Juliana estava apresentando-se em sala de aula. Estava no 5° período e odiava aparecer em público… Mirando-a, Márcio não parava de analisá-la. Viu seu notebook, cheio de anotações organizadas, artigos em inglês. Ergueu uma sobrancelha. Ao término da apresentação de Juliana, Márcio bateu palmas e disse à professora que coletaria os relatórios finais.
Ela conheceu Márcio no 4° período quando o mesmo veio transferido de outra universidade. Gentil, fala mansa, delicado... Ele começou a conversar com ela. Se aproximando aos poucos. Apesar de tímida, ela tinha uma boa reputação. Ele usou isso para ser bem visto... E com maestria.
Mal sabia ela o quanto seria infernizada por ele… Afinal, era o queridinho dos professores. Sedutor, fez questão de fazer contatos, de gastar elogios aos colegas, se aproximar e envolver-se.
Juliana era seu oposto social.
Em sua cabeça, ela não competiria com ele de forma alguma.
Na cabeça dele, ela era uma presa. E… concorrência. Ela representava tudo o que ele não era. A começar o caráter.
" você soube do que falaram sobre você na liga? Não achei legal… aquelas pessoas são…"
Começava assim… Ele iniciava sua teia e ela se emaranhava nela conforme concordava com o que dizia. Ela a fazia falar, sem perceber.
Aos poucos começou a envenenar colegas, professores, funcionários… contava aquilo que ela lhe confidenciou, como colega e amigo nos momentos em que ele iniciou conversas negativas sobre outras pessoas.
Ele passou a alegar para as pessoas que Juliana tinha inveja dele. Ela notava aos poucos que alguns a tratavam diferente ou se distanciavam.
Ele agora estava exatamente onde queria. Agora era a vítima de uma situação que ele mesmo criou. A afastou das pessoas. Retirou sua credibilidade. A deixou descoberta, sem defesas, pronta para ser a presa final.
Todos a criticaram, já que ele Sempre a ajudou. Na verdade ele iniciava qualquer abordagem dessa forma. Ajudando, sendo prestativo. Demonstrando que ela poderia contar com ele.
Márcio precisava que gostassem dele.
Sentia prazer em mentir. E cometer pequenos atos vis para se sentir realizado.
Era meticuloso, sedutor, mentiroso, sorridente, cativo… manipulador.
Juliana não sabia mais como sair dali. Queria sair correndo.
Márcio não deixaria. Ela era sua presa, ele havia preparado uma teia maravilhosa.
Ela iria embora, quando ele quisesse.
"Como tudo começou? O que eu fiz?" Juliana pensava.
"Ninguém vai acreditar em mim…"
Foi então... que ela resolveu escrever.
Gracias por leer!
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