Eu tinha 7 anos quando isso aconteceu.
Enquanto desenhava numa folha de papel em meu quarto escutei uma briga vindo da cozinha e fui ver o que é de fininho.
— Para de sair com a secretária vagabunda do seu trabalho! — A voz atravessava sua garganta seca enquanto ressoava seu nariz sob a chuva de suas lágrimas.
— Ela é só uma amiga. — Murmurou papai.
— O que é essa marca de batom no seu pescoço então seu filha da puta? — Gritou escandalosamente.
— A-ah i-is-so? — Respondeu confusamente enquanto esfregava a mão áspera em seu pescoço.
-Seu desgraçado vou te matar! — Disse mamãe enquanto pegava uma faca Santoku sobre uma velha tábua de madeira.
— Ei o que está fazend-. — O som foi interrompido por alguns instantes.
Segundos depois o que foi escutado por toda a vizinhança foi gritos desesperados de um homem agonizando. Papai estava no chão, o sangue escorria por toda a cozinha.
Horas depois chegaram homens vestidos com uniformes azuis escuro portando distintivos. Mamãe e eu fomos interrogados em quartos diferentes. Após o interrogatório nos levaram até dois carros que brilhavam vermelho e azul constantemente. Fomos colocados cada um em um carro. Desde esse dia nunca mais vi mamãe.
Alguns dias depois eu estava em um velho casarão com piso de madeira, suas tábuas faziam um barulho desagradável ao tocar, mas isso era o que menos incomodava. A casa estava cheio de crianças chatas e barulhentas que não tinham pais. A partir desse momento eu entendi que nada do que se passou foi uma fantasia da minha cabeça e sim a realidade.
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