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Em um mundo onde o medo volta a dominar, talvez só o objetivo inabalável pode te manter são, mas as vezes os meios que usamos para conquistá-los podem nós fazer decair. Esse é o dilema de Thai, um militar que precisa caçar seres humanos com certas "habilidades" para concretizar seus objetivos no Japão em situação emergencial pelo medo da guerra.


Fantasía Sólo para mayores de 18.
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Nada

O sol estava começando a surgir no horizonte, a manhã calma logo foi assolada pelo som de um despertador, o som vinha de uma velha cabana de madeira, onde lá dentro, acordado pelo som do despertador, se levantava um jovem de porte médio chamado Thai, levantou devagar, molhou o rosto na pia e se encarou no espelho, seu cabelo curto porem desgrenhado pelo sono e sua barba ainda por fazer eram as coisas que mais chamavam atenção e que seu único olho bom podia ver, colocou sua venda no seu olho direito cego, arrumou o cabelo de maneira desleixada, foi vestindo devagar uma farda preta, com botas longas e um curto casaco com detalhes cinzas em seus ombros, ele novamente se olhou no espelho, dessa vez completamente trajado e suspirou.

-Você está deplorável.

Saiu da velha cabana, o vento cantava suavemente e a grama estava mais verde que o normal, por um segundo Thai parou para observar ao redor, aquele lado dos alojamentos da Sabi sempre fora desabitado, mas dês de sua última missão tinha ficado mais vazio. Balançou a cabeça e procurou não pensar muito nisso, não fazia sentido pra ele ficar pensando na antiga equipe no dia que iria conhecer a nova. Andou até sair do complexo dos alojamentos, já podia ver o portão da entrada da Sabi, do lado de fora estava incontáveis famílias se despedindo de seus filhos e filhas, lagrimas de orgulho caiam por toda a multidão, entrar na Sabi não era algo fácil, e os poucos que eram selecionados para as altas funções eram motivo de orgulho ainda maior, mas dentro daqueles portões a situação era outra, a Sabi tinha um sistema rigoroso, treinamentos exaustivos e pouco apresso pelo material humano, pois não eram poucos que morreram na linha de frente lutando contra os anjos a anos atrás, seus ataques haviam diminuídos e muito, eles não circulavam mais próximos as cidades, mas ocasionalmente algum atacava e deixava pilhas de corpos de soldados novatos.

A sua frente agora estava o grande auditório, lotado de novos recrutas, todos felizes e entusiasmados. No palco estava Hoss, ele era uma lenda, o fundador da Sabi e um herói condecorado por lutar contra os anjos no dia do ataque, sua ótima aparência era um contraste com quase todos os militares da Sabi, alto e moreno, seus olhos penetravam o coração de todos que escutavam suas doces palavras de boas-vindas. Ao fim do discurso foram chamadas quatro pessoas para subirem no palco, dois rapazes e duas garotas, eles foram os recrutas com as maiores notas nos testes tanto físicos quanto escritos, e ali foi anunciado que eles eram os novos membros do batalhão cinza da Sabi, pouco se sabia sobre esse batalhão, mas apenas que era exclusivo para os melhores e que era um dos mais altos salários da Sabi, todos queriam fazer parte, mas não havia como entrar naquele batalhão sem ser selecionado diretamente por Hoss.

Logo os discursos pararam, e todos começaram a sair do auditório, Thai, que estava sentado em uma das cadeiras da primeira fila junto com os oficiais, se levantou e foi em direção ao palco. Sua presença causava estranheza nos recrutas que estavam ali em cima recebendo diretamente as boas vindas de Hoss, foi quando ele olhou por cima de um dos recrutas e viu Thai.

-Thai, se aproxime, senhores quero que conheçam o comandante da equipe de vocês, esse é Thai.

Thai se deslocou devagar, os recrutas tentavam esconder a estranheza emanando daquele que mais parecia um soldado qualquer do que um sargento, suas roupas estavam amassadas e sua barba ainda por fazer, o que logicamente era uma violação das normas. Uma das recrutas deu um paço a frente, seus cabelos ruivos tremiam junto com o seu corpo, ela era nova e o nervosismo fazia enrolar a língua e até as sarnas no seu rosto tremerem, ela fez uma saudação atrapalhada e tentou fixar o olhar na figura esquisita.

-Pra... Prazer em conhecê-lo senhor, eu sou...

-Tá bem, já chega, eu sei quem são todos vocês, eu recebo todos os relatórios das pessoas que vão entrar na minha equipe – Ele levantou o olhar e encarou todos – Você, Ângela Pudoris, O maior, Tobias Electi, a negra Tatara ferros, o baixinho Henzo Suichi- Thai pareceu engolir em seco por um segundo e seu olhar travou no rosto do henzo- Se vocês estão aqui, é apenas porquê eu permiti, então agradeçam saindo da minha frente e não atrapalhem lá fora.

Ele deu de costas e logo desceu do palanque, os recrutas pareciam com um misto de curiosidade e repulsa, enquanto o Hoss estava com um sorriso em seu rosto, o que deixou os recrutas ainda mais confusos.

-Senhor, permissão para ir atrás do sargento

-Permissão concedida recruta Henzo-

Henzo logo se retirou, os olhos dos recrutas dividiam a atenção entre o recruta que havia saído correndo e o símbolo da Sabi que se divertia com a situação.

-Senhor, permissão para fazer uma pergunta-

-Pode perguntar senhorita Ângela-

-Quem é ele e por que esse homem é nosso comandante? Ele não segue nem os protocolos de vestimenta. –

Hoss sorriu mais uma vez e observou todos ali, seus olhos negros eram reconfortantes e acalmavam os recrutas no palanque.

-Bem senhorita, esse homem foi o comandante das duas outras equipes responsáveis por caçar os caídos, e o único a sobreviver das duas equipes, além de ter um ótimo histórico dos treinamentos, e sobre as normas, precisamos dele para fazer isso, então temos que ignorar algumas coisas-

-Mas senhor...- Ângela foi interrompida por um toque gentil de Hoss, que acariciou devagar suas bochechas e seu cabelo.

-Sei que estão todos confusos, mas por hoje é só, dirigem-se ao alojamento e descansem, procurem não pensar muito nisso.

Todos saíram do palanque devagar, as luzes aos poucos foram apagadas pouco a pouco, e o grande auditório agora se encontrava vazio.

Do lado de fora, Henzo correu rapidamente e conseguiu encontrar Thai ainda próximo ao auditório, ele estava caminhando devagar enquanto observava os jardins bem cuidados pelos novos recrutas.

-Thai!!- Gritou henzo ainda ofegante com a corrida, não tinha bons resultados quando o assunto era relacionado a provas físicas, mas foi o primeiro nas provas escritas-ainda bem que te encontrei- Falou ofegando- Não sabia que ia te encontrar aqui, se lembra de mim não é? A quanto tempo? O que tem feito? -

Thai logo franziu levemente a testa, e desviou levemente os olhos para a entrada do auditório como se quisesse ter certeza que não havia alguém ali.

-Olha, sim eu me lembro de você, mas tenho poucas memorias, só sei que te conhecia quando criança pois seu rosto é familiar, mas apenas isso, então não tente nada, tudo bem? -

- Mas Thai, você precisa se lembrar, eu sempre quis te ver de novo, vai dizer que esqueceu de mim? –

Mais uma vez sua testa franziu, e seus punhos agora estavam cerrados, ele externava que estava incomodado com aquilo, e com um giro sobre seus calcanhares apoiou a mão com força sobre a parede.

- Olha só, eu sei o que está tentando fazer aqui, mas jogo emocional não vai funcionar, eu não te aceitei porque conhecia você, mas sim pelas suas notas nos testes, então isso já foi um grande favor, agora me faça uma coisa, suma da minha frente antes que eu dificulte e muito a sua vida – Thai se virou, estava andando na direção oposta do olhar de Henzo, mal podia notar a palidez do recruta ou seu olhar de decepção- E não é só por que me conhecia que isso significa algo, para ser franco eu não lembro de você, e aqui dentro não tem importância, e fora dessa cidade, onde os caídos estão aterrorizando as pessoas, isso não significa nada.

29 de Noviembre de 2021 a las 16:01 0 Reporte Insertar Seguir historia
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