Notas Iniciais:
Hellos, chuchus! Cheguei com a continuação de "A Bela, o Outro Cara & Eu" ♥
O capítulo é curtinho (mais um prólogo, na verdade) e se passa em um momento futuro da história. A partir do capítulo 2, vamos seguir a cronologia normal da história anterior e depois retomar os eventos desse aq
Fanfic postada no Nyah, Spirit, Wattpad e aqui.
Capa feita por uma amiga, Débora Marques.
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*****
Despertar em um mundo desconhecido e caótico foi o tipo de experiência que não desejo a ninguém. Descobrir que o Hulk esteve no comando da minha vida por um tempo que não sabia precisar quanto elevou o conceito de desnorteamento a outro nível. E perceber que eu não tinha a menor noção do que havia acontecido com Amelia na base da HYDRA foi simplesmente assustador e angustiante demais.
Muitas coisas aconteceram desde então. Desde que Thor me encontrou em Sakaar. Ou melhor, desde que ele encontrou o Hulk como gladiador no Torneio dos Campeões do planeta em questão. Só no dia seguinte à nossa luta na arena, eu vim à tona. Justamente quando o Deus do Trovão mencionou o nome dela. Amelia.
Pelo o que entendi, Olivia Mills sabia da minha relação com sua melhor amiga através de Heimdall. Parece que ela perguntou de nós para o sentinela asgardiano uma vez, logo no começo do nosso envolvimento e bem antes de toda a confusão com Philip Sterns e sua mãe tão monstruosa quanto ele. Por causa de Olivia, Thor também sabia que eu e Amelia estávamos juntos e estranhou me ver tão longe da Terra e da mulher que amo.
Sem dúvida, posso afirmar que também foi muito estranho para mim me ver sem ela. Nunca me senti tão vazio. Tão perdido. E nunca tive tanto medo de ter falhado com Amelia, sem saber em quais condições ela havia ficado naquela maldita base oceânica.
Será que o Hulk conseguiu salvá-la antes de ser banido para Sakaar? Ou ela foi deixada para trás, por conta própria e em perigo? Amelia está viva a essa altura ou... morta por minha causa? Ela tem consciência de que eu não fui embora porque quis ou acredita que foi abandonada mais uma vez por mim?
Não houve muito tempo para me torturar com essas perguntas nem para assimilar a nova e chocante realidade à minha volta. De repente, estávamos deixando Sakaar anos-luz para trás numa fuga eletrizante. De repente, eu estava me transformando no Hulk de novo e em outro lugar do universo. Dessa vez, para lutar em Asgard ao lado do próprio Thor, de Loki, Olivia e da guerreira Valquíria num plano audacioso. Time Thor contra Hela, a Deusa da Morte e primogênita do então falecido Odin, sendo que ela pretendia dominar todos os mundos que encontrasse pela frente.
Hela foi derrotada para sorte de todos, mas para isso Asgard teve que encontrar o seu fim também. Segundo Thor, a única maneira de deter a irmã era acabando com a fonte do poder dela. Então, numa enorme nave que Loki havia roubado do Grão-Mestre de Sakaar, resgatamos o povo asgardiano antes do desfecho inevitável. Depois, todos assistiram ao monstro Surtur reduzindo tudo a cinzas e cumprindo assim a profecia do Ragnarok.
Após esse turbilhão, eu voltei à tona de vez e finalmente pude perguntar para Heimdall se Amelia Prescott, de Midgard, estava sã e salva.
O alívio que me inundou quando o sentinela lançou seus olhos dourados num ponto do universo e disse exatamente o que eu precisava ouvir não pode ser descrito com palavras exatas. Tudo que sei é que um peso saiu dos meus ombros e meu peito se aqueceu no mesmo instante. Um segundo depois, me deixei cair sentado numa cadeira da aeronave alienígena. Com o olhar perdido na imagem estonteante do universo lá fora, senti o doce sabor da esperança.
Amelia está bem. Viva. Ela escapou daquele pesadelo por algum milagre. E logo eu estarei com ela novamente.
[...]
Não tenho certeza de quanto tempo se passou desde que testemunhamos o destino final de Asgard, mas estimo duas horas, talvez três. Parece pouco, mas é uma eternidade quando se tem tanta pressa de reencontrar alguém e uma angústia desanimadora quando lembro que será uma longa viagem até um certo planeta azul no sistema solar. A nave está superlotada de asgardianos em busca de um novo lar, e não podemos sobrecarregar os propulsores para conseguir mais velocidade.
Ansioso, decido ir para um dos alojamentos. Era isso ou ficar andando de um lado para o outro da cabine de comando ocupada por Thor, Loki, um alienígena rochoso chamado Korg e um que mais parece um inseto, Miek. Valquiria, Heimdall e Olivia estavam lá há alguns instantes também, porém saíram um pouco antes de mim. Acho que foram checar os passageiros da nave que salvou o povo asgardiano da extinção e acalmar os ânimos mais apreensivos sobre o futuro que os aguarda.
Enquanto isso, eu só consigo pensar no tanto de coisas que tenho a explicar para Amelia e em tantas outras que quero lhe perguntar. Então me dou conta do tempo que perdemos e de como ela deve ter sofrido sem saber o que foi feito de mim.
Com o Hulk no controle, eu não senti o tempo passar, é como se eu tivesse estado com ela há um dia e depois mergulhado num sono profundo. Mas para Amelia... Para ela, o relógio seguiu o curso normal e doloroso de cada dia. Ela sentiu cada maldito minuto.
Expiro com força e esfrego as mãos no cabelo que ganhou nuances grisalhas desde a última vez que me encarei no espelho.
Acho que estou com medo. É isso. Medo do que vou encontrar quando colocar os pés na Terra de novo. Medo de ficar frente a frente com Amelia e constatar o sofrimento que lhe causei. Ou ainda... medo dela ter virado a página e me esquecido.
Se for esse o caso, não posso julgá-la mal, eu sei. Na verdade, devo ficar feliz caso Amelia se reergueu e seguiu com a vida. Talvez ela tenha acreditado que eu estava morto ou simplesmente perdido no desconhecido para sempre. Talvez tenha cansado de esperar por um retorno impossível de assegurar e perdido a fé conforme o tempo a torturava.
Por mais paciente que o amor dela por mim seja — ou foi —, não posso ser ingênuo a ponto de apostar as fichas que encontrarei a mesma Amelia com quem dividi aquele covil da HYDRA. Tampouco posso ser egoísta e desejar que ela tenha ficado à minha espera por tanto tempo.
Ainda assim, admito. No meu coração, é tudo que eu mais quero. Que não seja tarde demais.
Gracias por leer!
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