Ei, garota maluca. Olha pra mim e repete aquelas palavras de novo. Segura no meu braço como você fez ontem e me dá aquele sorriso envergonhado, mas pega de volta as desculpas e mantem a frase de antes. Não se encolha diante do meu olhar confuso, não me vire as costas e saia bufando achando que eu entendi mas me fingi de sonsa ou com raiva de si mesma por não ser mais clara. Mas como você podia? Eu era a garota avoada com ideias demais na cabeça e nenhuma vontade de se manter no mundo real.
Contudo, você me segurou, bem firme pelo braço, depois pela mão e finalmente, passou os braços a minha volta e me firmou no chão.
Ei, garota do sorriso bonito. Será que você pode mostrar os seus dentes da frente mais uma vez? Só para que ache adorável o suficiente e fique imaginando um futuro bobo para nós duas? Apenas sorria mais um pouco, só para que eu sorria de volta e te mostre minha única covinha na bochecha direita, porque sei que vai erguer o dedo indicador e enfiar a ponta dele ali, devagarinho e ainda rindo, me fazendo rir um pouco mais. Essa é a minha hora predileta, porque vou poder segurar sua mão perto do meu rosto e te manter ali, bem do meu lado, onde é seu lugar.
Ei, querida senhorita, será que me concederia essa dança? Deixe-me abraça-la nos segundos que me despeço, naquele escuro entre a saída e a entrada. Vamos nos encostar na parede ao lado da porta e fechar os olhos por alguns momentos. Eu preciso sentir o seu cheiro mais um pouco, gravar a textura do seu corpo no meu pensamento para poder ficar aquecida nas madrugadas de insônia que a incerteza de nós duas me provoca.
Entrelace seus dedos nos meus nos intervalos das aulas, por baixo das mesas, no meio da multidão que sobe a escada — todos ocupados demais para nos ver. Venha na minha direção quando me ver de longe, se aproxime novamente e novamente e novamente e novamente, porque eu amo o jeito que cada parte minha é capaz de reconhecer você. Eu amo o tremelique engraçado que há no meu estômago quando você se aproxima e me beija, quando me pega distraída e me faz rir.
Então, por favor, passe os braços a minha volta mais uma vez quando estivermos sozinhas. Deite a cabeça no meu peito e me deixe acaricia-la. Vamos fingir por esses breves segundos que não há mais ninguém do outro lado da porta e que não temos horas contadas, que pelo menos uma vez, eu posso apenas ficar e ficar e ficar com você.
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