fernando-camargo1554138998 Fernando Camargo

Uma igreja e um bordel, vizinhos de porta, porém tão distantes. Uma garota de programa, um policial militar, evangélico e viúvo se apaixonam, vidas que se cruzam com um só objetivo, o perdão.


Romance Romance adulto joven Sólo para mayores de 18.

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Primeiro Capítulo

Francine ajoelhou-se, abriu o zíper da calça do prefeito e ali ficou. Francine tinha somente dezesseis anos, cabelos loiros cortados na altura dos ombros. O homem, de mais de cinquenta de idade, barriga proeminente e careca reluzente, sorria cada vez que ela ajoelhada olhava para ele.

Na pacata cidade um vai e vem de bicicletas e um trânsito quase que inexistente. Na frente das casas senhoras sentadas em cadeiras de balanço, tricotando e futricando sobre a vida alheia. Do outro lado da rua, saindo do mercadinho, com os braços lotados de sacolas estava Andrea; um pouco mais de quarenta anos, casada e mãe de uma menina. Menina essa que estava na prefeitura, no gabinete do prefeito, ajoelhada, mas não pedindo nada para deus, mas, sim, obedecendo aos caprichos de um ser ganancioso.

Andrea atravessou a rua, subiu na calçada e andou na direção do prédio municipal. Lá as portas pareciam estar trancadas, mas ficavam abertas para que os moradores pudessem buscar a própria correspondência que não era entregue de casa em casa. Andrea adentrou ao local e estranhou o fato de lá não ter ninguém. A filha trabalhava ali, inclusive a menina era a responsável pelo recebimento e entrega das cartas que por lá chegavam.

- Francine? – Chamou Andrea pela filha, mas a filha, ocupada, não respondeu.

Andrea lentamente foi andando pela prefeitura. As salas dos secretários de governo estavam com as portas fechadas, naquele corredor tudo parecia estar trancado e em silêncio, mas apenas um lugar parecia fugir de toda essa loucura, a sala do prefeito. A porta entreaberta era um convite para entrar, e para atiçar mais a curiosidade, um ruído estranho vindo de lá começou a chamar a atenção dela. Andrea foi aproximando a mão da maçaneta. Respirando fundo ela apenas empurrou a porta se deparando com algo que mudaria o destino não somente dela, mas principalmente da filha, essa que ajoelhada segurava assustada o membro já flácido do prefeito entre as mãos.

Não havia como dar explicações. Não adiantava Francine correr atrás da mãe, tampouco o prefeito erguer as calças, ajeitar o cinto e ir atrás daquela mulher desesperada. Andrea correu. As sacolas com as compras foram esquecidas no chão da prefeitura, e ela de olhar perturbado pela vergonha se atirou na frente de um ônibus que chegava à cidade justamente naquela malfadada hora, atingindo-a em cheio, arremessando seu corpo e fazendo sua cabeça bater violentamente contra o chão.

Francine correu, porém não alcançou a mãe. A impressão que se dava naquele momento era de que a jovem de dezesseis anos, na flor de sua juventude não tinha pernas para competir com a própria mãe. Quando se deparou com a mãe de corpo retorcido no chão e com a cabeça revirada e um sorriso quase que de suplica, Francine se ajoelhou, mas não para fazer o que estava a fazer há pouco tempo, mas sim para gritar e lamentar o falecimento precoce da mãe.

Enquanto na até então pacata cidade todos se aproximavam, o motorista do ônibus tentava entender o que havia acontecido, da onde aquela mulher tinha surgido. O marido, avisado por um amigo do trabalho, se apressou para chegar ao local, e quando se deparou com o corpo da esposa retorcido no chão, pôs-se a chorar copiosamente.

E as lágrimas que escorriam de seus olhos, misturado com as batidas fortes do coração eram o indicio de algo não muito bom. Quando viu a filha, a única, sair às pressas de lá, sem lágrimas nos olhos, ele logo suspeitou. E foi na casa deles, cercada de vizinhos curiosos que faziam perguntas e prestavam condolências que ele descobriu toda triste e desoladora verdade. A filha, menor de idade foi flagrada pela mãe em pleno ato sexual com o prefeito.

Francine pediu perdão, mas ele não aceitou. Os braços cruzados e olhos injetados de cólera e a respiração carregada denotavam o que ele estava sentindo naquele momento, uma mistura de sentimentos: raiva, dor e fúria.

- Pega suas coisas e some! Vai embora daqui, Francine! – Os gritos do pai para com a filha podiam ser ouvidos da rua. Francine que usava um vestido florido, presente de aniversário dado pela mãe era expulsa de casa pelo pai. Ajoelhada ela implorava, na frente de todos, pelo perdão do pai, mas seria em vão.

- Ê vício maldito, hein?! – Diz um segurança a uma garota de programa que está na porta de um bordel segurando um cigarro enquanto atira fumaça para o alto depois de uma tragada.

Seu nome é Francine, 21 anos, cabelos compridos e loiros, corpo magro e seios pequenos. Faz a vida para sustentar a dela, uma maldita vida de puta. Francine olha para trás e responde:

- Essa é a única coisa boa que a vida de puta da pra gente, o prazer de fumar um cigarro depois de uma boa trepada.

O segurança ri quando ouve a resposta de Francine.

- E sem nenhum chato pra te azucrinar, não é mesmo?

- Como não tenho? E você, seu chato?!

Os dois caem na gargalhada. Mas a alegria dura pouco. Frequentadores de uma igreja vizinha passam e olham para Francine, vestida apenas com um short curto preto e um sutiã vermelho de renda cobrindo os seios. Uma mulher vestida com saia azul marinho e camisa abotoada até o pescoço dispara:

- Pervertida, pecadora, merece ir para o inferno!

Francine enfurecida não deixa por menos.

- Vá a merda, sua crente filha da puta!

Enfurecida a mulher para, vira de costas e mostrando a bíblia fala:

- Eu vou fazer de tudo pra tirar esse antro de perdição daqui. Não é certo um... um....

- Puteiro? É isso que a senhora tá querendo dizer? – Completa Francine.

A mulher decide ir embora, Francine termina o cigarro, joga a bituca no chão e atravessa a avenida. Chegando ao ponto de ônibus ela tira o celular do bolso e começa a digitar. Distraída não percebe a aproximação de um rapaz montado em uma bicicleta e continua digitando, quando de repente o telefone é tirado de suas mãos.

- Filho da puta!

Seu coração dispara por causa do susto. Trabalhava por aquelas bandas há anos. Por tantas vezes presenciou gente sendo roubada, apanhando, mas nunca pensou que um dia poderia ser a vez dela, mas a hora dela havia chegado.

E não demorou muito para os curiosos aparecerem, principalmente pessoas da igreja vizinha do bordel onde Francine trabalhava.

- Tudo bem com você, moça? – Perguntou um homem, todo vestido num terno azul marinho.

Francine, sentada em um banco levantou a cabeça um pouco, viu o rosto do homem de relance.

- Tô sim, obrigada.

O homem estendeu a mão para ela, mas Francine não o cumprimentou, pois viu que ele segurava uma bíblia em sua mão direita.

- Há, me desculpe. Meu nome é Ezequias Custódio.

Para não parecer chata Francine apertou a mão de Custódio, um pouco sem graça.

- Há, meu nome é Francine. – Disse ela.

Conversaram por alguns minutos até o ônibus de Custódio chegar e ele ir embora. Francine ficou pensando o porquê de aquele homem ter tradado ela tão bem. No dia seguinte dentro de seu quarto no bordel, ela ajeitava as coisas. Calcinhas estavam espalhadas pelo chão, sutiãs jaziam pendurados na cabeceira da cama e preservativos usados esparramados pelo chão, uma verdadeira usina de sujeira dentro do local de trabalho de Francine.

4 de Octubre de 2019 a las 15:51 5 Reporte Insertar Seguir historia
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Donna Dan Donna Dan
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November 27, 2019, 18:06

  • Fernando Camargo Fernando Camargo
    Não tenho interesse. O que precisar ser arrumado eu vou arrumar, só não gosto que fiquem dando palpites. November 28, 2019, 00:34
  • Donna Dan Donna Dan
    O sistema de verificação é um sistema do Inkspired para ajudar autores a conseguirem maior alcance com histórias "Verificadas". Todas as histórias do site estão sujeitas à leitura da equipe, mas, é claro, é escolha do autor arrumar ou não os erros apontados, já que o sistema só está aqui para ajudá-lo a crescer como autor e ter mais visibilidade no site. Atenciosamente, Equipe de Verificação. November 28, 2019, 00:51
  • Fernando Camargo Fernando Camargo
    realizei as alterações sugeridas. December 01, 2019, 22:05
  • Fernando Camargo Fernando Camargo
    realizei as alterações sugeridas. December 01, 2019, 22:06
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