azusakim Jess Sibia

Os astros nos mostram a direção e deles vem a minha inspiração, respiro borboletas no estomago e nervosismo. Tudo isso culpa do meu ascendente em romantismo. | Blog programado para ser atualizado diariamente, tudo de acordo com a enxurrada que jorra aqui dentro.


Romance Contemporáneo No para niños menores de 13.

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PARTE I - Sobre amor

Debruçada na varanda do apartamento, ouço sua voz rouca de sono soar: "você não foi feita para amores vazios", eu sorrio torto, antes de virar para encarar aquela resposta ao questionamento que fiz minutos atrás, te olhando com cara de quem poderia chorar a qualquer segundo, "porque eu só me apaixono por pessoas efêmeras?" é o meu questionamento, você apenas deu de ombros até dizer que eu não fui feita pro amor vazio.


E se não é assim, fui feita pra que? Se vivemos na geração dos amores líquidos?


Como Bauman diz em sua obra, no líquido cenário da vida moderna, os relacionamentos talvez sejam os representantes mais comuns, agudos e perturbadores, o amor é à fim a transcendência, não é senão outro nome para o impulso criativo e como tal carregado de riscos, pois o fim de uma criação nunca é certo.


Relacionamentos doem, são perturbadores e assim como o criativo que faz a poesia, levam um pedaço nosso. Já levaram tanto de mim que já não sei o que são os muros e o que virou cinzas.


Eu não fui feita para o amor de Bauman, que chega ardente e parte depressa, que derrete qualquer muralha de gelo mas, que não fica para ver as flores. E mesmo sendo feita do pó da destruição dessa fluidez toda, vivo amando a efemeridade presente nos seres que adoram dançar essa dança.


Vivo sendo pega por olhos castanhos brilhantes, que deixam o azul do céu com inveja, que mesmo abrangendo tantas galáxias não chega aos pés da cor de Marte refletida nos olhares risonhos daquele garoto.


Aquele garoto…


Vejo você rir sem humor como em todas as vezes que falamos dele, "aquele garoto não faz ideia do quão rara você é" e você diz isso tão doce que lá está a minha expressão de choro novamente. "Você queima demais perto dele, mas não o suficiente para aquecer o vazio e fazê-lo ficar"


Minha mãe sempre me disse que eu queimo, seja nas palavras ácidas, nos abraços fervorosos, no amor que incendeia ou no ódio, como um vulcão em erupção. Mas nada que o meu fogo fizesse era capaz de aquecer aquele menino de coração gelado, que vivia fazendo a vontade do vento de lá pra cá, sem nenhuma morada.


Vazio.


Eu não fui feita para amores vazios e romances efêmeros, mas eu me permitiria congelar se ele estivesse lá. Eu me permitiria ser tão líquida quanto as lágrimas da minha sensibilidade aflorada.


Eu não fui feita para o que é efêmero, mas eu gostaria de vive-lo e fazer dele minha pequena eternidade.


(Das conversas com o meu melhor amigo | Sobre todos os nossos amores mal resolvidos)

29 de Marzo de 2020 a las 20:45 0 Reporte Insertar Seguir historia
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