Pare o que está fazendo agora. Pense em algo que te deixe feliz, e então: sorria. Faça acender a centelha de felicidade que será seu guia em tempos sombrios. Não se permita abater pela escuridão que ameaça te engolir. Pense, sinta, e então sorria.

Se Fernando pudesse comparar o medo que sentia naquele instante com uma cor, com certeza ela escolheria o azul. Insistiu que gostaria de praticar snowboard na neve, mas o que não contava era que o socorro que foi prestado a ele após um incidente devido a um avalanche, acabasse com sua vida ali mesmo e da forma mais tortuosa possível. Aos poucos foi sentindo cada um de seus membros congelarem,até que por último não conseguisse mais focar os olhos a ajuda que só admirava fascinado seu sofrimento

Várias pessoas corriam, mas ele... ele só conseguia olhar para cima. Admirado e assustado demais para fazer qualquer outra coisa além de mexer nas moedas que estavam dentro do seu bolso. Se ao menos tivesse permanecido em casa! Se tivesse cedido ao desejo, talvez pudesse se esconder no abrigo antibombas que seu pai criou e que nunca foi usado. Ele costumava achar o velho louco por ter gastado tanto com aquilo, mas agora percebia que louco era ele por ter saído de casa para comprar uma bala.

Na mesma proporção que os dias eram bons, leves e agradáveis, o cansaço se fazia presente. Corroia primeiro a vontade de comer, depois a de levantar. Mas a verdade mesmo era de que apesar do corpo sempre estar pesado ele tinha aquela sensação de missão cumprida para passar.

No início, houve fogo. Os planetas se alinharam de forma tão perfeita quanto seus sóis. Estrelas morreram e supernovas surgiram em uma explosão de cores. O vidro se dilatou e trincou em um ponto específico. Em dois universos diferentes, o mesmo planeta se encontrava no mesmo lugar. A rachadura fora nele. Os dois, pertencentes a mundos diferentes, se chocaram e criaram uma nova realidade. O choque causou uma explosão tão grande que se espalhou pelo vácuo ferozmente.

Debruçava-se sobre a mesa de carvalho, molhando a ponta afiada da pena no tinteiro antes de prosseguir com as linhas do bestiário. Havia visto e enfrentado todo o tipo de criatura nefasta imaginável, detinha conhecimentos ancestrais e portava todos os artefatos e amuletos dos quais se tinha conhecimento. Ainda assim... olhou para trás e sobressaltou-se. Ali, refletido no espelho, estava o verdadeiro diabo daquele mundo; um demônio que jamais conseguiria derrotar.

Queria alcançar as estrelas e tocá-las com as pontas de meus dedos. Queria mergulhar em águas profundas e fingir, ao menos por instantes, que o oceano é meu lar. Queria atear fogo nos meus planos e me tornar uma página em branco. Queria esquecer só para ter a oportunidade de lembrar. Queria ser de novo, e de novo me tornar ser. Queria ser diferente e igual ao mesmo tempo. Queria... Mas só querer não basta.

"Queria ter permanecido ali por mais tempo" pensei. Todavia ao mesmo tempo não conseguia ignorar as coisas que poderia aproveitar para fazer se eu não ficasse mais tempo ali. No fim, era como um juiz julgando a si mesma, o corpo queria ficar, mas a mente não. O corpo queria sentir-se ser abraçado, mas a mente queria começar a por em prática seus planos. Desistindo do que devia ou não fazer, levantou-se e olhou com um olhar de despedida para cama. Amanhã poderia ficar mais tempo, acreditava

Ela sabia que ele os trairia. Ela sabia desde o começo, ela não era nenhuma tola. Ainda assim, quando Prometeu pediu a ela que confiasse em Loki, ela o fez à muito custo. Agora, impedida de atuar como a deusa que era, estava à mercê daqueles que jurou matar. Se ao menos tivesse seguido seus instintos...

A luz não adentrava seu quarto há dias A cama de não se lembrava mais de como era estar arrumada O chão, antes branco, já não passava de um abismo escuro Ao lado do guarda-roupa, escondido, estava o refúgio de uma pobre garota. Uma caixa velha de papelão Um local para guardar a sua libertação A velha coleção de livros de sua mãe Júlia chorava, abraçada a um exemplar desbotado de um romance de época de uma vida onde uma mulher era amada

Ele podia ouvir a respiração rápida e profunda que fazia seus pelos se arrepiarem, podia sentir a presença dominadora no cômodo. Conseguia imaginar as garras da criatura arranhando e arrancando lascas de tinta velha da parede. Com o terror preso na garganta, juntou coragem suficiente para ligar a lanterna, para descobrir, atravéz do espelho, que sempre esteve só.

O beijo era tão frio quanto tinha um gosto doce; o doce das memórias longínquas que agora regressavam ao pensamento. Cada flash do passado era acalentador, se agarrava a eles esquecendo-se que agora era envolvido pelos braços finos e pálidos, aninhado feito a criança que sua mãe ninou ao sono décadas atrás. Um suspiro escapou dos lábios secos entreabertos, o que viria a ser o último, e os olhos semicerrados enfim fecharam-se, encontrando a eterna escuridão.

A única coisa que via era a escuridão. As únicas coisas que sentia eram as amarras e o colchão sob seu corpo. A única coisa que ouvia era um baixo tic-tac, que imaginou vir de um relógio de parede. O único sentimento que tinha em seu peito era o medo... porque sabia, sem mesmo poder ver, sentir ou escutar, que ele estava lá à espreita.

Ah, belíssima! Teu sorriso hoje ilumina até mesmo o mais sombrio dos dias! Finalmente Eu a vi rindo Se divertindo Ah, eu a vi feliz Hoje, o homem que está ao seu lado a ama Ele faz de tudo para ver aquele sorriso! Belíssima! Garota forte! Superara tudo o que tivera de ruim no passado Hoje, não mira o chão em busca de palavras Hoje, ela é a frase completa Desde a primeira letra maiúscula até o ponto final! Não é mais apenas o troféu de uma criança É a Deusa de um homem!

Sua mente nunca para. Suas lembranças sempre são as mesmas: o acidente que tirou de si sua mãe e destruiu seu corpo, e seu despertar, seu renascer após a integração àquela xenotecnologia. Seu pai dizia que era uma dádiva, mas não era assim que se sentia. Quando olhava no espelho, se perguntava: "sou um homem ou uma máquina?".

Olivia o viu de longe, sentado em frente a um mausoléu, fumando um cigarro sozinho e afastado dos demais. O caixão de John estava descendo na terra e Jax não sabia lidar com aquilo. Infelizmente não havia nada que Olivia pudesse dizer que melhorasse as coisas pra ele.

Ela abriu a janela, chaveou a porta. Quis enrolar-se na cortina e usa-la como um vestido luxuoso, trançar seu cabelo e o enfeitar com tudo de mais belo que pudesse encontrar pela casa, então tirar os sapatos e deslizar pelo chão feito uma estrela do rock. A vida é muito curta, pensou, para não fazer e ser o que/quem eu quiser.

Sentada em frente à janela da cafetaria, descrevi o amor da minha vida em um guardanapo. Não exigi muita coisa, apenas o que toda mulher merecia após anos de solidão, e depois que assinei com um beijo e o meu número de telefone. Deixei, novamente o guardanapo no mesmo lugar, então saí para não estragar a surpresa que o destino iria me dar, mas para a minha surpresa a pessoa que encontrou o guardanapo era apenas o meu professor!

"Não tema". É clássico que eles digam algo assim, não é? A criatura mais assustadora que já vi me pede para não temer e tudo o que posso fazer é temer. "Sou um anjo do senhor". Olha, francamente eu não me importo. Eu só queria dormir e esse ser de luz aparece do nada e me assusta. "Estou aqui para protegê-la". Não me sinto nem um pouco segura enquanto contemplo, horrorizada, aquele amontoado de olhos. Como se expulsa um anjo de casa?

Finalmente, depois de longos anos, ele decidiu que era hora de voar com suas próprias asas. Na primeira oportunidade que teve, pulou pela portinhola aberta e bateu suas asas como nunca havia feito antes. Decidiu que era hora de começar a ver o mundo com seus próprios olhos e sentir texturas novas com seu bico. Decidiu que acima de tudo, agarraria com seus pés a felicidade e voaria sempre de encontro a ela.

Ela perdera as contas de quantas vezes sonhou com o dia em que se vingaria dele. Cada noite mal dormida, ansiando por ver seus perturbadores olhos azuis se apagarem. E, no entanto, ali estava ele, à sua mercê. Olivia não mataria Orm Marius como vingança por tudo o que ele havia lhe feito. Olivia faria pior. "Ajoelhe-se, Orm Marius, e reconheça sua derrota". "O que quer de mim?". "Pague pelos seus crimes lutando ao meu lado". "Não quer meu sangue?". "Quero sua obediência".

A piada estava pronta quando o segundo Sol apareceu. Algumas pessoas cantarolavam sem parar. Outras brincavam que já era hora de alguém colocar ordem na farra dos planetas. Uma risadinha era dada toda vez que o telefone tocava. Era estranho, mas não exatamente desesperador. O desesperador começou apenas quando os sóis, observando todos os pequenos seres lá embaixo, começaram a piscar.

Como o sol a brilhar nos céus, o amarelo que te envolve renova teu espírito fulgente de alegria e doçura. Enquanto esbanjando a pureza de seu coração, não há quem não seja conquistado pela tua amizade leal e sincera. Que as más línguas falem à vontade, pois não são capazes de compreender que não há conquista maior do que a imaculada integridade que pertence a ti, lufano.

Alguns diriam que o paraíso se encontrava no céu, cercado de árvores, gramas aparadas e alguns conseguiriam até mesmo imaginar uma plantação de girassois. Outros diriam que o paraíso era ver suas metas cumpridas, casa limpa, dispensa cheia, netflix e nenhum aborrecimento para lhe entristecer o dia. Para mim, o paraíso era uma mistura de ambos com um toque de vida e uma pitada de sonhos que gostaria de viver um dia.

Meus passos eram vagarosos, tão devagar quanto minhas engrenagens do cérebro de manhã ao acordar. Mas o que me impulsionava a continuar sempre em frente, era o desejo de dar cada vez mais um passo em direção aos meus próprios sonhos. A cada passo, mesmo que lento, uma conquista e a cada conquista, uma vontade de continuar sempre seguindo em frente.

Eu não tenho certeza do que é. Eu não sei onde se esconde. Eu não sei se estou imaginando coisas, se estou sonhando acordada, ou se a sombra que passa rapidamente de um canto a outro no meu quarto é real. O que sei é que toda vez que se move, eu só vislumbro pelo canto do olho, um ponto cego. Eu definitivamente não quero que isso, seja lá o que for, se mova claramente à minha frente.

Dos teus lábios sinuosos escapam mentiras, e quando os beijo posso sentir a amargura que se resguarda em cada uma delas. Amargo, pois reconheço a verdade que não ousa proferir, e insisto em fingir que acredito em suas palavras vazias. Se verdadeiramente não me ama mais, o que eu seria incapaz de suportar, continue mentindo.

O deck emanava poder, e as cartas pareciam vibrar conforme as dispunha sobre a mesa circular; seus guias a estavam esperando tão ansiosamente quanto ela. As últimas semanas foram turbulentas, deixaram-na zonza com tantos empecilhos, mas ao virar a primeira carta sentiu o calor se espalhar por seu corpo, um sorriso se alastrando em seus lábios: a Rainha de Espadas lhe encarou de volta, e seu propósito ficou claro como o céu no verão.

Meus dias que eram regrados por calmaria e rotina, viraram coisas de ponta cabeças. O que eu simplesmente odiava! Mas então não se contentando somente com isso, você veio, fez uma de suas travessuras e antes que eu pudesse simplesmente brigar com você, você me sorriu, aquele sorriso banguela, que faz com que eu sinta uma enorme necessidade de te esconder do mundo e de todos. Tudo isso porque você me sorriu, me sorriu um sorriso que sem palavras, me mostrava o quanto eu ainda iria morrer por você

Dor. De alguma forma que não sei explicar, há uma forma dela me sufocando enquanto eu me mantenho suspirando por ela. A forma silenciosa da dor. A forma com a qual eu não posso lutar, a que me sufoca enquanto eu permaneço suspirando, esperando por ela, mas eu não quero mais esperar por ela. Eu quero esquecer. Eu preciso esquecer ou irei enlouquecer. Tudo o que eu preciso é ouvi-la me negar, tudo o que eu quero é ouvi-la me libertar.

A noite estava fria, ou talvez fosse eu. Minha mente estava agitada, ou talvez fosse a agitação ao meu redor. Eu caminhava noite adentro com objetivos sinistros em mente. Ninguém me reconheceu nas ruas, ou quando cheguei, nem mesmo quando saí. Como poderiam se nem mesmo eu me reconhecia mais? Loira, ruiva ou morena, eles nunca me viram chegando e meu alvo nunca mais veria nada até o fim da madrugada. Meu rosto o marcaria, mas o dele logo se perderia entre tantos outros em minha mente.

Os meus sonhos antes eram memoráveis e indispensáveis todas as noites,até que certa vez um destes sonhos me contou uma realidade que vivi há muito tempo.Apenas recordo do toque de um estranho e disso causar uma crise desesperada de ansiedade,onde me cocei freneticamente por mais de quarenta minutos, tive lapsos temporais e alguns relances do que aconteceu naquela noite.A única palavra que eu balbuciei foi:- Agonia ! * A resposta foi no sonho ou no subconsciente?

Faust sentiria falta de acordar todos os dias para admirar o sereno rosto de Aladdim enquanto ele dormia. Sentiria falta das risadas e dos planos de fuga que ele criava a cada novo artefato mágico que cogitavam roubar. Mais do que isso, sentiria falta do amor que o ladrão tinha por ele, porque sabia que depois daquele dia, jamais o teria novamente. Isso o feria imensamente, mais do que ele julgava ser capaz. Mas haviam coisas que precisavam ser feitas. Aquela era uma delas.

Em seus mais de quinhentos anos, depois de tantas perdas e tragédias, ele não imaginava que era capaz de sentir-se destruído por dentro novamente. Há coisas das quais muito se fala e pouco se entende, coisas que a ciência investiga e a filosofia discute. Dizer que seu coração estava estilhaçado pela traição era simplificar demais. Uma palavra de seis letras não era o suficiente para expressar o que acontecera com ele.

Sem sequer me importar com o caminho que não parecia ter fim, respirei fundo e segui em frente. Pela primeira, aquilo que estava ao meu redor acalmava todo meu ser. Não havia o cinza da cidade, o pesado ar que me sufocava toda noite e a preocupação com o momento. Finalmente poderia relaxar, caminhar sem me preocupar. A trilha de livramentos estava apenas começando...

O teu mundo é muito confuso, Quem é de fora vê um turbilhão, Vê-se um vai e vem , Se há cadeira para sentar está ocupada com o andarilho pensar , Não há calmaria na tua sina, Tu não descansa , Tu és o vai e vem de si, Muitos passam por ti , No tempo , Mas poucos se sentam para conversar , Porque és o próprio frenético pensar.

Era uma vez uma fada, ela era muito boazinha, mas também podia ser bem... determinada. Essa fada não queria ser madrinha de um alguém, o que ela queria era um belo príncipe rico que a amasse como ninguém. Esse poema seria o que contariam em seu futuro reino, onde ninguém jamais saberia quanto sangue e traição envolveram sua subida ao trono. Um casal destruído e um mal libertado. Mas a fada viveria feliz para sempre, e isso era tudo o que realmente importava.

Apesar de inúmeras coisas atraírem sua atenção, jamais imaginou que aquilo que ela havia escolhido para si seria tão especial igual estava se tornando. Ela havia encontrado dentro de si mesma um novo caminho para seguir, um novo rumo ao qual tomar. E a partir daquilo uma nova pessoa ela estava se tornando.

Desconfiei quando o vi, mas permiti ardentemente me entregar a ti. Permiti que o sol arraigasse na margem do meu coração. As emoções brotam na limiar do meu olhar e as raízes percorrem no meu corpo sem me dizer para onde devo ir, há alma, há tempos me desmancho por ti, mas não posso te ver,pois sei que o tempo não nos permite mais. As folhas caíram, no solo são novas sementes, outros animais e um novo ecossistema. Esqueço a ti e planto a minha semente no céu, um novo habitat, um raiar diferente.

... Uma linda menina, cheia de sonhos e vontades. Decidiu que iria cumprir um de seus sonhos tão logo que não percebeu que perdeu os restos de seus dias quando se amarrou a alguém que a impediu de sonhar mais uma vez.

"Mas o que se será de mim, além dessa única casca vazia, que apesar de ter mil e um sonhos, não consegue ir de encontro a nenhum?! Eis que espero um milagre? Mas que milagre seria maior do que o fato de poder sonhar?! Talvez eu não saiba, mas esperar que alguém caminhe com minhas pernas não é um milagre e sim esperar que alguém viva meu sonho para poder dizer que eu consegui, sem nenhum esforço no fim."

Se Luis pudesse usar uma cor para comparar com seu medo, essa seria o vermelho, era o que ele pensava enquanto via seu sopro de vida ir embora junto com o sangue que escorria pela escada após ser empurrado do primeiro lance e ter parado no descanso sem cair pelo segundo.

Em meu sonho tudo é muito claro. De longe posso ouvir os atabaques rufando, homens cantando. Sinto o ofá em minhas mãos enquanto danço em honra ao Caçador, mesmo sem saber o motivo. Há quanto tempo meus pais não me visitam? Talvez seja um sinal, talvez estejam me chamando de volta para casa. Mas eu me pergunto: que casa? Há muito parti sem olhar para trás e não me arrependo, mas nesse sonho o caçador me chama para caçar. Devo retornar ao incerto e desconhecido ou permanecer na segurança?

Nem todos os personagens foram criados para que pudéssemos amar, admirar ou sequer respeitar, apesar disso todos eles, sempre tiveram e sempre terão o que ensinar...

Enquanto a fito em silêncio, a mesma pergunta continua perturbando minha mente, como tem feito há semanas: quem é? Quem é a pessoa com quem ela está saindo? Com quem está me traindo? Sei que ela me deixará a qualquer momento e não creio que me deixará com respostas para essas perguntas. O que me resta além de lamentos? O que vai restar dela pra mim? Uma sombra? Tudo o que preciso saber é o que ela está escondendo de mim.

Todo mundo sabe o que é amor, até amar pela primeira vez.

Afeiçoou-se às histórias de almas gêmeas, sonhando com o dia em que encontraria sua cara metade. Sentia como se tivesse perdido uma parte de si há muito, e centrava todos seus esforços em encontrá-la: cada novo conhecido era uma esperança, uma chance de se sentir completa outra vez; uma frustração a ser adicionada à coleção. Mal sabia esse tempo todo que podia encontrar o pedaço que lhe faltava sem muita dificuldade: estava ali o tempo todo, bastava se olhar no espelho.

Desvaneceu gradualmente, como fumaça se dissipando no ar. Era doloroso observar mais uma parte de sua essência partir, ver aquilo que a tornava tão única perder-se na infinidade do vazio. Desfez-se outra vez, para se encaixar onde acreditava pertencer. A que custo, afinal?

Doeu. Muito. Feito uma lâmina que perfura a pele e atravessa o peito, impiedosa... excruciante, de arrancar o ar dos pulmões. Mas um dia enfim, não doía mais.

Repetiu para si mesmo que aquilo que não significava nada ━ bastava mentir o suficiente para que se tornasse verdade.

Buscava incansavelmente em outros aquilo que não era capaz de encontrar em si mesmo.

Se não fosse a sensação inebriante, decerto teria molhado as calças de medo. Era linda... e como era! Vestida em branco de uma pureza imaculada que condizia com a beleza angelical. Intocada, para alguém que vagava por um cemitério. "Beije-me," pediu a senhorita, sem pudor. E ele o fez, incapaz de resistir ao seu encanto sobrenatural. Branco agora era escarlate, e o que era puro tornou-se lúgubre.

Parte II Nunca, jamais e em circunstância alguma imaginei que voltaria a vê-la, a dona de uma personalidade forte e uma essência peculiar que em apenas um golpe, me fez perder todo o meu chão. Mas, lá estava ela, com um sorriso cativante e um brilho no olhar que me fazia tão bem... Como pode o mesmo amor nos machucar, e depois como se nada tivesse acontecido, nos sarar? Entender essa incógnita não fazia mais sentido para mim, pois tudo que precisava, estava a um passo de mim!

Parte I Quando ela entrou em minha vida, mal sabia eu o quanto necessitava dela. Com o jeito simples de ser, me cativou mesmo sem saber. Nunca ninguém tinha me enxergado assim, numa beleza sem fim! Mas, no dia em que a vi partir, meu coração se partiu, e um sentimento novo me consumiu!

Olivia tinha tantas mágoas e dores guardadas dentro de si que nunca pensou que choraria tanto ao receber um mísero abraço de Bruce. Não tinha pais, ou amigos. Jax, seu primo, sua única família, estava a tratando diferente e ela nem sabia o motivo. Constantine, a quem ela já estava se apegando, não tinha os mesmos sentimentos. Estava ali para instrui-la na magia, não para ser seu amigo. Era como se todos lentamente se afastassem dela. Todos menos Bruce. Todos menos seu chefe.

Minhas mãos se agitam, suam frio. Há uma ânsia, um desejo não saciado, que faz com que eu coce minha cabeça em nervosismo até que formem feridas nela. Até respirar se torna estranho. Tudo o que eu queria agora era uma carteira de cigarros mentolados e vodca.

Safira procurava entre as milhares bocas da boate, aquela que causaria arrepios incontroláveis junto a calafrios imensuráveis. A sua procura cessou ao bater os olhos em Joaquim, um homem cuja expressão facial deixava evidente que ele era um caçador incansável em posse de sua presa. E a única saída para Safira era aceitar a sua sina, pois a sua busca havia chegado ao fim no exato momento em que os seus lábios encontraram os deles.

A maioria das pessoas a evitava. Ela era mal falada, com ares de maldita. "Gente morreu lá dentro, às vezes a gente escuta gemidos no meio da noite", diziam os vizinhos - os novos vizinhos - da moça que havia se mudado para a dita casa. Ela não se importava, não de verdade. Não acreditava em nada sobrenatural. Uma casa barata não podia ser dispensada por uma adulta com pouca grana, então os fantasmas teriam que engolir a presença dela ali.

Era uma vez uma história um pouco diferente do que a de um conto de fadas... Uma mulher, sem muitas pessoas na vida, que encontrou uma melhor amiga. Essa sua melhor amiga a explorava, mandando-a escrever histórias porque ela queria ler determinado assunto, e ela própria não conseguia escrever. Apesar de claramente parecer que essa amiga não gostava dela, esse era um único meio que ela havia encontrado para fazer com que ela continuasse nesse mundo de histórias, que era seu maior sonho.

Olhar para trás e ver o rastro de danos causados em tão pouco tempo... Sua incapacidade de fazer as coisas funcionarem e os laços durarem, a frustração de não conseguir concretizar os planos de seu pai... Por todo o sangue em suas mãos, por todo o sofrimento causado... Mais importante: por seus filhos Por seus filhos ele pagaria o preço, para que a história não se repetisse. Afinal de contas, Adão criou um Caim.

Eu te vejo como uma bela sereia , Prestes a cantar para mim , Te desejo no meu mar , Te olhar todos os dias , Durante o raiar do sol ou do luar, Não te vejo despida, Te vejo como você quiser , Te respeito como uma deusa que me inspira, Mas tu me incendeia , Quando desejar me sentir , Estarei nas águas a te esperar, Sou apenas um tritão que almeja te desvendar junto ao mar.

Lúcia respirava profundamente naquela manhã de quarta-feira,viu saltitações errôneas pela parte de quem dizia amá-la, era por uma prima, por quem seu namorado Marcus abrilhantava os olhos.Lúcia desconfiava dos olhares, de alguns feitos que não eram os mesmos por ela, Lúcia ia guardando todos os remorsos , as gotas caiam próximo a ela e a mesma queria que as gotas se cristalizassem e pungissem figuras. Será que Lúcia se impedirá de deixar fluir a sua própria história pelo que acredita que existe?

As lágrimas persistem em cair, mas não consigo ter forças para tentar pará-las. A voz agressiva ainda ecoa em minha memória, destruindo ainda mais o amor que eu tinha por ele. Não é a primeira vez que ele faz isso comigo, largando-me sozinha na nossa casa. Ele me deu o céu no início, porém, é o inferno que predomina a minha vida agora. Nesse momento estou dando adeus para tudo que construímos juntos, pois preciso reaprender a me amar e viver um futuro sem ele.  Porque amor não machuca!

Hoje em meio a letras , debrucei-me por pensamentos, escrevemos tanto e sabendo que isso um dia ficará perdido por inúmeros dias, mas imaginou que cada palavra que você escreveu algum dia pode ter ajudado uma alma? pode ter dito sim a aquela atitude que poderia ser mais positiva ?você em algum momento libertou a aventura de uma pessoa... a fez pensar em mundos inimagináveis, é isso, a escrita dá vida independente do tempo que ela vá ser lida e sem pensar em um futuro, porque tudo se transfigura.

Quando Olivia finalmente acordou e se deu conta de que estava de novo em seu quarto, foi como se tivesse voltado a um velho pesadelo. Ela se levantou, se sentindo dolorida, exausta, mas não fisicamente. Entrando em seu banheiro, acendeu a luz para encarar a si mesma no espelho acima da pia. Apoiada na mesma, encarava seu reflexo no espelho. Franziu o nariz, incapaz de reconhecer aquela estranha à sua frente. Quem diabos ela estava se tornando?

O burburinho pelos corredores e pelas mentes me incomodam tanto, é como se eu soubesse que poderiam rir de mim a todo instante. Peço que retirem-se da minha mente , não preciso de riso,preciso de calmaria, saiam palavras atônitas, saiam de mim, que espírito de ultraje. Um mar de agonia que atormenta uma alma que pede por um céu breve e de nuvens lentas, que a chuva seja terna, que o frio acalente o meu coração, sol seja um pouco complacente com uma alma que sente a todo instante muitos corações.

A garota amava fazer planos, antes de dormir planejava seu dia seguinte da forma mais meticulosa possível, desde o que faria de manhã até a hora de se deitar. Apesar de muitos odiarem rotina ela adorava ter a sua e os dias que não conseguia seguir seu próprio conograma se sentia meia lesada e não sabia por onde se seguir. Mas o que ela não imaginava era que em um dia, tudo o que planejou e tudo o que ainda estaria por planejar viria por água a baixo. Isso porque seu filho era imprevisível.

Apesar de tentar manter o máximo possível as coisas em uma ordem, a garota se via perdida às vezes. Mas sempre fez questão de que seu filho dormisse cedo e acordasse cedo, isso porque apesar dela dormir tarde, seu dia começava logo que o sol raiava. Nem tudo que era planejado conseguia fazer, sim, ela ainda gostava de fazer planos, já era um hábito seu, mesmo sabendo que seu tempo já não era mais somente seu. Pelo menos quando começava de manhã parecia ter tempo o suficiente para o necessário

Uma menina entra em seu quarto e chora olhando os enfeites que ela ganhou de amigos e parentes. As lágrimas caem enquanto ela pensa que tudo que ali se encontra poderá desaparecer assim que descobrirem que não é quem todos pensavam que fosse.

Polônio e Rádio iniciaram uma amizade não muito amistosa inicialmente, mais foram cordiais um com o outro. Não entendiam que um amor poderia surgir da ciência que faziam entre as paredes do laboratório , mas também não sabiam sobre a elevada radiação que traria o caos a homens que não sabem lidar com a inteligência e até hoje essa história se repete entre os homens de hoje. Novos cientistas aparecerão mas com ideais que serão desestruturados por mentes políticas deturpadas.

O fato é que carregamos tantas marcas e lembranças que a infância deixa no coração​ de cada um de nós, porque elas fazem parte de quem nós somos. Porque apesar de estarmos crescidos, de uma certa forma nunca deixamos de ser crianças. A infância é a essência do que nós éramos e do que nós somos.

Sinto sua falta de uma forma que não posso pôr em palavras. Há alguns dias, você era uma pequena criaturinha em meus braços, totalmente dependente de mim, e agora nós estamos separados de forma irremediável. Preciso aceitar que não faço mais parte de sua aventura, mas eu nunca lidei bem com finais e rompimentos. Cortar o nosso cordão umbilical está doendo mais do que deveria.

Apesar de ser plus size, Alexia era uma bailarina amadora excelente e amava isso!

Alice demorou para se sentir "encaixada" durante seus 25 anos. Sempre "viveu" a vida conforme as coisas fluíam, sem ambições, sem saber o que queria no futuro ou o que queria fazer com sua vida pacata. Aos poucos, começou a investir em si mesma e descobrir quais coisas as deixavam feliz. Aos poucos, passos foram dados em direção ao futuro, aos estudos e ao que queria ser. Apesar de ela não saber nada sobre isso, sabia que se ficasse parada somente vivendo, nada ia acontecer.

A lua cheia se posicionava no ponto mais alto do céu, iluminando a ponte de pedra sobre o lago que refletia a luz prateada. Com um ar de desafio e sorriso de escárnio, um homem que passava por alí julgou que seria uma boa oportunidade para testar uma velha lenda: — Que esse lago nunca mais reflita sua luz se não me der o que desejo. E se és tão poderosa, saberás o que é sem que eu o diga. Nada ocorreu então decidiu partir, até sentir o corpo ser envolvido em um abraço gélido. — Eu ouvi você.

Todas as noites que não consigo dormir , converso com a lua , peço que a imensa luz que há nela bata de frente com a ansiedade que eu sinto e a cure , peço também a lua que não pare de sorrir nas minhas noites mais escuras , por favor lua não canse de mim , sim , teremos muitas conversas. Apesar de eu te pedir tanto , não me veja assim , eu agradeço pela tua luz hoje ser minguante , quero poder me renovar desde a lua nova à lua cheia , te espero amanhã no mesmo horário, brilhe em mim.

Após muitas noites se passando em meio a mente e ao dia sombrio de Lúcia,ela não conseguia deixar de pensar no vazio que aquilo lhe trazia.Ela parecia divagar em um quarto escuro e sem muitas lembranças ou então o memorável havia se perdido, mas revia flashes nos 'déja vùs' dos sonhos.Era meia noite e Lúcia pegou as chaves do carro e correu para o carro,naquela madrugada a neblina não a continha,parou o carro na orla da cidade,após muito tempo pensando, às 3 da manhã resolveu fazer uma ligação.

Amanda Luna Habsburg-Lothringen, primeiramente Arqui-Duquesa e depois Imperatriz da Casa Austro-Húngara, amava bailar! Sua falecida irmã Mia Caroline era exímia bailarina e isso estava no seu sangue! O Imperador Perse Miclos, seu primo e marido, adorava vê-la na ponta das sapatilhas à luz do luar!

Amanda Luna nem sabia, mas carregava o espírito adormecido de Mia Caroline, uma irmã que nem sabia da existência! Mas seria através de suas lembranças, que conheceria, amaria e seria esposa do Imperador Perse Miclos, da Casa Austro-Húngara, ex-marido de Mia Caroline e seu primo também!

Amanda Luna, sem saber, nem sabia que estava predestinada e seria escolhida por Perse Miclos Habsburg-Lothringen, renomado artista e Imperador Austro-Húngaro! O segredo de suas conexões logo seria revelado e o mundo se abalaria pelo começo do Apocalipse!

Amanda Luna fez de Perse Miclos, Imperador da Casa Austro-Húngara e renomado artista, a inspiração de seus livros, sem saber que seria sua escolhida e sua predestinada!

Amanda Luna e Perse Miclos fariam diversos filmes, em que até ganhariam como Melhor Atriz e Melhor Ator pela refilmagem de "E O Vento Levou"!

Amanda Luna Habsburg-Lothringen, unida de seu primo e esposo Perse Miclos, seriam dois dos monarcas mais poderosos durante o Apocalipse e lutariam contra um grande mal!

Depois de Perse Miclos perder sua Chama Gêmea Mia Caroline, teria outra Chama Gêmea em Amanda Luna, apesar de estar completamente assombrado!

A Imperatriz Amanda Luna Habsburg-Lothringen, mal sabia que estava para salvar ou condenar toda humanidade durante o Apocalipse!

Às vezes é tristeza que perfura o peito, raiva que queima as entranhas, luxúria que incendeia o corpo... amor nunca é, puramente, amor.

Era hora de cortar aqueles laços. Ela precisava fazer aquilo, precisava ir embora ou enloqueceria. Sua mãe imploraria que repensasse, ela sabia, mas não mudaria de ideia. Ameera estava pronta para conhecer o mundo além daqueles muros.

Havia uma menininha tão dócil, mas também tinha um gênio meio forte. Ela adorava desenhar, rabiscar, pintar, brincar e fazer uma bagunça, tão animada era ela! Ela também transbordava de pura arte através de suas danças. Se havia uma canção tocando, lá estava ela toda feliz, criando seus próprios passos enquanto a melodia a guiava. E ela ainda gostava de cantar em voz alta! A menininha, dona do mais belo e genuíno sorriso, era o verdadeiro significado da alegria sem fim.

Eu vou me apagando de novo para você . Quando eu volto, penso que podia te ajudar, mas na verdade eu estava descuidando de mim, porque você tem novas companhias, é feliz com elas, é melhor que a borracha seja rápida dessa vez para que eu não tenha que ficar reescrevendo o que nunca irá existir , uma amizade, eu serei a neblina , mas às vezes posso ser o céu azul em busca de novos pássaros para voar junto. Sou insistente , irei catalogar espécies.

Todos os dias era comum Luna encontrar o seu amigo Pedro para jogar , mas Pedro encontrou Ludmilla e nada mais parecia como antes. Luna nos primeiros dias ficou triste e desanimada, como o amigo pôde trocar uma amizade de 10 anos por alguém que conheceu em pouco tempo? Luna se contentou com a perda e do jogo nada perdeu , apenas a companhia que era movediça.

Estava sempre de prontidão para ajudar ao próximo, sabia que quem plantava o bem, também o colhia, mas apesar de sempre ser aquela pessoa sorridente e prestativa, sabia que dentro de si tinha algo que não se encaixava com aquela personalidade. Não se amava o suficiente para amar alguém. +

Ah, quantas mentiras doces de ouvir Amor sai fácil pelos seus lábios Logo depois de tanto ódio Ainda assim, tão doce, Que mesmo com cáries doloridas e aparentes Acabo sempre voltando para o seu açúcar Um dia perderei todos os dentes E, quando acontecer, Implorarei para que ainda me queira - Amor Amargo

Ôh, Ana Luísa. Corre aqui minha filha! - chamou a mãe em frente ao portão da sua casa. - O que foi mãe? - perguntou a sua filha após chegar até sua mãe que lhe gritava, com os pés descalços e com as mãos sujas, marcas de criança que corria na rua, com seus amigos, sempre trocando entre as brincadeiras. - É hora de entrar e tomar um banho. - Mas mãe, ainda está cedo! - Menina, você não disse que gostava do Joãozinho, o vizinho? Vai ficar ai na rua, toda fedida e ainda acha que ele tem que gostar

Do outro lado da calçada, ele a admirava. Mulher bonita, mulher gordinha, mulher magrinha, tinha a alta, mas também a magra. Independente do que que os outros podiam dizer, para ele, que aprendeu desde cedo amar a si mesmo pela forma que era, notou que cada uma delas tinha uma característica explendida.

Era exatamente isso que percebia quando olhava para a Camila: Alguém ferida e despedaçada, que tentava esconder suas dores criando uma barreira emocional, afastando todos que tentavam se aproximar dela. Eu não era tão diferente assim; na verdade éramos completamente iguais. Duas pessoas marcadas, pelas marcas que apenas o amor pode deixar em alguém. Talvez por isso me sentia tão responsável por ela.

+ Mas aos poucos e com pequenas atitudes, seu amor próprio foi sendo construído, primeiro um cuidado para com si mesma, começou a investir mais nela própria do que imaginava ser possível, foi amadurecendo e com isso seu auto amor crescendo. Não se senti completa, não ainda, mas sabia que estava indo pelo caminho certo.

A morte era vazia , me perdia naquela confusão, sempre me chamou todos os dias, a reza continuava na matina, eu corria por todos os lados, de novo me perdia. Era fácil me abster de sonhos enquanto ela me movia, me sentia como um tolo correndo no meu próprio buraco negro, peço que não me leve para teu refúgio, eu sou o que a espanta , sou eu meu próprio vazio, desfaça teu feitiço , todos os dias são assim, minha oração é frequente , mas não sou um lunático que teme a morte, ela que deve me temer.

Vou contar uma pequena história com um final feliz. O tédio estava assolando-me quando passei calmamente por uma pequena cidade. Vi uma moça triste, pois não conseguia emprego e do outro lado da rua tinha um moço precisando de uma atendente. Uni minhas forças com a minha irmã gêmea, a fúria do leste, e nos jogamos contra eles.  A moça se abrigou na floricultura, o dono a reconheceu, era Maria, o seu amor de infância… E assim uniram o passado, amor e também as trouxas de roupas. FIM 

Aninha, era só uma garotinha que sonhava em ter uma família. Nunca soube o que era ser acolhida, apenas desprovida das alegrias dessa vida que desde o nascimento a tristeza lhe consumia por viver no mundo sozinha. Entre vielas e becos em busca de alimentos para saciar os seus desejos. O estômago sedento de uma vida sem sustento. Aninha chorou, desesperou e falou: — Eu sou mais uma criança a procura de uma esperança!

Riê nunca se importou em ter diferentes papéis a contribuir em sua casa. Riê trabalha, estuda, paga as contas de casa desde muito cedo, aprendeu a lidar com sentimentos e a prende-los , talvez ela nunca seja uma pessoa dita "normal", e por mais que ela se esforce incansavelmente haverá alguém cujo se chama "mãe", dirá a ela que nunca será o suficiente. Apesar disso, ela luta todos os dias, chora quando pode em um canto que somente ela entende.

A saudade era como uma bela flor, mas as pétalas se foram ... Perdeu-se a pátria em horror ... A pátria caiu e os seus filhos também , as cores se foram , o desmanche ruiu famílias e um vírus que dizimou vidas ... Isso tirou nossos espíritos , ou somos apenas corpos vazios ? Será que somos o próprio expurgo ?

A escuridão era densa demais. Tão densa, que não me atrevia a mover um dedo sequer, com medo de que estivesse, na verdade, cercada de armas letais disfarçadas pela falta de luz. Como fui parar ali? E após o surgimento dessa questão, precisei encarar o meu problema verdadeiro: perceber que eu lentamente me tornava parte daquilo, perdendo-me. Será que alguém se lembraria de mim se mesmo eu estava me esquecendo de quem era?

Era difícil não vê-lo de forma diferente depois de ouvir aquele segredo de doze anos. A princesa jamais imaginaria que o guerreiro Storm, sempre com sorrisos e um espírito positivo, tivesse um passado tão sombrio, tão triste. De alguma forma, aquele segredo, a vulnerabilidade que dizê-lo revelava, fazia com que a princessa gostasse ainda mais de Storm. Sua sinceridade era apreciada por ela de todo coração.

Eu pouco te conheço ... Mas por algum motivo meus sonhos me entrelaçam a você ... Não entendo ... Qual seria o motivo ? Espiritual ou mental ? Entender essa ligação ainda é o meu tema central ... Isso me causa uma euforia interna... Um consternamento relutante ... Será que no próximo sonho vão me revelar que você não precisa de motivo ? Você apenas surgiu... Me ludibriou e criou um lugar naquela massa cinzenta.

Ao me acordar, me vi sozinha na cama. Um cheiro de café dominou meus sentidos e tão logo me levantei, deixando-me guiar pelo meu aroma favorito de todas as manhãs. E então te vi, com seu cabelo meio desgrenhado e vestindo seu moletom preto na cozinha, já colocando o café na garrafa. E então você olhou pra mim, exibindo aquele seu sorriso de lado enquanto eu me aproximava do balcão. E ao me sentar no banquinho, você não demorou para me dar um abraço caloroso. E eu me senti em casa.

Era comum desde o colégio ter poucos amigos, e agora no laboratório onde trabalho dizer somente o bom dia, práticas usuais, mas ao chegar em casa haviam sorrisos em formatos caninos e me perguntavam : - Você está bem ? Dia longo não é mesmo?, a minha felicidade estava ali. Enquanto no trabalho fui indagada certa vez: - Você prefere bicho do que gente e os estudos revelam que és solitária. Fixei os olhos na alma daquele ser :- Enquanto você julga o meu mundo, perde-se no seu.

Todos os dias é a mesma rotina ... Durmo com as janelas abertas para que a brisa da noite toque na minha pele, E ao amanhecer as cortinas dançam e me despertam com as nuances do sol das 6, Levanto e molho as plantas da janela, E percebo que mesmo que aquilo seja todos os dias, Há sempre um novo significado a ser visto ou descoberto.

Naquele dia acordei e senti a brisa do mar, Despertei e me encontrei no mar, Poderiam haver tubarões mas nada me fazia pestanejar, O meu lugar era estar ali, Enfrentar o que fosse, Embora por vezes a corrente me levasse a outro lugar, As águas sempre recuariam e depois eu retornaria a remar, Quem sou eu ? As ondas do mar.

Não se compare mesmo se tiver o mesmo tom de cabelo com ondas ... Não se compare se tiver a mesma camisa de star wars ... Não se compare se o teu céu for azul igual o do outro... Não menospreze o teu ser ! Tudo em ti é importante ... Tua beleza ... Tua vívida face ... Tua sina é dizer " eu me importo , eu existo , eu sou eu, não me compare porque sou único , eu sou o que há muitas eras esperavam, um ser inabalável e luminoso ". Brilhe e afaste nefastos !

A noite comanda a minha sina, quem diria que o teu luar me chama, sou um astronauta em ascenção para tuas bordas brancas, não me deixe cair, preciso da tua luz para alcançar o teu centro. A corda que me puxa é o que bombeia o meu ar, quem diria que um bobo se apaixonaria por uma lua, se ao menos ela soubesse que no meio de milhões existe alguém que a vê todos dias brilhar e a querer sempre no mesmo céu independente da galáxia, estarei aguardando como um tolo que a admira veementemente.

Todas as noites, ela emergia para cantar. Ninguém ousava chegar perto, pois a delicada sereia de cabelos azuis e olhos de cor carmim não deixava ninguém chegar perto, pela imensa fúria e solidão. Ela sabia que no fundo, ele não ia chegar. Ele morreu nos braços dela ao tentar protegê-la de velhos pescadores, por ignorância e ganância, os humanos tiraram a vida de seu único amor. E todos os dias Laura subia em uma pedra que tinha na praia para cantar, mesmo que Luís nunca mais pudesse admirá-la.

Ela adormeceu, mas não dormiu. Levantou-se e despertou em um quarto cinza e com luz amena. Tinha um homem a sua direita. Loiro e de rosto vil. Não havia sombra. Apenas ela e o homem. Não haviam almas. Apenas o desmanche de ambos. Era sufocante aquele tardar. Até que puxaram a sua corda. E finalmente despertou do que ela chamava de sonho. Mas na verdade era uma viagem.

Eu penso bastante sobre minha própria morte. Mas não é de uma maneira mórbida, eu me sinto quase curiosa. O que será que vem depois? O que acontece com tudo que veio antes? Muitos por aí dizem ter essas respostas, mas por que eu não consigo acreditar na veracidade de suas palavras? Estou condenada a viver uma vida sem nunca saber a resposta para essa pergunta e se um dia eu descobrir, o que farei com essa informação então? Essa resposta eu já sei. Nada.

O calor que eu sentia esfriou e pergunto ao meu coração se é certo ou não recuar ? É uma conversa franca , mas temo em ouvir um mar raivoso, sem muita conversa a água fria me atingirá o mais forte que puder. Não tenho medo, tenho receio do sonho , uma viagem que nos levaria para longe , mas que está sendo para longe de duas figuras que antes previam um céu imenso para voar. São perguntas sobre vidas que precisam ir?Ou vidas que precisam aprender que às vezes no frio o calor pode voltar a sorrir?

Mas de adianta o que restou de mim? Uma casca vazia sem sonhos e nem esperanças de que serventia eu seria? Uma pobre alma presa dentro de um corpo fraco e lento. Me pergunto de que vale o esforço em continuar vivendo, mas então me recordo de que dias nublados todo mundo tem e que o amanhã, pode sim, ser melhor.

Não foi nem um minuto para o fim de um mundo. O último capítulo da novela chegou com o último "boa noite". Quem poderia imaginar? Foi de rompante, de uma hora para a outra, ninguém estava preparado, foi em menos de 30 minutos. A cada segundo a respiração ficava mais forçosa; ao invés de ar, a água era o que preenchia os pulmões. Às portas do hospital, deu seu derradeiro suspiro, se foi. A notícia me pegou ao meio-dia: chegar em casa nunca tinha sido tão sofrível, comer foi penoso. E agora, dói.

O que define o bem? É o resultado final ao pesar todas as ações que fazemos durante a vida? Ou uma grandiosa ação bondosa? Quem julga quem é bom? Bondade não deveria ser um tipo de caráter, mas um adjetivo referente a algo. Ainda assim, há pessoas que me chamam de Bondosa. Se eu fizesse algo que os prejudicasse, ainda seria Bondosa? Mesmo se essa ação beneficiar alguém, não seria eu, Malvada? Talvez devêssemos esquecer essas palavras, como eles esqueceram as cabeças que eu arrancara, anos atrás.

Queria sentir de novo aquela sensação, aquele nervoso, friozinho na barriga, a adrenalina. Mas não conseguia, estava tão confusa e perdida que os sentidos entravam em parafuso. Talvez não fosse seu melhor momento, talvez teria que esperar aquela tempestade de emoções se acalmar. Não sabia. Tudo que sabia era que queria sentir outra vez as borboletas no estômago, a emoção da primeira vez, da paixão.

Lá estava eu sentada em uma cadeira na praça de alimentação do Shopping. Cheguei meia hora antes do marcado, pois prefiro chegar adiantada do que chegar atrasada. Peguei o espelhinho de bolso e dei uma retocada no batom, passei um pouco de pó no rosto e ajeitei o meu cabelo.  Em poucos minutos de espera, lá vem ele todo charmoso, com o seu sorriso encantador que me fez apaixonar. E mais uma vez o jardim do meu estômago estava em festa, principalmente as danadas das borboletas brincalhonas.

Eu ainda podia sentir o sangue fresco em meus braços. O choque de saber exatamente o que estava em meus braços. Um vazio que antes eu costumava sentir não estava mais lá. Em seu lugar, dois bebês esperneavam e choravam. Dois meninos, gêmeos. De alguma forma, eu sabia que eram meus filhos e eu sabia quem era o pai. Quando despertei daquele sonho, sentir meus braços mais leves deveria me deixar feliz. Mas não deixou. E eu estava arrasada porque meus meninos não estavam comigo.

Respirei fundo e observei a noite. Alguns postes próximos a mim exibiam a tão padrão luz amarelada. O mais próximo estava queimado, sei lá a quanto tempo. Já sentindo que o turbilhão de pensamentos que rondavam minha mente estavam se dissipando, me levantei e caminhei pela rua. Sinceramente, gostaria de encontrar alguma árvore com belas flores ou seu forte abraço, me dizendo que está tudo bem e que mais uma vez minha mente estava me jogando para baixo.

Quem olhava para ela sorrindo ao caminhar em plena luz do dia, jamais imaginava que ela escondia por detrás da maquiagem o rosto abatido por perder mais um amigo. Ela acreditava que o tempo iria amenizar a dor, mas isso nunca aconteceu, pois até agora não conseguia preencher o espaço que ele deixou, talvez se mudasse de vida em busca de uma nova saída para cicatrizar a sua implacável ferida.

Tudo que Carlotta almejava na vida era casar e ter sua família! Mas nunca imaginou que seu grande amor abandonaria-a! Só que Carlotta não sabia que Luigi estava tentando protegê-la de um mal maior!

Carlotta, Imperatriz da Itália e países congregados, amava muito seu esposo e seria uma das maiores monarcas daquela região, enfrentando um mal caótico!

O cheiro de terra e o farfalhar das folhas das árvores a faziam ter certeza de que de fato estava em casa. O vale continuava verdejante, a natureza ainda estava viva lá, sem todo o caos e barulhos da cidade. Alisson estava em casa e dessa vez faria de tudo para aproveitar a vida da qual fugira antes.

No seu íntimo o que ela mais desejava era que as pessoas a aceitassem da forma que ela era, mas nem sempre o que queremos era possível obter, sabia disso. Mas para a sua surpresa encontrou refúgio onde jamais imaginou que teria, dentro da música. Os sons agradáveis a diziam que ela era perfeita do jeito que era e com isso em mente decidiu que não deixaria que alguém dissesse ao contrário.

Às vezes me pego pensando em como eu seria uma completa inútil sem minha visão ou meus dois braços. Admiro quem, mesmo com todas essas dificuldades, segue em frente e supera barreiras. Eu seria um peso morto... E é mais triste ainda saber que, mesmo com minha visão 4k e sensibilidade, há coisas que estão bem na minha frente e não consigo ver ou apalpar. Entidades. Não espirituais, mas intenções e sentimentos que sempre estão me rodeando e me acompanham tão de perto. É estar cega de olhos abertos

Durante a noite, enquanto todos ficam de cabeça baixa olhando os celulares, eu olho para cima e vejo o sorriso que o céu me manda com essa Lua Minguante e vou para casa dormir feliz. Porque enquanto todos estão ocupados, eu tenho um céu risonho só para mim.

E com aquele ato feito mais um dos ciclos em sua vida se fechava. Após aquele, muitos outros ainda estavam por vir, mas não tinha como negar a sensação de missão cumprida. Larissa levantou-se de sua cadeira, a sala em completo silêncio, mas alguns olhos acompanhava seu movimento, as pessoas pensavam "mais um que acabou e eu ainda aqui". Suspirou, juntou suas coisas e foi até a professora entregando sua prova. Aquele simples gesto fechando mais um ciclo da sua vida.

Quase um ano após ter visto aquele rostinho pela primeira vez, o original estava pronto para sair do marasmo e da quietude na qual havia se enfiado enquanto se mantinha afastado da vigília de Elijah. Logo ele quebraria a maldição e criaria sua própria família, de híbridos, mas não apenas para fins militares. Queria, de fato, uma companhia leal ao seu lado, e Claire seria perfeita. Para o começo, claro.

O que era vida? O que era sonhar? O que era idealizar e realizar? Clara se perguntava, sempre teve aquela impressão de que estava ali, era um ser, mas não vivia, não de fato. Se viver era só existir, qual era o significado de tudo aquilo? Nada fazia sentido! Não tinha sonhos, não sabia o que queria ser daqui a alguns anos e odiava viver daquele jeito, sem propósito algum. Pensando e repensando, chegou a uma conclusão, viver era arriscar ser o que quisesse, e isso não era um desperdício.

Quem dera se eu soubesse o nome daquilo que tanto desejo, certamente não buscaria com tanto desespero!

Katarina Dantas, é uma jovem destemida e controladora que tem uma enorme aversão a qualquer tipo de romances com clichês, ao contrário da melhor amiga Yasmin que não resiste a um esbarrão com algum desconhecido no meio da rua. Contudo, ao conhecer o sedutor e irresponsável, Daniel Alencar, um músico que foge o tipo de homem na qual idealiza idealiza, faz Katarina perceber que nem sempre pode ter o controle sobre tudo, principalmente do coração!

Mais um dia, mais uma aula, mais um almoço, mais uma noite e o ciclo se repete. A sensação de ser um coadjuvante na sua própria vida me persegue como um gato a um rato. Os amores épicos, as aventuras fantásticas, as vidas interessantes, tudo isso acontecendo com todas as pessoas ao meu redor, exceto comigo. Seguir um dia de cada vez é tudo que eu posso fazer. Quando um filme fica chato e repetitivo, você desliga a TV, mas quando sua vida é chata e repetitiva, o que te resta?

Às vezes são pequenas coisas. Um chaveiro, um isqueiro, um prendedor de cabelo... Às vezes são coisas maiores. Autoconfiança, vontade de viver, determinação... De uma forma ou de outra, sempre esperamos recuperar essas coisas E nem sempre essas coisas podem ser recuperadas.

Coração ansioso Pela expectativa de te encontrar Como se fosse pela primeira vez Ao te ver tudo em mim se fez alegria E então sorrimos um para o outro Um abraço aconteceu Juntos andamos Entre risos e conversas Até avistarmos um banco de praça E quando menos esperávamos Um beijo aconteceu E uma conexão se fez.

Não me deti, cai no mar da escrita de peito aberto , senti um lapso temporal e no primeiro instante encontrei o Machado e perguntei ' Porque me limitar na palavra? se fosse navegar sem temer o rebuscado ? sem temer a deselegância ? ' , ele me respondeu em tom risonho ' Cara e jovem escritora , não tema quem não tem coragem de navegar próximo a rochas ou a icebergs , encare teus leitores como lobos uivando por luas cheias de energia'.

Destroços incinerados jamais teriam suas chamas apagadas, o pó da destruição recebeu o pouco de faísca necessária para queimar infinitamente. Se criaram os sóis e as estrelas. Fragmentos dos planetas gêmeos se dispersaram, com formas e cores completamente diferentes da original, com água emergindo de seu interior. Aqueles que se resfriaram foram atraídos por estes novos planetas, seriam suas luas. Seu satélite natural.

Por séculos as consequências da expansão do espaço-tempo vieram, por milhões de anos houveram mudanças constantes. A criação das camadas protetoras, a gravidade, a adaptável e o surgimento da vida. De fato, não eram planetas inabitados antes, mas o choque destruíra até a mais pequena criatura. Agora se pode ver o resultado, que ainda sofre alterações. Nós, Hirutsienas, hoje habitamos a junção dos planetas gêmeos: Vieniety.

Deitada na grama esmeralda, a jovem tocou uma das pequenas luzes douradas, que pairavam em seu entorno acariciando a convidada. — Acho que jamais vou me cansar disso - sorriu. Já fazia 10 anos que fugia para o bosque a noite, apenas para ver aquele ser cuja beleza etérea jamais mudará. Aquele que a considerava sua convidada especial. — Assim como jamais me cansarei de sua companhia - disse a linda voz. Era segredo, mas mesmo assim quem acreditaria que era até os braços de Apolo para onde fugia?

Naqueles lençóis havia um tom desconhecido, e não saberia que cor era aquela depois de simplesmente acordar e estar tonta e com uma sensação de que tinha acontecido algo naquela noite. Apenas não me atentei que as duas pílulas tinham feito um efeito tamanho que eu havia virado outra pessoa durante a noite. Pasmem, havia um corpo gélido na minha cama e era eu, eu morri ou estou flutuando aqui fora? porque não passei para o outro mundo como tantos dizem ? Será que preciso de alguma prece?

Não sabia do que eram feitos os sonhos, mas sabia que queria aquilo para si. O homem que estava à sua frente perguntou: "e aí, vai querer ou vai ficar só olhando" A mulher fez um breve aceno positivo com a cabeça, confirmando que queria sim um sonho para si. O homem se aproximou e disse com calma na voz: "Então corre atrás, porque o único sonho que podemos esperar chegar até nós é aquele de comer, o resto os únicos que fazem acontecer, somos nós."

Gostaria de poder lhe abraçar , gostaria de poder ter estado presente quando precisasse, mas não pude. O sentimento presente é ter que estar perto para ajudar e me manter em uma zona que não atinja emoções inconsequentes, porque temos mundos distantes e um tanto diferentes . Vou cortar a raiz e plantar uma nova semente em mim, vou te replantar para brotar uma história que eu possa nos momentos de tempestade ajudar a tua planta a crescer, vou te ajudar, não vou sumir dessa vez, afinal crescemos.

Pior que perdê-lo era saber que ela não podia fazer nada para trazê-lo de volta, que se ela ao menos tentasse, poderia piorar e muito as coisas para ele no Inferno. Dean estava morto e ela era obrigada a servir aqueles que falharam em protegê-los. Bella se sentia completamente derrotada.

Na cozinha, o som de uma faca repetidamente cortando legumes pode ser ouvido, mesclado ao som da TV, na sala de estar. Há uma inquietação em seu peito, uma sensação incômoda pesando seu estômago. Ela se sente observada. Para de cortar a cenoura, prestando atenção aos sons do ambiente. Podia jurar que havia alguma coisa atrás de si. Engoliu a seco. "Vá embora", pensou. E a sensação desapareceu.

Era isso. O fim havia chegado para ele. Não havia onde se esconder ou como lutar contra o inevitavel. A batalha de Miguel e Lúcifer aconteceria de qualquer jeito. E, bem, se não tinha como evitá-la, Sam se certificaria de que não facilitaria as coisas pro Diabo. "Venha me pegar, seu miserável", pensou ao adentrar a igreja. "Venha se tiver coragem".

"Olhe para mim", o sol disse. Seu brilho incandescente esquentando tudo ao redor, sua felicidade insuportavelmente agradável obrigando todos a sentí-la. Alheio a tudo, seus raios de afeto me atingiram e me fizeram doer por algo que eu não mais poderia ter: você. Só, desesperado, inerte, não havia mais nada. "Wei Ying, estou olhando, mas não te vejo".

Que era necessário sonhar para continuar vivendo, era um fato. Antônio sabia bem disso, pois foi sonhando que conquistou tudo que hoje possuía. Mas estava ele lá, em uma tarde ensolarada, deitado na rede, quando um pensamento lhe assolou: "se vivemos de sonhos, de que vivem os sonhos?"

- Vamos Denise! Vamos até a sua casa, eu mesmo irei levá-la até lá para você pegar o que precisar... - e a sua voz tão doce e firme foi ficando distante e por mais que eu quisesse reclamar com ele eu não conseguia e sua voz foi ficando mais distante, até que não consegui ouvi-la mais.

Desabafe suas dores, ainda que ninguém compreendam! Desabafe suas alegrias, ainda que não haja torcida! Em tudo desabafe, grite, chore, e até mesmo extravase, pois no final das contas, a sua voz é o que importa!

Um quilo a mais não deveria pesar tanto, Uma espinha que volta em meia parece persistir em sua aparição, não deveria fazer tanta diferença, nem as cicatrizes espalhadas pelo corpo deveriam doer tanto assim. Mas, por que nos incomodamos com tão pouco, se a beleza está refletida nos mínimos detalhes?

Nada me sacia, estou aos prantos quando olho para o prato e vejo apenas alguns legumes , a carne dispersa próxima do arroz, o feijão e os gotejos de lamento no prato, um pouco de mim lá e cá, o prato parece querer me dizer algo e o ignoro, pois não há o que dizer , eu deveria agradecer por ter, mas não sinto o sabor daquele prato , a verdade é que me falta vida , a vida que preciso enxergar em cada legume, em cada grão que me conduz a ter vida. Fora de mim descaso , fora de mim ruindade!

Longe do mundo, das pessoas. Sem intenção de voltar. Sem intenção de conversar. Interagir desgasta e cansa, é uma tarefa exaustiva. É o tipo de coisa que me faz querer largar tudo e sumir. O que estou fazendo aqui? Nada útil, nada que me ajude a sobreviver. Nada que faça eu me sentir menos desconectada da realidade.

Porque desconfio de ti ? Será que o meu amor é pouco por ti ? Ou será que o teu amor não reflete segurança ? A desconfiança reina neste coração ... Queria eu conhecer um mundo sem teimar consigo ... Preciso temer apenas a mim e não ao outro ... Por mais que haja um intruso no meio do universo ... Eu sei que o meu universo não precisa de marcianos... A não ser que eu seja a única marciana no meio da minha confusão mental.

Construí meus castelos e os derrubei De novo e de novo Sempre que tudo cai por terra Junto mais areia e recomeço De novo e de novo Acho que por isso sou capaz De sentir tanto orgulho de mim Quando me vejo no meio de tantos Castelos imbatíveis - Desconstrução

Era curioso perceber como aquela mesma pessoa a quem você tinha tanta admiração, hoje em dia é a mesma pelo qual já perdeu a vontade de cultivar uma relação em que só você mais dava do que recebia. O famoso encanto que se transformou, com o passar do tempo, em um desencanto.

As pessoas se assustaram com o que o Prefeito havia de lado: - Façam seus estoques! - disse ele. Ninguém conseguia acreditar, justo o homem que devia apaziguar os nervosos que estavam aflorados era quem plantava o caos! Os mercados viraram um pandemônio e ao invés do ser humano pensar no próximo, acabaram com os estoques dos mais variados produtos. Nem papel higiênico tinha mais! Muitas das outras famílias entraram em desespero, não sabiam como se manteriam depois daquilo.

Eu minto quando digo que não sinto nada. Que não tenho sentimentos por ninguém e que nunca me abalaria por nada. Nem por você. Mas é uma grande mentira. Eu sinto. Tudo. Raiva, ódio, inveja. Amor, saudades... E medo. Eu sinto. E sinto muito. Sou um peso demais. Mas, eu jamais deixaria de sentir o que me dói. Que é não poder te amar, como sempre quis. Como você sempre me desejou.

Entre encontros e desencontros da vida ao passar dos anos Tanta coisa aconteceu E nós mudamos tanto Quando te encontrei novamente Senti algo se encaixar Como se estivesse no lugar certo

Percebeu tarde que a linha entre o senso de dever e o que precisava ser feito por que tinha que ser, era tão pequena quanto seu próprio tamanho. Era senso de dever, como moradora daquela casa ter que fazer certas coisas, mas também era o que precisava ser feito, para que tivesse uma casa limpa e digna. Suspirou e achou que aquilo era cansativo, aquela linha de raciocínio era chata e não queria mais pensar em devaneios desnecessários. Era só fazer rápido e depois esquecer e aproveitar o resto.

Eu só queria um momento com você. Um momento só nosso. Se meu desejo pudesse ser realizado, te diria todas as coisas que guardei em meu peito. Eu contaria como me senti na primeira vez em que dissemos tchau pela primeira vez um para o outro e o quanto desejei não ter que repetir isso. Eu falaria sobre meus sentimentos de forma mais espontânea e sincera e ouviria mais atentamente o seu te amo. No entanto esse tempo se foi e não há um Gênio sequer neste mundo que possa fazer com que ele volte...

Em seus olhos um brilho de felicidade estava. Não conseguia desviar sua atenção daquela pessoa que ao seu lado dormia, pensou em tudo que passaram e de tudo que provavelmente ainda iriam passar e disso tudo uma única certeza tinha: queria poder estar ao seu lado para sempre.

Dois estranhos se falavam , ambos queriam colocar para fora o que nos anos se foi perdido, se houvesse conversa talvez o tempo fosse revisto. O primeiro estranho contou tudo o que sentia , o outro pareceu se reter por achar que o que ele passava nem se comparava com a dor do primeiro. O outro foi se perdendo novamente com medo de parecer um tonto e tentar outra conversa por parecer que o que ele sentia não seria tão importante. O tempo que foi perdido, se perdeu de novo. Sem tentativas.

Enquanto Dedo Duro dentro de sua cela se gabava das vítimas que fizera surge no recinto o Sheriff Danton. " Cale a boca seu bosta" . Dedo Duro cospe em repulsa. " "Não quero problemas nas celas hoje. tenho um enconreo com uma bela 'danadinha' " Tirou de dentro do paletó a foto da esposa de Dedo Duro, mostrou a ele e foi embora sob os berros insandecidos do criminoso que já beirava á loucura de tanto desespero.

- Oi, sou a Doty! Bem , pedi para quem está cuidando de mim que escrevesse isso, sou uma canina e fui atropelada nas ruas, estava com fratura exposta e fiquei na frente da casa dela para que alguém me visse . Sou teimosa , ainda não me adaptei a vida dela, sabe, ela não tem muito tempo , mas me esforço , sou carinhosa , não gosto de latir muito , bom, até então não preciso. Estou sendo cuidada, alimentada e amada, e isso é importante. Quando você menos pensar, uma alma surge para você ajudar.

Aos poucos, Maria percebeu. O café não era mais compartilhado, aquela xícara sempre estava vazia. O quarto todo limpo e arrumado, nem uma ruga no lençol, ninguém para se levantar. As roupas para lavar diminuíram, não tinha mais os uniformes, os casacos, as calças... Agora eram só as suas. Certo dia, viu uma notícia na televisão e comentou "esse mundo tá acabado", esperou a risada de réplica que sempre vinha, mas nada veio. Então sentiu: o luto não é o enterro, é o silêncio ao chegar em casa.

A gente sabe quando é ela. A gente sabe quando ela está voltando. Ela chega de mansinho, caminhando devagarzinho até nos alcançar. E quando ela alcança... Vai sugando nossas energias, nosso ânimo... Nossa vontade de viver. E não tem pra onde correr. Pra onde eu for, ela vai me seguir. Vai me sufocar até me deixar sem forças pra lutar. Vai me derrubar. E vai me fazer desistir. E o pior? Tô cansada demais pra resistir.

Naquela tarde fria , ela pensava em momentos intensos com um amor que não existia, ela se sentia sozinha, quando o encontrava , era o mínimo , sentia um vazio ou como se faltasse alguma coisa , mas continuava, não entendia o porque que sempre era pouco, enquanto algo incendiava dentro dela, talvez ela amasse mais do que ele. A resposta era breve mais sombria, mas não conseguia aceitar o fato de que amava sozinha.

Ela voltou pra me atormentar. Tentei driblar a chegada dela, mas não deu. A exaustão mental voltou, e com ela o bloqueio. Agora eu encaro a tela, sabendo o que preciso escrever, e incapaz de fazê-lo. Não há nada mais decepcionante que perder pra si mesmo.

Ela já estava perdendo a sua luz, mas não deixava de ir ao túmulo. Todos os dias, sem falta, jogava um pouco de seu brilho sobre as flores que cultivava em cima da sepultura. Ninguém entendia a sua dor. A fadinha conheceu Ian quando criança e se tornaram grandes amigos, isso durou até nos últimos dias de seu fiel amigo. Ian morreu de velhice.  Em seu último suspiro, sorriu para Tina e se foi. A fadinha não o esquecia e seu brilho aos poucos estava se apagando. Tina sentia muita falta dele.

Eu senti o cheiro de canela em sua camiseta preta e de alguma forma, aquilo era familiar. Aqueles braços ao meu redor, o abraço que me tirou do chão, me girando no ar como uma boneca de pano. "Você nunca vai advinhar o tipo de cigarro que eu fumo". Ah, Loki, pode até ser, mas eu vou tentar adivinhar, pode apostar. E se quiser voltar, se puder me agraciar com a sua presença de novo, sempre teremos café doce e cigarros mentolados à sua espera.

Eu senti meu coração se aquecer quando vi você, sentado nas gramas, esperando por mim. Não demorou muito para que a sua feição se iluminasse ao perceber minha presença e então te ver sorrir de um jeito tão bonito que eu também não consegui conter o meu sorriso, de tão feliz que eu estava ao encontrá-lo. Fazia muito tempo que eu não tinha algo assim. Era a coisa mais gostosa de se sentir e viver.

O espectro bruxuleava à sua frente com um meio sorriso piedoso que o deixava frustrado. Tragou o cigarro e a fumaça espessa que saiu de seu nariz atravessou o fantasma da jovem moça; que permaneceu impassível. "Então... como é estar morta?" perguntou, vendo seu sorriso vacilar. "Posso garantir que não dói tanto quanto estar viva."

Ja tinha feito seu café da manhã, pelo menos nesse período da manhã havia abandonado a ideia de usar a mesa de refeições. Pegou seu prato com seus pães caseiro, seu copo de leite com café e rumou para o quarto, onde passaria pelo menos 4h a se seguir. Sentou-se na mesa do computador, empurrou os cadernos de lado para dar espaço para por sua refeição e começou a abrir as abas necessárias. Abriu Whatsapp, Drive e seu aplicativo para ver a aula, quando em um inesperado erro o computador parou

- se vale minha opinião, não concordo com o que você fez. - o senhor o olha pelo retrovisor, mesmo que já não visse seu reflexo por ele. - o que também não significa que você está errado, tenho que admitir. Mas Porque desistir dela, se você a ama? - uma vez me disseram que se você ama alguém de verdade , tem que estar disposto a fazer o o que for preciso pelo bem dela, mesmo que isso significa que você vai perdê-la.- Zenon abaixa a cabeça. - no fim foi melhor assim

Eu escolhi não te amar, mas quem quero enganar? Toda vez que te vejo passar, meu coração acelera e parece que estou numa corrida contra o tempo. Mas sei que o meu tempo acabou. Acabou porque escolhi não te amar, apenas te odiar. O "odiar", na verdade, tem que riscar dessa frase, pois você não tem culpa. Eu sou culpado por não saber o que fazer com esse amor, então foi por isso que escolhi não te amar.

Seus olhos perscrutaram a escuridão, mas mal enxergava um palmo a frente do nariz. Contudo, ela ouvia os passos pesados arrastando-se em sua direção pelo corredor, cada vez mais próximos. O medo a deixou paralisada, tão rígida e pálida quanto mármore branco, encolhida a um canto da parede, o coração prestes a saltar pela garganta. Devia ter ouvido Mamãe, devia ter ficado na cama... mas já era tarde demais. "Achei você," sussurrou a voz, deslizando a mão fria por seu ombro.

E se eu tivesse ido até você e dito com todas as letras E com todo o meu coração Que eu escolho estar com você? E se eu não tivesse ido embora para outro lugar talvez eu estaria nesse exato momento colecionando memórias ao seu lado De todas as formas que poderíamos vivenciar juntos como um só

O pior vão Em que poderíamos nos encontrar É nesse espaço Entre palavras Não ditas - E se?

No incômodo do silêncio Onde até mesmo a voz dos meus pensamentos se torna escandalosa É nesse vão Hostil e assustador Onde eu me conheceria por completo E no final Me daria a sentença que fosse necessária Para me tornar quem quero ser - Espelho da alma

Era como se um enorme peso tivesse saído de seus ombros. Sem Edward, sem mentiras, sem desconforto. O lado bom. O lado ruim, claro, era a morte de Charlie e Renée, mas ela queria crer que se unir aos Winchester e se tornar uma caçadora era a coisa certa a se fazer, e com essa crença, partiu para a estrada com eles. Podia ter esperança no futuro?

Hoje não corre sangue em minhas veias: o que me move é a pura esperança. Fluindo de forma agradável por meu corpo, ela traz tranquilidade e um aconchego que há muito eu não sentia. O fogo que queima meu interior ficou letárgico sob a influência dela; agora ele nada mais é além de uma fagulha. Está lá, mas momentaneamente apaziguado. É doce sentir essa felicidade genuina, tudo fica tão simples, agradável. É bom ainda ver a possibilidade de um futuro melhor.

Escrevo para tirar apertos do peito Superação Mas sempre que penso em você Acabo gastando Mais e mais Papel - Espero que passe logo

As lágrimas cristalinas não paravam de cair.  O comando foi dado e logo estaríamos no espaço, porém, eu não pude deixar de pensar em você, meu amor. Sua partida destroçou-me, pois a sua doença lhe matou antes mesmo de me ver vestido de astronauta.  1, 2, e 3…  Demos a largada. 4, 5, 6… O foguete entrou em pane. 7, 8, 9, e 10. Antes do foguete explodir, você segurou a minha mão sorrindo e fez meu coração se acalmar. E nos tornamos uma estrelinha na eternidade…

Eu estava pensando em escrever, mas sobre o quê? Sobre o teu sorriso que me alegra todos os dias? Sobre os beijos que trocamos atrás do estabelecimento de onde trabalhamos? Sobre os nossos gemidos em dias de chuva em que nos faz atrasar de propósito para trabalhar? Ou sobre o quanto sou bobo por você?

Eu estou amando! Amando o meu novo visual. Amando a minha nova rotina. Amando mais a minha família. Agora estou amando! Amando os defeitos da minha pele e cuidando mais da minha alma. Tô amando! Amando um belo rapaz, que gosta de poesia, que faz o meu dia mais belo e cheio de alegria.

Mais uma semana exaustiva, mais um dia desregulado, assim como o sono e as refeições. Odeio me sentir exausta assim o tempo todo, mesmo quando durmo direito. Desempregada há quase um ano, sem perspectivas de futuro, e a escrita é o que me mantêm parcialmente sã. Eu estou exausta. Estou de saco cheio. Estou a um passo de jogar tudo pro alto, mesmo não tendo nada. Estou exausta de ser eu.

Recomeços, guiados pela lua e motivados pelo tempo. Assustadores. Preocupantes. Desesperadores. Aquilo que vem e a gente às vezes não vê. Leva, e a gente às vezes não percebe até que há muito se fora. Muda. Liberta. Transforma.

O que é felicidade? É um conceito fixo? Maleável? Indefinido? É um objetivo ou sentimento? Um caminho a ser trilhado? Somo felizes quando alcançamos algum objetivo? Ou somos felizes no dia a dia, mas não somos capazes de perceber? O que realmente é felicidade para você?

Foi ali, naquele momento que eu havia me tocado de que ser feliz não era uma regra de vida, ser feliz era um estado. Minha família me proporcionava momentos maravilhosos de felicidades, mas também às vezes machucava. Sabendo que a felicidade era um estado em que o ser humano conseguia atingir, decidi que iria sempre procurar guardar os bons momentos e os maus seriam consequências.

Não sei em que parte do amor Me tornei argila em suas mãos Sua para moldar Fui feita vaso, fino e frágil Quebrei em instantes Agora me vejo no chão Esperando que pelo menos Uma das minhas partes Tenha conseguido te cortar

Fernanda não me deixa dormir, isso acontece quase todos os dias, pois ela é um ser noturno e não gosta de ficar acordada sozinha de madrugada. "Fernanda Mathias, eu preciso dormir, pois amanhã acordo cedo!" Mesmo que eu grite, ela não liga e ainda vira as costas para mim… que audácia dessa gata, felizmente a amo e aturo tudo dela.

— Você sabia que o Cadu voltou pra cidade? — perguntou Amanda, a cara vermelha. — Hum... fiquei sabendo. Minha mãe disse que ele tá fugido. —Fugido? — Pois é. Parece que largou a noiva sem nem dizer adeus. Amanda, emburrada, ficou riscando a terra com o indicador. — Ouvi dizer que ele tem uma amante — murmurei. Amanda levantou de supetão. — Mas você é fofoqueira, hein! — E saiu com raiva. Não entendi nada.

Olhar para minha própria fome e concluir que ela nunca será saciada é desesperador. Saber que nada do que eu faça vai me fazer sentir menos desse vazio no peito, ou menos da perturbação agitada na minha mente... Eu só queria parar de me sentir tão morta por dentro. Por que nada nunca preenche esse buraco negro? O que é necessário pra trazer minha alma de volta para a luz?

Lembro ainda de quando ingressei no Ensino Superior. Felicidade e orgulho estampados no rosto, a mão suada querendo apalpar todas as oportunidades que estariam por vir e o coração, acelerado e ardente, pronto para mudar e conquistar o mundo! Mas hoje, sentado na arquibancada com essa beca quente, me questiono se realmente aprendi algo. Hoje também estou radiante (me disseram), mas é por puro alívio. Emoção de encerrar mais uma etapa, mas um grande vazio sussurra aqui dentro: "e agora?".

Apesar de Ana ter sempre tido aquela ínfima preguiça ao se levantar de manhã, aquele dia parecia que tudo estava pior. A coberta abraçava-a, o travesseiro estava confortavelmente encaixado em seu pescoço e repousando sua cabeça e a cereja do bolo mesmo era em quem seu corpo estava atracado. Parecia que ali era seu lugar ao mundo, apesar disso, sabia que precisava levantar e dar a boas vindas para o novo dia.

Não me chame de romântico Não preciso de conforto Ao invés disso, diga o que pensa Me chame de louco Exagerado Iludido Emocionado Sou tudo isso e ainda tenho a cara de pau De arriscar Um “eu te amo” - Fui feito assim

Suspirando, Remus sabia que uma visita à madame Pomfrey era a única forma de conseguir consertar o estrago da lua cheia. Só precisaria despistar os rapazes, pulando o café da manhã para visitar a enfermaria. Arrumou a franja mais uma vez, sentindo um aperto sufocante no peito. Detestava mentir para os amigos, mas que alternativa lhe restava? Saiu do banheiro de cabeça baixa, mas não o suficiente para não enxergar o brasão da Grifinória estampado no uniforme do colega com quem topou no corredor.

Olhou para a imagem refletida no espelho, e de seus lábios escapou um lamento sôfrego. Uma nova cicatriz, outra lembrança da criatura repugnante que tornou-se desde o fatídico dia em que fora mordido. Remus Lupin tentou arrumar a franja de modo a cobrir a marca de garras que entrecortava a pele de seu rosto, maculando-a com fundas e irregulares linhas vermelhas. Queria, com tal facilidade, esconder quem era. Mas com a vinda de cada lua cheia, sua situação apenas fazia piorar. O que faria agora?

Às vezes, tudo me parece um emaranhado de fios. Não vejo saída para a bola que eles formam ao meu redor; não há como cortá-los (vejo poucos raios de luz que penetram por minúsculas fendas). Um pouco de ar parece me dar esperança, mas só mostra o quão direcionados por eles - os fios - são meus passos, meu pensamento e tudo o que o futuro me promete. No fim, não parece haver a essência de minha existência: a escolha.

Naquela noite eu ouvia a badalada do meu coração , era lento e calmo, apesar do barulho que eu ouvia, eram gritos e pessoas me chamando "Hanna! Hanna!", um dia normal para barulhos, você se acostuma e no final pedem para descrever em algum lugar. Somos tão automáticos, nosso corpo se move sem pensar , ao menos conseguimos ignorar essas vozes , o ecoar delas interrompe o meu sono mas pelo menos hoje não há imagens sorrateiras, poderia ser pior Hanna , se concentre e durma, amanhã é outro dia.

Eu queria um cafezinho quentinho Eu queria um amorzinho Eu queria estar em casa Eu queria tantas coisas… Há um tempo que quero muitas coisas, mas não posso. Não posso tomar um café por causa da gastrite. Não posso ter mais um amorzinho, pois já tenho sete gatos, um cachorro e uma tartaruga. Eu queria estar em casa, mas estou trabalhando, mas se tivesse desempregada a vontade seria ao contrário. Por isso que "querer" nem sempre é "poder". 

O dia mais aguardado por ela havia finalmente chegado. Sua vida de escrava e concubina estava no passado. Agora ela era uma mulher livre e legalmente casada, a esposa do sultão, que era o dono do mundo. Seus preciosos filhos herdariam tudo aquilo, e para se assegurar disso, ela tinha muito trabalho a fazer. Ela faria todos os seus inimigos caírem aos seus pés, de um por um, e já sabia por onde começar.

Me ponho de pé sobre o parapeito do arranha-céu, para olhar com mais cuidado a sociedade indiferente a minha existência. Vejam só eles... Ansiosos tentando manter as aparências, ser aceitos, ao passo que buscam desesperadamente sobreviver mais um dia, até que tudo comece outra vez no próximo. Para quem receber essa dádiva. — Continuem suas vidas. Eu não me importo. – Declaro igualmente indiferente. – No fim das contas, nada disso muda o fato de que sou seu destino inevitável. 

Ela olha ao redor e vê bonecas e pelúcias com camadas de poeira espalhadas pelo quarto. Um resquício da criança que já existiu em seu lugar e da infância que ela não aceita largar. Quanto tempo mais terá que passar para que ela possa caminhar sem medo para o futuro?

Os fogos começam, ouvem-se os estouros. Minhas janelas estalam com as explosões de bombinhas próximas. Obsevo meus adotados, dependentes de mim e tão estressados quanto eu. Há coisas pra se fazer e eu não consigo, pois meus gatilhos foram todos ativados. Por que todo natal é sempre o mesmo inferno?

Hoje peguei o notebook e digitei, foram tantas páginas que não dei o trabalho de controlar os meus dedos. Estou eufórica, confesso, tenho muito que aprender, mas no momento estou feliz, pois essa é a primeira vez que escrevo uma história. Eu sei que a minha gramática não é rica, assim como sei que vou precisar praticar muito as descrições dos personagens e do cenário, mas no momento não me importo, pois estou feliz pela a minha iniciativa no mundo literário.

O sono estava lá, era tanto que se fosse uma matéria prima seria como se fosse uma pedra enorme. Mas junto com ele tinha também um cérebro que não parava por momento algum de trabalhar. Os pensamentos a milhão e por mais que ela deixasse o celular de lado, a cabeça só projetava ideias mirabolantes e infundadas às vezes até tentadora. Mas ela queria muito dormir e pagaria qualquer preço por um pequeno e suficiente descanso.

"É melhor reinar no inferno do que servir no céu" Nunca marquei minha pele, nunca com tinta do tipo permanente, brasa ou agulha. Agora, diante dessa frase, surge um ímpeto que mescla rebeldia, insubmissão e caos. O que sentiu o renegado? Aquele que desistiu da glória nos céus, o que triunfou nas sombras. Talvez, numa proposição petulante, pode-se afirmar que ele sentia aquele fogo ardente que, ao ser suprimido, amarga, machuca e sufoca. Diminuta, essa frase não consegue abarcar todo o sentimento

Eu quis ser aquela brisa que soprou seus cabelos, ou ao menos ter estado por perto pra sentir o seu cheiro carregado por ela. Mas a verdade é que eu sabia que, para você, eu não passava de um fantasma capaz apenas de influenciar mínimas circunstâncias ao seu redor. Eu jamais seria ou representaria algo tão puro quanto uma brisa para você.

Cansaço e irritação, nada além disso. Mesmo fazer as coisas que gosto já não me é tão atraente. Não consigo me concentrar em nada, não consigo gostar de nada. Quando essa sensação vai acabar?

Os soldados faziam sua pernoite normalmente e o relógio logo marcaria meia-noite, era o sinal para o jantar. Isso era tudo ou nada. O som soaria em breve e correríamos para o deserto. Estávamos em seis homens e quatro mulheres. E o único pensamento que tínhamos nos últimos dias era de sermos "livres". Algo mudou depois da última tentativa de fuga, agora havia robôs humanoides no deserto.  Atiraram contra nós sem dó e sem piedade. E não restou ninguém para contar história. Isso é ser livre? 

Asami procurava entre a multidão, alguém para preencher o seu coração, estava cansada da tamanha solidão que desde o último São João no estado de Maranhão torrou o último tostão que usaria para voltar para o Japão!

Jenny estava cercada por seus fantasmas. Dentro daquelas paredes ela se sentia em casa. Ela não queria ir embora - por que iria embora para ficar só? Naquelas ruínas altas, onde já houveram reis, seus fantasmas eram o que restava de sua família. Seus amados, outros esquecidos há muito. Eles dançavam com ela, girando-a no ar, fazendo-na esquecer de sua dor. E ela não queria ir embora.

Não, querido, quantas vezes tenho que explicar? Bibelôs ficam em estantes Acessórios adornam pessoas Quadros, louça, até mesmo seus vinis Todos permanecem estáticos Esperando sua chance de serem úteis ou observáveis Está acompanhando até aqui? Te peço então, mais uma vez: Não me confunda com um destes - Lecionando livre-arbítrio

Hoje foi um dia atípico, não necessariamente quer dizer que foi ruim. Descobriu coisas que pensavam ser de uma maneira, mas eram de outra. Máscaras caíram, antigas mágoas desfeitas. Libertou-se do peso de um passado que não tinha mais qualquer sentido. Seu coração estava leve e tranquilo, foi uma sensação gostosa. O dia se tornou ainda melhor, sem rancores antigos pesando, apenas via no horizonte o futuro.

São 20h45. Olho para a planilha à minha frente e vejo sangue escorrendo pela tela. Uma porção de trabalhos atrasados pintados em vermelho. Não ligo. Vou pegar minhas coisas, passar na minha pizzaria preferida e pedir uma 4 queijos só pra mim. Talvez cerveja para acompanhar? Sorvete também. E vou maratonar aquela série policial! Já sinto meus pés flutuando de emoção... Mas minha cabeça pende para frente e acordo. São 21h. Num ímpeto produtivo descarto meus planos e tento correr atrás do prejuízo.

Seus cabelos acobreados dançavam livremente ao vento enquanto observava o cenário caótico abaixo dele. Deuses lutando em desespero pelas próprias vidas, encurralados pelos inimigos. Ele sentia certa inveja em não estar ali se divertindo, matando aqueles que tanto o menosprezaram, mas agora sabia de lugares melhores para visitar. "Devemos ir", a voz feminina ao seu lado chamou sua atenção. "Quero que conheça alguém muito importante pra mim". "Como queira", ele sorriu. "Vamos nos divertir".

Ela era tão frágil, tão pequena em seus braços. Olivia observava ternamente a pequena Mary enquanto refletia sobre uma série de questões. Sentia medo de se comprometer a criar a pequena e tê-la tomada de si em algum momento. "Ela não é minha", seus olhos marejaram enquanto olhava o bebê. Então por que sentia tanto incômodo só de pensar em perdê-la? Quando Mary sorriu, os olhos fechados enquanto sonhava, Olivia sentiu um aperto no peito. "Não vou deixar nada te acontecer", beijou sua testa.

Luísa olhava de longe as crianças e pensava ' não quero ter filhos, talvez eu não fosse ser uma boa mãe'.Muitos a julgavam por sua solterice e quando namorava, os homens perguntavam se não era a hora de ter filhos , ela os deixava porque não tolerava que mexessem com o seu corpo. Luísa sofreu muito quando criança , abusos que inferiram na sua resposta atual,e será que se isso não tivesse ocorrido ela teria outra resposta hoje?! *Há muitas Luísas, independentes, belas e com decisões firmadas.*

De todas as coisas que poderia se tornar em sua vida, ser pai não era uma na qual pensava. Quando Anne Marie o avisou sobre a situação de Zed, Constantine largou tudo e correu ao socorro de sua antiga amiga e amante. Não imaginava que em vez de resgatar Zed resgataria a filha deles, muito menos que Zed se perdera deles para sempre. Mas John não tinha o que pensar: pegou sua pequena filha e enfrentou todo o culto que tentava impedi-lo de sair. A protegeria mesmo que morresse tentando.

Jax soube, até recentemente, quem ele era. Motoqueiro, fora-da-lei, filho. Pai de um filho que se fora cedo demais. Quando Dean cruzou seu caminho, no entanto, suas certezas começaram a se abalar conforme um mundo novo se revelava a ele. Monstros existiam dentro das pessoas, disso ele sabia. Que monstros sobrenaturais existiam... Era algo inquietante. Jax era má companhia para Dean, mas só conseguia pensar em caçar com o Winchester. Talvez os dois fossem má companhia um para o outro, no fim.

Por que você me deixou de lado? Por que fez uma nova família e esqueceu de mim? Por que só veio me buscar quando foi obrigada a isso? Você nunca me amou, mas podia ao menos ter sido honesta comigo. Deveria ter se livrado de mim quando teve chance, mas não se preocupe, dessa vez sou eu quem está fazendo as honras. Eu estou me livrando de você, mãe. Não me procure, a filha que você nunca quis também não te quer. Morra sozinha.

Chamam-me Mal. Por ir atrás do que eu quero, independentemente de quem se prejudique no caminho. Eu me chamaria de humana, claro, se eu não fosse muito mais que isso. Os humanos sempre destruíram o que queriam, em nome do "progresso", e o que as pessoas os chamam? Heróis, visionários, gênios. No fim, todos só querem alguém para culpar por suas vidinhas tediosas e miseráveis. Então chamem-me de Mal, não me importo. Pois no fim, eu serei vitoriosa, e aí sim eles terão uma razão para me temer.

O globo de luz estava no meio da sala e a vitrola tocava a nossa canção.  O seu calor e seu cheiro continuavam o mesmo, porém as suas memórias não.  A nostalgia e a tristeza bailavam conosco e as minhas lágrimas estavam caindo, mas eu sabia que no fundo de sua alma, havia um amor sem fim. Enquanto deleitava do nosso momento e mais uma vez você esquecia de mim.

uma coisa que quase ninguém fala sobre o amor, é que ele tem dois lados, como uma moeda. Um lado poético, perfeito e comercial; que geralmente vemos nos livros, filmes e na maioria das canções, e que nos faz querer aquilo para nós mesmos, todos os dias de nossa vida. Uma espécie de utopia onde se vive feliz para sempre. Contudo, o mesmo amor também tem um lado totalmente obscuro, que dói, fere, maltrata e desgasta cada parte de nosso ser.

Não sei em que momento me perdi A noite e o dia se fundiram Não fazia mais diferença Luzes fortes machucavam Música alta parecia abafada Era um mergulho profundo Estava cercado de água Presente e distante ao mesmo tempo Meu corpo não me pertencia mais Eu era dela - Melancolia

Mergulhei em um mar, As memórias e lembranças, Eram as águas daquele local. Raciocinei e percebi que era incrível. Aprendi a perceber sobre minhas dificuldades e qualidades. Amei me conhecer. No entanto, posso dizer que também lamentei. Os lamentos foram por saber que nem tudo era maravilhoso como imaginava. No entanto, sei que serve de aprendizado para minha jornada. — Mariana Aguiar

Depois de correr quilômetros da minha maior inimiga, desisti, sabia que não poderia evitá-la. Dou meia volta e encaro a figura encapuzada, que era eu mesma.

Seus dedos denunciava aquilo que ela tinha feito um dia atrás, a cor cianótica não era devido a algo prendendo a circulação, e sim a evidência daquilo que ela tinha em sua cabeça, em seus cabelos. Suas madeixas reluziam em um tom forte de azul. Pois é, retocar o cabelo sempre fez muita bagunça, porque mesmo ela tinha escolhido aquela cor?!

Estava frustado, cansado até, há dias o bloqueio e falta de inspiração fizeram de sua mente uma moradia. Decidiu andar um pouco para espairecer, clarear as ideias. Caminhou até uma feira próxima de sua casa, olhou tudo desinteressadamente quando o som de uma voz captou seus ouvidos, procurou pela dona daquela melodiosa voz. Foi quando a viu, uma jovem muito bela, não soube dizer o que foi exatamente, mas soube que ela era sua musa, quem trouxe de volta sua inspiração.

Faz muito tempo desde a última vez que o vi, E, no entanto, pareceu-me que tudo mudou e, ao mesmo tempo, que as coisas permaneceram as mesmas, de alguma maneira. Era o mesmo sentimento familiar, mas onde costumava haver caos e tempestade, agora existe paz e quietude quando olho em seus olhos. O amor pode ser mutável e, no entanto, ser infinito.

Eu assisto queimar Temendo as cinzas e os escombros Mais do que o próprio fogo Eu assisto queimar Assustada, aliviada Que fui eu a atirar a gasolina E acender o fósforo Eu assisto queimar Respirando a fumaça Esperando as chamas cansarem da dança furiosa, Triste Eu assisto queimar - Não há fênix aqui

Nas ruas me acabrunho ... O receio do injúrio ... Percorro nelas como se fossem montes ... Há muitas pedras e olhares ... Hoje fugi de um vilipêndio ... Temi o pior... Mas mal algum me sucumbiu ... O universo ainda olha por mim ... Outrora sou eu o fio que se move em meio a tesouras ... Não perderei o meu próprio fio que corta todo e qualquer mal ...

A mulher que era quieta e vivia um dia de cada vez conforme sua rotina renascida todo dia que era dia de faxina. Aumentava o volume no máximo que seus ouvidos conseguiam escutar, juntava seu corpo com o cabo do rodo e se entregava para aquilo que mais gostava de fazer em segredo. Ali ela se sentia viva, soltava sua voz, soltava seu corpo e acima de tudo mostrava quem realmente era.

Estava tudo bem. Tudo estava perfeitamente bem. Ela não choraria, ela sabia o que aconteceria se comecasse a chorar. Não, ela não se permitiria. Vingança seria algo que seu pai reprovaria, mas se arrependia de ter deixado Arraia Negra solto. Deveria tê-lo posto atrás das grades pelos assassinatos de Thomas Curry e do pai dela. Sabia que Arthur tentaria matá-lo. O que fazer? Qual seria o certo? Ela já não sabia. Sabia apenas que o pai morrera por culpa de Arthur.

De volta à sala de aula dentro de algumas horas. Eu deveria estar feliz, mas não consigo me livrar da sensação de que tudo dará errado e meus futuros novos alunos me odiarão e farão chacota de mim como os últimos que tive. Se tivesse outra escolha, iria de cabeça nela, mas aqui estamos, em meio a uma crise. Não tenho escolha. Só preciso esquecer quem eu sou por algumas horas, virar outra pessoa em sala de aula. Só algumas horas...

Uma certa música embalava na sala, uma que eu conhecia tão bem e sabia de cor cada verso, então resolvi fechar meus olhos, deixando-me levar pela melodia. Não demorou muito para que várias lembranças surgissem em minha mente, como aquela vez em que fomos andar na praia na calada da noite e resolvemos sentar nas areias apenas para ver o luar e sentir a brisa do mar em nossa pele. A doce nostalgia em mim se irradiou em todos os meus sentidos e eu sorri.

Já se passou uma semana desde que nos encontramos na cidade da luz do sol E ainda me lembro de todas as vezes que você olhou em meus olhos E sorriu para mim Contando o quanto adorava ouvir o som de minha voz E eu que sentia o meu rosto corar toda vez que sentia o seu olhar sobre mim E me pegava observando cada detalhe seu E apreciando cada segundo estando em sua companhia, acolhida em seus braços E sob o céu estrelado Eu percebi o quão bom era estar com você.

eu acredito que a nostalgia é um sentimento muito perigoso. Ela consegue nos maltratar como nenhum outro sentimento consegue. É pior do que a própria tristeza, se você parar para pensar. É como uma prisão emocional que te trancafia em um período de tempo no passado; um período que não tem mais volta, por mais que você queira muito. É algo totalmente inexplicável, e explicável, ao mesmo tempo.

“Mateus, corre aqui” gritou a mãe do quintal O jovem, largou o controle do vídeo game na cama, bufando, calçou os chinelos e foi lá fora ver o que a mulher queria logo indagando “Mãe! Eu estava no meio de uma missão muito importante!” Ana, a mãe, virou com brusquidão, o olhar raivoso e então esbravejou “EU TAMBÉM ESTOU, NA MISSÃO DE TENTAR NÃO CRIAR UM FILHO INÚTIL E PREGUIÇOSO”.

O desânimo é constante , Mas luto contra o vazio , A falta de esperança me assola, Não posso me culpar por ser a minha própria vítima, Devo me ater a um brilho ainda a ser construído, Sou eu a luz , Sou eu o sol , Sou eu a lua, Preciso enxergar a minha galáxia e aos planetas que giram no entorno desse brilho, Não preciso me reerguer sozinho, Os verdadeiros amigos me aguardam para repassar um pouco de brilho.

O Ciúme arrebatador todos os dias olhava o Instagram do Enamorado, acompanhava cada um que curtia , cada novo seguidor e quem o Enamorado seguia, mas nunca o dizia quem deveria seguir ou parar de seguir. Se sentia triste com suas escolhas, belas ruivas , belas japonesas, belas moças , enquanto que se olhava no espelho e se desprendia de si. Até que um dia, olhou para a tela do celular e o fechou, ' não devo me ater em telas, devo ater a mim, eu sou o que eu desejo ser'. O espelho então sorriu.

Riê estava muito triste após discussão com a mãe a respeito do pai. Um dia depois do dia pais, a mãe veio lhe dizer que deveria ter enviado mensagem a um pai ausente durante 27 anos da vida da Riê. É uma pena que a única culpada será Rié mediante a mãe. O pai diante a mãe, é um santo que veste túnicas resistentes e mesmo tendo feito mal a mãe, ele terá um pedestal e como exigência ter pobres mortais aos pés de um malsão. A vida nas entrelinhas condena alguns e esquece outros...

Venho através desse lembrete me dizer que gostaria sim de me sentir mais amada por ele. Porém, honestamente , talvez ele não queira me despir, porque eu não vejo que o amar seja somente por palavras , eu vejo além do toque ,gostaria que o olhar dele fosse o além das minhas vestes, sinto que isso me adoece e o meu espelho não é mais o mesmo que antes, já se passou tanto tempo e isso não muda, minhas vestes estão além de minhas entranhas. -'Se ame Riê' - Eu direi a mim mais uma vez.

No momento , a pobre menina derramava tantas lágrimas de derrota após uma golpista lhe derrubar, enquanto que quem lhe apoiava por sua vez lhe batia com palavras, com razão , ela caiu em um golpe avisada do que viria a acontecer. No entanto, o mesmo apenas pensou no próprio esforço e esqueceu o quanto a menina todos os dias tentava estar quite com os boletos. Ele se esforçou também, mas tem o ouro na mão, sem tempestades, porém a menina nada tinha, queria ter algum pão na mão na manhã seguinte.

Poderia eu, hoje Agora Escrever algo que não fosse levado pelo vento? Poderia eu, hoje Agora Dizer tudo aquilo que sinto sem que seja perdido? Transcrever aquilo que sinto, no ponto mais profundo de minha alma E entregar à ti todos os meus arrependimentos? Perdoe-me hoje pois amanhã levantarei melhor e na manhã seguinte já serei outra pessoa Agora já não sou quem ama, mas permita-me trazê-la de volta!

Às quatro da manhã, estou acordada pensando em um indivíduo que mal sabe da minha existência, quem sabe se tivesse a mesma coragem de Celeste que subiu na mesa do bar para chamar a sua atenção, a essa altura seria eu que estaria agora em sua cama, caso ele não me obrigasse a deixar sua casa depois do sexo, como fez com Géssica na noite passada, poderia chamar esse indivíduo de inúmeros adjetivos chulos, mas prefiro chamá-lo de pai dos meus filhos.

Olho ao meu redor e tudo o que vejo é um amplo e vazio espaço branco. Logo abaixo, um enorme, denso e escuro abismo. E eu? Eu estou sobre uma corda bamba, suspensa no salão a perder de vista. Já caí no abismo mais de uma vez. Ele é fundo, porém raso o bastante para subir na corda novamente, com um bom salto. Certo dia cai numa parte bem mais profunda, e quando estava prestes a desistir, uma mão luminosa surgiu e me ajudou a subir de volta. Não o via, mas eu não estava só. Havia alguém lá.

Tudo o que eu queria estava ali. Eu brincava e fingia me divertir enquanto na verdade me contorcia por dentro, remoendo meu desejo desesperado. O amor doía assim mesmo? Eu não sabia. Só sabia que, quando você me olhava nos olhos, tudo parecia valer a pena.

Faust a segurou cuidadosamente em seus braços, obsevando as bochechas vermelhas de sua recém-nascida, que se esperneava e chorava, assustada com aquele novo mundo. "É uma pena que seu destino já esteja traçado, minha filha. Espero que um dia você possa me perdoar por tudo isso".

Se tu sentisse os meus olhos, Te diria com sã que tu és lindo como um tritão ao sol a beira do mar, Não me olhe com timidez, Eu vou te deixar no mar, Tu és um peixe e não posso te pescar, Deixo que o mar o tenha, Porque sou um velador que vela sozinho, Não busco um peixe na rede, Eu busco o mar...

Eu não sabia olhar para o céu sem enxergar somente o profundo azul, talvez me faltasse coração pra ver o além de cada um ou eu precisa ainda ver o meu próprio azul que estava submerso nas nuvens que apenas surgem naquele mar. Certa vez o meu avô antes de ir embora me disse assim: -Quando eu me for, prometa que o teu céu mudará. Eu assenti com a cabeça e me deitei no gramado com a singela impressão de que tinha mudado. O que ele quis dizer foi, " você é o tom que transforma tua grandeza."

Sentado no banco da estação, olho a minha pequena bagagem. Uma mala surrada e uma bolsa carteiro contendo a minha triste história. A chuva começou a cair e molhar o meu terno, porém não ligo para isso. O trem chegou, e eu entrei sozinho. Encostei a cabeça no vidro e chorei silenciosamente, porque entendi a sua resposta, e ela doeu.  Ele sabia que era a nossa chance de sermos felizes, mas preferiu o nosso adeus. Com o coração partido segui viagem, pois aquele era um bilhete sem volta para casa.

“A cada dia eu levo um resquício do dia anterior nas costas, montando a minha bagagem de memórias pesadas que, de pouco em pouco, me derruba.”

Ler é um prazer! Ler é bom, para mente, para alma. Ler engrandece, agrega. Ler nos permites viajar a lugares sem precisarmos sair do lugar. Ler é conhecer mundo novos. Ler é conhecer novas culturas. Ler é conhecer pessoas. Ler é apaixonante. Ler é expandir os horizontes. Ler é um dos maiores prazeres da vida.

Quando nos encontramos pela primeira vez, você era tão inseguro e imaturo que escolhi afastar para não te machucar. Mas, então, nos reencontramos em um final de tarde de sábado em pleno outono, e após alguns minutos de conversa, percebi que troquei um futuro ao seu lado pela minha confusão em confundir a sua cautela pela insegurança, mas agora era tarde demais, porque você está casado, com a sua esposa ao lado!

A beira de um café converso comigo, "Há tanto trabalho , temos que dormir, acordar, lidar com pessoas,lavar nossas roupas,há tanto disso , há tanto daquilo ... sabe,eu sinto saudades de mim , sinto saudades de quando era criança e eu não tinha tudo isso para me cercar,era apenas uma criança com pensamentos vazios, agora não posso me dar o luxo de olhar para o vazio , porque nele há um turbilhão de coisas ". Termino o café,me levanto e devolvo isso para a mala, no próximo café, há mais história.

Somos frios ... Perdemos o calor ao deixar ir o que sentimos ... O receio nos torna invisíveis ao que nos daria personalidade ... E o sol " ah... não coloque a culpa em mim , pois eu posso acalorar quem menos gosta de mim , enquanto a lua se isola no meio de estrelas "...

As duas pretinhas dormiam em yin yang, enquanto o mais velho dormia ao lado. Entre ronroninhos e patinhas, um sono pesado acontecia. Uma espreguiçada da gata desmanchou o círculo, rolando então num abraço para se aninhar no outro gato.

O que tenho a te dizer ? Não pense por mim , Não se esconda, A minha alma precisa te dizer , Por mais que eu resista , O tempo foi duro conosco, Posso te dizer agora que cresci, Sou o além de antigamente , Peço que não pense por mim, Eu admito que não me permiti.

Se eu pudesse comparar minha existência com algo, esse algo provavelmente seria o ar; faz as pessoas o sentir, faz as pessoas o temerem, mas para outras pessoas o frio é agradável e também esperado.

Eu lembro exatamente de como o conheci naquele rinque de treinamento.  Eu era novato na época, mal sabia ficar de pé, mas mesmo assim meu sonho era ganhar as Olimpíadas. Erick já brilhava antes mesmo da minha chegada e foi o primeiro da equipe a ganhar muitos prêmios no solo.  Ele sempre foi muito carismático, foi por isso que me apaixonei. O meu sentimento foi correspondido por um selar muito significativo para nós. Hoje somos rivais no rinque, mas nos amamos fora dele. O verdadeiro equilíbrio.

Meu marido dizia que eu estava sem controle, não conseguia ler sem ter, menos ainda assistir sem sentir em meus dedos e minha boca o seu sabor. Notei que realmente estava viciada em tudo, a textura, o sabor sútil, a firmeza por fora e suavidade por dentro, tudo aquilo era uma tentação para mim, mas quando comecei a notar que apenas um pacote no mês não estava sendo suficiente foi que me dei conta de que eu não era nada sem pipoca para comer no meus tempos livres.

Fecho os olhos e a única coisa que me vem à mente é abrí-los e ver seu sorriso sacana. Um beijo pode desencadear uma paixão? Não sei, mas a cada hora, relembrar o teu toque faz meu coração palpitar, borboletas voarem em meu estômago e um sorrisinho bobo aparecer em meu rosto. Teria você me enfeitiçado com somente um beijo? Sinto que não preciso saber, minha única certeza é que quero novamente assim como o oxigênio é buscado pelos pulmões: a todo instante, sem cessar, com força e desesperadamente

As palavras que carreguei até aqui, parecem que criaram asas e desejam fugir para uma tal liberdade em que nunca senti. As palavras que nunca foram ditas me traíram em uma guerra infinita, entre o desejo e o segredo de te amar sem desapego!

Nada pior que seu próprio corpo te trair. Pensei que eu conhecia os meus limites. Pensei errado. Meu corpo tem vontade própria e me traiu de forma traiçoeira, me deixando incapaz de me mover ou falar, me deixando à mercê da boa vontade e compaixão de estranhos. Se há alguma coisa positiva nesse pesadelo talvez seja o fato de ainda haver pessoas boas no mundo. Ainda posso ter fé na humanidade, quem diria...

Na neve encontrei o meu melhor amigo , eu era sozinho, a minha família se foi , ainda espero até hoje dentre muitas cobertas , pescando e com muita lenha para me aquecer. Preciso ir além desse branco , há felicidade,eu sei, não vou me ater no vazio , vou avançar. Uma pena que tentei e empaquei em uma cadeira em silêncio, enquanto a minha vida se esvaiu e Joan precisa se cuidar, eu estarei contigo em alma e coração, para ti meu amigo ,um último sorriso.

Percebi que era sério. Foi só eu fechar os olhos para Me lembrar do seu rosto inteiro A disposição das suas sardas A bagunça dos seus cabelos O detalhe em verde nos seus olhos escuros Quando me peguei sorrindo Dei o diagnóstico final de Caso Perdido O coração não batia mais como devia e as Borboletas dançavam no meu estômago Já era Estou caidinho por você - Para quando a gente namorar

Não, é apenas o passado me atormentando novamente Apenas memórias... Não podem me ferir Não se já estiverem enterradas Não deveria ter sido assim Por que agora vejo tudo diferente? Não parecia ter sido tão ruim... Eu acreditei, confiei E no final, o que restou? Há tantas cicatrizes que já não se vê a forma original São pessoas que não merecem ser lembradas São momentos cinzas Um delírio coletivo Esqueça, por favor Tudo Todos Desde frases até atitudes Recomece Desde o ponto zero

+ Após ponderar sobre o assunto, entendeu qual era o caso da sua irmã: conformismo. Ana simplesmente virou a costa e a deixou sozinha lá, se ela queria reclamar da sua vida porque tinha medo de tentar algo novo e sair da zona de conforto, ela que não ia ficar lá e ser afetada com aquilo. Seu maior desejo era conseguir sempre alcançar seus sonhos, independente se havia sempre uma pessoa aqui e outra acolá para a puxar e fazer desistir de prosseguir. Ela iria voar.

Ele a segurava com o máximo de cuidado possível, como se ela fosse de cristal. De alguma forma, talvez fosse, se tivesse herdado os poderes de sua mãe. Mia nascera com as bochechas do pai, os cabelos loiros e olhos azuis da mãe. Tony soube, no instante em que segurou sua herdeira pela primeira vez, que sua vida de farra havia acabado, mas não se sentia triste com aquilo. Se sentia orgulhoso por ter feito uma criatura tão pequenininha e fofinha como aquela. "Minha maior criação", ele sorriu.

Me pergunto todas as noites quando irei parar de me perguntar , talvez eu seja otimista , um tanto pessimista , porque o escuro me faz pensar tanto ? Será que deve ser porque o vazio transmite apenas a presença dos grilos lá fora ? Vou continuar a divagar pela janela e pelas paredes do quarto, mas nada me impedirá de quando eu fechar os olhos ... de poder sonhar com um mundo em que todas as perguntas sejam respondidas , sejam com veludos ou espinhos.

Por um momento , Esqueci da minha rotina, Esqueci dos afazeres que tinha, Esqueci dos trabalhos , Esqueci da pressão do dia, Esqueci até das vestes, Pasmem, Foi libertador!

Por hoje só quero ouvir uma música alegre, agitada, que me faça dançar. Por hoje só quero sentir boas energias, sentir a alegria fazendo de mim sua morada. Por hoje só quero esquecer o mundo e os problemas. Por hoje só quero focar em mim. Então dj, pon de replay, como diria Rihanna!

“Não sei quanto tempo se passou ali, mas deitada nas gramas verdes, pude sentir uma paz infinita ao admirar os pontinhos brilhantes no céu noturno, e era como se elas estivessem vindo me abraçar. Era a melhor sensação do mundo.”

Entre linhas e agulhas, minha frustração se esvai. Cada nó e ponto feito me desprendem das amarras de minha mente. No fim, o trabalho feito e meus pensamentos em ordem são um resultado que não consigo precificar.

Frágil garota de porcelana, quebrantada tantas vezes que rachou. A rachadura fazia visível o quão era fraca, então revestiu-se de marfim na esperança de se fortalecer, mas surpreendeu-se ao notar que ainda podiam lhe atroçoar. Tinha de ser uma fortaleza que resguardasse seu espírito do açoite, e então tornou-se sólida e fria feito o aço; enfim, era impenetrável.

Hoje escrevo a verdade do meu personagem, ela é uma protagonista cansada,muito mesmo, não sabe o que é férias desde 2012, e isso veio a ser pensado no dia primeiro de agosto de 2021.Esse fato a abalou de tal forma que a deixou triste,mas esta aguarda por dias melhores e que isso não se alastre a eternidade, sim, isso é bem dramático,"eles pensam" e ela pensa que haverão oportunidades de sobrevivência e esse modo está ativo independente da matina.'Não me perco na vida', ela grita nesse momento.

Perdoar sempre foi algo inconcebível pra mim. Nunca vi sentido em desculpar alguém por coisas das quais eles não se arrependem de ter feito. Hoje me pego pensando que perdoar não se trata de esquecer do que eles me fizeram. Eu também errei e reconheço isso. Talvez perdoar seja sobre entender que todos estamos propensos à errar, que é algo humano. Talvez perdoar seja sobre seguir em frente, sobre mudar e melhorar. Eu me pergunto... Estou pronta para deixar tudo para trás?

Riê enraivecida disse a Pietro: - Te vejo igual a ciência , quanto mais perguntas eu tenho, mais te quero , mas não posso o ter, porque você não tem as respostas. Pietro a responde : - Não é que eu não tenha , eu não sei as responder. Se entreolharam em silêncio e ambos fecharam os olhos e seguiram em direções opostas.

E se sua vida fosse uma perca total desde o dia em que você nasceu? Como se todas as forças sobrenaturais torcesse para que você se desse mal em tudo que ousaria ou pensaria fazer. Estava tão no fundo do poço, que pensava que mais nada na minha vida poderia dar errado. Ledo engano. Existiria alguma forma de sair dessa, sem sair prejudicada? (Em breve, uma nova história no perfil!)

Lembro de quando Paula e eu éramos meninas e dizíamos que, mesmo adultas, não assistiríamos aos enfadonhos telejornais. Agora, crescidas e tendo um lar para cuidar, são eles que nos embalam toda noite, com notícia após notícia, até cairmos no sono. E é engraçado perceber como nosso pensar tão ingênuo e infantil deu lugar a uma visão de mundo mais madura e responsável. Aliás, agendei para amanhã uma consulta de tarô de ano novo. Mais uma falha nas minhas previsões infantis sobre a vida adulta.

O dia lá fora era escuro, as nuvens mostravam o quanto de água ainda poderia cair dos céus, e as árvores balançavam com brusquidão devido ao vento. Ana se recostou mais sobre o sofá, olhando pela janela, enquanto a fumaça do café recém passado subia de encontro com suas lentes de óculos as embaçando. Pensou que não existia nada melhor do que aquilo, então sua mente deu um estalo, como se algo viesse nas ideias para melhorar mais ainda, correu para o quarto e pegou seu livro favorito, agora sim!

Era apenas um osso velho. Ou ao menos eu tentava me convencer que era apenas um osso velho. Sentir todo aquele poder emanando da Primeira Lâmina, me queimando viva sem fogo algum, era uma sensação para além do que palavras podiam descrever. Aquele era o primeiro passo na estrada que me conduziria à pior versão de mim - um demônio - e eu deveria estar incomodada. Mas não estava. Aquele era só o começo.

Mas de que adiantava tanto esforço, se sempre parecia que a roda da vida não estava girando? Apesar de saber e ser a única notar o quanto estava se dobrando para fazer aquilo dar certo, havia momentos em que queria simplesmente desistir. Mas foi lá, respirou fundo mais uma vez e então arrastou o cesto de roupa para mais perto da máquina, mais um dia, mais um cesto interminável. E o processo se repetiria.

Eu prometo que, se for eleito presidente deste fã-clube de literatura cyberpunk, pavimentarei os aneis de Saturno e reflorestarei a lua com esmeraldas. Podem me cobrar!

Penso que, às vezes Não tenho palavras o suficiente Para descrever o que estou sentindo Então escrevo frases curtas Em um poema pequeno Contamino o papel com aquilo que me afoga E por algum tempo Parece que respiro em baixo d’água - Quando parece insuportável

— Fracos! Por isso são feitos de peles e ossos. — Esses malditos humanos são imprestáveis! No passado tínhamos máquinas para trabalharem por nós, contudo, houve uma revolução e tivemos um grande golpe dos robôs com inteligências artificiais. Hoje estamos sendo escravizados por eles neste circo. Máquinas sem piedade e apenas ódio em seus sistemas. A era humana estava acabando, e agora somos um grupo pequeno de pessoas sendo humilhadas por seres que nós mesmos criamos. Quem vai nos salvar? 

Tentei te pintar em um quadro O maior que eu tinha E ainda assim Não coube Nem um terço De você - Queria que se visse com meus olhos

Há ocasiões em que eu acordo e fico a encarar o teto por vários minutos, imersa nos pensamentos inquietos e sentimentos confusos que se instalaram dentro de mim. E então me questiono : “O que eu estou fazendo da minha vida?”

São os dias de chuva que me fazem felizes. Nas nuvens cinzas que cobrem o céu é que abro um sorriso. Sentindo o frio contra minha pele enquanto o vento sopra. A floresta envolta de um nevoeiro é o cenário que mais gosto. Nunca fui, nem nunca serei como os demais. É tão difícil sermos nós mesmos em uma sociedade tão doente e hipócrita.

Eu contava todos os dias a ele sobre a minha história de não poder voar sem antes ver o céu , ele nunca acreditou que o que me prendia no chão podia ser a minha paixão por descobrir que talvez o meu lugar não fosse voar e sim entender primeiro o que me prendia no chão. Há raiz em mim , mas não há espinhos , há confusão , mas há entendimento . Me compreenda e entenderá que o céu tem resposta complexa , mas a terra me interrompeu e disse ' você não precisa entender, apenas precisa ser '.

Descobriu da pior maneira que a vida era uma via de duas mãos, a primeira: 1- Depois de adulto você nunca tinha tempo. 2- As coisas para fazer dentro de casa nunca acabavam. 3- Para ter tempo para si própria, tinha que abdicar outra coisa (o famoso sacrifício). e 4 - As vezes dava só vontade de ignorar tudo e fazer o que quer e na hora que dá vontade!

Respiro fundo, preparando tudo o que preciso para aquele dia. Um café da manhã completo e uma mochila cheia de ferramentas. Saio da casa para um dia brilhante onde os pássaros cantam, minha gata Cersei deitada na grama, aproveitando o verão. É hora de plantar novas sementes para essa estação. É hora de recomeçar.

Naquela sala, minha presença poderia ser considerada como a de um pequeno átomo para aquela mulher que berrava inconstantemente. Seus braços em posição de “x” em frente ao colo representavam tudo o que estava doendo ali, sua agonia e desespero eram representadas pelos seus gritos altos. Apesar da minha presença ser equivalente a de um átomo, senti toda a agonia dela como se fosse a minha, quando a Ortopedia fez a redução completa de seus ossos e os “tra tra tra” foram ouvidos em meio aos gritos.

Aconchego, se fosse algo concreto, seria aquele lugar onde sempre há café não importando a hora do dia, onde não faltam cadeiras para quem chegar, onde há sempre um abraço apertado e uma risada contagiante, onde todos sempre buscam carinho e ajuda... As rugas advindas do tempo nos rostos dos moradores deste lugar são as mais belas curvas que poderiam ter. Lá, naquela casinha de chão batido, paredes sem reboco e galinhas soltas a ciscarem, é o único lugar em que a vida parece mais amena. Há paz.

Não insista no que existe apenas em ti. O tempo é o alvo de respostas, conte consigo, feche o armário de lembranças e entregue ao vazio. Isso não é fugir , é se resguardar para que o opróbrio não se aproxime.

De todos os sábados que se lembrava ter vivido, esse era o mais preguiçoso. Mesmo sabendo que tinha inúmeras coisas que poderiam e precisavam ser feitas sabia que um dia de preguiça não ia mudar nada.

As coisas que eu queria ter dito a você, mas eu não disse. Porque o receio em mim falou mais alto.

Saudade. Era o que mais pesava em todo o meu ser, e buscava com toda a minha força a reprimir essas sensação terrível. Mas no final do dia, eu sempre falhava pois as lágrimas caíam de meus olhos ao me dar conta de que certas coisas não podíamos ignorar. Somente sentir.

“O tempo cura tudo” – disseram Não acreditei na época Não acredito agora Mas quando olho para trás Te vejo sorrindo E consigo até Sorrir também - Lágrimas de saudade

Ele não deveria fazer aquilo. Não deveria procurar por Gabriel, não havia mais nada entre eles. E, no entanto, Sam não conseguia deixar de sentir saudade dele. Das risadas bobas à toa por coisas sem sentido, dos beijos e dos abraços, das piadas sem graça que ele contava... Sam olhou para o céu noturno e fez uma oração. - Gabriel, por favor... E, em resposta, o arcanjo surgiu às suas costas. - O que quer de mim? "Tantas coisas", Sam pensou, mas não ousou falar. - Podemos conversar?

Acordei sentindo uma saudade de te ver sorrir de ter você aqui comigo de estar abraçada a ti sentados na areia do mar, juntos a admirar um céu de estrelas E uma lua cheia a brilhar

Às vezes olho para nossas antigas conversas e dentro de mim desperta uma saudade que vez ou outra surge de forma tão intensa que me faz questionar: Como a nossa amizade mudou tanto assim?

Saudades dos momentos em que a minha maior preocupação era qual seria a brincadeira do dia... E saudades em que o meu único machucado era o joelho ralado... Ou saudades da época em que as minhas dívidas se resumiam em pagar um pop nas brincadeiras de escola...

O que a diferia daquelas outras pessoas? se perguntou ao ver usuários do sistema caps, mais cedo. Era uma pessoal mentalmente estável? O que precisava para se enquadrar nessa lista? Não sabia quando começou a se questionar, mas quando chegou na sua casa, sentou com seu notebook no colo e pesquisou "oms, quais são os três sinais de que sua saúde mental está em dia" Após longas pesquisas, pensou o quão maravilhoso seria de todos os seres humanos parasse e prestassem mais atenção em si mesmo.

Sentiu-se nostálgica, antes, dois anos há trás no mínimo, para todo canto que olhasse via as bandeirinhas coloridas, os chapéus e as inúmeras camisetas xadrezes. Já esse ano, tudo era mordido e morto, apesar de não ser festiva, adorava o clima que com essa época vinha, principalmente o quentão.

Talvez seja os meus sentimentos falando mais alto, talvez seja a emoção vencendo a razão. Seja por qualquer motivo, sempre serei o seu amor infinito!

Sempre vai existir aquela pessoa que jamais vai desistir de ti, Sempre vai encontrar aquela pessoa que pra sempre irá te amar, E se algum dia a solidão bater, saiba que para sempre estarei com você!

Eu te amo com todas as minhas forças.  Não há um dia que eu deixe de pensar em você. Há noites como estas que quero só um abraço seu, que a minha pele clama por seu nome. Eu te queria tanto, tanto, tanto, meu amor…  Sei que tu amas outra pessoa e eu fico apenas a sonhar em te amar em uma reciprocidade divina.

Você chegou, invadiu, arrombou sem permissão as barreiras do meu coração que já estava habituado com a solidão, ainda que ele se parta com a dor da decepção, você sempre será a minha eterna ilusão, pois viver uma vida sem emoção é uma tremenda desilusão!

Meu peito se aperta e Meus pulmões se contraem Sempre que penso em você Como um lembrete físico Dos sentimentos que ainda Me afogam

Houve um tempo em que ela transbordava inspiração… Em meio de seus estudos para as provas finais, as ideias brotavam para um plot. Ela podia estar tomando banho, as sinopses surgiam do nada. E antes de dormir, títulos e vários finais diferentes eram anotados para não esquecê-los. Mas o tempo passou e ela não conseguia inspiração em mais nada, nem naquela playlist que tanto a inspirava. Espremia o seu cérebro e sequer conseguia arranjar um tema para escrever.  Será que a fonte secou?

Amarilis era uma humana tão, mas tão desrespeitosa! Em toda a sua existência a serviço do Senhor, Cassiel nunca conhecera uma humana tão indiferente ao próximo. Certo, era um exagero. Ele havia conhecido piores. Mas mesmo que passasse todos os dias observando a humanidade e sua pequenez, ainda não a entendia totalmente. Afinal de contas, o que era ser humano?

Giulia estava muito cansada. Depois de trabalhar horas a fio atendendo clientes, encontrava-se no ponto de ônibus sem disposição alguma para enfrentar as duas horas de viagem até sua casa. A louça do café estaria à sua espera... O ônibus chegou e ela entrou. Sentou ao lado de uma velha feia e carrancuda que a cutucava e falava alto. Giulia não reagiu, apenas desligou. E, por estar cansada demais, acabou descendo na última parada daquela linha. Uma linha proibida para os vivos. A de SeteAlém.

Um beijo na encruzilhada e o pacto estava selado. Sam estava à salvo, era o que importava. Mesmo que Bella não o perdoasse por fazer aquilo, por deixá-los, sabendo que não havia nada que pudesse fazer para impedir que ele fosse para o Inferno quando a hora chegasse. Quando os sinos do Inferno tocassem e o Cão viesse buscá-lo, não haveria pra onde correr.

Dia a dia, semana a semana, hora a hora... A todo momento é um sortilégio diferente, o vendaval tenta me derrubar, mas como a haste fina somente entorto, não quebro. Minha resistência vem do "persistir", sem essa vontade incomensurável nada sou. Nem morno, nem frio. Não caio, não recuo. Envergo, não levanto por completo. Sobrevivo.

Ela me perseguia. Não importava o lugar, ela sempre estava comigo. Quando eu falava, me movimentava, trabalhava... Mesmo depois de ter se mudado para o exterior, ela permanecia ao meu lado sempre. Todos diziam: "Não podíamos esperar menos de você. Afinal, é a irmã mais nova da Alana!". Eu sorria e tentava entrar na brincadeira, mas no fundo desejava um dia poder ser vista pelo que eu era, não pelo que ela era. Quando deixariam de me ver como uma sombra de outro alguém?

Somos uma história em versão extendida, Criamos o nosso selo único , Um sorriso a cada descoberta , Um gracejo a cada bom sopro da vida , Somos agraciados por nossa história , O sol que nos toca é a vida , A lua que nos olha do céu chama as estrelas para nos agraciar também , O som do teu tom ao dizer o que ama é o melhor , Pois ele te lembra o porquê estás aqui, És bem vindo ao planeta , Tu és a energia de ti , E a tua história precisa de energia para ir além de nossos tempos.

Eu suspirava naquele dia, parecia iniciar em um tom breve e macio, os pássaros cantavam no raiar daquele sol que penetravam o meu olhar. No azul cintilante do céu, eu sabia que poderia se transformar em uma chuva fria e vazia, mesmo assim me empenhava para agradecer pelos dias e por mais que pudessem vir tempestades, eu me esforçava a pensar que somos como um céu , alegres como o sol, ferozes como os raios, e por vezes a chuva desmancha quem admite ser o próprio Zeus.

Quando acordei e percebi que tudo não se passou de um sonho, tive vontade de chorar. E a pior parte era saber que os dias se passariam e eu me esqueceria de tudo.

Faz um pouco mais de um ano que eu não te via, não conversava de pertinho assim um com o outro E então, para minha surpresa vejo você em meus sonhos Sentado em uma mesa de um pub qualquer Me convidando para beber um bom drink E não precisou me dizer nada Pois em seus olhos e sorrisos Podia ver o quão feliz você ficou por estarmos juntos, mesmo que fosse apenas um sonho rápido, mas tão emotivo. Então acordei e um sorriso se fez sabendo que algum dia nos encontraremos de novo

Mesmo que eu tente não me deixar derrubar por ele, o infame sempre acaba comigo. Por mais que eu tente não deixar que o cansaço me desvie do que preciso fazer, sempre acabo frustrada. Estou sempre cansada mesmo não fazendo nada. Quando isso acaba?

Tudo ia bem, mas só bastou que um novo dia amanhecesse para que tudo mudasse da água para o vinho. Primeiro seu notebook apresentou defeito, infelizmente não podia ficar sem! Mobilizou-se para realizar a aquisição de um novo. Na semana seguinte, seu celular queimou, outro aparelho da qual não podia abrir mão de ter um! No meio da semana, sem celular, sem notebook, descobriu que seu azar ainda estava só por começar...

Nem todos que sorriem estão de fato sorrindo porque estão felizes. Algumas pessoas colocam um sorriso no rosto para não ter que falar sobre o que estão sentindo, outros colocam por pura falsidade. Pessoas sorriem quando na verdade querem te ver pelas costas, no chão. Nem todos que sorriem para nós querem nosso bem, mas sim nossa miséria, desgraça e tristeza. Muitos que nos cercam são pessoas que gostariam de ter o que temos, mesmo que seja pouco. Nem sempre é fácil ver por trás da máscara.

A casa está silenciosa. Todos estão em um sono tranquilo e os únicos sons sãos os dos ventiladores e meus soluços contidos. Está tudo bem, de verdade. Não há nada com o qual me preocupar além do rotineiro, mas então por que estou ouvindo "Older", da Sasha Sloan, e chorando? Por que estou tão triste de repente, quando não há motivos para estar? Eu só não queria me sentir assim.

“Muitas vezes quando quero ficar sozinha é porque eu não quero discutir, porque não quero soltar coisas que não quero dizer na hora de raiva e não me permitem ter esse momento. Me encurralam até que não vejo mais saída e sinto surgir em mim o sentimento de sufoco, de impotência quando me impedem de sair dali. Então, por um instinto forte, grito, pedindo-lhes que me deixem em paz, mas eles não o fazem. Ao invés disso, eles só me deixam cada vez mais nervosa. E sem voz, desabo em lágrimas.”

Não havia nada pior que seu olhar desconfiado em minha direção, como se eu fosse atacá-la da forma que havia atacado aqueles vampiros. Eu não suportava a ideia de que a minha única amiga tivesse medo de mim naquele momento. Com ou sem a Primeira Lâmina me dando ideias erradas, eu não a machucaria por nada no mundo. Queria apenas que ela se lembrasse desse pequeno fato.

O que eu preciso hoje é... Deixar de existir por um momento Deixar de sentir algumas coisas Deixar alguns pensamentos morrerem Virar algumas páginas E talvez abrir algumas janelas Porque talvez, só talvez, deixar um pouco de luz entrar seja bom Talvez eu só precise de um pouco de luz pra florescer de novo Só talvez.

Fecho meus olhos enquanto me concentro no barulho da tempestade que acontece do lado de fora. Por quanto tempo mais terei que aguentar esse rugido do céu que me atormenta há anos? Quando poderei finalmente abrir meus olhos e enxergar um dia ensolarado novamente?

Existem algumas coisas que o tempo não pode apagar. E você é uma delas.

Se talvez, eu tivesse um encontro com o gênio da lâmpada, pediria sem hesitar, voltar no tempo, onde a vida era mais simples, cujas decisões não tinham consequências tão catastróficas, a não ser os castigos que meus pais sempre escolhiam baseados em sua infância. Quem sabe, nessa volta ao tempo pudesse esbarrar com algum escritor antigo, onde os meus incontáveis professores os utilizavam para pregar alguma lição. Eu perguntaria aonde foi parar a verdadeira essência de escrever?

Dandara era uma menina bastante peculiar, apesar da pouca idade, esboçava uma maturidade de se admirar visto que a garota não perdia tempo com brincadeiras, nem tampouco se importava com os insultos das outras crianças que não entendiam que a única coisa errada com ela era a época, pois se recusava aceitar viver uma vida com tanta modernidade. Todavia, em que viajava para outro estado ou país com seus pais, fazia questão de criar laços de amizades com o único propósito de enviar cartas!

Estou tendo dias tão difíceis até de respirar , muitas contas para pagar , o trabalho tão tumultuado, a vida que não para de me constranger. Parei e olhei para o meu quarto e então resolvi tomar uma coca café com um salgado no canto do quarto enquanto eu olhava para a janela , sentia a brisa e via o azul escuro do céu. Por um momento esqueci dos dias terríveis , deixei os ventos alcançarem meus tormentos e levar para longe de mim e pensei 'preciso de mais momentos assim'. Nós somos a nossa paz.

Quando ouço seu canto, sua voz reverbera por toda minha alma; Quando ouço seu canto tocar o fundo de minha alma, a emoção transborda por meus olhos; A melodia que acompanha seu canto, alimenta meu espírito, faz-me mais leve, faz-me feliz; Teu canto me envolveu desde o primeiro refrão, me apaixonei no processo; Teu canto transforma meus dias ruins em alegria; Teu canto me dá forças para continuar.

A hora do almoço é péssima por vários motivos. O principal são as conversas no banheiro. Hoje mesmo umas meninas entraram para retocar a maquiagem enquanto eu escovava os dentes e uma disse, aos risos: "Ah, mas eu ficaria com o André. É só fechar os olhos." André é o negro trans de 1,80m e aparentemente bi. O cara passou não só na fila da beleza e do carisma, como também visitou todas as barracas do vale. Mas é um inválido para elas. E, para não surtar, talvez ele tape os ouvidos todo dia...

Ela despertou em meio a um frio que fazia parecer como se facas perfurassem seu corpo. Em meio ao branco da neve, se deu conta de onde estava: jogada no meio de destroços do que costumava ser seu jatinho particular. Se lembrou: haviam caído. Foram atingidos por algo. O medo a atingiu de uma vez. Levou as mãos ao ventre, seu coração se afundando no peito. Não sentiu seu bebê se mover e perguntou a Deus o motivo de tamanha desgraça ter ocorrido. Mas Deus não respondeu. Ele não responderia.

Durante o almoço gosto de beber somente após terminar toda a comida do prato. Assim que o fiz, durante um encontro familiar, peguei o copo, mas ainda estava vazio. Vi apenas meu indicador, do outro lado, ligeiramente menor. Enquanto reparava nesta distorção ínfima causada pela refração da luz, alguém na mesa perguntou se Carlos, com quem sou casada e estava rindo na sala, era tão bobo e engraçado também em casa. Ri e disse que sim. Nem mesmo o copo de vidro é 100% transparente, por que eu seria?

Te vi crescer por entre paredes frias , Não tinhas coração para tocar, Mas tinhas livros , A fantasia brotava em qualquer lugar, Não há dia frio a ti, Porque tu acalenta o teu maior temor, Não temes a tua fé , Porque tu és a fé que vê, E hoje és a expressão que o teu mundo transformou.

Gostaria de ser como a natureza, 'simples e perfeita ' ... Sem conjunções adversativas como 'mas, porém, todavia' ... A verdade é que nos esforçamos para sermos adjetivos de beleza, Quando na verdade somos mais que isso, Somos a conjunção conclusiva da nossa própria natureza . *** Enfim, se ame, se queira , Não espere a degustação de outra abelha para a tua única flor. Tu és o teu amor.

Eu estava exausta mentalmente.  A primeira lágrima caiu solitária, e em seguida foi impossível impedir a cachoeira salgada de molhar a minha face. Chorei que nem uma condenada. O tempo passou, o rio de emoções acalmou-se, e vi meu reflexo no espelho.  "Estou uma bagunça", murmurei. Começou a chover lá fora.  Toda vez que fico em prantos, os meus anjos da guarda dão um jeitinho de me fazer sorrir, já que amo o cheirinho de terra molhada… E deu certo.

Se eu me cobrasse menos, eu seria melhor no que faço?O pesar do que faço é tamanho que me impede de crescer?Todos os dias que não sou aquilo o que eu gostaria me pergunto se estou no caminho certo ou se simplesmente estou tentando ser algo além de mim.Entendo que não são respostas imediatas, mas a ansiedade dispara em tons agudos e estridentes na minha mente.Creio que a resposta esteja no meu coração,quando se almeja estrelas não se vê o céu,o foco é no brilho e não na névoa que a circunda.

... Apliquei prova para meus alunos hoje, isso me deixa muito tensa. É melhor passar uma hora e vinte minutos dando aula do que fiscalizando uma turma de adolescente fazendo teste... os alunos a cada ano se especializam em colar e é um desafio contínuo fazer com que essa nova geração estude.

Não era normal, sabia que quando esse dia chegasse, ela com certeza não estaria bem da cabeça! Sempre dependeu daquilo, sempre usufruiu sem limites, o cheiro era seu pior atrativo, leva-a para outro mundo e quando conseguir ter em suas mãos, por em sua boca, era seu mais puro deleite. Mas naquele dia, errou a mão, seu café não ficou de seu agrado, e tomar uma xicara foi quase impossível, se negou a jogar uma garrafa inteira fora para fazer outro, esperaria no dia seguinte e faria um melhor.

Sonhei que estava viajando afora pelo mundo, vivenciando novas conexões e colecionando memórias em cada lugar por onde eu passava. E então acordei para a realidade que me aprisiona. Lá estava aquela sensação persistente correndo em cada parte do meu ser. Havia algo dentro de mim que sempre existiu, mas só agora ela despertou.

-Vocês não vão acreditar no que aconteceu! - O que houve Maria? - Em nenhum momento me senti assediada! -Nossa, realmente o mundo está mudado! José por sua vez também refletiu do dia. - Vocês acreditam que voltei para a casa a noite sem medo de ser assaltado? -Inacreditável! todos responderam. Josué os encarou firmemente e falou: -Infelizmente isso é um sonho né... Josué acordou e quando abriu a janela ainda alcançou a violência das ruas e queria simplesmente a fechar de novo e voltar sonhar.

O motivo daquelas lágrimas eram simples, Ludmilla não tinha férias há tanto tempo, nunca viajou além do sítio dos avós , ela tinha um sonho simples de viajar a outros lugares, mas aquilo se tornava tão distante a cada dia, o governo atual não provia de emprego e ela apenas tentava se encaixar em bicos que a animavam para pagar as contas de casa. Aquela realidade às vezes a abatia e a fazia chorar ao pensar que tudo poderia ser diferente se tivesse nascido em um corpo diferente. Era um talvez ...

Não invada o espaço do outro. Beba se quiser, amanheça num local diferente, goste de si, mas nunca, nunca encha o saco dos outros.

Outra história se encerra, mais um ciclo encerrado, e a pergunta permanece: O que eu estou fazendo? Usurpando mundos alheios, distorcendo linhas temporais, dobrando o destino à minha vontade. Quanto mais eu penso nisso, menos as coisas fazem sentido. Não há nada além da sensação de vazio. Não há satisfação nenhuma.

Hoje resolvi fazer uma faxina no meu quarto. Haviam três caixas pequenas empoeiradas em cima do guarda-roupa e resolvi abri-las.  Na primeira caixa só tinha DVDs e CDs. Na Segunda caixa tinha vários papéis, eram provas e trabalhos, tão velhos que mal conseguia ler meu nome. E na última havia apenas um caderno veludo preto, aí lembrei que era o meu antigo diário. Foi uma nostalgia imensa ao encontrar aquelas coisas, lembrar do "eu" do passado, mas nos minutos seguintes, todos foram parar no lixo.

Eu estava cansado de viver no preto e branco. Não havia nada que me deixasse triste ao ter que sair de casa para ver cores tão fúnebres.  Em um dia chuvoso, eu estava dentro do ônibus quando a vi passar do lado de fora. A pessoa era toda verde-água e era raro ver alguém com uma cor tão viva como aquela.  E mais uma vez deixo escapar uma tonalidade tão vívida diante de meus olhos sem cor por estar dentro do ônibus em movimento. 

Da janela do seu quarto ela vê o céu estrelado. Pontinhos de luz fazem uma ponte da terra ao céu. Ela abre a janela e caminha sobre a ponte. Ela se vê flutuando, mas e as pessoas que a olham de longe?

Ela é linda como uma flor.  É radiante e de um sorriso encantador. As suas piadas, apesar de velhas, ainda davam graças.  E seus cabelos dourados, agora prateados, continuavam trançados. Teve uma infância difícil e uma vida adulta sem tempo, agora na terceira idade só queria aproveitar sem parar.  Ela não estava errada, pois a vida é um sopro e logo mais não restará mais nada. 

Por engano, foi por engano. Totalmente coincidente, nada planejado, nada deliberado. 1 tiro mata, dois dão certeza, o terceiro não deixa nenhuma dúvida. 80 ultrapassam o plano da existência física, atingem a moral, a consciência, o íntimo. No 17º projétil, já não há mais humano, há somente a tortura e a barbárie; a dor se tornou surda e a pele insensível. Não foi impulso, foi tudo premeditado. Um planejamento que perdura há séculos, lavrado por sangue antigo e sofrimento esquecido. Vil, cruel.

Vipassana a vontade de mim quando decai no espelho, e deparei com um rosto pálido e lépido, parecia a vertigem me dizendo que havia algo de errado ou talvez fosse apenas a verdade de mim em tempos ruins e não consegui aceitar a veemência da dor, apenas aceitei tomar um cálice onde não sabia se tinha cheiro ou cor, e no final a face ainda me perguntou : - Aceita um licor ?

Na leve sintonia do escrever descobri que você é o apud em mim, me pergunto o porquê você aparece em cada citação que há em meu coração. E na próxima linha você aparece novamente e nos parágrafos , continuando por entre espaços sem vazios, existem pontos parágrafos para ti , mas o ponto final não existe , porque a história me levará a capítulos do meu coração até ti.

A vida não foi feita para ser engessada, seguir regras rigorosamente, de maneira entediante. Foi feita para ser vivida ao máximo. Se divertir, viajar, dançar, ler, escrever, jogar, etc. Há tantas maneiras de se viver que é difícil escolher só uma. Se jogue, seja, viva da maneira que julgar melhor. Só queremos nos divertir!

Suspirei conforme me aproximava do túmulo. "Tem certeza disso?", o anjo ao meu lado perguntou. "Tô sem outras opções", tentei me justificar. "Tem que ser ela". Ele me estendeu a pá, que eu rapidamente posicionei no solo. "Tomara que dê certo", ele me disse. "Vai dar", o assegurei enquanto cavava. "Ou vamos todos morrer.

Na minha mera mente de criança nos anos 2000,nunca me passou pela cabeça que em 2021 eu seria refém das minhas senhas virtuais,onde se não houver um aplicativo que pense por mim eu não sou mais a mesma. Não imaginei que teríamos que sobreviver a votos que tingem de vermelho um ao outro através de telas ou boca a boca, seja este a bandeira que carregar.Não imaginava que teríamos que passar por uma pandemia e o pior que as senhas virtuais é depender de pessoas reais.Estamos no meio do mar.Wilson?