Beijos & Bilhetes - Crônicas de uma jovem mulher Suivre un blog

krishnagrandi Krishna Grandi Durante pouco mais de um ano, escrevi uma coluna "Espiga de Milho Cega" no jornal local da cidade onde nasci. A ideia é trazer algumas dessas crônicas para cá, sob outro nome, mas que ainda sobrevivem pelo tempo e, depois, continuar por aqui. Um espaço para assuntos mais leves e outra forma de escrever que eu curto.

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Não era só uma fase

Minha banda favorita voltou. Sim, eles lançaram música nova e estão em turnê. Eu só consigo lembrar dos incríveis momentos que vivi, ouvindo àquelas canções, dos seus álbuns antigos.


My Chemical Romance está mais vivo do que nunca. Agora sou adulta e posso me organizar para ir em algum show deles. Ainda não sei se virão ao Brasil, mas fico na torcida. As letras das músicas qie mais me tocavam eram Demolition Lovers. Durante um tempo, foi até o meu despertador. Eu gostava dessa ideia de amantes que morrem um pelo outro. De um amor impossível, fugitivo, escondido. Algo que tivesse que ser lutado e defendido apenas pelos dois. Visão de uma década atrás.


Com o tempo, outras músicas fizeram mais sentido, como Bulletproof Heart. Um desejo para a vida. Se pudesse escolher um super poder, eu amaria ter um coração à prova de balas. Poderia enfrentar o inimigo, sem sair esculhambada no final. Embora fugir seja uma excelente estratégia.


Outras apenas me faziam viajar e imaginar clipes onde eu era a atriz principal. Lady of Sorrow, Heaven Help Us ou Disenchanted. As que já possuem seu visual definido, fico apenas querendo ser a mosquinha que pousa no ombro do Gerard. Ou um mosquitinho para ficar na guitarra do Frank. Quem sabe uma joaninha para pousar nos dedos do Mikey. Até mesmo uma gatinha de olhinhos redondos acompanhando o frenético dedilhar do Ray em sua guitarra.


Crescer foi melhor com eles. As músicas, a vida pessoal, as contas na internet. Essa aproximação louca e íntima que a globalização permitiu. The kids from yesterday, uma música que eu amaria cantar em palco com eles. Bem como House of Wolves, Na na na na e a emblemática Welcome to the Black Parade.


Eu precisava deles. O mundo ainda precisa.


Killjoys, make some noise.

20 Mai 2022 02:40 0 Rapport Incorporer 0
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Momentos mágicos

Há quase quatro anos interpreto uma Bruxa. Todo o final de semana. São anos novos, feriados, aniversários, ali, sendo mágica e gentil. Eu quase não vejo o tempo passar. Exceto por aqueles que retornam com seus bebês, andando e falando.

A vida tem dessas. Nunca sei quem são eles direito. Mas eles lembram da Bruxa. E eu sou só um meio termo. Alguém ali, que poderia ser substituível. Só que eu sou carismática demais, ou tonta demais, para perceber os limites entre já chega e o partir pra outra.

Mas eu fico feliz quando eles voltam, geralmente nos domingos. Bebês, que antes eram fetos dentro da barriga, voltam caminhando e cheios de perguntas. "Vou mesmo para o caldeirão?", os olhinhos curiosos acima do narizinho empinado procurando algo dentro do tacho. "Depende... Ali só cabe em partes e hoje estou com preguiça." Minha usual resposta. Os dois passos para trás no susto. Depois a risada de perceber que nada vai acontecer. É divertido. Para eles, sempre é divertido.

A floresta que ganha vida em meio aos chocolates. A vida que dei e imaginei. "Do you know the story about Hänsel und Gretel?", pergunto aos estrangeiros desavisados perdidos na floresta. João e Maria. Quem devo procurar como Bruxa. Pode ser qualquer um hoje em dia. Essa é a fascinação do trabalho. Cada um é cada um. Tem respostas diferentes para a mesma pergunta. E eu sei todas as respostas que envolvem esse universo. Só conduzo para obter as que eu preciso.

Momentos mágicos, afinal. Será que meu corpo anda chegando no limite dessa interpretação? Será que é hora para preparar um Adeus? E se eu fizer isso... Para onde eu vou? Afinal, minha vida girou em torno desse trabalho até agora. Como posso não ser isso mais? Ou sempre vou ser... Bruxa? A Krishna sempre vai ter a Bruxa, mas a Bruxa é o melhor da Krishna. Perguntas que nem a escrita me responde. A magia existe, no fim das contas?


5 Avril 2022 23:57 0 Rapport Incorporer 0
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#partiufotos

Vencedor do 2º Lugar - Concurso Literário Dia dos Namorados

(Sarau com Café - 2018)


Dia dos namorados... Credo! Poderia ser o dia da breguice. Aquele dia em que as pessoas vão atrás de ursinho de pelúcias, flores e caixas de bombons para agradar a pessoa amada. Sério mesmo, eu não sei o que dar de dia dos namorados... Não dá pra simplesmente dar. Ou dá, também... Põe um laço, diz – Sou o teu melhor presente - e “já eras”. Ou os dois caem na risada, ou alguém irá para terapia. Com certeza não teria um clima quente.

Eu me considero uma pessoa com bom gosto para dar... Dar presentes, claro. Entretanto, uma vez caí na besteira de comprar uma camiseta de banda para o meu namorado. E eu não lembro de qual banda era. Eu sei que ele usa a camiseta e toda vez eu pergunto: Foi essa que eu te dei?

Led Zeppelin ou Iron Maiden. Não sei. Juro que não sei. De quê adianta dar algo que eu nem vou saber depois? Por que eu deveria dar algo? Eu nem gosto tanto assim de Led Zeppelin e de Iron Maiden conheço bem pouco. Como é mesmo o nome daquela música? Desperdiçando Dinheiro? Ou será que era Desperdiçando Amor? No fim das contas, é a mesma coisa.

Fim das contas. O que são contas quando estamos namorando, né? Boletos, parcelas, crédito... Comprar... Tudo envolve comprar. Será que eu poderia comprar as coisas com amor? Imagina chegar em uma cafeteria e falar: “Crédito em dez beijos, por favor...” ou “Parcela esse vestido em prestações de carinho.” E o que eu precisaria dar para comprar a casa neste contexto? Quero nem pensar. Todo mundo trocaria carinho e ninguém poderia reclamar mais de solidão. Mas o amor se tornaria fútil. E, acredito que esta hipótese nem seja tão surreal assim. Acho que já vi alguma notícia em algum lugar... Enfim, ainda estou no dilema... O que dar este ano para o meu namorado?

Não que seja ruim ser brega. Às vezes, faz bem... Aquele romantismo fofo, poesias, cartões, fotografias e dedicação de músicas. Mas seria suficiente? Não seria melhor estar presente? Oferecer um ombro, uma palavra amiga e um abraço apertado. Mas que idiota fazer isso em apenas um dia do ano. Ah,é! Esqueci dos aniversários, realmente, não é só uma vez ao ano...

Já sei! Vou escrever em uma árvore os nossos nomes! Mentira. Todo mundo sabe que quem faz isso tá pedindo pro relacionamento não durar... Durar! É isso! Eu sei de duas coisas que são eternas: Escritas e fotografias. Então te dedico todos os meus poemas e... Partiu fazer um book de fotos? Eu pago! Só quero te dar o meu amor. Ou melhor, nós dividimos. Afinal você mais eu igual a nós.



23 Mars 2022 19:13 0 Rapport Incorporer 0
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#partiufotos2

Dia dos namorados chegando. Ah, vá! Por mais que seja clichê, eu ainda tenho um sentimento pela data. Acontece que fui pedida em namoro nesse dia. Romântico, né? Sim, foi... Há oito longos anos atrás, foi. Agora? Já não é tanto assim. Convenhamos que já não sirvo mais pra namorada, né?

Tirando o deboche de lado, ou a indireta do caminho, o que importa é que foram oito anos bem conturbados. Um amadurecimento de ambas as partes, bem intenso. Quando fizemos o primeiro book, logo após fomos morar juntos. Agora, espero que logo após... Eu seja levada mais a sério...

O problema é a espera. E nem sei se realmente faz sentido isso. É uma formalidade, um ritual, que eu curto bastante. É importante para mim, porque vou carregar a lembrança comigo, do carinho e dedicação por me entregar a esse amor.

O lance de amar, não é mais fogo no rabo, como antigamente. Soa mais uma intimidade velada. O silêncio que não constrange e consente os toques. A vibe do casal que transparece nas fotos tiradas. Na verdade, eu amo o meu dia dos namorados. É como se eu fosse eternamente sua. A garota que se apaixonou ao primeiro beijo. Que sentiu sua mão segurada por outra tão firme e quente.

Só que eu quero outros nomes também. Ainda tem uma série de nomenclaturas para desbloquear e anseio por elas. Não sei que tipo de hormônios são esses, mas acho que sempre sonhei com um lar feliz. E essa alegria de dividir a vida, acontece do seu jeito.

Eu amo um namorado. Meu eterno namorado. Só que... Já passamos uma pandemia juntos, trocentas doenças, superamos dívidas, dividimos o cobertor, nos aquecemos no frio, eu já provei que tô aqui pra tudo. Até pros melhores momentos que temos. Só que... Eu quero mais. E eu não vou pedir ninguém em casamento, não sou dessas. Eu sou daquelas. Do tipo que faz isto. Exatamente o que você pensou, meu leitor, eu marco um book de fotos. Porque eu + você = nós.


Ps: Vou deixar uma fotinho do nosso book antigo, feito há quatro anos atrás. Bem dona do Mozão.



23 Mars 2022 04:22 0 Rapport Incorporer 0
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