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David Martins


Um serial killer na busca do sangue de todos de sua aldeia


Horror Todo público.
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A brincadeira

O sentimento é algo engraçado e que não entendo. De certa forma, a emoção presente no dia a dia faz com que o mundo se torne um caos. A morte é uma arte e com ela quero pintar e navegar os mares mais profundos, construindo uma sociedade sem liquidez, apenas sangrenta e morta. No vilarejo em que vivo, uma constante paz se instalou, cada um com sua função, trabalham o dia inteiro na procura da felicidade. Porém a felicidade é uma mentira sentimentalista. A verdadeira felicidade é a arte e a arte é a morte.

A noite chega e lá estava eu de braços cruzados aguardando o resto da aldeia adormecer para iniciar meu momento de diversão. Um sentinela fica de vigia o tempo todo, porém não posso começar a brincadeira por ele, em uma hora dessas, posso até perder a minha cabeça. Gostaria de cortar cada parte do corpo deste inútil e desprezível ser, mas se eu tentasse, a minha morte viria e a brincadeira não teria graça

Um homem alto com aparência de velho portando uma grande lupa e um chapéu estiloso anda pela noite sem ter medo do perigo, a procura de algo ou alguém. Como não sou tolo, me aproximo e efetuo a minha jogada, a faca em seu coração faz um barulho maravilhoso e a minha sensação é de felicidade. Enquanto ele sangra e implora por sua vida, dou risada, pois acho hilário ver a vítima pedindo por socorro. Seu sangue percorre pelo chão, formando um caminho bonito até os meus pés. Depois de rir abundantemente, me aproximo de seu corpo e corto uma de suas orelhas para deixar de recordação em um belo colar.

A aldeia acorda e percebe o corpo de um homem morto, sem marcas de mordidas e sem uma de suas orelhas, logo ficam aterrorizados e tentam ao máximo descobrir quem foi o assassino. Logicamente não quero morrer com uma corda no pescoço olhando para essas pessoas nojentas e ridículas desta vila, portanto farei de tudo para jogar uma trouxa na forca.

Não há nada melhor que blefar, chego perto de uma mulher e logo atraio ela com minha lábia e assim, consigo fazer todos acreditarem em mim, visto que esta mulher é casada com o xerife, que além de ser extremamente respeitado, manda em quase tudo aqui nessa pequena vila.

Na chegada da noite, começa o julgamento e todos deste vilarejo imundo concordam que toda a culpa é daquele cidadão que apenas vive sustentando sua casa pobre. Mais um tonto é jogado na forca, vejo seu corpo e penso nas maravilhas da morte, que para mim é uma arte. A vontade de cortar as suas orelhas roxas é grande, mas se eu chegar perto dele eu posso me dar mal. Poxa vida, queria ter orelhas roxas para botar no meu colar, a beleza da morte com cores diferentes, transformaria minha obra em arte mais pura e refinada.

24 de Septiembre de 2019 a las 00:33 1 Reporte Insertar Seguir historia
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Ana Luiza Simplicio Silva Ana Luiza Simplicio Silva
Gostei da sua história. Ela mostra muito bem como pensa uma pessoa que tem o transtorno de personalidade antissocial, pelo menos o grau mais grave da psicopatia, em que a pessoa já não controla seus horrendos instintos. Parabéns pela história.
January 14, 2022, 21:22
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