Yo!
Tô de folga e pensei "pq não posto alguma coisa?"
Não revisei pq estou com preguiça... então meio que... deixem para lá os erros
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— Sasuke? — Eu o chamei em tom sério.
— Hm? — Sasuke murmurou uma resposta.
— Eu quero o divórcio.
Sakura entrou em casa, passou pelo corredor e olhou de esguelha para as fotos nas paredes. Diversos momentos felizes registrados ao longo dos anos, desde sua adolescência até o crescimento de Sarada. Isso a confortou até certo ponto, a sensação de ter algo errado logo arranhou a superfície de seu estômago. Adentrou na cozinha, jogou a bolsa no balcão e tirou os saltos. Olhou para cima e respirou fundo buscando forças, no fim optou por pegar uma taça e servir-se de vinho.
Sakura deslizou a mão para seu bolso e puxou seu celular, abriu um aplicativo de músicas e deixou a melodia triste preencher o ambiente. De fato, combinava com seu estado de espírito. Fechou os olhos e refletiu sobre tudo que vinha acontecendo, quando poderia imaginar que tudo aquilo aconteceria consigo nessa altura de sua vida?
— É engraçado como as coisas acontecem, não é? Anos atrás se me dissessem que hoje eu estaria bebendo um vinho, sozinha na imensa cozinha de minha casa, depois de finalmente decidir o que fazer, eu não acreditaria. Foi tudo tão gradual que nem percebemos, não é? — Sakura falou para o vazio do cômodo — Sabe, Sasuke, cometi muitos erros, o maior deles foi não ter percebido. Não percebi que nós estávamos nos distanciando cada vez mais, fazer amor se tornou raro, conversar sobre coisas aleatórias era impossível pela falta de tempo... Tudo isso gerou o que está aconteceu hoje, Sasuke.
Serviu-se de mais vinho e retirou as jóias que adornavam sua pele, a embelezando de forma simples sem perder o requinte.
— Não posso dizer que a culpa foi toda minha ou toda sua, foi nossa. Deixamos o que nós tínhamos se acabar, acreditando que era normal cair na rotina pelo tempo que passou, mas fomos tão tolos, não é? Isso poderia ter sido evitado, talvez. Mas pensando bem, tenho muitos momentos para recordar, lembra-se de nossos encontros quando ainda não namorávamos? Eu sim. Lembro que você adorava me levar no restaurante de comida mexicana que tinha na avenida principal, ele tinha um clima aconchegante e romântico, era perfeito para nós. Eu adorava como você sorria daquele jeito, sabe? Aquele sorriso era só para mim, eu o amava. Quando foi que ele se apagou? Não me recordo.
Levantou-se e pegou a garrafa, dirigiu-se novamente ao corredor e olhou para as fotos, passou a mão nas molduras do quadros e suspirou profundamente.
— A rotina cansativa, o trabalho, a criação de Sarada.... Tudo foi acumulando para chegar ao ponto que estamos hoje, e nós não percebemos, Sasuke, mas tudo bem. Já foi, não é? E o que restou aqui? Eu. Apenas eu e a saudade do que vivemos. A separação foi inevitável pois não tínhamos mais dinâmica, ainda existe amor, sabe? Mas em algum momento disso tudo deixou de ser amor romântico e tornou-se amizade, e nada pode ser feito agora. Os beijos não tinham calor, o sexo era mais por obrigação do que por tesão, por mais que você fosse atraente, era estranho para mim, sabe? Como se fosse errado. Eu chorei durante a terapia, sabia? Porque eu sabia que tinha acabado, que toda nossa história tinha terminado, eu não sabia o que fazer! Não sabia como agir, como te dizer, como contar a nossa filha, como viver sem você.
Subiu as escadas que davam para o segundo andar, os pés deslizavam sem fazer muito barulho pelo carpete em tom creme, o corrimão de madeira era rico em detalhes.
— A gente se habitua, não é? Se acostuma com a presença, as manias, os defeitos, as qualidades. Decorei sua rotina de acordar e coçar o lado esquerdo do bumbum, jogar o cabelo para trás e se levantar. Sabia de cor os perfumes e a forma que gostava de seu café, e você sabia exatamente o que eu diria sobre comer mais frutas. Me habituei com seu jeito taciturno, talvez por isso eu não reparei que os beijos de bom dia e boa noite se tornaram escassos até que por fim, eles não aconteciam.
Virou mais uma vez ao corredor e viu a porta do quarto de Sarada entreaberta, olhou para a direita e sentiu sua garganta fechar quando entrou em seu quarto... quarto que dividiu com Sasuke por anos.
— Eu amo você, Sasuke. Amo as lembranças, tudo que construímos juntos, amo demais para ter continuado com tudo isso, porque eu sei, que se continuássemos, não sobraria nada entre nós, nem mesmo o carinho que temos um pelo outro. Amar não é o bastante, nunca foi. Amor não mantém o relacionamento, o relacionamento mantém o amor. E bom, terminamos, por mais que doa, por mais que eu chore, devemos fazer o que é certo, e o certo nem sempre é fácil, não é?
Deitou-se na cama e colocou a taça e a garrafa no criado mudo
— Acima de tudo, quero que você seja feliz, sua felicidade não está ao meu lado, não mais.
O coração doía, virando-se de lado ficou em posição fetal, tendo um vislumbre de sua mão, sentiu falta da aliança dourada que sempre estava ali, agora não havia nada. Sakura deixou que as lágrimas, que prendeu durante todo o processo, rolassem por seu rosto, borrando sua maquiagem.
Gracias por leer!
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