No dia que o céu ficou escuro, o vento foi de encontro ao seu rosto. Arrepiou-a por inteiro. Começou no mindinho do pé, subiu até atrás da nuca como se alguém estivesse tocando-lhe a pele com dedos gelados. Vá embora, o vento sussurrou nos seus ouvidos, mas ela não escutou. Estava cega no seu desejo, naquilo que a Deusa não lhe deu.
Estava cega em si mesma. Tão cega que não pensava nas consequências, apenas se deixava fazer o que era pedido.
O rastro de sangue a seguiu, cobriu as folhas, a terra, as pedras. As patas do animal que ela segurava com tanta força machucavam suas mãos, todo aquele vermelho deixava o ato escorregadio e o vento levava o cheiro de morte para longe de si.
Ela não sentia.
Naquele começo de noite, ela não era nada além de desejo. Estava determinada a olhar para frente.
No futuro, ela teria nos braços seu tão precioso bebê.
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