zephirat Andre Tornado

No deserto a Força divide-se em lado luminoso e lado sombrio. O derradeiro confronto, a última vitória. Rey e Kylo Ren. E um nome.


Fanfiction Películas Sólo para mayores de 18. © Star Wars não me pertence. História escrita de fã para fã.

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Cuento corto
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Capítulo Único


Ela esperava.


Esperava rodeada de luz, de calor, de um toque de tranquilidade artificial que criara em seu redor, como um manto protetor.


Uma antiga capa Jedi.


O que era antigo estava morto – ela abrira novos paradigmas.


Deixara efetivamente o passado morrer e definira um novo presente. Um futuro desconhecido. Fora um conselho dado num momento de rutura e de cansaço, de confusão e de indecisão, de desilusão por as coisas não serem como se esperava e como deviam ser, mas que no fim resultara perfeito para definir o que era necessário. Rasgar amarras, experimentar a liberdade. Provocar a mudança.


Por isso não usava as mesmas vestes dos antigos mestres Jedi, não se apoiava nos mesmos pressupostos. Ela era mais. Sabia-o. Estava ali, de pé, à espera, sabendo que tinha mesmo deixado o passado morrer. Que o mundo era novo. Que tinha avançado na melhor das direções. Caminhos impecáveis e diferentes.


A Força estava com ela, no meio do deserto.


Completa, impossível, repleta, poderosa.


Na distância havia um brilho. Ténue e compacto, um ponto que era tão negro como uma estrela morta. Se havia brilho era porque a superfície do objeto refletia a luminosidade dos sóis gémeos, um mero fenómeno físico, não porque havia efetivamente luz ali. Escuridão e frio, era o que se lia. Sem salvação. Perdição. Obstinação. Rancor.


O confronto aproximava-se e ela… ela estava preparada.


Na verdade, não estava sozinha, embora à vista desarmada e também destreinada daqueles que não conheciam os mistérios da Força assim parecesse.


Uma jovem mulher, de pé na imensidão das terras desérticas de Tatooine.


O Mar de Dunas.


Não. Rey não estava sozinha. Consigo tinha o espírito diáfano de Luke Skywalker, o último dos cavaleiros Jedi.


Respira”.


Apenas… respira”.


E estava de novo em Ahch-To. E havia outra vez o perfume do mar bravio. E tinha novamente a energia da fé e da confiança.


Regressava, agora, ao deserto para o seu derradeiro confronto e para o seu magnífico desafio.


A luta da sua vida.


Fora em Jakku que sentira o despertar da Força, o apelo inamovível do seu destino que ela haveria de cumprir entre as estrelas.


Na Resistência encontrara a casa com que ela sempre sonhara; apesar das perdas, fora imensamente feliz.


Resumia-se e concluía-se tudo naquele momento.


O inimigo aproximava-se.


Kylo Ren, outrora Ben Solo. Líder Supremo da Primeira Ordem.


Escutava-o na distância, sentia-o a aproximar-se. O tal ponto escuro e denso, a Força negra, o brilho disfarçado em sombras.


Vinha na sua nave pessoal, o caça TIE Silencer, um protótipo de alta gama saído dos estaleiros da Sienar-Jaemus Fleet Systems. Uma das naves mais sofisticadas da galáxia. Imbatível e assustadora. Voava a uma velocidade vertiginosa.


Ela desejava aquele embate. A decisão final. Compreender, por fim, quem seria o vencedor. Havia medo? Não. O medo levava à raiva. A raiva levava ao ódio. O ódio levava ao sofrimento. Ela controlava bastante bem o seu medo e nunca iria juntar-se ao lado negro.


Na planície árida do planeta deserto, na paisagem imensa, a Força era esmagada entre a luz e a escuridão. E ela sabia onde se posicionava – era uma clarividência tão nítida como o ar parado daquele dia, que permitia ver a grandes distâncias, até ao horizonte, em todas as direções.


Rey aguardava por Kylo Ren nas areias escaldantes de Tatooine.


Os dedos mornos e invisíveis do mestre guiaram-na para o punho do sabre de luz. O cristal kyber no coração do mecanismo vibrou quando a ligação se estabeleceu.


Ela era tão só o veículo, tinha consciência desse facto, verdade tão límpida e transparente como o ar quente que a abraçava naquela solidão. Porque aquele sabre de luz, que outrora pertencera a Anakin Skywalker, também o fora de Luke, seu filho – e eram os dedos do seu fantasma que o ativavam, que o estremeciam.


Ela estava ali porque…


Porque o sabre de luz precisava do necessário condutor que o levasse de regresso ao seu verdadeiro dono. Skywalker. O nome invocava toda a espécie de arrepios, temores, maravilhas, memórias, poder.


Os olhos dela fixavam-se no horizonte. Havia uma fina camada de pó que se elevava numa nuvem indicando a aproximação da nave.


Kylo Ren estava quase ali.


Rey puxou o punho do sabre de luz do seu cinto. Ativou-o. A mão invisível de Luke Skywalker retirou-se.


Era ela a herdeira do imenso legado da Força.


O nome Skywalker ergue-se, novamente”.


E o significado transmutava-se em algo maior. Algo que seria um símbolo, uma lenda. Até raiar o mito e ser relatado como exemplo, como impossibilidade, como bandeira.


Antes tinham existido os Sith e os Jedi.


Agora havia a Força e um nome.


Uma palavra mágica e impossível que haveria de escancarar os portões da esperança, que haveria de inspirar todo aquele que desejasse olhar para além do chão que se pisava e que ousasse mirar os céus. Pois era nas estrelas que se encontravam todas as respostas.


Skywalker.


Rey tinha sido assim – com os pés descalços enterrados nas areias de Jakku, sonhando com o regresso da sua família, temendo apontar os olhos para as estrelas pois receava estar a sonhar demasiado alto.


E, no fim, arredados os temores e a ansiedade, fora ela que vencera…


Iria vencer naquele dia, também.


Com o fim de Kylo Ren, o sabre de luz de Anakin Skywalker e o seu cristal kyber irrequieto haveriam de sossegar e de repousar. Reencontrariam o seu caminho e seriam devolvidos ao seu verdadeiro dono.


A paz regressaria à galáxia. Depois daquele dia em Tatooine – início e fim – depois daquele triunfo, para sempre.

15 de Abril de 2019 a las 16:42 0 Reporte Insertar Seguir historia
4
Fin

Conoce al autor

Andre Tornado Gosto de escrever, gosto de ler e com uma boa história viajo por mil mundos.

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