aikimsoo Ai KimSoo

Jongin, um policial investigativo, fazia parte do esquadrão designado a prender o chefão que traficava pessoas como se fossem objetos. Dois meses de puro planejamento para no dia, tudo simplesmente desmoronar, porque existia um X9 em sua equipe. Mesmo estando revoltado com o fato da missão ter falhado por culpa de algum colega, nada superava a revolta que sentia por ter que conviver com a chegada do agente federal Do Kyungsoo, o careca metido a boss que estava encarregado de descobrir quem era o delator e dar fim a missão. Mesmo que Jongin sempre fosse desconfiado de tudo e de todos, detestava a ideia de desconfiarem de si. Mas será que o agente federal engomadinho realmente desconfiava? Mui grande foi a surpresa de Kim Jongin quando o agente propôs parceria na missão e alguns benefícios físicos. Mas, afinal, quem era o delator? Algum deles ou... superior à eles?


Fanfiction Bandas/Cantantes Sólo para mayores de 18.

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Você É O Delator?

(Goyang)

10 anos atrás


O capitão Kim estava nervoso. Aquela operação precisava dar certo ou a vida inocente de um adolescente iria pelos ares. Detestava como o destino podia de fato fazer uma pessoa estar no lugar errado, na hora errada. Fazia uma semana, uma longa semana, que a porra de um assassino em série tinha sido encurralado.

Mas claro que esse babaca iria conseguir fugir, afinal, tinha conseguido se manter impune e sempre um passo à frente durante 5 longos anos. Era justamente por terem sido longos anos desse caso, que o capitão Kim resolveu que o melhor plano era não ter plano e agir invadindo o local onde descobrira que a escória morava.

O problema era: a porra do babaca tinha ido ao mercado, então quando estava voltando para casa e viu a polícia, fugiu. Mas claro que a polícia estava à espreita de uma atitude dessas e a perseguição começou. O problema morava na fodida perseguição.

Cercado e praticamente condenado, o assassino sabia que precisava de uma válvula de escape e qual seria a melhor válvula do que um refém? Por pensar que essa era sua única chance, o assassino invadiu uma lojinha de conveniências no final da tarde e pegou o balconista como refém.

O adolescente de 17 anos estava no lugar errado e na hora errada, mas o que poderia ter feito? Ficado em casa coçando o saco e ver sua mãe se virar sozinha para sustentar os dois? Tudo bem que agora que seu irmão mais velho tinha saído de casa as despesas tinham diminuído, mas mesmo assim ainda eram despesas e por isso trabalhava de meio período naquela lojinha. Era um bairro seguro.

Mas para se tornar morto, basta estar vivo e aquele adolescente descobriu isso da pior maneira possível. Era inteligente o suficiente para perceber que aquele acontecimento no fim de tarde não era um simples assalto. Bom, os 7 dias confinado naquele local apenas tinham confirmado sua intuição.

Todos os policiais, psicólogos federais e até a família do jovem adolescente tinham se mobilizado para tentar entrar em um acordo com o assassino. Mas o cara não pregava o olho um minuto sequer e ainda tinha feito o favor de quebrar as câmeras, para que ninguém assistisse quando cochilasse por uns 15 minutos.

Não estava tendo problemas de ficar confinado naquela loja, porque ali tinha de tudo um pouco e conseguia viver. Estava usando dos dias para perceber a rotina dos federais e tentar sua rota de fuga. Levaria o adolescente junto, porque se algo acontecesse, o usaria como seu escudo.

Mas o capitão Kim, a mente por trás da justiça, não dormia mais que 10 minutos por dia e vinha bolando todos os tipos de planos. Precisavam arriscar, assim como já tinham arriscado antes, e ver se conseguiam salvar o adolescente em vida. O senhor Kim ficava nervoso, porque seu neto e seu orgulho só tinha 16 anos, ou seja, podia ser seu neto ali! Não conseguia pensar como reagiria se soubesse que seu precioso menino estava confinado com um assassino e sendo usado de refém.

Portanto, aquele era o último dia que o capitão iria permitir que o jovem garoto permanecesse em cativeiro. Sabia que o adolescente não iria morrer, porque era realmente o escudo do assassino, mas também sabia que se o homem encontrasse outro refém, o adolescente descartado como um nada. Estaria morto.

Estava determinado a invadir o lugar, quando, de repente, viu uma agitação estranha dentro da loja. As janelas tinham sido cobertas pelo assassino, todavia, uma delas acabara de ser descoberta por um puxão. Não foi necessário muito tempo para assimilar que o adolescente estava lutando com o serial killer.

O adolescente sabia que qualquer deslize que cometesse, morreria, mas sabia também que estava mais com o pé na cova do que na vida, então tinha resolvido agir. Ficou preso e chorando por tempo demais, precisava colocar um pouco em prática o que aprendeu quando lutava com seu irmão mais velho. Claro que uma lutinha de irmãos não se comparava a uma luta de refém e assassino, mas o adolescente já se via sem saída e por isso agia. Instinto ou imprudência? Se saísse com vida, era ganho.

O capitão Kim decidiu que aquele seria o melhor momento para atacar, então deu o sinal. Entretanto, por ser de madrugada, quando as luzes se apagaram, os policiais temeram a vida do garoto. Mas o Kim permaneceu confiante, porque se as luzes se apagaram, podia ser que quem lutava estava tentando despistar.

O adolescente não sabia dizer se arrebentar o cabo de luz tinha sido uma vantagem ou desvantagem, porque quando ouviu a risada do assassino, sentiu como se o ceifador tivesse chegado para levar sua alma. Mas aquele ceifador não era bonzinho como o de Globin, o dorama que estava assistindo. O adolescente sentiu o desespero lhe abater e algumas lágrimas descerem por seu rosto. Seria realmente seu fim?

Ficou mais atento do que antes e quando ouviu um barulho de vidros se quebrando, pensou que seria o momento em que começaria a ver sua vida passar como um filme diante de seus olhos. Entretanto, o adolescente percebeu que as janelas se partiram por terem lançado bombas. Imediatamente, pegou uma máscara, pela primeira vez — desde que tinha se tornado refém — o destino tinha lhe sorrido e o feito estar perto justamente das máscaras, impedindo assim que o conteúdo gasoso dali não interferisse em seu organismo.

Tentou correr para uma das janelas e fugir dali, todavia, a porra do assassino surgiu, o puxando pelos cabelos curtos e o fazendo se arranhar nos vidros quebrados. Mas se o adolescente tinha tido coragem de enfrentar o homem antes, agora que via sua liberdade tão próxima, não recuaria. Mesmo com o quadril ardendo e sangrando por culpa do caco de vidro, fez questão de lutar com o assassino e ainda gritou, para que assim soubessem sua direção.

Mesmo que o assassino soubesse prender a respiração por mais de dois minutos por ter feito apneia, lutar pedia seu fôlego e sabia que se respirasse, seria seu fim. Mas antes que pudesse largar o refém e fugir, uma arma foi apontada para sua cabeça e bom... O assassino soube que era seu fim e o adolescente soube que acabara de renascer.


[• • •]


(Seul)

10 anos depois


Jongin estava tão puto, que não havia nenhuma outra palavra que pudesse expressar seu estado de espírito atual. Não conseguia aceitar que um engomadinho federal iria se meter na delegacia em que trabalhava, porque suspeitavam que houvesse algum informante ali. Como um policial investigativo, era treinado para ir às ruas e desconfiar de todos, assim como deveria desconfiar até da própria sombra quando estivesse no departamento, sabendo que nunca, em momento algum, deveria abaixar a guarda.

Todavia, por mais que fosse treinado para desconfiar e seus colegas de trabalho também o fossem, estava extremamente puto por desconfiarem de si. Claro que não era uma desconfiança exclusiva, pois era genérica. A Delegacia do 13º Distrito estava na mira dos grandões depois de um dos maiores procurados conseguir fugir. Jongin havia participado da missão, assim como todos os seus colegas, e por esta razão estava na lista de suspeitos a X9.

Havia um tráfico de pessoas que andava ocorrendo bem debaixo do nariz de todos. O tráfico exportava e importava pessoas, mas mesmo que o destino e os remetentes não fossem conhecidos, já tinha sido possível descobrir o local em que as mercadorias humanas eram reunidas para depois terem seus destinos cruéis, desde a venda de órgãos a prostituição. Jongin quem havia descoberto tudo e tinha ficado tão orgulhoso de si mesmo. Precisava honrar o sobrenome que carregava consigo.

Após a descoberta de que os procurados ficavam naquele distrito destinado a 13°DP, os policiais investigativos do lugar ficaram responsáveis por prenderem a gangue que estava cometendo o tráfico de pessoas. Dada a missão de grande porte, a equipe passou cerca de 2 meses planejando como iriam cercar os criminosos, afinal, não podiam agir sem planos contra aqueles que eram especialistas em fugir e cruéis ao ponto de jogarem uma bomba em qualquer lugar, apenas para proteger seu líder. Eles eram doentios.

Mas mesmo com os dois meses de puro planejamento estratégico de ataque, tudo o que conseguiram foi chegar ao local e encontrá—lo absolutamente vazio. Não havia nenhuma pessoa para contar história, nem mesmo uma digital. O galpão tinha sido queimado.

Todos os policiais investigativos ficaram revoltados com o fracasso da missão e tiveram que relatar tudo para Suho, o delegado do 13°DP, que precisou reportar aos seus superiores federais. Foi então que o estado de espírito de Jongin decaiu completamente.

Gostava bastante de Suho, era seu exemplo de líder, então quando recebeu a notícia de que o mesmo ficaria afastado do cargo de delegado, para que assim um agente federal pudesse averiguar o esquadrão local, só lhe restou ficar putasso. Além de terem afastado a única pessoa a quem Jongin confiava plenamente, ainda tinha ficado na mira do engomadinho que chegaria para causar ainda mais desconfiança.

—Sua cara... É tão perceptível o quanto você tá puto. — Baekhyun, um policial civil e amigo do policial investigativo, comentou enquanto estavam todos dispostos na entrada para receber o novo federal.

—Tem como não ficar? Estão suspeitando de mim! — praguejou.

—Fala como se você não desconfiasse de todos o tempo todo. São apenas procedimentos, não leve tão pro pessoal. — Baekhyun insistiu e sorriu amigável. Gostava de Kai, como o policial era chamado em seu local de trabalho, e queria poder vê—lo sorrir um pouco. A expressão azeda de Jongin já estava durando demais.

—Eu sei que são procedimentos normais e que eu não deveria me estressar tanto, mas... — Kai suspirou com pesar. — Eu era um dos cabeças por trás da missão e saber que ela foi um fracasso me deixa frustrado, porque eu sei que um de nós realmente nos delatou pro inimigo.

—Isso é realmente complicado, porque pode ter sido qualquer um. — Baekhyun concordou triste.

—Exatamente! Eu fico inconformado, porque se estamos aqui, fizemos juramentos pra proteger os cidadãos, então por que estão passando por cima do juramento? — indagou.

—Por dinheiro. — Baekhyun respondeu e Jongin concordou. — Eu fico puto com isso, sabe? Porque foi como você disse, nós...

—Ele chegou! — o secretário de Suho apareceu e todos ficaram retos, para que assim pudessem receber o tal agente federal.

Levou apenas um minuto para que um homem de estatura baixa, deveria ter 1.70m, cabeça raspada, sério e engomadinho adentrasse o local. Jongin tinha que confessar que ficou bastante confuso quando aquele homem se apresentou como o agente federal que ficaria com o esquadrão até que tudo se resolvesse.

Veja bem, Jongin esperava que fosse ser um brutamonte metido a boss e não um baixinho com cara de mal, cabeça raspada, olhos grande e voz grossa. Tudo bem que Suho e Baekhyun não eram altos, deveriam ter a mesma altura que o agente federal, mas... Aish! Jongin nem sabia mais o que pensar, só tinha ranço do cara por ele ser superior e estar ali para investigar todos.

—Por favor, apresentem—se. — foi tirado de seu mundinho com aquele tom de voz grave, que praticamente intimava que dessem os nomes para a sentença de morte.

—Como se já não soubesse tudo sobre nossa vida. — Jongin chiou.

—Eu sei o que os dossiês me disseram, mas quero tirar conclusões através dos meus próprios olhos. — o agente D.O, como disse que deveria ser chamado quando se apresentou, ralhou com o moreno impertinente. — Apresente—se! — ordenou firme e Jongin sentiu vontade de sentar um soco naquela carinha bonitinha, porque mesmo que estivesse cego de ódio, ainda sabia discernir o que era belo.

—Kim Jongin, chamado de Kai dentro do departamento, 26 anos, responsável por descobrir o paradeiro do procurado e organizar a missão. — se apresentou com a postura correta e tom de voz arredio. — Também não gosto de você, nem um pouco, mas isso é apenas um adendo, senhor! — informou e sorriu sarcástico, feliz pela afronta, enquanto seus amigos ficavam chocados com o tamanho da ousadia.

—Aqui não é um encontro pra confessar seus sentimentos, policial Kai. — Kyungsoo retrucou e viu a careta de desgosto do outro. — Apresente—se, policial! — apontou para Baekhyun, que estava ao lado de Jongin, e sorriu. — Se tiver alguma confissão para mim, sugiro que as guarde. Já percebemos que tenho um namorado ciumento, correto? — zombou olhando para Kai, que respirou fundo e se retirou do local antes que avançasse em um superior e fizesse besteira.

Pau no cu daquele engomadinho. Namorado era sua bunda! Jongin praguejava tanto enquanto ia para sua sala, que nem uma alma penada iria querer entrar em seu caminho e sofrer por sua fúria.


[• • •]


Fazia duas semanas, duas longas e merdas semanas, desde o afastamento de Suho e a chegada de um superior. O agente Do, codinome D.O, era um porre e ficava o tempo todo conversando com todos. Jongin não estava entendendo a atitude daquele babaca, afinal, deveria fazer o trabalho e não ficar de conversinha. Mas pelo menos, Jongin se sentia aliviado por não ter sido cogitado para um papo de homem com aquele anão!

Entretanto, tudo na vida do Kim não corria da maneira como queria desde que perdera o bandido, então ao ver sua porta ser aberta sem que ninguém batesse para se anunciar, Kai soube que tinha chegado sua hora de ser o escolhido para papear com o superior. Sabia que iria precisar de muito autocontrole para não mandar o agente ir se foder.

—Bom dia, Kai! — o Do saudou, mas seu tom de voz era rígido. — Precisamos conversar.

—Mas não foi você que rejeitou meus sentimentos? — Jongin debochou e viu um sorriso de lado surgir nos lábios do menor.

—Talvez eu tenha decidido aceitá—los e te chamar para um jantar romântico. Nosso primeiro encontro de muitos, o que acha policial? — Kyungsoo propôs e viu que Jongin ficou calado.

O policial investigativo não evitou em franzir o cenho, porque sabia que por trás do assunto zombeteiro, alguma mensagem havia. Jongin tinha confessado não gostar do agente, logo, não teria como Kyungsoo estar demonstrando interesse em querer conquistá—los como se tivesse notado o grande partido que perdera. Não! Chamar para um encontro, o primeiro de muitos, poderia significar que precisavam conversar, mas longe de todos. O agente devia ter descoberto algo!

—Querendo me conhecer além de um dossiê? Fico lisonjeado. — Jongin jogou.

—Então no meu ou no seu? — questionou diretamente e Jongin pensou um pouco antes de responder. — Oras, não precisa hesitar, minha cama é com colchão d'água, então dá pra nós fodermos à vontade. — Kyungsoo zombou.

—Gosto de foder em colchões macios e não moles. Minha casa. — decretou e viu D.O sorrir ladino.

—Perfeito, se prepare pra mim, porque eu levarei o vinho. — com esse último aviso, simplesmente saiu da sala.

Jongin ainda estava desnorteado com aquilo tudo, entretanto, ao jogar que Kyungsoo queria conhecê—lo além dos dossiês e ao receber a resposta, o policial investigativo compreendeu que todos os papinhos que o agente tinha ficado com os seus colegas de trabalho, era apenas o agente procurando sondá—los além do que estava nas folhas digitadas e se Jongin havia ficado em último, significava que Kyungsoo queria compartilhar o que descobriu.

O moreno até se sentiria lisonjeado, se não fosse desconfiado. Kyungsoo, em momento algum, tinha batido um lero com o policial para chegar à conclusão de que era de confiança e poderia compartilhar informações. Por isso, que Jongin escolheu sua casa para que conversassem e não na do agente, afinal, muitas pontas soltas ainda existiam e não confiava em ninguém, então não tinha garantias se Kyungsoo poderia estar preparando uma armadilha em seu próprio lar.

Todavia, Jongin sabia que se Kyungsoo fosse um delator, convidá—lo até sua casa seria uma grande maneira de Kyungsoo descobrir a planta de seu apartamento e depois agir. Tudo poderia já ter sido premeditado pelo agente e mesmo que Jongin soubesse disso, ainda mantinha sua escolha em ser no seu próprio lar, porque conhecia aquele lugar melhor do que ninguém, inclusive, todas as rotas com armas. Era um jogo perigoso tanto para o agente quanto para o policial.

Jongin passou o restante do dia questionando o que o agente deveria querer consigo. Sempre o viu conversar com seus colegas, mas era em local de trabalho mesmo e não fora da delegacia. Seria Jongin uma peça tão importante ao ponto de Kyungsoo o deixar por último e ainda induzir um encontro em seu apartamento? As desconfianças do Kim eram imensas ao ponto de começar a achar que seu bandido era Kyungsoo. Teria que estar preparado para quando recebesse o diabo em sua casa.


[• • •]


20h50min


A campainha de Jongin tocou e ele deixou a faca na cintura, sendo escondida pelo conjunto despojado de moletom que usava. Iria transparecer alguém sem paranóias, pois contaria com a ajuda de ataques surpresas da sua parte. Se Kyungsoo o atacasse, já estaria preparado para revidar e Kyungsoo iria se assustar.

Mas apesar da paranóia, Jongin não pôde evitar deslumbrar o quão elegante o cara da cabeça raspada estava. Kyungsoo vestia calças jeans claras, uma blusa de manga preta e um boné preto. Ele carregava um vinho caríssimo em mãos e Jongin não pôde evitar em sorrir ladino.

—Alguém parece ansioso pra deitar em minha cama. — o moreno zombou, enquanto dava espaço para que seu convidado adentrasse o local.

—Podemos ver isso depois, mas agora eu preciso ser direto. — Kyungsoo quebrou o ar descontraído e Jongin tencionou esperando pelo ataque. — Sei que não gosta de mim, que está armado e que fez a escolha de vir até sua casa, justamente pra que possa se defender se eu atacar. Eu não sou seu bandido e nem o de ninguém, entretanto, acredito ter encontrado o nosso.

—E por que compartilharia suas informações comigo? Conversou com todos do departamento e me deixou por último. Muito suspeito, não acha? — retrucou. Os dois estavam de pé, frente a frente, na sala de Jongin e se encarando com um grau de seriedade altíssimo.

—Certamente, mas digamos que muitos fatores me levaram a crer que você é o único a quem posso me juntar pra de fato encerrar essa missão. — argumentou.

—Deixe—me adivinhar: o fato de que fui eu quem descobriu tudo, que o faz acreditar em mim. — Jongin zombou e se jogou no sofá. — Conta outra, porque se for realmente essa a sua justificativa, você não merece o cargo que tem.

—Eu poderia dizer o mesmo de você. Nem um único dossiê sobre mim, Kim Jongin? Estou decepcionado. — Kyungsoo declarou e sentou no sofá de frente ao moreno. — Mesmo que seja difícil descobrir informações minhas, ainda sim deveria saber pelo menos sobre minha família. Não é muito difícil descobrir isso, basta ser enxerido e conversar com fofoqueiros.

—Você era muito insignificante pra que eu desse atenção. — Jongin atacou, afinal, realmente tinha pecado nesse quesito e detestava ter essa falha jogada em sua cara.

—Até mesmo uma criança pode ser um assassino. — Kyungsoo ressaltou. — Então, o que fazemos? Te conto sobre mim e depois você sobre você, para que assim possamos decidir se juntamos nossas cabeças ou não? — indagou e viu o sorriso ladino do mais novo.

—Sua última sentença tem tantas interpretações, agente. Ainda mais levando em consideração que combinamos de foder. — Jongin comentou e viu o mais velho rir.

—Não sabia que era gay, policial. Um pouco perigoso me contar isso, sabendo que não é permitido gays na polícia.

—Estou esperando seu discurso de ódio pra cima de mim. — desafiou. Sabia que não era permitido ter policiais gays naquele país, todavia, sabia que brincadeiras com conotações sexuais entre homens tinha alguns limites e a julgar por todas as ações de Kyungsoo desde o começo, Jongin desconfiava que o outro não fosse hétero. Bi, quem sabe?

—Por que o discurso de ódio? Penso que devemos aproveitar a vida de todas as formas, ainda mais sabendo que podemos ser mortos por pessoas que nos odeiam todos os dias. Viver todo dia como se fosse o último é melhor do que se preocupar com nomenclaturas, não acha? — observou e Jongin riu.

—Talvez iremos juntar nossas cabeças. — declarou e não era preciso que nenhum dos dois dissesse que aquilo era no sentido sexual e não na parceria de trabalho. Kyungsoo sabia que se tudo desse certo, ambos iriam ter noite de prazeres juntos.

—Deixando de lado toda a nossa testosterona, quero retomar ao que me fez te procurar e explicar por mim mesmo o básico da minha vida, já que não fez seu trabalho de investigar. — alfinetou e jurou que o Kim avançaria em si. — Como vai seu avô?

—Meu avô? — Jongin repetiu confuso.

—Sim, o capitão Kim MyungUn. — confirmou.

—O velho tá de férias, já que não tirou durante tantos anos. Mas como meu avô foi trazido pra nossa conversa? — quis saber.

—Há 10 anos, eu tinha 17 anos e você 16, correto? — introduziu e Jongin concordou. — Não sei se naquela época você já tinha pretensão de se tornar policial. Pelo menos, eu não tinha. — confessou.

—Eu tinha e não tinha, era confuso. — foi sincero e viu o outro sorrir. Era um sorriso com formato de coração e como se já não bastasse este formato singular, ainda tinha um quê de nostalgia. Jongin o achou muito mais bonito com aquela expressão relaxada. — Mas o que isso tem a ver com meu avô ou com a investigação?

—Minha família era pobre sabe? Meus pais se divorciaram quando eu tinha uns 10 anos e meu pai nunca teve muito dinheiro, então a pensão vinha mês sim e mês não. Talvez se fosse só minha mãe e eu, daria pra viver com o salário dela e a pensão irregular, mas como nada é como queremos, eu tinha um irmão mais velho. Eram três bocas pra viver de um salário pequeno, então era complicado. Quando meu irmão atingiu a maioridade, ele saiu de casa pra tentar diminuir as despesas, eu aproveitei pra procurar um emprego, mesmo que de meio período. Eu consegui, fiquei bem feliz sabe? Eu trabalhava como caixa numa loja de conveniências. Meu turno era de tarde até a noite, já que eu estudava. — contou e viu a surpresa em Jongin, visto que, nunca imaginou que Kyungsoo não viesse de uma família rica e que ainda tinha trabalhado como caixa de uma loja.

—Então como você chegou à conclusão de se tornar um agente federal? — o policial não conseguiu conter a dúvida.

—Eu estava trabalhando há um mês na loja, quando um fatídico dia chegou. Você lembra de um serial killer que se nomeava Caim? — quis saber e Jongin arregalou os olhos.

—Claro que sim! Meu avô queria pegar aquele desgraçado e conseguiu depois de um tempo. Acho que foi o maior caso em que ele trabalhou. — recordou—se e Kyungsoo concordou.

—Eu lembro bem de tudo, sabe? Eu estava trabalhando tranquilamente quando a loja foi invadida de repente. Pensei que seria um assalto, mas não precisei de muito para saber que era muito mais que isso. Quando que eu iria imaginar que estaria trabalhando tranquilamente e do nada seria feito de refém do assassino Caim durante uma semana? — perguntou retoricamente e viu a surpresa alheia. — Foi um período muito terrível, sabe? Terror psicológico era grande e as chances de vida eram mínimas. Ninguém conseguia convencer aquele cretino de que deveria me soltar e se entregar. Até meu pai apareceu pra tentar convencê—lo, mas de nada adiantou.

—Esses sacos de bosta nunca cedem. — Jongin murmurou e Kyungsoo concordou.

—Pois é. Eu estava bem desesperado e num ato de coragem repentina, eu resolvi reagir. — contou e riu de escárnio, porque foi o ato de coragem que o salvou. — Caim não esperava que eu reagisse e eu lutei bastante, mesmo que não soubesse nada. Naquela hora, eu conheci o famoso instinto de sobrevivência humana. Depois de muito desespero, seu avô conseguiu agir e eu consegui ficar livre. Precisei de acompanhamento psicológico na época. — confessou.

—Então como foi escolher ser justamente um agente? Eu imagino o tremendo trauma que foi! Meu avô mesmo, agora que você contou e consigo recordar, tinha ficado desestruturado na época. Você tem noção de quem foi Caim e de que ele poderia ter te destroçado da pior maneira possível? — o policial indagou incrédulo.

—Tenho total consciência disso e foi por culpa do grande trauma que sofri, mas do enorme desempenho do seu avô, que eu tomei a decisão de não deixar ninguém mais passar por algo parecido ao que passei. Queria honrar a nova vida que tinha ganhado e agradecer ao seu avô com dignidade. Eu não sou insatisfeito com minha carreira, sou bem feliz. Eu ganhei um rumo ao quase perder a vida. — comentou irônico. — De qualquer forma, eu sei quem é seu avô e li sobre quem é você. Você tem bastante mérito, além de ter sido genial ao ponto de conseguir informações que ninguém estava conseguindo. Eu até desconfiei no começo, mas quando soube que você era neto do capitão Kim e dos métodos que você utilizou, eu parei de desconfiar. Claramente sua operação foi um fracasso por ter algum delator e mesmo que usar da confiança que tenho em seu avô possa não significar uma boa justificativa pra você, minha intuição também acredita que você não é o delator. Eu confio bastante na minha intuição, porque foi ela que me salvou da morte e ela que me colocou onde estou. — concluiu.

O silêncio passou a dominar aquela sala onde se encontravam os peões da justiça. O som da respiração conseguia se fazer ouvido de tão silencioso que se tornara o ambiente. As engrenagens das mentes em constante trabalho quase se faziam ser ouvidas, tamanha concentração em que se encontravam.

Jongin não achava que a história do passado do agente federal fosse mentira, porque conseguia se recordar de como o seu avô tinha ficado na época. O velho Kim tinha saído de Suncheon para ir até Goyang e capturar o assassino, que na verdade tivera fugido mais uma vez. Jongin também lembrava que seu avô contava o quão valente fora o rapaz sequestrado. A mídia não sabia de muitos detalhes que Kyungsoo revelou, mas Jongin sim, porque seu avô sabia também. Não era mentira.

Todavia, Jongin ainda não achava que o nome de seu avô e suas conquistas deveriam ser levadas em consideração, sabendo que um delator existia no meio dos oficiais. Seu avô era seu avô e Jongin era Jongin.

Entretanto, o moreno tinha noção de que a intuição, o instinto e até mesmo a lógica eram muito importantes para quem trabalhava na área investigativa. Muitas vezes o que considerariam paranóia, na verdade podia significar a solução do caso. Mas mesmo sabendo de tudo isso, Jongin era desconfiado demais e vingativo.

—Julga—me imprudente por não pesquisar sobre você, entretanto, encontra—se disposto a abrir toda a jogada comigo, apenas por consideração ao meu avô e ao seu instinto. — comentou sarcástico. Tinha ficado com o orgulho ferido ao ouvir Kyungsoo zombando de sua falha, então se vingou naquele momento. Se fossem juntar suas mentes para resolver o caso, Jongin sabia que deveriam estar resolvidos.

—Eu não pretendo confiar plenamente em você ao ponto de fechar meus olhos e te entregar minha vida. — Kyungsoo desdenhou. — Mas queria que pudéssemos nos tornar parceiros para desvendar o que está acontecendo. Queria compartilhar minhas suspeitas e saber o que você acha das mesmas.

—Um passo muito arriscado, D.O — Jongin enfatizou o codinome do agente federal. — Que garantias você tem de que não sou o delator?

—As mesmas que você não tem em relação a mim. — retrucou e abriu o vinho que tinha trazido. — Mas uma hora iríamos descobrir, não acha? Porque nada iria pra frente.

—Você é o delator, agente? — Jongin indagou, olhando profundamente nos olhos do seu superior.

—Você é o delator, policial? — Kyungsoo retornou e correspondeu ao olhar.

Não desviavam suas pupilas um segundo sequer e naquele jogo de impasse, procuravam encontrar a resposta de que sim, poderiam trabalhar juntos e resolver aquela joça. Num ato de rendição, Jongin puxou a garrafa de vinho da mesinha de centro de sua sala e bebeu um enorme gole de uma vez, causando até mesmo um pouco de respingo tinto por suas vestes.

—Cansei dessa porra! Não confio minha vida a você, mas acredito que está falando a verdade e se não tiver, vou foder seus miolos se descobrir. Desembucha. — soltou impaciente e Kyungsoo riu.

—Faço de suas palavras as minhas, policial. — deixou claro e então respirou fundo. — Bom, como você pôde ver, passei duas longas semanas conversando com seus colegas de departamento e colhendo informações, porque gosto de traçar o perfil de cada um por minha conta. Devido a isso, muitos deixaram escapar suas situações de vida e pessoas importantes, além da família. Eu fui investigar cada um, descobri sobre as pessoas mais próximas deles e no final, todos teriam passado sem nada suspeito, se não fosse uma única pessoa em especial.

—E quem seria? — Jongin quis saber ansioso.

—O policial civil, Byun Baekhyun. — respondeu e viu a indignação no rosto de Jongin. — Sei que são próximos, mas proximidades em casos como o de um possível delator não devem ser levadas em consideração. — advertiu.

—Não precisa me advertir de algo que eu sei, apenas termina de falar. — Jongin resmungou com o maxilar trincado.

—Você já deve saber que ele veio de uma origem humilde do interior de Bucheon. Ele sempre quis morar na capital e eis que seu melhor amigo de infância também. Esse tal amigo veio pra Seul antes do Byun, mas não passou mais que um mês para que o Byun viesse também, porque seu amigo tinha arrumado um emprego e um apartamento para dividirem o aluguel. — introduziu e Jongin concordou, porque sabia daquilo. — Eu vim de Goyang e você de Suncheon, então sabemos bem como é complicada a adaptação em um novo ambiente, ainda mais na capital. Eu levei cerca de um ano pra de fato me considerar alguém estabilizado, enquanto esse amigo dele demorou menos de um mês pra tal. Era quase como se ele já tivesse sua garantia por aqui.

—De fato. Um mês é pouco tempo pra já estar em um emprego e chamar o amigo pra morar consigo, ainda mais se pensarmos que o Byun estaria desempregado até encontrar alguma coisa. Despesas a mais. — Jongin teve que concordar.

—Exatamente. Fiquei bastante intrigado com esse rapaz e fui pesquisar sobre ele. Lee Seokseon, 30 anos, gerente de uma boate há mais de 5 anos e uma pessoa bem—sucedida, com uma conta bancária mais gorda que a minha e a tua juntas, mesmo sem cursos ou faculdade, apenas com o ensino médio. Se levarmos em consideração como é o regime rígido de estudos no nosso país, ele conseguiu tudo muito rápido, inclusive, já entrar na boate como gerente. Você não fica intrigado? — Kyungsoo questionou e viu Jongin concordar. O moreno estava sério e com a total atenção no agente. Kyungsoo não podia deixar de pensar no quão sexy Jongin estava. — Diferente do Byun, que correu atrás de todos os procedimentos pra se tornar um policial civil. Digamos que são dois amigos com realidades diferentes demais.

—Concordo, mas mesmo que ele tenha entrado como um gerente de primeira, boates existem a rodo e talvez aquela estivesse no começo quando ele foi contratado. Sabe como é, com falta de funcionário, ele pode ter conseguido esse cargo. — Jongin especulou e Kyungsoo concordou, mas já tinha uma resposta para tal especulação.

—O problema é que essa boate já existia e era muito bem frequentada antes mesmo dele pisar em Seul. Ele realmente já entrou naquele lugar com algum costa—quente pra ele. Mas isso não é tudo! Em minhas pesquisas, descobri que aquela boate tem várias denúncias de práticas ilegais, mas toda santa vez que a polícia bate pra vistoria, tudo sempre está correto. Eles são acusados de manter um prostíbulo ali, mas a polícia nunca conseguiu ver esse tal prostíbulo. — relatou e Jongin bateu na coxa.

—Puta merda! Uma boate com prostíbulos! Existe uma maneira melhor de sequestrar pessoas pra vendê—las?! Claro que não! Que porra! Claro que boates deveriam ter sido mais investigadas, como não pensei nisso? Muitas pessoas vão pra esses lugares e somem, já que perdem a noção do que fazem nesse lugar. Que caralho! — Jongin ficou exaltado e puxou a garrafa de vinho para mais um gole, se melando com o líquido tinto no processo.

—Todos pensaram que seria mais fácil ir direto ao grandão e ignoraram seus subalternos, mas mesmo assim você conseguiu chegar até o grandão. — Kyungsoo o tranquilizou e Jongin ficou surpreso. — Porém, acredito que foi um subalterno que conseguiu toda a informação.

—Você acha que o Byun sabe no que o amigo dele pode estar envolvido e...

—Eu acredito em muitas possibilidades. Preciso que você tenha em mente outra coisa que descobri. O Byun falava de seu amigo com uma admiração muito grande. Eu arriscaria dizer que o Byun nutre sentimentos platônicos por esse tal de Lee Seokseon, seja por ter medo de perder o emprego ou por saber que não seria correspondido. De qualquer forma, o Byun também é um policial civil, ele está acostumado a vida em trabalhar no campo de batalha, no ato, ele não foi treinado pra manter uma certa disciplina em relação ao sigilo ou a confiar em terceiros. A primeira hipótese que levantei é: Byun Baekhyun, por se sentir confortável e confiar plenamente em seu melhor amigo, se sentiu sobrecarregado com toda a missão e desabafou com o Lee, desta forma, entregando todos os métodos usados na investigação e se o Lee de fato fizer parte do esquema, alertou ao seu comparsas e levou ao fracasso de tudo. — explicou e viu que Jongin acompanhava seu raciocínio. — A segunda e última é: Byun Baekhyun sabe no que seu amigo está envolvido e entrou pra polícia justamente pra poder acobertar as suspeitas que fossem levantadas sobre os negócios criminosos de seu amigo e também para avisá—lo caso chegassem perto demais de prendê—los, se formos levar em consideração que a boate tem denúncias, mas sempre sai impune delas, porque se tem uma coisa em que eu acredito piamente é: se a história existiu, é porque partiu de um ponto de verdade. — o Do ditou sério e Jongin concordou. Realmente concordava com o Do. Concordava até demais.

—Acho que vamos precisar ir em uma boate, não é mesmo? — mais afirmou do que concordou e Kyungsoo apenas riu.

—Sim, mas precisaremos de cautela, porque não sabemos o tanto de informações que o Byun passou. Você e eu não somos pessoas muito visadas para o público, mesmo você tendo sido o cabeça da missão, mas se Baekhyun estiver compactuando com o Lee, ele com certeza deu todas as fichas e se aparecermos lá sem alguma carta na manga, certamente vamos nos foder. — brincou, mesmo sabendo que tinha um fundo de verdade.

—Podemos chegar como dois héteros normativos e pegar alguma mulher bêbada pra fingirmos que queremos foder com ela. — começou a traçar o plano. — Daí comentamos que seria muito bom se já tivesse algum lugar para isso que não fosse o banheiro.

—E dessa forma, se realmente for um prostíbulo, nós vamos entrar e averiguar o local. — Kyungsoo concluiu e Jongin concordou. — Vamos fazer isso neste sábado? Ou prefere sexta? Precisamos ir em dias lotados.

—Acho que sexta é melhor, ainda mais se levamos em consideração que esse povinho é um bando de mimado que não faz nada da vida. — o Kim argumentou.

—Tem razão...

—Bom, eu vou me retirar e tomar um banho, porque mais me sujei com seu vinho do que o bebi. — o policial declarou e ficou de pé, fazendo Kyungsoo rir da verdade incontestável. — Sinta—se à vontade pra fazer o que quiser em minha casa, até mesmo descobrir sobre a planta dela. — o moreno não pôde deixar de alfinetar antes de sair da sala e se dirigir ao banheiro.

Kyungsoo ficou sentado no sofá e refletindo sobre o rumo que as coisas estavam tomando. Sabia que haveria o risco de tentarem sequestrá—los para poder torná—los mercadoria do tráfico humano e por mais que ele e Jongin fossem especialistas em se defender e atacar, apenas os dois não daria certo. Mas Kyungsoo só podia contar com o moreno naquele momento, pelo menos para ir consigo até a boca do suposto perigo.

Kyungsoo não se importaria de ser uma isca, se no final conseguissem acabar com a organização, entretanto, se preocupava com as moças que Jongin e ele iriam fisgar para usá—las como bode expiatório. Precisa pensar em alguma forma de deixar alguém avisado.

Pensando nisso, resolveu ir até Jongin e perguntar se ele não teria alguém de confiança. A ideia de Kyungsoo era que se eles não aparecessem dentro de 24h, alguém precisava estar ciente de que a boate era realmente uma das maneiras de sequestrar as pessoas e agir. Talvez Jongin pudesse contar com a ajuda de seu avô.

Pensando assim, Kyungsoo foi seguindo o barulho de água caindo, chegando até o quarto do moreno e vendo que a porta do banheiro estava entreaberta. Acabou sorrindo ladino, porque agora tinha entendido a sentença final de Jongin na sala. Ele o tinha dado total liberdade para vasculhar a casa caso fosse um criminoso, mas também tinha dado total liberdade para que invadisse qualquer cômodo, até mesmo o banheiro em que tomava banho.

Sentindo—se um pouco excitado perante a artimanha do policial investigativo, Kyungsoo abriu a porta do banheiro e viu que o box de Jongin era de vidro marrom, um pouco transparente, que permitia Kyungsoo ver alguns movimentos do moreno ali dentro. O vidro estava um pouco embaçado devido ao vapor da água quente.

Não se contendo e sentindo sua libido ganhar controle, retirou a camisa e em seguida a calça. Largou no chão, sem se importar se iria molhar ou sujar, e caminhou até a porta do box, constatando que Jongin não o tinha trancado por dentro. Tomado pelo desejo, Kyungsoo arrancou a boxer branca que vestia e abriu a porta.

Jongin estava ciente de Kyungsoo em seu quarto desde que o mesmo entrara. Escutou brevemente seus passos e a porta ranger, assim como soube quando o agente federal tinha começado a tirar as roupas. Mesmo que Jongin estivesse de costas o tempo todo, não se sobressaltou quando sentiu um corpo se colar ao seu e mãos percorrerem seu abdômen com gominhos.

—Levou ao pé da letra o "sinta—se à vontade em minha casa para fazer o que quiser" hein? — provocou pegando a destra do menor, que estava em seu peito, guiando—a até seu falo semi—desperto.

—Omo, o que fazer? Sou tão certinho, que me tornei até um agente federal. — Kyungsoo flertou e segurou com firmeza o membro alheio em sua mão, sentindo como Jongin estava tão animado quanto ele mesmo.

—Pois é... Precisamos andar um pouco fora da linha às vezes. — Jongin concordou e se virou, encaixando sua mão na nuca de Kyungsoo e o puxando para perto de si.

Era uma pegada de dar inveja, tanto que Kyungsoo não se fez de rogado e até levantou um pouco na ponta dos pés para iniciar aquele contato logo. Os lábios se chocaram com necessidade e um beijo com volúpia teve início. Não tinha o dominante, porque nenhum dos dois se deixava ser dominado, o que tornava tudo ainda mais excitante.

Com os membros se tocando enquanto trocavam um beijo despudorado, Jongin jogou Kyungsoo contra o vidro marrom do box e fez questão de colar ainda mais seu corpo ao corpo do menor, que gemeu em prazer. Jongin adorou ouvir aquilo.

Kyungsoo levou suas mãos afobadas até a bunda de Jongin e a apertou com desejo, arrancando um arfar do moreno. Jongin se sentindo louco de tesão, interrompeu o beijo e começou a descer a carícia, se demorando no pescoço de Kyungsoo, que claramente entregou seu ponto fraco.

Jongin agarrou um dos mamilos com o dente e o sugou, mas não se demorou ali e começou a descer ainda mais pela barriga um pouco definida. Estava sedento, estava com pressa e aquilo ali não era nenhum ato de amor, então o policial não estava disposto a enrolar.

Quando Kyungsoo viu que Jongin tinha se ajoelhado, só aguardou a sensação que viria. Mas mesmo aguardando, nada o preparou para o tamanho prazer que foi sentir seu membro ser tomado por aquela boca deliciosa e responsável por dar sorrisos nada castos. Levou a mão até os fios castanhos do mais novo e agarrou os mesmos, enquanto vislumbrava Jongin gulosamente engolir seu falo e depois sugá—lo bem na cabecinha. Ah, aquilo deveria ser proibido por ser tão bom. Kyungsoo mal podia esperar para sentir Jongin o fodendo.

O moreno estava inebriado com as expressões luxuriosas que Kyungsoo fazia. Definitivamente aquele agente federal era um homão da porra e o tipo ideal do Kim: bonito e muito inteligente. Mas o policial não se demorou muito naqueles pensamentos, porque estava com a porra do membro mais duro do que pedra, então apenas soltou o falo que chupava e ficou de pé.

—Caralho. — os dois praguejaram juntos perante o tamanho da necessidade que sentiam.

Conversaram através do olhar para decidir quem iria foder e ser fodido. Kyungsoo deixou claro que não tinha feito chuca à toa quando se virou, ficando de costas para o Kim, e empinando a bunda bem no membro alheio.

—Porra! — Jongin arquejou e logo levou os dedos aos lábios, os sugando com pressa.

Assim que sentiu seus dedos bem melados, não tardou para levar um dígito até a entrada de Kyungsoo. No momento em que o penetrou, levou os lábios até o pescoço do menor, sugando e lambendo, ouvindo os gemidos desesperados do mais velho. Ah, se achava a voz de Kyungsoo linda falando, gemendo era o canto dos deuses!

O Do se contorcia em prazer, ainda mais quando Jongin o penetrou com um segundo dedo e sugou bem forte seu pescoço. O moreno trabalhava muito bem no oral e Kyungsoo não conseguia nem mesmo conter a ansiedade para quando fossem de fato começar o sexo.

O barulho do chuveiro e o vapor tornava tudo ainda melhor, ainda mais erótico. Jongin sentia—se ainda mais duro quando via a mão de Kyungsoo escorregar no vidro marrom e ficar marcada por culpa do vapor da água quente.

O moreno penetrou o terceiro dedo e agarrou o falo de Kyungsoo, fazendo uma masturbação, preparação e provocação no pescoço. Era prazer demais e Kyungsoo sentia que poderia gozar a qualquer momento. Não podia negar que estava sensível, já que não tinha contato sexual há um tempo.

Percebendo o quão próximo de gozar o mais velho estava, Jongin apenas retirou os dedos de Kyungsoo e se ajoelhou, abrindo as nádegas e enfiando a cara ali, deixando que sua língua fizesse a lubrificação final. Não precisou nem mesmo mandar Kyungsoo se empinar ou rebolar, porque o menor já fazia isso.

—Jongin, Jongin, Jongin, eu vou gozar, me fode logo! — Kyungsoo mandou desesperado e não demorou a ter sua ordem obedecida.

Numa velocidade felina e muito sexy, Jongin ficou de pé, virou Kyungsoo para si e agarrou em suas coxas, o erguendo para cima e fazendo com que o agente federal prendesse suas pernas ao redor da cintura do policial investigativo.

—Pega meu pau e se divirta. — Jongin declarou e Kyungsoo não tardou a agir.

Com uma mão segurando a nuca do moreno, enquanto o mesmo segurava suas coxas com uma pegada surreal, Kyungsoo levou a destra até o membro que roçava em sua bunda e o segurou, sorrindo arteiro em seguida.

—Só mete, meu bem. — Kyungsoo sussurrou e Jongin enlouqueceu.

Na mesma hora o Kim impulsionou o quadril para cima e penetrou o menor em seu colo. Kyungsoo gemeu alto e o Kim também, porque eram diversas sensações para ambos. Jongin esperou que Kyungsoo se acostumasse com o volume e quando teve seu aval, simplesmente começou a meter com precisão e vontade.

Kyungsoo se desgrudou do vidro embaçado, por estar se contorcendo de prazer, e Jongin levou os lábios até pescoço do menor, fazendo questão de deixar mais um chupão de muitos ali. Não se demorou naquele ato, porque Kyungsoo agarrou seus cabelos e o forçou a se afastar dali. Nenhum dos dois se deixava ser dominado, então o sexo era cheio das vontades de ambos, tornando tudo ainda mais pornográfico.

Kyungsoo fez Jongin ficar com a cabeça para trás, enquanto o estocava bem fundo, e tratou de levar seus lábios até o pescoço moreno, ouvindo o mesmo gemer prazeroso. Tinha dificuldades para manter seus chupões e beijos, por estar quicando no colo do moreno, mas mesmo assim não parava.

Tudo era tão intenso e surreal, que o prazer já estava sendo alcançado em seu ponto máximo. O membro de Kyungsoo começava a repuxar, indicando que seu orgasmo já estava chegando, e por isso se grudou ainda mais em Jongin, arranhando suas costas e gemendo bem alto quando gozou entre os corpos.

Jongin também estava próxima, então aumentou a velocidade das estocadas e não passou de três até que liberasse toda sua porra dentro do seu superior no trabalho.

Ambos ficaram sem forças e foram ao chão, enquanto respiravam ofegantes. Riram juntos por tamanha loucura que fizeram, mas quando se sentiram menos ofegante, trataram de se beijar novamente, descobrindo que poderia se tornar um vício muito bom. Quando Kyungsoo rebolou com o membro sensível de Jongin ainda dentro de si, não precisaram falar mais nada. Transariam pela segunda vez naquela noite.

31 de Marzo de 2019 a las 22:18 0 Reporte Insertar Seguir historia
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