jace_beleren Lucas Vitoriano

Em um futuro destopico, aonde os mutantes são caçados como animais. Um pequeno grupo de mutantes, uns dos poucos remanescentes dos x-men, tentam sobreviver nesse mundo tão hostil.


Fanfiction Películas No para niños menores de 13.

#x-men #Dias-de-um-futuro-esquecido #Psylocke #tempestade
Cuento corto
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Capítulo único

- Não fique me olhando desse jeito Betsy, eu já disse que estou bem.

Elizabeth, Betsy para os amigos, não acreditou naquelas palavras. Ela nem precisava usar seus poderes de telepata para saber que Gambit estava dizendo aquilo apenas para tentar acalma-la. Betsy era uma inglesa de longos cabelos negros. Seu corpo atlético estava coberto apenas um collant azul escuro, revelando bem suas curvas atraentes, não que alguém ali estivesse interessado nelas naquele momento. Em sua mão direita carregava sua espada, uma longa katana.

Ela e Gambit andavam lado a lado, o braço dele em volta de seu pescoço. Betsy o ajudava a se locomover mesmo sabendo, no fundo, que ele não viveria mais um dia. Mas ela não podia abandona-lo, mesmo sabendo que leva-lo naquele estado só atrasaria a ela e aos outros.

A quanto tempo os dois se conheciam? Ela nem lembrava mais. Ele já era uma constante em sua vida, uma presença a qual ela estava intimamente acostumada. Remy era seu verdadeiro nome, mas todos os chamavam de Gambit. Era seu nome de mutante e ele o portava com orgulho. Era do tipo magro, com cabelos ruivos curtos e um ar galanteador.

Betsy também tinha o seu nome de mutante, Psylocke. Um nome poderoso, mas ela não se sentia poderosa a muito tempo. Ororo, a mutante conhecida como Tempestade e Peter, o Colossus, também estavam com eles. Os quatro eram um dos poucos mutantes ainda vivos em todo o território dos Estados Unidos.

O mundo não era mais como antigamente. Antes eles eram poderosos, tinham orgulho de carregarem o nome dos x-men. Mas e agora? Não havia mais poder. O mundo mudara desde que o projeto Despertar se iniciou, trazendo consigo o controle de mutantes, os sentinelas e os campos de concentração.

- Estamos perto, aguente mais um pouco amigo – era Peter quem falava. Sua personalidade pacífica perdurava mesmo naqueles tempos difíceis. Seu corpo era grande e vigoroso. Seus cabelos pretos curtos emolduravam seu rosto gentil.

Perto de onde? Era isso que Betsy queria perguntar, mas teve o bom senso de se manter calada. Eles estavam andando sem descanso a três dias. Vagavam nas ruinas do que um dia havia sido a cidade de Nova York. As ruas estavam desertas e em destroços. Poucas pessoas viviam por ali e essas passavam a maior parte do tempo escondendo-se em suas casas, com medo das gangues e dos sentinelas. Chegava a ser irônico, os sentinelas estavam ali para proteger os humanos, mas até mesmo eles temiam as criaturas de aço.

Os sentinelas, nenhum dos quatro mutantes paravam de pensar neles. Eram robôs de combate de cerca de cinco metros de altura. Bem, de acordo com os próprios, estavam apenas mantendo a segurança do mundo ao eliminarem os mutantes, mas Betsy só conhecia uma palavra para aquilo, e não era segurança. Era massacre. Eles Em questão de uma década eles erradicaram mutantes aos montes.

O último confronto do grupo contra eles fora a apenas a três horas. Eram quatro sentinelas, graças aos deuses todos do modelo padrão. Se tivessem que enfrentar um sentinela ômega, os mais avançados, com certeza não estariam vivos naquele momento.

- Esperem – disse Ororo. A moça de pele negra e curtos cabelos brancos fez um gesto para todos pararem. Ela era a líder ali, alguém precisava liderar depois que Charles e Scott morreram.

Os três pararam. Betsy pode sentir o alívio de Gambit por ter alguns segundos de descanso. Sangue ainda escorria de seu abdômen. O ferimento havia sido sério, causado no último confronto contra os gigantes de metal.

- Vê alguma coisa? – perguntou Peter com seu jeito calmo – algum sinal dos sentinelas?

Ororo estreitou seus olhos. A noite era densa ao redor deles, tornando-se difícil ver qualquer coisa, mas ela sentiu um leve tremor no chão. Eles estavam ali, em algum lugar.

- Betsy... – disse a líder em um tom baixo, quase em um sussurro.

Betsy sabia o que fazer. Usar seus poderes faria com que os sentinelas os encontrassem, visto que eles podia detectar toda vez que isso acontecia. Mas se eles já estavam ali não havia o porque não usa-los.

Ser uma psíquica não ajudava muito contra robôs, mas os poderes de Betsy ainda podiam ser uteis de outras formas. Ela expandiu sua mente, captando a mente de cada ser vivo no raio de trezentos metros. Conectou-se a mente de um cachorro vira lata e de uma águia que voava por ali. Assim a mutante pôde ver o mundo com os olhos dos dois animais.

O cachorro tinha uma péssima visão, visto que o forte de sua espécie era o olfato, Mesmo assim Betsy pode distinguir, pelos olhos do bichano, a forma humanoide de dois sentinelas movendo-se lentamente. Aos olhos do pássaro viu mais um. Ela não sabia ao certo a localização deles, mas isso já era melhor do que nada.

- Vejo três... mas podem haver mais... – disse baixinho, mas alto o suficiente para todos ouvirem.

- Bom, eu já estava com saudades de um pouco de ação – disse Gambit com um sorriso no rosto. Betsy reconhecia bem aquele tipo de sorriso. Só sorria assim quem sabia que iria morrer e por isso pretendia levar o máximo de inimigos consigo. Fora esse o mesmo tipo de sorriso que Kurt dera antes de se sacrificar pelo grupo a apenas algumas semanas atrás.

- Nossa prioridade não é lutar, e sim fugir – falou Peter, mas suas ações contradiziam suas palavras, pois ele usara seus poderes. Revestira seu corpo com uma camada de aço, dando-lhe o aspecto de um troglodita de metal. Não era a toa que o chamavam de Colossus.

Foi então que o primeiro deles surgiu no campo de visão do grupo. O vulto assustador do sentinela se aproximanva como um prenuncio de morte. Era revestido com metal de cor azul e roxa. A mão da criatura se ergueu, abrindo-se. Era possível ver a abertura circular em sua palma, uma região encoberta por um vidro resistente. Era dali que eles atiravam seus raios de energia.

- Mutantes identificados – soou a voz metálica e sem vida do sentinela – mutante 0053, Colossus mutante 0073, Psylocke, mutante 0135...

Mas antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa uma carta de baralho energizada atingiu-o no rosto, causando uma explosão que apenas danificou parcialmente o seu rosto.

- Gambit – disse o ruivo com um sorriso no rosto – eu não sou uma carta de baralho para me identificarem com um número.

- Nível de ameaça detectado. iniciar medidas de contenção – a voz veio de outro mutante, a esquerda de seu companheiro. Caminhava com mais um ao seu lado. Eram três ao todo, assim como Betsy vira. Ela só esperava que não houvessem mais.

Não havia mais tempo para conversar, nem para fugir. Com esforço Gambit se soltou de Betsy. Sangue ainda jorrava de seu abdômen, mas ele ignorava a dor. Com um sorriso retirou várias cartas de baralho, segurando-as entre os dedos e energizando-as, fazendo-as brilharem com uma energia arroxeada.

Colossus também partiu para o ataque, correndo com tudo na direção dos dois sentinelas que caminhavam lado a lado. Um deles ergueu a mão disparando um raio de energia que passou a apenas alguns metros de Colossus. O mutante atingiu com tudo a perna do robô, fazendo cair de joelhos no chão.

Enquanto isso Betsy ligava a mente de todos do grupo em uma rede psíquica, fazendo assim com que todos pudessem se comunicar mentalmente. Gambit fazia chover cartas energizadas no primeiro sentinela, causando inúmeras explosões nele. O gigante de metal recuava lentamente ate que caiu no chão ao tropeçar em uma banca de jornais que estava por ali.

Os olhos de Ororo tornaram-se totalmente brancos, sem íris. Era isso que acontecia quando ativava seus poderes. Rapidamente nuvens pesadas cobriram os céus. Já conhecendo os poderes da mutante, o terceiro sentinela se preparava para disparar um raio de energia, mas Ororo foi mais rápida, um trovão irrompeu dos céus atingindo-o no tronco. A energia percorreu o corpo da criatura que tremeu devido a descarga elétrica. O sentinela desabou.

Betsy quase sorriu, mas sentiu o alerta da dor de Peter em sua mente. Um segundo depois viu o mutante sendo arremessado por um raio de energia e caindo a muitos metros dali. Ela não se preocupou muito, sabia que a pele de aço dele amenizaria o dano.

Então Ororo pairou nos céus, levitando com os olhos brancos em uma fúria gélida. Betsy já havia visto aquilo inúmeras vezes, mas não cansava de se impressionar como ela era assustadora usando os poderes.

Ela erguia-se no ar mais alto do que qualquer sentinela, elevando-se absoluta a qualquer um deles. As nuvens tornavam-se ainda mais numerosas e pesadas no céu. Ororo ficou ali parada, esperando seus inimigos se levantarem enquanto carregava mais energia.

- Tenha cuidado Ororo – disse Betsy na mente da amiga – sabe que a carapaça de metal deles os protege de seus raios.

O sentinela que havia sido atingido por Gambit começava a se levantar. Sua armadura de metal estava danificada em vários pontos, deixando exposto seu interior, mas apesar disso ele não estava muito danificado. Ao mesmo tempo Gambit caiu no chão, o uso de seus poderes e a adrenalina do combate drenaram suas últimas forças. Ele estava pálido, uma poça de sangue começava a se formar ao seu redor. Betsy sabia que ele ainda estava vivo, podia sentir a sua mente. Ela, porém, sabia que o amigo não tinha muito tempo.

Então o ataque veio, um conjunto assustador de trovões descendo dos céus todos ao mesmo tempo. Era um show lindo de se ver. Ororo descarregava toda sua fúria nos três sentinelas ao mesmo tempo. Os raios apenas os atordoavam, sem conseguir causar-lhes danos sérios, mas no caso do sentinela danificado por Gambit o dano foi crítico. A eletricidade percorreu nas fendas de sua armadura fritando seus circuitos.

Quando os raios cessaram, todos os três sentinelas estavam no chão. Ororo ofegava um pouco devido ao esforço, mas ela estava pairando no ar triunfante enquanto os robores mantinham-se no chão.

Betsy sabia que aquela era sua chance. Avançou em direção a um dos sentinelas caídos. Rapidamente escalou seu corpo, desferindo um golpe de espada no olho da criatura, abrindo ali uma pequena fissura.

- Agora Ororo! – disse em um contato telepático.

Ela deu uma cambalhota afastando-se do robô. Dois segundos depois um raio atingiu-o no olho danificado. O sentinela soltou um barulho esquisito de sua caixa de voz que para Betsy soou como um grito de agonia. Dois haviam sido derrotados, só faltava o terceiro.

Betsy tentou realizar sua façanha novamente, mas quando tentava escalar o corpo do sentinela remanescente, o mesmo a acertou com um tapa com as costas da mão. Ela rolou no chão, ralando sua coxa e seu ombro no processo.

Sangue escorreu de suas feridas, mas ela não se importou. Esse tipo de coisa já era rotina. Levantou-se atordoada alguns segundos depois, em tempo de ver uma pedra sendo arremessada contra o sentinela que tentava se erguer.

- Tudo bem Betsy? – era a voz de Peter em sua mente.

- Ótimo, graças a você – respondeu contendo um gemido de dor. A ferida no ombro havia sido pior do que ela imaginara.

Ela viu Colossus erguendo um carro e jogando-o contra o sentinela. Instantes depois Ororo lançou um raio. Betsy juntou-se a eles no massacre. Não podia dar tempo daquele inimigo se recuperar. Escalou o corpo do sentinela caído, sua espada se movendo rapidamente, danificando a armadura da criatura. Não demorou muito até que Colossus juntou-se a ela, socando o sentinela no rosto, afundando a armadura de metal do mesmo com a força de seus golpes.

Ele ficou esmurrando-o até que o sentinela não mais reagiu. Peter estava ofegante. Olhava para suas mãos assustado consigo mesmo. Toda aquela violência era o contrario de sua natureza pacifica.

Os três voltaram a se reagrupar. Foram em direção a Gambit, o mutante estava estirado no chão com os olhos fechados. Ele não estava nada bem, mas ao menos um sorriso ainda brilhava em seu rosto.

- Eu não sinto mais a mente dele... – disse Betsy com pesar. Gambit não fora o primeiro companheiro que eles perderam, nem seria o último. Mas isso não mudava a dor que era cada perda.

A expressão de Ororo foi de culpa e raiva. Ela era a líder do grupo, sentia-se responsável pela morte de cada um ali. Betsy queria conforta-la, mas sabia que não haviam palavras para aplacar sua dor.

- Não podemos deixa-lo aqui – disse Peter. Ele havia desfeito sua carapaça de metal. Seu corpo poderia ser invulnerável, mas não seu coração. Esse estava partido em pedaços.

Betsy suspirou. Sim eles não podiam, mas a verdade é que Gambit estava em um lugar melhor agora. Nem o inferno poderia ser pior do que aquele mundo pós-apocaliptico ao qual eles viviam.

Ela se perguntou por que eles lutavam, porque tentavam sobreviver se não havia esperanças de vitória. O mundo já era dos sentinelas. Eles reinavam absolutos. Não importava quantos deles fossem destruidos, mais ainda eram construídos em resposta. Seu número só aumentava enquanto os mutantes... eles quase não existiam mais.

Betsy se perguntou quanto tempo demoraria até que fosse o seu corpo a estar estirado sem vida no chão. Ela preferiu não pensar muito a respeito.

26 de Agosto de 2019 a las 10:49 2 Reporte Insertar Seguir historia
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Fin

Conoce al autor

Lucas Vitoriano Sou escritor, tendo alguns contos publicados. Além disso, sempre que possível posto alguma coisa aqui também. Amo animes, filmes da disney e mitologia grega. Para acompanhar meu trabalho visitem meu perfil no instagram @l.vitoriano ou meu perfil de literatura @pensandoescritor. Espero vocêsl á!

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Liura Sanchez Lauri Liura Sanchez Lauri
Narrativa lindíssima! Parabéns!!
October 29, 2019, 15:59

  • Lucas Vitoriano Lucas Vitoriano
    Muito obrigado! Me inspirei tanto no filme "dias de um futuro esquecido" como no livro do mesmo nome. Betsy é minha x-men favorita e eu tinha que colocá-la em um conto! October 29, 2019, 19:12
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