lara-one Lara One

Sozinha numa noite fria... O que Scully poderia estar anotando num diário? Contrariando a célebre frase de Tallulah Bankhead: 'Só as boas meninas escrevem diários. As más não têm tempo para isto'... Bem, talvez as más prefiram tecer pequenas linhas para depois transformarem num livro... Fic escrita por Angel Scully, supervisão One.


Fanfiction Series/Doramas/Novelas Sólo para mayores de 21 (adultos).

#x-files #arquivo-x
0
5.0mil VISITAS
Completado
tiempo de lectura
AA Compartir

S05#19 - THE SEX FILES II

INTRODUÇÃO AO EPISÓDIO:

Virgínia - 1:23 A.M.

[Som: Madonna - Like a Virgin]

Luz do abajur. Foco pelo quarto lentamente, até enquadrar dois pés pequenos dentro de pantufas. Um diário sobre a cama, junto a uma caneta. Na cômoda ao lado, a caixinha de um CD.

Scully deitada na cama, pensativa. O edredom a cobre até os seios. Veste um robe negro de seda, que deixa transparecer uma parte dos seios para fora do tecido.

Scully sorri, o olhar distante e ao mesmo tempo triste. Passa uma das mãos pelo seio, por sobre o edredom, se tocando de leve, como em lembranças.

SCULLY (OFF): - Agora me permito pensar e viajar, analisar o que têm acontecido em todos esses anos, nos últimos meses, nossos últimos momentos... Às vezes é tão difícil imaginar, lembrar em detalhes o que preciso ter guardado dentro de mim, dentro de meus pensamentos e necessidades. A força que faz com que me sinta segura e junto de você, mesmo estando aqui sozinha, imersa em uma redoma fria e escura... Essa força é tanta que me assusta. O sinto comigo, a textura da sua pele e seu gosto em minha boca. O sinto dentro de mim, vivo e quente, gentil e apaixonado. Formas tão peculiares e diferentes de demonstrar os mesmos sentimentos... Eu posso sorrir, me sentir uma garota, uma mulher, das mais diversas formas e desejos, completamente livre, jovem... Viva.

Scully desce a mão por baixo do cobertor, sentindo a pele quente. Fecha os olhos.

SCULLY (OFF): - Dói Mulder... Dói muito. Você é como uma droga. A viciada precisa dela. E dói estar longe de você, não poder ouvir sua voz, não sentir seu abraço, saber que você me escuta mesmo eu não dizendo nada... você é minha necessidade Mulder. É como comida, oxigênio... eu necessito, preciso para viver. Não consigo respirar direito, não consigo dormir, minha mente envolta em imagens e cheiros, você presente a cada segundo. Eu sei que preciso ficar fora, sei que você precisa ter certeza disso. Mas não consigo. E sei que você sabe como eu me sinto... E estranhamente, me detenho em pele...

Scully pega o controle remoto. Liga a TV. Seleciona o canal de desenhos. Sorri. As imagens da TV iluminam seu rosto. Scully fecha os olhos.

VINHETA DE ABERTURA:WHEN I REMEMBER YOU...



BLOCO 1:

FLASH BACK:

Memo 1: Quebra de conduta

Rodovia 59 - Arredores de Texarcana – Texas - 7:47 P.M.

O sol paira no céu formando halos avermelhados. O ônibus passa pela estrada levantando uma poeira fina, manchando o ar de uma nuvem translúcida.

Corta para o interior do ônibus.

Todas as poltronas ocupadas. Um pouco de pó pairando pelas cabeças já amarronzadas. Sacolas escapando do compartimento de bagagens. O balanço do veículo induz ao sono generalizado.

Scully remexe-se na última poltrona no ônibus. Ninguém ao lado dela.

SCULLY (OFF): - (SE CONTROLANDO) Será que até aqui eu não consigo me controlar... (INDIGNADA) Também, por que sobrou justamente pra eu vir até o Texas orientar agentes??? E de ônibus? O que Skinner está pensando? Que desaforo!

Scully pega o celular e seleciona Mulder. Está angustiada, tensa.

Corte.


Mulder, sentado à mesa de reunião na diretoria do FBI. Carter o encara.

MULDER: - Diretor, se ele pediu minha experiência nesse caso, eu espero pelo menos um mínimo de cooperação da parte dos meus colegas. Eles não sabem com o que estão lidando. Aquela coisa...

O celular toca. Mulder fica sem jeito.

MULDER: - Com licença...

Mulder atende. A reunião continua. Carter cochicha algo com Kersh.

MULDER: - (SUSSURRANDO) Mulder....

SCULLY (OFF): - Mulder......

MULDER: - Agora não.....

SCULLY (OFF): - Eu preciso sentir você...

MULDER: - (PÂNICO) ???

SCULLY (OFF): - Sinto o seu cheiro... Mulder, foi você quem disse que eu devia liberar meus pensamentos.

MULDER: - (PÂNICO) Quê?

SCULLY (OFF): - Ai, eu não me aguento mais... Mulder, há dois dias que não consigo esquentar meus pés!

MULDER: - (NERVOSO/ SUSSURRANDO) Scully, estou no meio de uma reunião... Podemos tratar desse Arquivo-X mais tarde?

SCULLY (OFF): - (PIDONA) Mulder... por favor... me possui...

Mulder olha para os lados, nervoso. Percebe o corpo reagir aos pedidos dela. Todos o observam. Ele força uma expressão sarcástica. Levanta-se, colocando a mão no bolso.

MULDER: - Desculpem é urgente...

KERSH: - Nada disso Agente Mulder. Esta reunião é expressamente importante e você já está recriminado pela falta da Agente Scully. Terá que reportar a ela em detalhes o que foi dito aqui.

MULDER: - (NERVOSO) É realmente muito urgente.

Scully dá um gemido tão alto no telefone que todos se voltam para Mulder. Mulder desliga o celular em pânico. Skinner ao lado dele pende o queixo. Kersh arregala os olhos. Mulder sorri disfarçando.

MULDER: - Temos um caso de possessão demoníaca... Ouviram os gritos da pobre infeliz? Que coisa, não é?

Corta para o ônibus.


A câmera enquadra Scully, o rosto contraído tentando esconder o que sente.

SCULLY (OFF): - Por que você faz isso comigo, Mulder? Por que meu corpo me trai?

Ela observa o céu adquirir tons violeta, anunciando a noite. Percebe os pelos do corpo se eriçarem, o suor começando a empapar a roupa. Olha para os lados. Todos interessados no sono.

SCULLY (OFF): - Desde o primeiro toque... desde o primeiro olhar... Arguto, intenso, flamejante... Mulder, você sabe que desperta meu desejo apenas me deixando ouvir o som da sua voz, observá-lo enquanto questiona algum caso com sua notória angústia... basta ficar em minha frente e me encarar... desde a primeira vez que senti o seu cheiro, soube que minhas noites não seriam mais tranquilas. É estranho sentir seu corpo responder a estímulos que sequer você conhecia, imergidos na busca de algo ainda invisível, mas palpável para os instintos. Sim Mulder, o que temos é mais do que apenas um relacionamento firmado e baseado em amor, amizade, respeito e razão. É paixão e fogo, irracionalidade e desejo. É quase obsessivo.

O céu entra na obscuridade.

SCULLY (OFF): - Não... é completamente obsessivo.... e essa obsessão me dá medo. Não conseguimos controlar. Sinto minhas células clamando por você, glândulas estimuladas por um corpo faminto, antes recluso em seus temores, mas sempre com o festim muito próximo à pequena chama lamuriosa, esta que detonou toda a necessidade física e emocional que sinto por você...

Alguém pigarreia dois bancos à frente. Scully sobressalta-se, recompondo-se.

SCULLY (OFF): - O que há comigo? Porque não posso ser apenas uma pessoa normal, sentir e viver como uma pessoa normal? Por que tudo precisa ser tão intenso e dolorido, tão profundo? Seria muito mais fácil administrar essa vontade louca de ter você, parcelar em doses homeopáticas, assim como um homem sedento por água no deserto precisa tomar aos poucos. Mas não. Eu e você contrariamos todas as regras... Você me faz virar uma garota perversa... E a garotada do seu prédio fica me chamando de Madonna. Acho que virei uma.

Ela entra com uma das mãos por dentro da saia. Sente sua umidade a lambuzar seus dedos. Move seus dedos, pensando nele. Solta a cabeça para trás e abafa um gemido contra a poltrona.

SCULLY (OFF): - O corpo responde ao toque provindo de si mesmo de maneira mais branda, pois o cérebro sabe aonde você vai se tocar. Por isso que cócegas feitas por nós mesmos não funcionam. Mas... mas esse toque é diferente. Imagino suas mãos quentes a me envolver, seus dedos ágeis estimulando pontos nunca antes imaginados por mim. Sim... esses dedos longos e delineados... (SORRI) Até suas mãos e dedos são perfeitos... artérias, veias, articulações, ossos, músculos, tecidos especializados e pele perfeitamente dispostos de modo a criar um ser perfeito e apto à procriação da espécie. A natureza é sábia... E seus lábios ? Por que tão voluptuosos? Por que feitos de maneira a tirar a atenção de qualquer mulher? Necessito sentir esse toque molhado que percorre meu pescoço, a língua em círculos vagarosos, como se você degustasse uma rara iguaria...

Alguém levanta mais à frente, indo em direção ao banheiro do ônibus. Scully ajeita-se rapidamente.

SCULLY (OFF): - O que estou fazendo aqui? Por que aceitei vir até aqui? No meio do Texas, esse calor remetendo a coisas que não quero pensar, pois não sei como reagir sem você ao meu lado.


Memo 2: Eu realmente sou uma menina má...

Porão do FBI - 6:56 A.M.

Mulder caminha de um lado para outro, completamente atrapalhado. Vestido com o paletó. Os cabelos estão desgrenhados, a camisa com dois botões abertos, a gravata atravessada pelo pescoço. Tenta desviar os pés do montante de papéis que cobrem o chão.

MULDER: - (RAIVA) Não, isso não! Eu juro que da próxima vez coloco uma dose cavalar de laxante no café daquele desgraçado e fecho todos os banheiros! Ele vai ter que procurar uma moitinha para fazer a sujeira!! Mil vezes droga! Eu não acredito! Deveriam barrar a entrada de animais no FBI!

Ele dá socos no ar, furioso.

MULDER: - Vou demorar meses pra arrumar isso!!!

Mulder coloca as mãos na cabeça. Não percebe a porta abrir.

Scully para diante da porta, mas nem olha para a zona de papéis e pastas desmontadas e espalhadas. O olhar é completamente faminto.

SCULLY: - (BALBUCIANDO) Mulder...

Ele olha para ela.

MULDER: - (ALIVIADO) Ah, não poderia ter sido melhor! Scully, você não sabe como aquele telefonema repercutiu! Me acusaram de interromper a reunião... E o Girafão curtindo com a minha cara. E ainda mais, Kersh veio até aqui e pediu para eu sair da sala. Entraram ele e mais dois capangas! Se não fosse o tom autoritário da voz, eu juraria que aquilo era um ménage à trois! Ele atirou toda a papelada no chão. E estão todos malucos por aqui, atrás de um maldito terrorista, não durmo há 24 horas, preciso revisar um relatório e aquele filho da...

Scully não presta atenção na ladainha, apesar de sentir arrepios com o som rouco da voz dele. Mulder finalmente presta atenção nela.

MULDER: - (ESTRANHANDO) Scully...?

Scully começa a se aproximar, desabotoando o blazer e o jogando na cadeira. Olhar animal.

MULDER: - (DESCONFIADO) Como foi no Texas?

SCULLY: - (VORAZ) Mulder, você realmente é muito tesudo...

MULDER: - (ESTUFANDO O PEITO) Humm... essa salvou o dia. Eu sei que o meu buffet livre é bem farto, e tem uma gourmet faminta para degustar cada prato..

SCULLY: - Eu vou te estuprar Mulder...

Mulder se dá conta de que ela fala sério. Começa a se afastar enquanto ela avança.

MULDER: - Scully, para com isso... Aqui não, prometemos que aqui não faríamos mais essas loucuras...

SCULLY: - O que fará se eu não parar?

MULDER: - Eu... (PIGARREIA) Você sabe o que eu faria...

SCULLY: - Cala a boca Mulder... não quero você falando... quero você agindo.

Scully toma os lábios dele com volúpia, mordendo-os e sugando-os. Mulder começa a tremer. Encosta-se na parede, ainda tentando evitar o ataque dela.

SCULLY: - (LAMBENDO-O) Por que resiste? Sabe que eu morro de tesão com isso...

MULDER: - (ASSUSTADO / EXCITADO) Scully, para com isso!

SCULLY: - Mulder, eu passei horas dentro de um ônibus, completamente molhada! E agora você me nega?

MULDER: - (INCRÉDULO) ... Acho que você precisa de um exorcismo, Scully. O espírito da Madonna entrou aí e não saiu mais...

Scully coloca uma das mãos dentro das calças dele, envolvendo-o com os dedos, sentindo a resposta em forma de tremores. Percebe pequenas bolhas de suor surgirem no peito dele, pela camisa semi-aberta. Mulder respira como se procurasse mais oxigênio do que tem na sala. Ela percorre o pescoço dele com chupões até chegar ao peito, fazendo rastros com a língua.

MULDER: - Ai meu Deus... não Scully... isss... para Scully... não, não para Scully...

Scully de repente se afasta. Olhar maquiavélico.

MULDER: - ????

Scully vai até a porta e a tranca. Arranca o fio do telefone. Mulder arregala os olhos, incrédulo. Ela tira a bateria de seu celular, jogando-a no lixo. Faz o mesmo com o celular de Mulder. Olha para ele como se o comesse a colheradas. Coloca um dos dedos na boca e começa a circulá-lo com a língua, sensualmente. Enfia uma das mãos dentro da saia, fazendo expressão de volúpia.

MULDER: - (VIDRADO) ....

Scully se aproxima dele, com um olhar infame, caminhando sensualmente, enquanto desabotoa a camisa que veste, revelando o lingerie preto. Mulder fica pasmo. Scully se agarra nele.

SCULLY: - ... Vem saciar a minha sede Mulder... eu vou te afogar...

MULDER: - (EXCITADO) Dane-se o FBI!

Mulder retira a gravata e a envolve no pescoço de Scully a puxando contra seu corpo, cheirando seu pescoço.

SCULLY: - (GEMENDO) Mulder... me aperta... adoro sentir você duro contra mim...

MULDER: - ... Não provoca...

Scully olha pra Mulder, agarrando as nádegas dele por dentro da calça. Morde os lábios com força, depois lambendo-os.

MULDER: - Então eu não passo de um objeto para ser usado? É isso?

SCULLY: - (MALICIOSA) Se você quer que seja...

MULDER: - Gosto de você assim Scully, mas sabe o que vai acontecer se você continuar a me provocar auditivamente...

Scully lambisca o lóbulo da orelha dele, chupando-o vagarosamente, enquanto se desfaz da saia, ficando apenas de lingerie e camisa aberta, com a gravata dele ao redor do pescoço.

SCULLY: - (SUSSURRA) Me possui Mulder... por favor... eu preciso, eu quero, eu necessito sentir você entrando em mim... vigoroso, forte, inteiro...

Os olhos dele brilham às palavras dela. Scully dá um sorriso safado, percorrendo as mãos pelo corpo dele. Mulder fecha os olhos, inclinando a cabeça pra trás.

SCULLY (OFF): - Adoro provocá-lo... você mesmo deveria olhar a expressão que faz quando se excita... se eu fosse você nessas horas, lamberia o espelho...(RI). Me embarga ver seu rosto dizer em expressões tudo o que está sentindo... você sempre responde. Sempre. As palavras surtem efeito como drogas excitantes, a libido aumenta a tal ponto que você não mais a controla. Sempre digo preferir os detalhes, mas confesso que me sinto úmida toda a vez que o vejo selvagem dessa maneira. Mulder, você é como um diamante bruto, pronto para ser lapidado. É enlouquecedor sentir seus músculos tesos, salientes mesmo debaixo da fina trama de tecido da camisa. Você sabe. Acho que sempre soube, mesmo que inconsciente. Sabe o quanto gosto de te observar, de analisar cada detalhe do seu corpo, de mergulhar nos seus pensamentos. Perfeito seria a palavra certa? E a sua mandíbula... nunca te falei, mas tenho verdadeira tara em rostos angulosos... é uma característica muito masculina... seu rosto é enigmático... aquela expressão inocente, quase infantil, que esconde parcialmente o vigor e a virilidade que lhe salta aos poros... seus olhos... nunca prestou atenção neles? Você não consegue mentir Mulder. Seus olhos o denunciam. Mostram o que sente. E mudam de cor conforme o seu estado de espírito. Certas vezes estão quase tão azuis quantos os meus, de outras adquirem um tom de verde intenso e profundo... esse tom que sempre percebo em você quando me olha com desejo... exatamente o que vejo agora... o nariz forte... eu adoro seu nariz, mesmo você não acreditando... combina com você... combina com o seu tamanho (SORRI)... seus lábios suculentos, o carnudo lábio inferior sempre à espera de uma mordida sacana. Sua boca agora não mais me beija, quase me morde... percebo o quanto está fervendo pelos tremores que sinto debaixo de minhas mãos, o modo como me pressiona com força contra você mesmo.

Mulder a vira de costas e começa a beijar a nuca e os ombros de Scully, percorrendo as mãos pelo corpo dela, por sobre sua lingerie, observando cada detalhe de Scully. Scully envolve um dos braços em Mulder, fechando os olhos, se entregando aos toques dele.

SCULLY: - Sinto suas mãos trabalharem rápido pelo meu corpo... meus seios... nada mais importa... apenas um uníssono de nossos corpos unidos em um só... e eu me entrego as carícias dele.

Mulder respira fundo, olhando encantado pra ela, enquanto a mantém contra seu corpo, pressionando a mão espalmada contra o peito de Scully e o dedo indicador contra o seio dela.

MULDER: - (DEBOCHADO) Scully, você tomou "Muldercina" de novo? ... Scully, sério, não é uma boa ideia ir longe demais... com toda essa agitação por aqui hoje. Tudo tem hora.

SCULLY: - (SORRI) O quê?? Você me dizendo que tudo tem hora? Fox Willian Mulder, o tarado, o 'testosterona man', querendo recuar? Você, que dá um braço para ter uma oportunidade de me bolinar? (DEBOCHADA) Pois estou começando a sentir cheirinho de camélias por aqui, Mulder... é a única explicação plausível, tanto em teorias pouco ortodoxas como coexistidas no âmbito da ciência....

MULDER: - Não me provoca... eu não caio mais nessa... não sou florzinha não...

SCULLY: - (DEBOCHADA) Sabia que a sensação de perigo ou estresse estimula as glândulas supra renais e as fibras adrenérgicas simpáticas do cérebro, fazendo com que o corpo se encharque de adrenalina e noradrenalina, o que acarreta no aumento da pulsação, dilatação pupilar, vasodilatação, sudorese, contrações musculares....

MULDER: - ??

SCULLY: - ... E que tudo isso leva o corpo a ter um "boom" de excitação, muitíssimo relacionado com a excitação sexual?

MULDER: - Você deslanchou toda essa teoria médica só para me dizer que...

SCULLY: - ... Que eu estou morrendo de tesão, e que essa sensação de perigo me deixa mais louca ainda... Agora senta nessa mesa. Vamos brincar daquele joguinho.

MULDER: - (MALICIOSO) Por quê?

SCULLY: - Senta!

Mulder vai até a mesa e senta na beirada. Scully olha pra ele, fazendo beicinho.

SCULLY: - Homens não gostam de olhar e escutar?

MULDER: - Muito...

SCULLY: - O que quer que eu faça?

MULDER: - (PROVOCANDO) E quem disse que eu quero que você faça alguma coisa?

SCULLY: - (SAFADA) Você não precisa me dizer... o raposão está me dizendo.

Scully aponta para as calças dele, rindo. Mulder olha pra baixo.

MULDER: - ... Seu traidor!

SCULLY: - (BEIÇO) Mulder! Eu quero fazer coisinhas!

MULDER: - ... Scully, você tá me deixando 'nervoso'...

SCULLY: - Você quer que eu saia daqui, vá para casa e ataque aquela cenoura enorme que tem na gaveta das verduras?

Mulder se mexe sobre a mesa, lançando um olhar sacana.

MULDER: - (RI) Tá se revelando, hein Scully? Nunca imaginei que quando você olhava com fome para uma cenoura era pra isso... Agora eu entendi sua questão de 'alimentação saudável'... Sem problemas Scully... Aqui tem uma alimentação muito saudável pra você...

SCULLY: - (ARREGALA OS OLHOS) Mulder...

MULDER: - (ENTRANDO NO JOGO) Dance como se estivesse louca de tesão...

SCULLY: - Eu estou louca de tesão...

Scully se aproxima sensualmente do aparelho de CD. Liga.

[Som: Madonna - Like a Virgin]

Scully pega uma cadeira e põe próxima a ela, na frente da mesa de Mulder. Passa os dedos pela madeira, fazendo questão de soltar pequenos gemidos ao sentir a textura rugosa sob os dedos. Lentamente circula-a, caminhando em breves passos, acompanhando o olhar dele. Começa a serpentear o corpo, passando as mãos entre os cabelos, desalinhando-os. Lambe a parte interna do braço, deixando escorrer um pouco de saliva por ele. Mulder nem pisca, morde os lábios.

MULDER: - (EMPOLGADO) O que você sente?

SCULLY: - Sinto suas mãos percorrerem meu corpo... puxarem meu cabelo com força como se me forçasse a fazer alguma coisa que tenho medo...

Scully desliza as mãos pelo sutiã, minuciosamente, apertando os seios. Os mamilos transparecem pela renda. Mulder mexe-se na mesa.

MULDER: - (PÂNICO) Scully, meu sangue está fugindo do resto do corpo para se concentrar na virilha... Sim, estou com aquela minha cara de pânico... Continue o show, não estou aqui...

Scully sorri. Desce as mãos, delineando a cintura. Afasta as pernas e continua ondulando o corpo. Olha para ele com jeito de ninfeta. Mulder arregala os olhos, apertando a beirada da mesa com as mãos. Ela manipula os mamilos sob a renda, com os dedos, gemendo. Mulder passa a língua pelos lábios, sedento. Ela percebe a excitação dele. Vira-se de costas, girando os quadris lentamente. Mulder pende o queixo. Scully inclina o corpo para baixo, ficando de quatro, observando-o por entre as pernas abertas. Mulder começa a murmurar, abaixando a cabeça para olhar melhor.

MULDER: - (ENTORPECIDO) Mulher... Não me enlouquece...

Scully se vira para ele de novo, chegando mais perto. Coloca uma das pernas sobre a mesa. Olhar de devassidão. Ele se abaixa para olhar entre as pernas dela. Morde-se, cada vez mais entorpecido.

SCULLY: - Mulder, lembra do filme Showgirls?

MULDER: - (MALICIOSO) Claro... bem instrutivo.

SCULLY: - Eu pensei... quero brincar com você.

MULDER: - Que tipo de brincadeira???

SCULLY: - (DEVASSA) Algo do tipo molhado, quente e que deixaria nossos pais chocados e traumatizados, caso soubessem...

MULDER: - Do tipo que eu gosto então...

Scully desce um dos lados do sutiã, sensualmente. Mulder olha para o mamilo enrijecido, e logo volta seu olhar para os olhos dela, numa expressão marota. Scully vira-se de costas, esfregando-se em Mulder. Mulder desce uma das mãos pela calcinha dela a tocando suavemente. Scully treme. Mulder a puxa pra si. Circula a língua pelo pescoço de Scully, ora dando pequenos beijos. Scully deixa escapar um gemido mais alto. Mulder a vira de frente para ele. Olhar de lobo que está saboreando a ovelha suculenta. Rapidamente, puxa o sutiã dela, arrebentando-o. Scully arregala os olhos. Ele envolve cada seio com uma das mãos, acariciando-os.

MULDER: - (MAROTO) Sabe... eu nunca sei qual deles eu mais gosto...

SCULLY: - (SORRINDO) Mulder... Eu já disse, eles são ciumentos...

MULDER: - (OLHANDO PARA O ESQUERDO) Esse aqui é tão meigo, tímido, mas sempre parece me esconder suas reais intenções...

Scully dá uma risada. Mulder continua brincando com os seios dela.

MULDER: - (SE VOLTA PARA O DIREITO) Agora esse aqui é fogoso, sempre pedindo para ser tocado... mas que esconde uma leve insegurança...

SCULLY: - Insegurança?

MULDER: - É... olha para ele agora. Parece que tá com frio... e o outro parece mais relaxado...

SCULLY: - Frio? Acho que não é bem frio não... aliás, você também está com frio? Tem algo duro como uma pedra me "picando" aqui em baixo...

Mulder sorri, elevando as sobrancelhas, surpreso. Scully dá uma lambida na testa dele.

SCULLY: - Isso está fazendo alguma coisa quente borbulhar dentro de mim Mulder...

MULDER: - Ihhh, agora eles estão me olhando cheios de malícia...

Mulder dá pequenos beijos sobre os mamilos intumescidos. Scully joga a cabeça para trás, adorando.

SCULLY: - Espera... eu disse que quero brincar.

MULDER: - E o que seria??

SCULLY: - (MAROTA) Você... Meu objeto sexual, Mulder.

MULDER: - Hum... E depois eu posso fazer você ser meu objeto sexual?

SCULLY: - Até pode... mas com uma condição...

MULDER: - (EMPOLGADO/ CURIOSO) ...

SCULLY: - Eu brinco primeiro... você não pode me tocar... Eu te toco, mas você não. Quero ver até que ponto o seu autocontrole suporta. Você é homem. E não vai conseguir segurar por tanto tempo...

MULDER: - (PERVERTIDO) Quer apostar??

SCULLY: - Não seria bem uma aposta... mas um desafio...

BLOCO 2:

Scully sorri, pervertida. Pega nos quadris dele e o puxa até ele ficar em pé, encostado na mesa. Vira-se de novo e puxa a cadeira que estava mais adiante. Volta, se encostando de costas contra ele. Agarra as nádegas dele novamente, pressionando-o contra a mesa com força. Mulder solta um gemido rouco.

SCULLY (OFF): - É incrível... realmente incrível como nossos corpos agem em perfeita sintonia. Você se tenciona, sinto seus músculos apertados contra as minhas costas, contra os meus dedos. Sim, eu adoro sentir o quanto o excito. Você tem respostas rápidas e intensas, mas as segura tanto que me surpreende. Na expectativa, espero que você enterre uma de suas mãos entre as minhas pernas, mas isso não acontece. Quase me esqueço da minha própria proposta... (RI) Agarro a cadeira que está na minha frente, e começo a me movimentar. Sinto-o duro contra mim, como se estivesse a ponto de romper o tecido das calças e a me penetrar. Mas você não me toca, me deixa livre para iniciar o meu jogo.

Mulder coloca as mãos na beirada da mesa, pressionando-as com força. Olha para ela, se esfregando contra ele, se contorcendo, simulando o sexo. Ele inspira fundo.

MULDER: - (OFEGANTE) Isso é incrível... Scully, você não pode imaginar o que é ter essa visão...

Scully vira o rosto para fitar o dele. Expressão lânguida de prazer. Mulder fecha os olhos e joga a cabeça para trás.

SCULLY (OFF): - Pele Mulder... podemos estar em algum patamar, mais evoluído na espécie, mesmo isso sendo à custa de muita dor, mas o que temos aqui é pele. Dura, crua. Carne quente que pede pelo toque sôfrego. Não consigo imaginar como você faz a Scully racional e certinha desaparecer, e a Dana, tão reclusa e esquecida há muito tempo aflorar de maneira tão selvagem. Sim Mulder, eu me sinto selvagem. Meus lábios estão inchados, quase machucados, e nunca me senti tão viva como agora, nunca fui beijada de maneira tão intensa, tão direta. Meu corpo transforma-se em uma massa sensitiva de prazer. Por Deus Mulder, você poderia me provocar um orgasmo violento apenas em falar comigo, me estimular como você tanto gosta que eu faça com você... Sinto-me desmanchar em fluídos, pontadas de excitação percorrendo minha espinha, contraindo meu estômago, e chegando onde mais quero te sentir, onde mais necessito...

MULDER: - Gosta disso?

SCULLY: - Sim...

Mulder dá um gemido rouco. Começa a se mover contra ela, acompanhando os movimentos que ela faz. Scully vira o rosto e o fita, contrariada.

MULDER: - (JUSTIFICA) Não estou tocando você... estou te sentindo...

SCULLY (OFF): - Jogos... seria tão surpreendentemente estranho para os outros, mas nós jogamos o tempo inteiro. Não prescrevi regras minimalistas para o jogo que iniciei agora, e você aproveitou a deixa. Eu pensei em repreender você... mas quero que você faça isso. Deus! Como eu quero! Você une-se ao meu ritmo, ambos dançando em simulações de sexo... não posso ver seu rosto agora, mas sei o quanto você estremece. Percebo que quem precisa se controlar sou eu mesma. Mesmo sendo algo impossível, sinto meu coração batendo com toda força, meu corpo pulsa entre minhas pernas, latejando de modo doloroso à sua entrada. Não entendo como você se controla. Todas às vezes me espera até eu me acabar, me estafar, para finalmente você se deixar levar pelo orgasmo. Como faz isso?

Mulder enlouquece atrás dela, mas não a toca. Ela se vira, puxando-o.

SCULLY: - Senta na cadeira...

Mulder senta. Scully chega perto dele, caminhando sensualmente, de lingerie e sapatos altos, percorrendo o corpo dele com as mãos. Ele geme. Scully senta-se sobre ele.

SCULLY: - Não esquece do que pedi... se você aguentar, faço o que você quiser depois...

Mulder a olha com um olhar infame, cheio de malícia. Agarra-se na cadeira, segurando-se. Ela começa a se movimentar sobre ele, ondulando o corpo.

MULDER: - O que... sente?

SCULLY: - Sinto o seu tesão encostando onde eu mais quero você...

Mulder morde os lábios, entorpecido.

SCULLY: - Se não fosse essa calça...

Scully pega a mão dele. A coloca sobre um seio. Mulder agarra, trêmulo. Ela o fita, excitada. Começa a se movimentar mais rápido.

MULDER: - Mas você disse...

SCULLY: - Você não está me tocando. Eu que fiz você me tocar. Eu mando Mulder. Você obedece.

SCULLY (OFF): - Você aperta e gira os dedos nos meus mamilos, envolve meus seios com as mãos, mas não me contraria. Pego novamente sua mão e levo até onde quero que me sinta. Você atira a cabeça para trás. Os cabelos estão molhados de suor. Não sabe o quanto fica lindo quando sente prazer...

Mulder se contorce debaixo dela. Scully empurra mais a mão dele. Ele corresponde, tocando-a. Ela começa a remexer com o ritmo dos dedos dele. Scully desce a mão para dentro das calças dele, e começa a manipulá-lo. Mulder não sabe mais o que faz, desnorteado.

SCULLY (OFF): - Sinto seus dedos em mim... dentro de mim... Tocando-me como eu sempre quero. Como você adivinha as minhas vontades? Eu nunca falei a você como deveria me tocar. Mas você sempre soube... você lê o meu corpo tão bem... sabe o que ele pede... e sabe me dar o que preciso... Mulder, eu não me aguento mais... você ganhou... venceu mais uma vez... eu não resisto... se você não entrar em mim agora sinto que vou morrer.....

MULDER: - (EM ÓRBITA) Sc... Sculliee...

SCULLY: - (SÔFREGA) Eu não aguento... mais Mulder... você venceu.

MULDER: - (ESTADO DE TORPOR) Ven... venci?

SCULLY: - (EXCITADA/ OFEGANTE) Sim... Mulder... me possui agora... por favor....

Mulder pega o rosto dela com as mãos e passa a língua pelos lábios cobertos de batom. Coloca um dos dedos entre os lábios dela. Scully o chupa com volúpia. Mulder agarra as nádegas dela e a pressiona contra ele. Scully sente a ereção dele entre suas pernas. Mulder abre os lábios dela com a língua, primeiramente lambendo-a. Scully não se aguenta e o beija, com violência, com força, depositando a necessidade que sente dele no beijo.

SCULLY (OFF): - Ohnn Mulder... adoro seus beijos... sua língua parece querer devorar a minha, aquele lábio carnudo dançando entre os meus... você me beija com tanta força que parece querer me reter inteiramente para você... quando finalmente me deixa, percebo meu rosto lambuzado de sua saliva... e o gosto maravilhoso em meus lábios.

Mulder joga todas as coisas de cima da escrivaninha para o chão. A ergue, colocando-a às pressas sobre a mesa. Rapidamente retira o paletó. Scully vai abrindo a camisa dele com urgência, o despindo. Mulder retira a camisa. Scully começa a abrir as calças dele delicadamente com cuidado.

Corte.


Scully deitada sobre a escrivaninha. Ela o sente se posicionar, esfregando-se até irromper em um golpe. Scully geme, sem conseguir conter a sensação. Mulder inclina-se sobre ela, beijando-a com urgência. Por segundos fica imóvel. Scully solta um gemido choroso pela demora dele. Mulder sorri.

SCULLY (OFF): -Mil bombas inaudíveis explodem dentro de meu corpo quando você me toma. É tão... incrível, quente...

Mulder desliza os lábios pelos seios dela. Scully solta um gemido, inclinando a cabeça para trás. Mulder apoia-se com as mãos na mesa. Começa a se movimentar, a princípio lentamente, aumentando rapidamente até fazer a mesa tremer inteira. Olha pra ela.

MULDER: - (OFEGANTE) Me aperta Scully....

SCULLY (OFF): - (SORRI/ OLHANDO PRA ELE) Ousado... você não tem medo algum de me excitar falando o que está sentindo, pedindo o que quer. Obedeço, forçando meus músculos o máximo que posso, como se o quisesse estrangular. Sua reação me deixa louca, quando aperta os olhos como se estivesse a sentir dores, os lábios entreabertos deixando escapar urros incertos de prazer...

Scully fecha os olhos. Ergue os quadris, num gemido. O corpo dos dois completamente colados um ao outro. Mulder puxa as pernas dela e as coloca sobre seus ombros, ajoelhando-se sobre a mesa. Segura as pernas dela. Scully segura a coxa de Mulder e desliza a outra mão pelos cabelos, numa fisionomia de êxtase. Ela soluça, gira a cabeça de um lado para o outro, tenta se segurar em alguma coisa. Finalmente encontra a beirada da mesa, agarrando-se com força. Seu corpo todo se arrasta em um vai e vem lancinante, as costas deslizando por sobre a mesa. Atêm-se a olhar para o rosto dele, transformado em busca do êxtase.

SCULLY: - (IMPLORA/ OFEGANTE) Mais rápido Mulder... mais rápido...

Mulder aumenta a pressão, sentindo ela se contrair, os músculos lhe segurando dentro dela com toda força. Scully está à beira de um orgasmo, trêmula e sem controle. Ele aumenta o ritmo. Ela tira as pernas dos ombros dele, enlaçando-o novamente nos quadris, empurrando-o contra si com os calcanhares. Ele agarra os quadris dela com força, enlouquecido. Ela quase grita, mas tenta abafar. Finalmente Mulder sente ela se contrair com mais força contra ele. Scully sente-o explodir dentro dela. Depois de alguns intermináveis segundos, ele deixa-se abater, esgotado.

MULDER: - (SEM FÔLEGO) Anotou a placa do caminhão Scully?

SCULLY: - Anotou o número do Jumbo que passou por mim Mulder?

Mulder sorri. Deixa o corpo cair e se abraça nela.

MULDER: - (OFEGANTE) Devo estar te esmagando...

SCULLY: - ... Você sabe que eu adoro sentir seu peso sobre meu corpo..

MULDER: - (SORRI) Eu sempre soube que as baixinhas adoram algo bem grande...

SCULLY: - Claro Mulder... mas não imaginava algo gigante...

Mulder solta uma risada. Olha ao redor deles.

MULDER: - Aderiu às rapidinhas agora???

SCULLY: - Rapidinhas??? (RI) Rapidinha para mim são aquelas diretas ao ponto, e sem muitos atrativos... isso não foi rapidinha...

MULDER: - (OFEGANTE) Sorte que estamos no trabalho... Ou eu faria muita sujeirinha... considere esta como rapidinha...

SCULLY: - Então eu quero muitas rapidinhas!!!!

Mulder se ergue, tonto, olhando para ela. Scully desce da mesa. Sorriso de vencedora. Os dois apanham as roupas do chão e começam a se vestir. Mulder continua olhando para ela.

MULDER: - Ah é? Vai me largar como um objeto usado?

SCULLY: - Eu te falei que a minha proposta era essa Mulder... eu avisei...

Mulder se aproxima dela a puxando pra um beijo longo. Olha em seus olhos.

MULDER:- Sinceramente... eu amo você.


Memo 3: Adoro fazer coisinhas...

Apartamento de Scully - 9:34 P.M.

Mulder entra no apartamento sacudindo-se por causa da garoa fina. Em suas mãos, um pacote de farmácia. Ele atira sobre o balcão. Retira o sobretudo e larga no chão. Faz o mesmo com os sapatos.

MULDER: - Ainda acho que deveríamos ter voltado pro meu apartamento... Tá, tudo bem, eu sei que você quer terminar de encaixotar coisas, cobrir os móveis, mas Scully, depois de um maldito coquetel chato na casa de um ex-colega seu e com uma tempestade dessas??? Ah, comprei as aspirinas.

Mulder afrouxa a gravata e abre três botões da camisa. Atira-se no sofá, liga a televisão e coloca os pés sobre mesinha. Scully entra na sala, vestida num longo vestido negro, com um generoso decote nas costas.

SCULLY (OFF): - Se algum dia eu quisesse observar seus sonhos, não teria dificuldades para compreender a sua complexa psique, aquela mistura notável e única de sentimentos e atos que, unidos, o tornam único. Você, em sua maneira de pensar... o profundo e obscuro oceano de sua mente, passado para as outras pessoas como algo estranho e incompreensível, se desmancha quando o ouço falar, o vejo chorar e se sentir perdido... por que se esconde?

Scully se aproxima sorrateira. Olhar centrado nele, repleto de desejo. Mulder parece perceber alguma coisa, mas não se move. Continua olhando para a TV.

SCULLY (OFF): - Observo a maneira como as roupas se dispõem em seu corpo. O modo como o tecido fino da camisa molda seus ombros, os músculos ora se pronunciando, as pernas longas cobertas pelo tecido negro, que em vão escondem o que você é. Aquela mecha de cabelo que cai pela testa... ai Deus, pecado seria resistir...

Scully está bem perto agora, logo atrás dele.

SCULLY (OFF): - Consigo sentir o aroma de seus cabelos e o Hugo Boss inebriante que costuma usar... mas nada se compara ao seu próprio cheiro... esse cheiro que me faz perder a compostura e revogar os meus preceitos... você inebria, contraria a ordem natural do curso...

Mulder se arrepia, fechando os olhos. Mas não se move. Scully por trás dele, toca a mandíbula dele com a ponta dos dedos, deslizando as mãos por sobre o rosto dele, sensualmente. Mulder fica quieto, embargando-se com o toque dela.

SCULLY: - (SUSSURRANDO) Adoro a sua mandíbula Mulder...

Scully abaixa-se e distribui pequenos beijos pelo pescoço dele, contornando a mandíbula com a língua. Ele fecha os olhos, sentindo a respiração escassear.

MULDER: - (MURMURA) Scully... Eu tô sofrendo...

Scully chega com os lábios sobre a orelha, ora mordendo e molhando-a com a língua, sussurrando em uma voz sensual.

SCULLY: - Adoro esse nariz forte... essa boca suculenta...

MULDER: - (ZONZO) Scully...

SCULLY: - Apenas me ouça Mulder... se deixe levar...

As mãos dela deslizam por dentro da camisa, arranhando-o com as unhas. Mulder geme baixinho. Scully desenha mentalmente cada músculo rijo que toca, tanto que começa a salivar pedindo pelo beijo. Os cabelos dela passeiam sensuais sobre o rosto dele. Mulder atira a cabeça para trás, se entregando. Scully começa a beijá-lo no rosto. Vai descendo até chegar aos lábios. Circula-os com a língua, lambendo e mordiscando-os enquanto suas mãos estendem-se pelo abdômen, livrando-o da camisa. Por segundos ela se afasta, dando a volta pelo sofá e ficando de frente para ele.

MULDER: - (MURMURA/OLHOS FECHADOS) Meu Deus... Que mulher!

Scully estende um dos braços, puxando-o para o meio da sala. Mulder fica parado olhando para ela, completamente incrédulo. Ela se afasta um pouco e lança um olhar maquiavélico e cheio de malicia.

SCULLY: - Sinta Mulder... sinta...

Scully caminha até ele, serpenteando o corpo de forma sensual. Mulder pende o queixo. Scully vira-se e se encosta a Mulder, movimentando os quadris em círculos, pressionando-se contra ele. Mulder cerra os dentes para se controlar. Ela envolve os braços no pescoço dele, puxando-o para um beijo.

SCULLY: - (MURMURA) Você me excita Mulder... seu cheiro me excita, sua voz me excita, sua virilidade me excita...

Mulder toma os lábios dela em um beijo tórrido, como se a quisesse possuir. Scully sente a excitação dele expressa no beijo. Mulder começa a se movimentar contra ela, iniciando uma dança cheia de volúpia. Scully desce as mãos agarrando-lhe as nádegas.

SCULLY: - (MURMURA) Adoro sentir seus músculos se tencionaram sob meu toque... sentir o seu suor molhar as minhas costas...

Scully percebe-o estremecer a cada palavra que ela diz. Mulder entra com as mãos pelo decote do vestido, agarrando-lhe os seios, que se arrepiam em suas mãos.

SCULLY (OFF): - Deus... Me pergunto se você tem consciência do que faz comigo... essas mãos grandes que me envolvem... macias e firmes... o toque cuidadoso, minucioso, e o mesmo tempo vibrante e mordaz. Adoro o jeito como me toca, o modo como sua língua procura a minha quando nos beijamos com intensidade. Aquela textura úmida e aveludada... O seu gosto. Não saberia descrevê-lo... mas diria que é o gosto da paixão, do desejo, do fogo. Seu beijo é tão cheio de volúpia e explosão que me sinto amolecer em seus braços... gostaria de me deixar levar, mas eu gosto de te saciar... gosto de ver sua expressão quando atinge o ápice... adoro o modo sôfrego quando me olha pedindo permissão a algo que normalmente eu não faria... você não tem regras impostas Mulder. Eu tenho. Mas sei que a vida te marcou de modo a se fechar em seu casulo, assim como a vida me ensinou a construir o meu muro. Eu descobri a sua entrada proibida... você descobriu uma pequena brecha no meu concreto invisível... descobrir e compartilhar... aprimorar e se surpreender...

Mulder desce as mãos por dentro do vestido, até começar a sentir os pelos macios. Scully quase perde a sustentação das pernas quando sente os dedos acariciando partes mais sensíveis.

SCULLY: - (GEMENDO) Mulder... descobriu o que faz comigo?

Ela leva uma das mãos sobre as dele, pressionando.

SCULLY: - Consegue sentir?

Mulder a pressiona contra ele. Scully joga a cabeça para trás, sentindo o calor da pele dele contra suas costas nuas.

SCULLY (OFF): - Você pressiona o meu corpo contra o seu... o que separa nossos corpos são apenas tramas finas de tecidos, estes suficientes para aumentar ainda mais o desejo de possessão... sim, eis a palavra. Somos possessivos Mulder... possessivos em nossa maneira de sentir e agir... forças da natureza, elementos... subitamente você retira as mãos do meu corpo e rasga o meu vestido. O ar frio da sala passa por mim, o que de certo modo alivia o calor que sinto. Me surpreendo por não sentir remorso ao ver aquele magnífico vestido ser partido em dois com a facilidade com que se rasga uma folha de papel. Ao contrário, percebo o quanto queria isso, o quanto queria sentir o seu desejo me abraçar assim como seus braços o fazem...

Mulder a pega no colo.


BLOCO 3:

Mulder entra no banheiro, ligando o chuveiro com Scully ainda nos braços. Os dois entram sob a água. Ambos se arrepiam.

Mulder a envolve com os braços, tomando a frente, mas para surpreso quando ela o impede.

SCULLY: - Não Mulder... você é meu... e eu quero te dar prazer...

Antes que ele fale alguma coisa, ela o beija com paixão em meio à água.

SCULLY (OFF): - Mulheres tem medo da entrega... medo de mostrar o que sentem, e de realizar aqueles desejos mais profundos... medo de que os homens percam o respeito por elas... eu sou assim Mulder, e nada me difere das outras neste ponto. A diferença está em você. A sua espontaneidade é tamanha que eu me permito brincar, jogar e ver suas reações... você sempre me surpreende, você nunca vai me desrespeitar pela minha entrega. De início aqueles tabus tão conhecidos por você ainda cutucavam a minha consciência. Eu o invejava... mesmo parecendo complexo e incompreendido, as coisas eram mais simples no seu ponto de vista. Sentir e dar em procura mútua sem racionalizar, a maneira de buscar as verdades com paixão. E é essa simplicidade que me fascina. Mulheres complicam muito, pensam demais quando deveriam se deixar levar pelo momento. Talvez impelidas pela sociedade, o que de fato é verdade. (SORRI EM MEIO AO BEIJO) Me lembro do dia em que descobri a sua imensa coleção de artigos pornográficos... acredite, várias coisas se passaram pela minha cabeça, entre elas a vontade de te descobrir, de sentir você. Poucas admitem, eu mesma não admito, mas todas idealizam um homem forte e viril na cama, e um eterno apaixonado para o dia a dia. Como fui tola em pensar que você se enquadrava somente no primeiro item...

Língua na língua. Lábios contra lábios. Pressão de um rosto contra o outro.

MULDER: - (OFEGANTE) Não pense isso Scully... Eu não posso evitar ler seus pensamentos...

Ela para o beijo e o fita, o rosto em um sorriso desconfiado.

SCULLY: - Que coisa feia Mulder! Isso não vale!

Mulder sorri.

MULDER: - Tá, desculpe... Não vou mais fazer isso... Mas seus pensamentos são muito excitantes... E verdadeiros.

Ela o empurra contra os azulejos. Ele se arrepia com o contato frio em suas costas, e ainda mais com a água vultuosa e gelada que cai sobre eles.

SCULLY (OFF): - Me ajoelho e arranho seu abdômen... nossa, como é bom sentir sua pele arrepiada, os músculos enrijecendo pelo caminho que traço com os dedos... os olhos verdes semicerrados e esses lábios entreabertos... Mulder, você deveria tomar cuidado em deixá-los dessa maneira...... (SORRI SAFADA) Um gemido baixo escapa de sua garganta, e o vejo abrindo os braços de encontro à parede a fim de me deixar livre em minha exploração. Eu sei que está explodindo, que de vontade me agarraria e me tomaria rapidamente. Mas não. Você espera. Sabe ser passivo. E o admiro ainda mais por isso. Esse seu senso de controle...

MULDER: - (GEMENDO) Scully... você adora me torturar...

SCULLY (OFF): - Para ver como sua resposta é intensa... eu nem ao menos o toquei com intensidade ainda e você já treme à minha mercê. Deslizo meus dedos sobre a calça encharcada... Hummmm, o tecido gruda em seu corpo delineando formas definidas com precisão e tão conhecidas por mim, mas ainda tão necessitadas de serem descobertas... e sempre é uma descoberta. Nunca é igual. Olho para cima e vejo você mordendo os lábios, arranhando os azulejos, em uma luta para não me contrariar. Vez e outra você me olha, aquele olhar sôfrego, o verde profundo exalando sexualidade. Encosto meu rosto em suas calças, mordiscando-o sobre o tecido, literalmente sentindo na pele o seu desejo. Você começa a inconscientemente mexer o corpo contra mim. Se foram os pecados pra sempre, você é adrenalina... e eu preciso disso...

Scully sente uma das mãos dele entre seus cabelos. Trêmulas e ágeis. Ela olha para o zíper, depois para ele, curiosa.

SCULLY (OFF): - Eu começo novamente a te descobrir, a clamar por esta carne que tanto pede o prazer do meu toque. Olho para você e o vejo mordendo a parte interna do braço direito, procurando distrair as sensações violentas que tomam o seu corpo. Você novamente me olha... aquele olhar... eu preciso provocá-lo. Minhas mãos correm novamente pelo seu corpo... adoro a sua bunda...... adoro apertar e beliscar... morder... mas continuo deslizando as unhas por sua pele. Aproximo novamente meu rosto, e com os dentes, vou baixando o zíper. É de certo modo difícil (SORRI)... sua ereção dificulta bastante o meu trabalho. Ouço um gemido rouco ecoar pelo ambiente, seu peito arfando como se buscasse ar inexistente.

Mulder já não se aguenta mais, está enlouquecido. Ela sorri maliciosa.

MULDER: - (OFEGANTE) ... Scully... por favor...

SCULLY (OFF): - Eu sinto meu corpo se encharcar com a água e as suas palavras. Não é somente você que gosta de ouvir. Eu adoro... apesar de não demonstrar muito... mas não vou me apressar... quero te explorar mais a fundo... calma Mulder... calma...

Mulder começa a soluçar. Levanta-a com força, pressionando um beijo violento contra ela.

SCULLY (OFF): - A pressão de seu rosto contra o meu é tamanha que sinto pequenas cãibras. A barba ainda imperceptível pinica em minha pele, aflorando meu corpo. Me sinto viva. Sua língua em um vai e vem alucinado predizendo o que realmente gostaria de estar fazendo comigo... Eu mesma já não consigo aguentar... Nossa! Eu preciso ter você inteiro dentro de mim, agoniado e necessitado... mas não posso... não agora.

Mulder rapidamente se desfaz das calças, levantando uma das pernas dela. Respira com muita dificuldade, enquanto começa a penetrá-la.

SCULLY (OFF): - Não... não agora... ai Meu Deus... eu quero... mas não agora...

Scully se desvencilha dele. Mulder não mais raciocina, alucinado. Ela se afasta um pouco, dando tempo para ele raciocinar.

MULDER: - Scully, eu vou enfartar desse jeito!

SCULLY: - (MAROTA) Calma...

MULDER: - (OFEGANTE) Esse seu cheiro me deixa louco...

SCULLY: - A quem os estudiosos querem enganar quando dizem que os homens não percebem feromônios sexuais...

MULDER: - (OFEGANTE) Eu sinto... Eu fico louco com isso...

Scully morde as coxas dele. Mulder se contrai inteiro.

SCULLY (OFF): - Você me deixa louca, alucinada, fora de mim... olhar para você dói... dói ficar passiva e não fazer nada... às vezes penso se você tem consciência do que provoca em mim.

Scully se abaixa, e começa a passar a língua pelas coxas de Mulder. Ele delira, tentando se segurar no vácuo. Comprime os olhos com força para tentar resistir. Está à beira da inconsciência. Solta gemidos, se contorce.

SCULLY: - Coxas gostosas... você é todo gostoso Mulder...

MULDER: - Scully, você é uma sádica!

SCULLY: - Depois dizem que homens genitalizam o sexo...

Mulder sorri, nervoso. Olha para ela, como se pedisse alguma coisa.

MULDER: - Scully, eu não posso ficar quieto...

SCULLY: - (PODEROSA) Pois nem pense em agir agora... fique quieto sim você é meu objeto sexual... e eu faço o que quero com você.

SCULLY (OFF): - Você afasta um pouco as pernas em um ato inconsciente, completamente trêmulo. O suor se destaca da água, seu cheiro delicioso torna-se mais forte a cada minuto. A luz do quarto entra pela porta e ilumina partes de seu torso... pele... escorregadia e brilhante... implorando pelo toque...

Scully continua sua exploração pelas coxas dele, sugando a água que escorre, lambendo e mordendo. As mãos deslizam por entre as nádegas, lentamente, minuciosamente. Mulder revira os olhos, sem acreditar no que ela está fazendo.

MULDER: - (EXPLODINDO) Bate pra mim Scully......

SCULLY (OFF): - Eu estava esperando por isso... adoro provocá-lo com gemidos e palavras que só penso em falar nos meus mais sujos sonhos secretos... (SORRI) Enfim, eu sou uma menina má... e adoro isso.

Mulder já descontrolado, empurra a cabeça dela contra ele. Scully sorri, meio lânguida, perdendo um pouco do controle. Está tão excitada quanto ele, e permanecer ali, vendo ele se contorcer é quase uma tortura. Mulder geme alto. Scully desliza os dedos pelo membro enrijecido, passando as unhas de leve.

SCULLY (OFF): - Você parece que está a ponto de explodir... (SORRI SACANA) E eu que sempre tinha que me controlar para não olhar em direção às suas calças, antes do nosso envolvimento... tentava adivinhar... afinal, seu apelido no Bureau deveria ter algum motivo... e o que as mulheres cochichavam pelos cantos nada tinha a ver com o Mulder estranho e recluso... eram coisas bem mais interessantes... eu tinha vontade de entrar na conversa... tinha mesmo... mas elas sempre paravam. E eu ficava ali, imaginando e fantasiando como você seria completamente nu... como "ele" seria... mal sabia eu que a verdade era bem maior do que minhas fantasias criavam... Aliás, nunca te falei que até me assustei da primeira vez. Pensei que eu não iria ... (SORRI) Eu não mostrei isso porque estava bêbada... mas me assustei. Entretanto o fascínio e a curiosidade imperavam sobre o medo, e me vi completamente louca para sentir você dentro de mim... machucando ou não, seria maravilhoso...

Mulder olha para ela, com o rosto contraído e um sorriso perdido entre o êxtase.

MULDER: - Gosto disso Scully... muito...

Ela trabalha rápido agora, a língua massageando-o, sugando-o, mordendo-o. Quando percebe que ele mal se firma, para. Mulder a olha desalentado.

SCULLY (OFF): - Ahhhh... esse olhar que me pede pra continuar... não se importa com o que possa acontecer, mas quer que eu continue... o mundo pode estar acabando, mas você quer que eu continue... mas agora eu também quero sentir... quero ver a procura mútua pelo prazer... gosto de um esfrega-esfrega estimulante...

Scully se levanta, virando de costas para ele. Faz a mesma coisa que fez na sala, circulado os quadris de encontro à virilha dele. Sente-o a ponto de machucá-la nas nádegas. Continua rebolando, entornando o corpo. Ele acompanha os movimentos, puxando-a contra si.

SCULLY (OFF): - Você está tão duro que me machuca um pouco, mesmo não me penetrando ainda. Apenas se esfrega em mim... (SORRI) Homens têm necessidade de sentir seus membros de encontro a alguma coisa quando estão excitados... eles precisam sentir isso, é fisiológico, da natureza. Por isso você me puxa com força... ohh, isso é maravilhoso...

Mulder a vira, rispidamente. A levanta rápido. Scully enlaça as pernas nos quadris dele. Ele a segura pelas coxas, mantendo-se em pé, sem encostá-la na parede. Scully estende um dos braços e apoia a mão nos azulejos. Envolve o outro braço nele. Joga o corpo para trás. A água cai diretamente sobre os seios dela.

SCULLY (OFF): - A vontade é tanta que você me sustenta no ar, tão imediativo que não precisa de apoios. O sinto roçando em mim, até que finalmente me toma, em um único golpe. Eu grito, o que o estimula ainda mais. Ahhh... como é maravilhoso senti-lo firme, deslizando rapidamente, fricção e atrito... você empurra e eu puxo Mulder, ambos buscando o que tanto necessitamos. Gosto da maneira como faz isso... você não me vê como uma mulher frágil, que pode quebrar a qualquer momento. Você sabe que gosto de intensidade, que gosto de força, que gosto de fricção, desejo, calor, profundidade... Você faz eu me sentir forte. Estendo o outro braço para me apoiar no box, e conseguir me empurrar contra você. Percebo seus músculos rígidos devido ao esforço para me segurar, mas vejo que você pouco liga para isso, centralizado em mim e no que faz tão bem... Meu corpo todo balança devido aos seus movimentos, o borbulhar de estímulos nervosos enlouquecidos... meu sangue parece concentrado unicamente naquele ponto... aquele ponto feito para te receber... subitamente você abre o box e me leva até a cama. Fluídos e água espalham-se pela colcha, inundando-a de sabores e cheiros, a vida mostrando-se intensa e bela.... você se ajoelha na cama... sabe que eu adoro essa posição... ambos conseguimos nos movimentar ao mesmo tempo, um vendo a excitação do outro crescer e a necessidade aumentar o ritmo até chegar ao êxtase. Fico sobre seu corpo. Meus seios se comprimem contra o seu peito, e percebo que você adora sentir meus mamilos intumescidos contra sua pele. Sua boca traça mapas fluídicos pelo meu pescoço e boca... o seu beijo de novo... ele é tão sexual e vigoroso quanto a relação em si. Há pessoas que não beijam completas... até eu mesma era assim... mas você se entrega, mostra o que quer fazer em apenas um beijo... a língua hábil lembrando o sexo... o sinto mais profundo agora... inteiro, completo, flamejante...

Mulder a puxa mais sobre si, movimentando-se sob ela, que também começa a pular sobre ele, enlouquecida. Os dois gritam e gemem, se mordem e se beijam.

SCULLY (OFF): - Sinto ondas quentes e frias, ondulantes, como se meu corpo flutuasse no vácuo... orgasmos múltiplos, pontos de calor que borbulham pelo corpo inteiro, músculos que antes tinham comandos conscientes trabalham em conjunto com o corpo todo em busca do prazer... dor, calor... ardência... Minhas pernas são atingidas por cãibras, entretanto mal as percebo. Você arremete violentamente contra mim, quase urrando... eu me excito ainda mais, percebendo outro orgasmo chegando...

Mulder faz um movimento e solta um gemido alto. Scully grita. Repete, indo mais fundo. Ela fibrila sobre ele.

SCULLY (OFF): - E finalmente, sinto você explodir dentro de mim, despejando toda aquela ânsia que te fiz acumular a pouco, nossos suores em uma mistura única... mundos etéreos e físicos, pensamentos como um caleidoscópio inebriante... frio, calor, dor e prazer... medo, felicidade, procura e encontro. União... uma mistura das mais complexas... que somente a simplicidade da vida poderia proporcionar.

Scully deixa-se cair sobre ele que cai na cama. Ambos ficam algum tempo recuperando o fôlego. Mulder mal respira, Scully busca ar com sofreguidão.

MULDER: - (SEM FÔLEGO) Acho que preciso correr mais do que dez quilômetros para aguentar a sua maratona... Posso sair de dentro de você?

Scully brinca com os pelos molhados do peito dele.

SCULLY: - Não.

Mulder sorri.

MULDER: - Minha insaciável Scully...

Mulder faz menção de a levantar, mas ela o impede.

SCULLY: - Nem pense nisso Mulder... vou te manter dentro de mim até ver você cair morto....

MULDER: - (ARREGALA OS OLHOS)...

Scully tenciona os músculos. Mulder sorri, lânguido.

MULDER: - Isso é bom... mas eu não sei se posso...

Scully aperta mais ainda, contraindo-se.

SCULLY: - Estou vendo que você mesmo não se conhece, Fox Willian Mulder...

MULDER: - (MALICIOSO) Tá quentinho ainda Scully...

SCULLY: - (SORRI / SAFADA) Percebo....

MULDER: - Também tá molhadinho... e apertadinho...

SCULLY: - Humhum...

Mulder olha para ela, desconfiado.

MULDER: - Scully.....

SCULLY: - ....

MULDER: - Você está pensando que...

SCULLY: - Mulder...

MULDER: - Não dá... não consigo...

SCULLY: - Aposta???

MULDER: - Não, essa eu não aposto mesmo!!

SCULLY: - (PROVOCANDO) Mulder... você não sabe as reações que me provoca... adoro sentir os pelos das suas coxas roçando contra as minhas...

Mulder contrai os olhos. O corpo ainda arde, mas responde às palavras dela.

MULDER: - Scully, pega o manual "Mulder" para precaução... você vai me desmontar mulher...

Scully eleva o corpo. Estende às mãos para trás, tocando nas coxas dele. Puxa os pelos macios com as unhas, arranha, enquanto o olha com ar traquina.

SCULLY: - (LOUQUINHA) Está se arrepiando Mulder...

Mulder solta um gemido leve.

MULDER: - Da próxima vez me avisa antes, que eu tomo uma garrafa de café, como duas barras de chocolate e estimulantes...

SCULLY: - Você não precisa disso...

Scully sente-o corresponder, dentro dela. Mulder olha para ela, desafiante.

MULDER: - Você pediu...

Mulder a agarra, virando-se por cima dela.


Memo 4: Taz... mania de Mulder...

Mulder está deitado na cama, completamente nu. Scully deitada de bruços entre as pernas de Mulder, com o rosto pousado sobre o abdômen dele. Nua. A única peça que veste são duas pantufas enormes do Taz. Ela movimenta as pernas. Mulder pega o controle da TV e zapeia de canal em canal.

SCULLY: - (IRÔNICA) Ô, Testosterona Man, quer fazer o favor de escolher um canal só? Qual é a emoção de passar por vários e não assistir nenhum deles?

MULDER: - Até parece que você não sabe me dizer...

SCULLY: - (SORRI) Possessão com necessidade fisiológica de cunho córtico-hormonal caracterizada pela necessidade de possuir objetos inanimados...

MULDER: - Exato... (DEBOCHADO) Bem, não somente os inanimados...

Mulder a beija nos cabelos. Scully se aconchega nele. Sente-se protegida.

SCULLY: - Adoro ficar assim Mulder...

MULDER: - (SORRI) Por quê?

SCULLY: - Simplesmente gosto....

MULDER: - Adoro ouvir sua voz... adoro o modo como suspira entre uma palavra e outra.

SCULLY: - Eu suspiro? Não havia percebido isso...

MULDER: - Sim, suspira. (BEIJA A TESTA DELA) A maneira como contrai os lábios... a língua que suavemente passa por eles quando começa a indagar alguma coisa... a sobrancelha direita sempre elevada. O modo como põe o cabelo atrás da orelha... pequenos gestos concentrados, como se tudo o que você fizesse mostrasse o quanto é perfeita no que faz... o quanto é perfeita em sentir e naturalmente mostrar o que você é. Você é perfeita Scully...

SCULLY: - (EMOCIONADA) Nunca pensei que você fosse minucioso em detalhes Mulder... homens geralmente não se atem a detalhes. Observam o conjunto todo.

MULDER: - Mas eu não sou todos os homens Scully... eu sou o seu homem. Percebo em você coisas que só eu mesmo perceberia.

SCULLY: - Hum... (SORRI) pelo menos admite... mas eu não sou isso que você disse. Eu tenho muitos defeitos... aliás, mais defeitos do que qualidades.

MULDER: - Como pode dizer isso? Tá me chamando de mentiroso agora é? Já não basta ser estranho, tenho que ser estranho e mentiroso?

SCULLY: - Mulder, você sabe que a sociedade nos impõe esses estereótipos... não há como escapar. Ainda mais para um mundo machista como este... sabe, eu sempre me perguntava como você aparentemente se mantinha recluso e distante das mulheres, quando o assunto preferido das espevitadas do FBI era o gostoso Spooky do porão...

Mulder vira o rosto dela para encará-la.

MULDER: -(INCRÉDULO) Isso é verdade???

SCULLY: - Ô, se é! Assunto nos banheiros femininos do FBI. Eu não conseguia ouvir diretamente... mas mantinha os ouvidos atentos. Pelo que diziam, você era o primeiro da lista que elas levariam para a cama... (ALTERA A VOZ) "Ele é quente...." (RI) "Ele tem um enorme pé de mesa", "os tímidos são os melhores..." e "aposto que aquela ruiva deve se aproveitar quando se tranca com ele no porão, a sortuda"...

MULDER: - (INCRÉDULO/DEBOCHADO) Eu não acredito! Por que não me falou antes? Péssima amiga você, Scully. Eu na seca aqueles anos todos sem saber que a mulherada do FBI queria cair matando em cima de mim e você sabendo disso, se dizendo minha amiga, não falou nada.

SCULLY: -Acha que eu ia entregar de bandeja o que eu queria pra mim? Não mesmo!

Scully dá um beliscão na coxa de Mulder.

MULDER: - (RINDO) Au!!!

SCULLY: - Seu cachorro safado!

MULDER: - (DEBOCHADO) Eu sou...

SCULLY: - E elas ainda imaginavam que eu me aproveitava... (SAFADA) mas bem que eu traçava estratégias de como iria fazer isso... só que nunca executava o plano! E passaram-se anos nessa ladainha...

Mulder a abraça, puxando-a mais para junto de si.

MULDER: - Eu sempre me achei esquisitão... meio nerd... É sério, não me acho um caro bonito. Eu brinco com você me fazendo de gostosão do pedaço, mas não acho que sou tudo isso não.

SCULLY: - Me engana que eu gosto... Seu cretino!

MULDER: - Mas é verdade!!

SCULLY: - Qual é Mulder!

MULDER: - ... (RINDO)

SCULLY: - Tá, vou fingir que acredito... não quero discutir com você agora...

MULDER: - (SACANA) Tô adorando esta conversa Scully... vou descobrir tudo sobre o universo feminino... O que mais falavam no banheiro sobre o Estranho Mulder? Hum?


BLOCO 4:

Mulder sai de baixo dela e deita-se ao lado. Apoia a cabeça com o cotovelo. Ela fica de costas, com o olhar no teto. Ele leva a mão sobre o rosto dela, passando de leve, sem a tocar. Scully se arrepia. Desce com a mão, as pontas dos dedos tocando os mamilos, a barriga. Ela suspira, arqueia o peito pedindo mais. Ele continua desenhando rastros invisíveis pela pele dela. A fita com um olhar apaixonado.

MULDER: - Eu te amo Scully... E eu sei que você gosta que eu banque o perverso tarado.

SCULLY (OFF): - (INSPIRA/OLHOS FECHADOS) Sinto as batidas de meu coração... o sangue que circula, os sons que tanto éramos acostumados a ouvir e sentir antes de encontrarmos a luz, redundarem pelo meu corpo agora... a vida caminhando em um compasso único e fugaz, adentrando uma estrada de pensamentos, sensações e atos muitas vezes não compreendidos, entretanto, tão necessários quanto a nossa força de seguir em frente. Mesmo sem saber, percebo as batidas do meu coração acompanharem as suas, como se a vontade de ser guiada por algo tão grande e intenso estivesse além de minha consciência...

Mulder olha para ela quase paralisado. Scully inspira mais uma vez.

SCULLY (OFF): - Sinto-o perto de mim... a intensidade e necessidade juntas... o modo de como seus pensamentos penetram os meus... você me conhece, me descobre, sabe o quero sentir e ouvir, mesmo assim, percebo o medo às vezes chegar, imerso em lugares que pouco conheço, mas sempre presente quando os necessitaria sentir longe... como eu gostaria de te dizer o quanto é maravilhoso estar com você... como é sentir sua mente ser inundada por um milhão de ideias, e ao mesmo não pensar em absolutamente nada além do prazer da sua presença, sentir o seu cheiro, o toque da sua pele, sua voz ecoando em meus sentidos de maneira a despertar o meu corpo para a vida... seu beijo tão denso e profundo, dizendo em sensações tudo o que você me traduz perfeitamente em palavras... estas que muitas vezes não precisariam ser necessárias, mas você sabe que preciso ouvi-las... Você sente e compartilha com o corpo e a alma, Mulder... a entrega em sua mais pura maneira de ser... o medo que tanto vejo em seus olhos se dilui no mesmo instante em que os sentimentos e sentidos entram em pauta... meu corpo flutua no espaço, a visão se embaralha numa mistura de imagens e sensações quando estou com você... a materialidade e opressão que tanto me incomodam fluem para fora de meu corpo quando o sinto comigo... entrega Mulder... entrega... Eu preciso dividir o meu sentimento, compartilhar em palavras e atos, pois quase não posso aguentar... eu quero Mulder... eu preciso... preciso de você, preciso sentir seu coração bater junto ao meu, o ritmo vital e todos os sentimentos unindo-se em um único ser... eu te amo Mulder. Te amo com todas as minhas forças... meu corpo sucumbe ínfimo comparado a essa imensidão... nunca poderia imaginar que este sentimento que temos um pelo outro ficaria maior do que já era... Dói de angústia olhar pra você e ver que é tão mortal quanto eu mesma, que é frágil... a vida é suspensa apenas por um fio muito fino, e fácil de ser rompido. Eu não posso pensar nessas coisas... isso me tortura mais do que qualquer coisa. Peço a Deus todos os dias para que nos dê mais tempo... não posso ficar sem você. Sei que minha alma sangra quando não está junto da sua. Você já faz parte de mim... e não posso mais controlar. Preciso, necessito... você é meu oxigênio vital, Mulder. Mas se um dia eu precisar parar de respirar, eu o farei. Farei porque sei que continuarei com você... onde for que eu estiver...

Scully expira. Depois de alguns segundos, percebe que ele não mais a toca. Abre os olhos e procura por ele. O vê na mesma posição em que se encontrava. Está mais sério, o olhar baixo. Mulder a olha, o verde transparente dos olhos de criança ainda absorvido nos pensamentos dela.

SCULLY: - Mulder??

MULDER: - ... Desculpe, eu... fiz de novo... mas eu vou me controlar...

SCULLY: - Mulder... a-acho que pensei coisas que não devia... mas eu precisava...

Mulder envolve o rosto dela com as mãos, emocionado.

MULDER: - Pois eu preferia morrer agora mesmo a ter que passar o resto da minha vida sem você, sem ter você, sem o seu sorriso, sem as suas lágrimas...

Mulder a beija.

SCULLY (OFF): - Como você consegue ser tão transparente e puro, de uma inocência quase gritante? O que eu fiz para te merecer? Eu preciso saber o porquê, pois ainda permaneço com as minhas dúvidas à volta. Não pelo que sinto, nem pelo que você sente, mas perguntas universais com respostas que sei serem incompreensíveis. É o curso natural da vida. Mas ainda me surpreendo com você. O conheço tanto que sinto quando não está bem, mesmo eu estando a quilômetros de distância. Entretanto, a cada dia, horas, minutos e segundos que passam, eu me vejo fascinada com as pequenas descobertas que me rodeiam... você é o meu reduto Mulder... parte da minha alma. Eu o amo tanto que nunca me cansarei... sempre vou querer mais e mais... uma pessoa só não poderia guardar para si um sentimento tão grande, uma pessoa só não poderia ser tão perfeita...

Mulder continua o beijo, ela em divagações enquanto deixa-se levar pelas mãos que distribuem toques delicados em seu corpo, lábios e língua tão conhecidos e ao mesmo tempo tão ardentes e desejados a explorar sua boca.

SCULLY (OFF): - Você me beija... um beijo diferente dos anteriores, na intensidade do fogo e da necessidade. Eu sinto carência e acalento, sempre misturados com aquele desejo explosivo que lhe é bem característico.

Mulder interrompe o beijo, voltando a olhar apaixonado pra ela.

MULDER: - Eu te amo Scully.

Mulder se abraça nela, alisando seus cabelos. Olha para a TV. Seleciona o canal de desenhos. Scully puxa o lençol sobre eles, se aconchegando de costas contra Mulder.

MULDER: - Que tal um desenho a dois?

SCULLY: - Você não prefere Discovery Channel?

MULDER: - Desenhos também são educativos...

Na televisão, o desenho do Taz. Scully continua tranquila, olhando para a tela. Mulder contrai os lábios.

SCULLY: - Eu gosto do Taz...

MULDER: - (DEBOCHADO) Por que você gosta dele?

SCULLY: - Ah... sei lá. Ele é tão fofo... peludo, comilão... tem uma cara inocente, mas é voraz ... às vezes tímido... uma mistura de muitas coisas.

Mulder desata a gargalhar.

SCULLY: - Mulder? Por que está rindo??

Mulder se contorce. Não para. Está tendo um acesso de riso.

SCULLY: - (CURIOSA) Mulder!! Ah não! O que tem o Taz?

MULDER: - (RINDO) ... Fofo... peludo... comilão, com jeito de inocente, voraz e ao mesmo tempo tímido... Descreveu com perfeição Scully!!

SCULLY: - Aliás, por que vem me dando tantas coisas do Taz? Pantufas, calcinhas, pijamas... até uma caneca do Taz você me deu! Qual é a moral disso?

MULDER: - (DEBOCHADO) Pensa... Scully... pensa..

SCULLY: - ....

MULDER: - (CURIOSO) ... Pensa o que o Taz me lembra em você.

SCULLY: - (DESCONFIADA)...

MULDER: - .....'Taz' com fome Scully?

Scully finalmente se dá conta do que ele fala.

SCULLY: - Mulder!!!!!

MULDER: - (RINDO) Scully!!!!

SCULLY: - Eu não acredito!!!!

MULDER: - Em quê??

SCULLY: - Nisso!!!

MULDER: - (SE FAZENDO DE BOBO) Nisso o quê?

SCULLY: - (INCRÉDULA) Tazzzzz Mulder, Taz??

MULDER: - Taz Scully!! Eu precisava arranjar um nome também!

SCULLY: - (INCRÉDULA) Taz?!?!?!?!

MULDER: - Taz!!

SCULLY: - ... (BEIÇO)

MULDER: - ... (RINDO)

SCULLY: - ..!!!!!

MULDER: - ... Scully??

SCULLY: - Não Mulder!! Isso não!

MULDER: - Scully, do que você está falando?? Poderia me explicar?

SCULLY: - (INGÊNUA) Por que Taz?

MULDER: - Você acabou de me dizer há pouco! Vai dizer... é perfeito!

SCULLY: - Baseado em quais argumentos?

MULDER: - (ASSOVIANDO)... Por que não o Taz?

SCULLY: - (CHATEADA) Ai Mulder... é que o Taz tem um bocão!

MULDER: - Tá... nesse ponto eu concordo. A Taz que eu conheço tem uma boquinha bem pequenininha... mas tão gulosa quanto o Taz dos desenhos... consegue engolir um bicho bem maior do que ela...

SCULLY: - Mulder!

MULDER: - (RINDO)Você pediu para dizer a diferença! Você disse que não tinha um apelido pra sua planta carnívora aí. Eu arrumei.

SCULLY: - ...

MULDER: - Foi o que você disse Scully... fofa, peluda, gulosa, às vezes tímida, outras voraz...

SCULLY: - (INDIGNADA) Peluda!?!?!

MULDER: - (RINDO) Ahhhh Scully! Que coisa! Estou falando relativamente, né? Raposa também é um tufo de pelo... e o Raposão...

SCULLY: - (RINDO) Para!

Scully deita de bruços na cama, apoiando a cabeça com as mãos, ao lado dele.

SCULLY: - Ah Mulder... poderia ser outro nome...

MULDER: - O que você queria?? Coisas pejorativas como Shana? Que tal com X? (RINDO) Scully, Xanas e Xenas não vão combinar com a gente nunca! Desista!

SCULLY: - (RINDO) Não!! Isso não!!

MULDER: - Então? Taz é meigo, carinhoso. Combina com você. E ninguém vai imaginar do que estaremos falando. Assim como o Raposão. Mais um código pro nosso livrinho.

SCULLY: - (GOSTANDO DA IDEIA) Hum... (DIFÍCIL) Não sei...

MULDER: - (BEIÇO)... Mas o Raposão precisa de uma namorada... e ele gosta só da Taz... adora o "abraço" da Taz...

SCULLY: - Mulder... eu tô com fome... uma gula imensa...

MULDER: - (INTERESSADO) Fome de quê...?

Scully se levanta, puxando ele pelo braço. Aperta a bunda dele, ao mesmo tempo em que lhe lambe o peito.

SCULLY: - Muita fome... Gosto de comer raposa.

MULDER: - De novo??

SCULLY: - Acha muito?

MULDER: - Tem certeza que não pode ser uma disfunção?

SCULLY: - Você não aguenta Mulder?

MULDER: - O pior é que eu não consigo resistir! Só paro no dia em que tiver um ataque cardíaco!!!!

SCULLY: - Mas eu continuo com fome...

MULDER: - (DEBOCHADO) Taz com fome? De novo? Viu? Eu tenho razão!

SCULLY: - (DEBOCHADA) Muita fome. Taz faminta...

Scully desce da cama rindo. Mulder continua deitado, com os braços atrás da cabeça. Ela morde um dedo, olhar cheiro de malícia, com uma expressão de ninfeta. Veste um robe.

MULDER: - (PÂNICO) Por que tenho a sensação de que vou me arrepender desse apelido...

SCULLY: - Agora é tarde. Eu gostei! ... Hum, espere Mulder...

MULDER: - (PÂNICO) Onde pensa que vai?

SCULLY: - Preparar o meu menu... Taz com fominha...

Scully sai do quarto, rebolando. Mulder apoia o corpo com os cotovelos, curioso.


Memo 5: Cardápio do dia: Dessert Mulder a là Scully com cereja...

Cobertura de chocolate, cerejas e chantili sobre a cama. Uma garrafa de licor de menta. Mulder olha, boquiaberto. Scully lambe os lábios, passando chantili nos dedos e chupando-os. Pega a cobertura de chocolate e o licor e derrama pelo peito dele. Mulder joga a cabeça para trás, se arrepiando. Scully avança, começa a chupar, a lamber e a morder.

SCULLY: - (INOCENTE) Isso é bom Mulder?

MULDER: - (DEBOCHADO) Não, é horrível Scully... eu detesto quando você faz isso!

Scully sorri, derrama mais, agora pela boca e pescoço de Mulder. Espalha com os dedos, ora lambe e chupa. Mulder a puxa para cima e devora os lábios dela.

SCULLY (OFF): -Adoro quando faz isso... quando quer me beijar com força. O gosto de chocolate e menta misturado à saliva e gostos particulares... isso o deixa desnorteado. Você quase me machuca, me morde, me lambe, me tira o fôlego. (BUSCANDO AR) Eu não posso mais esperar, tão pouco você.

Scully desce pelo corpo de Mulder, lambuzando-se nele. Pega o spray de chantili, o sacudindo. Mulder arregala os olhos, atônito.

MULDER: - Scully, você não estava falando sério...

SCULLY: - Seríssimo...

MULDER: - (DESESPERADO) Chantili engorda muito!

SCULLY: - (SAFADA) Não tenta me dissuadir Mulder... Taz com fome! Foi você quem gerou o monstro!

MULDER: - (DEBOCHADO) Yhaaaaa!!!!!

SCULLY: - (DEBOCHADA) Que tal se eu for buscar sorvete? Hein? Bem gelado? E colocar em algo seu bem quente e sensível...

MULDER: - (PÂNICO) Acho melhor você ficar com uma falsa banana split Scully... (DEBOCHADO) Tá tentando me 'encolher' é? Por que não me enterra na neve?

Scully coloca chantili na mão, rindo. Lambe a mão, sedutoramente. Mulder a olha com expectativa. Scully lambuza seu próprio corpo com chantili e calda de chocolate. Depois continua a lambuzar Mulder.

SCULLY (OFF): - Nem quero saber da sujeira que isso vai dar. Ainda bem que existe OMO para as sujeiras mais difíceis... Passo chantili em seu rosto... adoro o modo como passa a língua nos lábios para sorver... você se deixa levar, enquanto sigo o meu rastro pelo seu corpo. Pego uma cereja na ponta dos dedos e tento seus lábios... você lambe meus dedos, passando a língua por eles, tentando pegá-la. Sorri entre uma tentativa e outra, até que segura o meu braço com força e sorve meus dedos com aflição.

Scully geme ao sentir a língua de Mulder entre seus dedos, em sucção crescente. Respira fundo. Desce, aplicando chantili pela virilha dele. Mulder morde os lábios. Scully olha para ele com desejo. Então coloca o chantili entre as pernas dele. Mulder geme, revira a cabeça de um lado para o outro. Abre os olhos, incrédulo. Scully derrama cobertura de chocolate e espalha com os dedos. Mulder delira. Scully começa a sorver a mistura devagar, acompanhando todo o comprimento e voltando, beijando e chupando com minuciosidade.

MULDER: - (MURMURA) Scully, eu não vou me conter!

SCULLY: - (MURMURA) Não segura Mulder...

Scully pega o licor e bebe na garrafa, derramando por cima de Mulder. Começa a se sentir tonta. Mulder delira enlouquecido. Ela sente que ele não se aguenta mais. Faz uma fisionomia de malvada.

MULDER: - Scully, esse negócio é forte...

SCULLY: - Lembra do Halls? Halls é fichinha perto desse aqui....

Mulder tenciona os músculos quando ela o abocanha com fervor. Mulder começa a gritar enlouquecido. Ela olha para ele, adorando a expressão sôfrega. Dá pequenas mordidas. Mulder geme alto, sem saber o que fazer.

SCULLY (OFF): - Seus dedos empurram minha cabeça contra você, ao mesmo tempo em que se move contra mim, inconsciente. Adoro quebrar sua resistência, Mulder... deliro ao ver seu rosto exprimindo dor e prazer ao mesmo tempo, suplicante e agoniado. Sinto o gosto do chantili e chocolate misturados ao licor e à sua pele quase febril... percebo que o álcool começou a fazer efeito em mim... (SORRI) Hum... e isso é bom...

MULDER: - (PRENDENDO A RESPIRAÇÃO) Para Scully... eu... eu não consigo segurar mais...

Scully continua manipulando-o, enquanto lança um olhar sensual para ele.

SCULLY: - Goza Mulder...

Mulder com esforço abre os olhos. Em resposta, um olhar de afirmação.

SCULLY: - Goza Mulder... goza tudo....

Ele obedece. Scully aumenta o ritmo, e ele se deixa levar. Sente a cabeça girar. Os músculos em espasmos involuntários. Mulder olha para ela, zonzo. Scully dá um sorriso de contentamento, lambendo os lábios maliciosamente. Mulder olha para cima. Ela sobe o corpo, morde os mamilos dele. Agarra o bumbum dele e arranha suas costas. Mulder começa a estremecer de novo. Scully sobe, beijando-o novamente.

MULDER: - Scully, eu não tenho mais 20 anos...

SCULLY: - (MORDENDO-O) Não... você rende mais do que três caras de 20 anos...

Mulder arregala os olhos. Scully desce a mão e começa a manipulá-lo de novo.

SCULLY: - Eu não fiz uma banana split? Pois agora eu quero te dar a sua sobremesa... fecha os olhos.

MULDER: - Ahhhh! Eu não posso olhar?

SCULLY: - Você não adora mistérios?

Mulder a fita, com olhar safado. Fecha os olhos.

Corte.

Scully deita-se na cama com chantili sobre os seios e entre as pernas.

SCULLY: - Pode abrir, Mulder.

Mulder abre os olhos. Lança um olhar de incredulidade e empolgação. Se atira sobre ela, a devorando com os lábios. Scully treme, se entrega, pedindo mais. Ele a olha. Ela não resiste e solta uma gargalhada.

MULDER: - Por que está rindo?

SCULLY: - (RI) Você tem chocolate e chantili pelo rosto inteiro... nas sobrancelhas, nos cabelos... eu mal enxergo o seu rosto!

MULDER: - Sou um menino travesso, Scully.

Scully puxa o rosto dele e começa a lambê-lo. Mulder fecha os olhos. Ela passa a língua pelo rosto dele, minuciosamente. Mulder não se contém e a beija com força.

SCULLY: - Espera... eu não acabei o seu banho de gato ainda Mulder... hum... sinto o seu gosto... Excitante... molhado... gosto de Mulder.

Scully se afasta. Mulder sorri, misturando intensidade e ternura.

SCULLY: - Deita de costas Mulder...

MULDER: - Você parece eu pedindo alguma coisa... incisiva, sem pensar muito... simplesmente vem na cabeça e você fala... Fico feliz que esteja assim Scully. Mais liberta.

SCULLY: - Cansei de amarras Mulder... cansei de carregar o fardo de culpa sozinha. Cansei dessas bobagens. Eu não preciso disso... não com você...

Mulder a fita, um olhar compreensivo e admirado.

SCULLY: - (SAFADA) Não sentiu falta de alguma coisa no seu sundae, Mulder??

Mulder entra novamente no jogo. A malícia toma conta dos olhos verdes.

MULDER: - A cereja... Você esqueceu da cereja!

SCULLY: - (ERGUE A SOBRANCELHA) Não esqueci não, seu bobinho... Você é que não a encontrou ainda...

Mulder dá um sorriso sacana.

MULDER: - (EMPOLGADO) Quero minha cereja, Scully...

SCULLY (OFF): - Você agarra minhas coxas, mergulhando seus lábios entre as minhas pernas. Ao invés de investir de uma vez, apenas encosta a ponta da língua... fica me provocando por momentos assim, e eu louca para que você apresse de uma vez... mas não... você sabe que toques breves em início excitam muito mais os terminais nervosos do que algo vigoroso... sabe que me deixa enlouquecida desse jeito... Você quer que eu peça... safado...

SCULLY: - (FECHA OS OLHOS) Me chupa Mulder... Com força...

SCULLY (OFF): - Quase dou um salto quando você me obedece... não consigo fechar meus lábios, não consigo evitar gemer... me agarro na colcha, tentando me segurar... um ciclone parece envolver meu corpo... minha cabeça roda, meu corpo inteiro sente o que você está fazendo... o estômago se contrai violentamente, as pernas convalescem em espasmos sem eu as comandar para isso... você sabe onde está a cereja, mas me desafia, o que me faz gritar...

Mulder pega a cereja com os lábios. Scully olha para baixo. Ele tem um sorriso traquina. Estala a cereja na boca. Sorri sacana.

MULDER: - Peguei minha cereja...

SCULLY (OFF): - Se alguém entrasse por aquela porta agora, nada nos impediria de parar... o cérebro quando chega a um patamar tão alto de excitação perde o controle das funções motoras, que funcionam unicamente para receber a descarga colossal de endorfina provinda de um orgasmo... perdermos parte da audição, parte da visão... viramos unicamente uma massa de nervos sensitivos, cada centímetro de pele sendo incorporada para contribuir a isso... por isso, se alguém entrasse por aquela porta agora, não pararíamos até chegar onde o corpo pede com urgência...

Scully entra em orgasmos, um atrás do outro. Mulder está a ponto de um. Scully, num esforço tremendo, levanta o corpo, projetando-o para frente. Fica de quatro. Mulder a olha, ainda atordoado. Ela volta o rosto para trás. O observa permitindo. Mulder a olha com desejo. Scully volta a cabeça para frente e apoia os cotovelos no colchão. Fecha os olhos. Ele se levanta por detrás dela.

SCULLY (OFF): - Você toca meu bumbum... passa os dedos, sentindo a textura da minha pele... estende uma das mãos pelas minhas costas... Derrama calda de cereja nelas, passando sua língua... Deus, eu sempre fico com medo... eu quero... sinto que você arqueia o corpo sobre o meu. Traça linhas com a língua acompanhando e delineando cada vértebra.... Sinto novamente sua pressão sobre mim... não consigo respirar... não consigo me mexer... receio misturado a prazer... a cada segundo passado percebo meu corpo todo se contrair pela espera, essa que está me torturando agora...

Mulder desce as mãos pelas coxas dela. Scully treme, se agarra na colcha da cama.

SCULLY (OFF): - Você eleva as mãos, devagar, chegando onde sabe que enlouqueço. Me acaricia, manipula... Como você sabe fazer isso... quando percebo, me movo no ritmo de suas mãos, abafo gemidos entre meus punhos cerrados e trêmulos...

Mulder eleva o corpo por sobre o dela, fazendo com que ela se levante um pouco também. Desce uma das mãos até agarrar um dos seios. Com a outra vai até o rosto dela, puxando-a para beijar sua orelha. Scully se arrepia. Mulder a solta. Ela apoia as mãos no colchão novamente. Mulder puxa os quadris dela contra si. Scully se agarra na colcha, com medo e desejo ao mesmo tempo. Mulder a manipula lentamente. Scully se entrega. Sente-o entrar devagar. Abafa um grito colando o rosto no travesseiro. Mulder solta gemidos altos, ofegante.

SCULLY (OFF): - Percebo o quanto você gosta, o quanto quer. E eu gosto também. Você agarra os meus quadris com força, colando em mim o máximo que consegue. Ouço seus gemidos roucos, quase animalescos. Isso realmente me excita. Você não tem vergonha de ser barulhento quando quer...

Mulder aumenta o ritmo. Scully morde o travesseiro com força, gemendo.

SCULLY (OFF): - Isso dói... realmente... mas é uma dor gostosa... Dor de prazer, confusa, misturada à loucura e ao suor que se espalha por entre nossos corpos colados e melados... mas eu quero te ouvir... eu estou gostando disso... é diferente. Entretanto o que mais me deixa louca é te ouvir... gritando, enlouquecido, me possuindo como sempre realizou em suas fantasias... é difícil admitir, mas gosto de te servir, Mulder...

Scully se move contra Mulder.

SCULLY: - (GRITA/ OFEGANTE) Mais Mulder!! Mais... mais... assim... ohm, Mulder...

MULDER: - (ENLOUQUECIDO/ SÔFREGO) Ai, deus... você é tão... apertada... Scully...

Mulder geme alto. Scully grita, se empurrando contra ele. Mulder aumenta o ritmo, os dois aos gemidos altos, até que finalmente deixam o torpor tomar conta de seus corpos. Caem exaustos no colchão.

SCULLY (OFF): - Sinto meu corpo tremer, minhas pernas tremerem... Não há sensação melhor do que a loucura mútua... O desejo ardente... O prazer... Simplesmente o prazer... Tarde demais, Mulder... Você sabe que ganhou esta mulher de todas as maneiras... Porque você a descobriu. A permitiu ser quem realmente ela é...

Corte.

[Som: Tears For Fears – Woman in Chains]

Scully sentada na cama, olha para o nada, relembrando. Sorri. Ajeita o travesseiro. Pega a caixinha do CD que está na cômoda. Apoia sobre a barriga.

Close do CD do Tears For Fears. Scully desliza os dedos sobre a capa. Por sobre a frase escrita à mão: 'O círculo vermelho dirá numa canção o que eu queria dizer em palavras neste momento de sua vida. Para sempre, Mulder...'

Scully vira o CD. Atrás um círculo vermelho na música 'Woman in Chains'. Scully sorri. Aperta o CD contra o peito.

SCULLY (OFF): - Jamais conseguirei descrever todos os nossos momentos íntimos com o vigor e intensidade que os vivemos... Nossas loucuras, tão nossas Mulder... Peculiares de nós dois... Percebo meus hormônios mais aflorados, um sentimento de tristeza, fragilidade, saudade, carência... Sinto nosso filho dentro de mim, e sei que deveria estar agora pensando nele... Mas eu preciso pensar no pai dele também... Preciso pensar naquele homem que quebrou as cadeias invisíveis que prendiam meus pulsos... Naquele que é um bom pai, um bom marido, um bom amigo, um bom amante... no quanto ele consegue ser tudo, dentro da sua simplicidade... Do quanto ele luta pela sua família... E não me pede nada. Apenas que abrigue sua alma e seu corpo cansado entre os meus braços ao cair da noite... Como se eu fosse o porto onde o navio dele atraca pedindo combustível para seguir sua viagem...

Scully coloca a caixinha do CD em pé sobre a cômoda. Deita-se de lado, puxando o edredom sobre si. Observa a letra de Mulder. Saudade.

SCULLY (OFF): - Você diz que sou sua alma, Mulder... Eu não sei. Se alma significa imortalidade, você é minha alma também. Com você me sinto única, imortal, forte... livre... Ontem, eu era uma mulher séria, lutando contra minha natureza, meus instintos de loucura, dominada pelo medo, pela falta de autoconfiança, por homens que subjugam as mulheres as rotulando de vadias pra farra ou donas-de-casa pra casar. Mulher não pode gostar de sexo, apenas as vadias gostam... E você se prende as suas correntes pelo medo de se entregar, ser rotulada como vadia e imediatamente ser considerada apenas "diversão sem compromisso". Seu sentimentos não são respeitados, nem a sua entrega. Pelo medo que esses homens têm de mulheres que querem sentir prazer com amor. Mais e mais rótulos dolorosos para carregar num mundo que não compreende que podemos ser o que quisermos com o homem que amamos. Mas nem os homens que amei entendiam isso. Sofri com homens que apenas atavam mais as minhas correntes... A cada um deles, uma esperança do real e verdadeiro. Uma promessa do eterno que se dissolvia como açúcar na água. A cada um deles uma decepção e a aceitação de que não poderia haver nenhum disposto a me libertar de todas as amarras... Hoje, eu não sei definir o que vivo. O que sinto. Eu nunca saberia definir você... Eu só posso dizer as duas únicas palavras que regem minha vida agora: felicidade e liberdade. E todas elas vieram através de um único e verdadeiro homem: você. Que me deu asas. Que me fez voar livre feito um pássaro. Que compreendeu meus medos e inseguranças... Que estendeu sua mão compreensiva e me pediu para experimentar a vida com você... Que fez realmente eu me sentir mulher... Amada, desejada... Sem julgamentos machistas, nem rótulos. Nunca me prometeu nada e me deu tanto... Que é meu amigo, pai do meu filho, meu amante, meu marido, meu companheiro, meu passado, presente e futuro... meu mundo... aquele que olhou pra mim com uma única intenção, tomou minhas correntes e as arrebentou e disse...

Scully desliga o abajur. Fecha os olhos, afagando a barriga num sorriso.

SCULLY (OFF): - Seja livre, Scully. Apenas livre...


X

12/08/2001

21 de Agosto de 2019 a las 21:06 0 Reporte Insertar Seguir historia
1
Fin

Conoce al autor

Lara One As fanfics da L. One são escritas em forma de roteiro adaptado, em episódios e dispostas por temporadas, como uma série de verdade. Uma alternativa shipper à mitologia da série de televisão Arquivo X.

Comenta algo

Publica!
No hay comentarios aún. ¡Conviértete en el primero en decir algo!
~