejo era explicitamente pela Yamanaka, mas sua negação era tão grande que mal conseguiu trocar uma dúzia de palavras com a garota.

Passou o último ano de ensino mais ansiosa e nervosa com tudo a sua volta. A confissão já estava a sufocando como nunca e sentia que sua impulsividade se tornaria ainda mais presente no futuro. Para ajudar, a troca de olhares intensos entre a Haruno e a Yamanaka haviam se tornado um hábito prazeroso, do qual Sakura não pode se desfazer.

Até mesmo seu namorado já estava desconfiado, vivia lhe perguntando porquê passava tanto tempo distante e ausente, fora os inúmeros meses sem sexo. Não achava justo esconder algo tão significativo de uma pessoa que esteve lá por ela todos esses anos. Sasuke foi o primeiro a saber de seu segredo “obscuro” e não parecia nada surpreso com sua confissão.

Desde então, experimentou uma autonomia da qual nunca havia sentido antes. Parecia enfim livre das amarras que a prendiam numa vida infeliz e soturna. Estava tão eufórica que naquele exato momento, se viu cortando os longos cabelos com uma tesoura sem ponta no banheiro da escola. A bagunça que fazia não era comparado com o entusiasmo e alívio que sentia; estava livre para ser quem era.

Já não suportava sentir-se presa às opiniões alheias e suas críticas vazias de significado. Queria se sentir bem consigo mesma, sem se importar com o que seu grupo de amigos pensaria sobre isso. Ela já sabia o que pensavam, então por que se limitaria a ser quem não era?

Encarou a própria imagem no espelho; os cabelos agora curtos estavam desalinhados e sem corte, os olhos verdes marcados pelo lápis de olho pareciam mais felícitos que nunca. Seu rosto transbordava vida e satisfação.

— Precisa de ajuda? — a voz doce da Yamanaka havia lhe retirado de seus devaneios simplórios.

Encarou-a com as bochechas rosadas e um olhar envergonhado. Ficava boba em sua presença, principalmente quando as palavras eram dirigidas a ela.

— Seria ótimo — notou um lindo sorriso se abrir no rosto de Ino, causando-lhe arrepios na espinha.

Sentiu os longos dedos segurarem seus cabelos róseos, enquanto tentava não encará-la no espelho. Era difícil não apreciar sua beleza encantadora e suas expressões fascinantes, Ino era como uma pintura que necessitava de apreciação e Sakura estava ali para admirá-la.

— Você fica linda de cabelo curto — murmurou Ino, fixando seu olhar na imagem de uma Sakura avermelhada diante do espelho — Sasuke vai gostar.

— Não estamos mais juntos — afirmou rapidamente.

— Sério? — Ino pareceu surpresa, mas sorriu largamente em seguida — Vocês não combinavam.

— Por que?

— Sempre achei que você era lésbica — Sakura agradeceu a Ino mentalmente por não perceber o quão vermelha estava.

— Sempre tive essa dúvida — confessou, atraindo sua atenção.

— Quer tirar a dúvida? — um sorriso sacana apareceu em seu rosto, passando despercebido pela Haruno.

— Existe um teste ou algo do tipo? — perguntou curiosamente.

— Existe — Ino puxou o queixo de Sakura vagarosamente, juntando seus lábios.

Sakura podia sentir os olhos se arregalarem, enquanto as mãos soavam frio. Só relaxou quando Ino movimentou os lábios, enquanto puxava seus cabelos e fazia um carinho gostoso em sua nuca. Sentiu o gosto de chiclete ao mesmo tempo que as pernas bambearam e as mãos tateavam o rosto angelical.

Quando enfim Ino a soltou, a Haruno precisou de longos segundos para abrir os olhos e acalmar o coração desenfreado. Teve que se segurar na pia, pois as pernas pareciam geleia.

— Deu pra sanar alguma incerteza? — questionou risonha, se divertindo da situação.

— Acho que preciso provar novamente pra ter alguma certeza — respondeu, sentindo-se febril.

Ino riu levemente, voltando a beijá-la de forma urgente. O contato entre as duas era instantâneo e inadiável, como se ambas quisessem aquilo há muito tempo — e, oh, como queriam!. O espaço era nulo e a carícia imprescindível. Sakura sentia-se nas nuvens, enquanto Ino sentia-se no Inferno, tamanho desejo.

Depois de anos de negação, nada mais justo do que libertar-se enquanto provava os doces lábios de Ino, assim como em seus sonhos.

18 Mai 2020 21:13 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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La fin

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