wicorn Taciane Gouveia

Durante 500 anos quatro povos viveram em guerra, quando uma jovem drow encantou uma das rainhas do reino inimigo, e foi adotada por ela. 125 anos se passaram e a garota cresceu como uma princesa guerreira, tendo seus ensinamentos reais e seguindo a tradição de seu povo: A arte da guerra. Quando tudo parecia estar caminhando bem, a segunda rainha de Nargia, Sol, é dada como desaparecida, e a única culpada é aquela por quem Kiendra foi adotada e salva: A rainha Lua; Acusada de se juntar com o povo da filha contra o seu próprio. A drow, então, passa a ter como objetivo achar Sol e provar a inocência de Lua, evitando, assim, uma nova guerra entre povos.


Fantasía Épico Todo público.

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Antes

Brochnia, cinco anos antes do tratado da paz.


O homem negro de cabelos cor de fogo se apressou parar abrir a porta da milésima casa que invadia, mas antes que seus braços quebrassem a porta e dessem o aviso final do fim para aquela família, o outro elfo segurou seu braço; Seus olhos mostravam cansaço e tristeza.


— Não podemos —disse o primeiro antes mesmo que seu amigo de batalha falasse —Sinto muito, mas não podemos —o elfo de cabelo dourado fechou os olhos e respirou fundo, afrouxando a mão levemente — Por Nargia — disse o elfo negro antes de quebrar a porta.


Do lado de dentro a fumaça invadia o local e passava pelos corpos no chão como se fizessem parte do concreto, ela seguia pelos outros dois cômodos da casa de madeira e entregava o terceiro corpo, dessa vez vivo, dentro da caixa. Kiendra, dentro do esconderijo feito por seus pais mesmo antes que a garota nascesse, tentava controlar sua respiração que cada vez se acelerava mais á medida que o som das botas pesadas dos guerreiros se aproximavam do quarto. Lágrimas escorriam de seus olhos e esfriavam as bochechas quentes da jovem drow.


Ela pegou a adaga de seu vestido branco e se preparava para o quer que ocorresse. Se a história fosse diferente, se três reinos não se juntassem contra um, aquela garota aprenderia a ser uma guerreira em dois anos; Mas sua vida tomava um novo rumo agora. Kiendra prendeu a respiração e chutou a madeira da caixa, correndo em direção ao elfo mais alto — se o derrubasse, então o outro seria fácil — seu plano falhara antes mesmo que ela pudesse levantar as mãos e desferir um golpe contra o seu adversário, pois o inimigo a levantou pela roupa como se seu corpo não pesasse mais que uma pena. A pequena chutava o ar e se debatia contra as mãos que a segurava; A adaga, agora no chão, refletia a luz das elfas que adentravam o local.


Em suas cabeças, coroas, que indicavam suas posições. Diferente dos demais, as rainhas não usavam roupas de combate — não precisavam — e ninguém poderia dizer que nasceram da mesma fêmea, no mesmo dia de eclipse, se apenas olhassem a aparência: Lua, com toda a majestade do corpo celeste que porta seu nome, tinha a pele noturna e cabelos que faziam jus á seu nome; Sol, tão brilhante quanto sua estrela, possuia pele clara e cabelos flamejantes.


— As frotas estão partindo, andem logo — dizia a ruiva em tom firme sem desviar o olhar para o pequeno corpo que se encontrava nas mãos de um de seus subordinados, mas Lua não pôde deixar de notar aqueles olhos vermelhos que transmitiam ódio e tristeza. Dois sentimentos tão fortes contidos em esferas tão brilhantes de um corpo tão pequeno e frágil.


— Menina, como se chama? — ela perguntou para a drow, que apenas desviou seu olhar para a mulher — solte-a — e o elfo colocou a garota no chão.


— Kiendra — a garota respondeu com voz firme e peito estufado. Lua soltou um sorriso e prosseguiu.


— Terás um novo lar agora, Kiendra.

4 de Abril de 2019 a las 21:41 0 Reporte Insertar Seguir historia
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