Eu sempre odiei primeiro de abril. Dia da mentira, dia de pregar peças nos colegas e deixá-los putos da vida.
Mark, seu estúpido, você sempre me pregava peças nesse dia. E, nossa… que ódio que eu tinha disso. Toda vez eu caía e toda vez você ria da minha cara, perguntando como era possível eu cair naquilo mais uma vez.
“Donghyuck, eu estou namorando”. Todo ano com uma pessoa diferente, mas sempre conseguindo o mesmo resultado.
“Porra, seu arrombado! Não acredito que você tá namorando mesmo. Você disse que nunca ia namorar alguém!”, eu dizia enquanto dava alguns tapas no seu peito, sem força, já que eu, mesmo puto, nunca conseguiria lhe machucar.
E, depois de eu ficar puto da vida e fazer um escândalo com você, chegando ao ponto de quase chorar, você me abraçava com força, dava um beijo em minha testa e dizia que eu era um idiota por acreditar naquilo. Dizia que nunca namoraria alguém, porque você era inteiramente meu, assim como eu era inteiramente seu.
Todos os anos era a mesma coisa. Lembro que quando estávamos no 9° ano, você chegou de mãos dadas com a Koeun e disse que estavam namorando; até deu um beijo no rosto dela pro teatrinho ficar mais convincente. Na 1ª série, você veio com a Yeri; não sei como eu acreditei que um calouro conseguiria namorar com uma das garotas mais bonitas do colégio. Na 2ª você chamou o Taeyong; seu puto, você sabia o quanto eu ficava mal em relação ao Taeyong e você e mesmo assim o chamou. Já na 3ª… você chegou de mãos dadas com o garoto Na Jaemin; e eu, determinado a não cair mais em suas pegadinhas, falei:
“Esse ano você não me engana, Mark Lee. Já podem ir parando com o teatrinho falso porque dessa vez eu não vou cair nas suas brincadeiras”.
E então eu comecei a rir, esperando que você risse comigo e me chamasse de idiota novamente, mas desta vez por estragar seus planos de me enganar.
Mas você não fez isso…
E eu estranhei. Tanto você quanto ele estavam sérios, sem nenhum sorriso ou expressão de alegria no rosto. Você nunca foi um bom ator, então eu sabia que não conseguiria fazer uma mentira durar por tanto tempo sem antes começar a rir. Mas você estava lá; sério.
Meu riso parou, minha expressão se fechou, deixando com que a melancolia tomasse conta de meu rosto. Você havia me prometido que seria inteiramente meu, assim como eu seria inteiramente seu. Mas você quebrou sua promessa.
Eu desejei tanto que aquilo fosse uma brincadeira. Olhei diversas vezes no relógio de meu celular, conferindo se estava tudo certo. E infelizmente estava.
A questão era que, por mais que eu quisesse que fosse, aquilo não era uma brincadeira de primeiro de abril. Pois já não era mais o dia da mentira, e você nunca mentiria para mim no dia dois de abril.
Gracias por leer!
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