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Não-me-esqueças (Myosotis) : O "não-me-esqueças" é uma flor que representa amor sincero, recordação, fidelidade e memórias. Por @nildueniduck.


Fanfiction Bandas/Cantantes Sólo para mayores de 18.

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Capítulo Único



Não-me-esqueças (Myosotis) : O "não-me-esqueças" é uma flor que representa amor sincero, recordação, fidelidade e memórias.


Haviam muitas coisas na vida que Junmyeon era apaixonado, como por exemplo um bom milkshake de menta, um domingo chuvoso feito para ficar o dia inteirinho deitado. Mas nada superava os dois primeiros da lista.

 

Flores. Flores eram sua paixão. Simples e puramente assim. Cada uma era regada de significados tão ternos e de perfumes tão marcantes; a paz para o loiro era estar em torno das suas mudinhas, as regando e dando todo amor necessário para que pudesse florescer saudáveis e prontas para encantar o primeiro que passasse por elas em sua floricultura.

 

A segunda paixão, não menos importante era sem sombra de dúvidas… desengonçada. Era grandão, tinha um cheirinho de pasta de dente, cabelos totalmente bagunçados e um óculos que cobria maior parte do seu rosto bonito. Conseguia arrancar facilmente uma sequência gigante de suspiros de Junmyeon e deixar seu coração todo bobinho.

 

Era costumeiro que perto do meio dia Yifan passasse pela loja, as vezes dava apenas um “oi” ao menor, perambulava por entre as pequenas estufas e saia depois de se despedir. Uma vez Junmyeon questionou o porquê de necessariamente passar na floricultura todos os dias, o grandão apenas deu de ombros e disse que era por instinto.

 

Por outro lado era totalmente nostálgico tal ação do maior, uma vez que quando se conheceram foi exatamente ao meio dia enquanto o chinês admirava uma de suas flores, ficou sequenciais minutos apenas admirando a cor azul, tocando de levinho, sentindo seu perfume. Foi uma cena tão simples mas que tocou profundamente o coração do menor.

 

Pontualmente como sempre ouviu o sininho da porta soar e por ela passar o chinês todo encolhido nas suas vestes, com a testa levemente franzida e a boca virada num beicinho que o loiro quis muito beijar.

 

– Oi, Junmyeon...

 

– Fan. – sorriu carinhosamente, atrás do balcão, brincando com a caneta em mãos enquanto os olhos seguiam o grandão pela loja. Suspirou baixinho; aquela cena de certo modo era tão saudosa, lhe trazia memórias boas de um passado o qual agora somente existia para si.

 

Fazia três meses que Yifan tinha sofrido acidente e dois meses que havia acordado de um coma. O coreano arriscava dizer que havia sido o mês mais conturbado e desesperador em toda a sua vida. Ver a pessoa que amava deitada numa cama, apenas respirando por conta de aparelhos, vegetando… Era desolador. Junmyeon já havia perdido muitas pessoas queridas em sua vida, não estava e talvez nunca estivesse pronto para isso novamente.

 

Mesmo sofrendo dia após dia nunca perdeu sequer a esperança de um dia ver novamente aqueles olhos pequenos abertos novamente. E quando isso aconteceu, foi um misto de surpresa, alegria com tristeza.

 

Yifan havia perdido parte da sua memória e infelizmente apenas não se recordava de Junmyeon.

 

Foi extremamente difícil fazê-lo se adaptar com a presença de um suposto desconhecido, o que já era de se esperar. Estava fora de cogitação voltar para a china e sua família não tinha condições financeiras de vir até ele, então o que restou foi continuar morando com o coreano.

 

De início havia sido imensamente complicado, Wu não saia do quarto que antes era deles mas que agora Junmyeon dormia no quartinho de hóspedes. Não conversava e mal comia, estava recluso como quando era anos atrás quando se conheceram. Junmyeon novamente se via na estaca zero da aproximação.

 

Por outro lado não reclamava. Claro que vez ou outra acabava chorando, não tinha mais seu namorado assim como seu melhor amigo, Yifan era seu maior suporte e agora teria que ser o dele e o seu próprio. Faria o que fosse possível para reconquistar o mais novo, não queria perder o que lhe era mais precioso. E, só de tê-lo ali, vivo, já era mais do que uma vitória.

 

~

 

A gente nunca espera que um dia vá forçadamente esquecer a memória, mesmo sabendo que acontece, seja por acidente ou alzheimer. Yifan tinha uma certa noção de que poderia ser horrível a sensação de não se lembrar de ter feito algo ou de não se lembrar nem mesmo de alguém. Se sentia péssimo em olhar para Junmyeon e não se recordar de simplesmente nada que remetesse aos dois, nem quando o mesmo contava algo que os dois já passaram juntos.

 

De início era totalmente impossível de encarar o coreano, se sentia culpado mesmo não tendo culpa de tal acontecimento, porquê conseguia enxergar o quanto o mais velho tinha sentimentos fortes por si mas não sentia o mesmo. Só que vivendo juntos era óbvio que um dia acabariam cruzando pelo apartamento pequeno, além de que começou a sentir um pouco de remorso quando deixava Junmyeon falando sozinho ou quando via sua expressão triste ao se esquivar de qualquer indícios de aproximação.

 

Não eram como três meses atrás, tão pouco extremamente íntimos porém próximos o suficiente para se sentirem confortáveis em conversar, passar os finais de tarde juntos na sala assistindo algum programa ou cozinhando juntos.

 

Yifan acabou notando que tinha algumas manias mas que não sabia o porquê delas, como por exemplo necessariamente sair de casa e passar na floricultura todos os dias. Cumprimentava Junmyeon e andava por sua lojinha aconchegante até parar em frente a uma flor específica. Não sabia dizer mas Myosotis - como estava escrito no papelzinho em frente a elas - prendia sua atenção de uma forma inexplicável, aquela simples florzinha lhe trazia uma sensação estranha na boca do estômago mas de um jeito bom. Ficava bons minutinhos ali quietinho e depois ia pra casa.

 

Não tinha  muito o que fazer no apartamento, ainda mais estando sozinho. Acabava assistindo algo, arrumava um cômodo ou outro. Não arriscava sair muito, mesmo de dia, sua mente ainda tinha bloqueios de certos lugares e não queria se perder de novo, como já havia acontecido antes.

 

Moravam no ultimo andar do prédio, este sendo de 4 andares apenas. Apesar de pequeno era novo e bem aconchegante. O elevador parou e abriu as portas; Yifan saiu calmamente, pescando a chave com um patinho de chaveiro e encaixou na porta, porem não a abriu. Direcionou sua atenção para o final do corredor, vendo a pequena porta que dava para a cobertura do prédio.

 

Desde que voltara do hospital estranhamente não havia notado a mesma ali, era uma porta tão comum e de uma cor que se misturava muito com as paredes que acabou sendo irrelevante. Não sabia o porquê de somente agora ter criado interesse mas quando percebeu seus pés lhe direcionaram até ela.

 

Subiu os poucos lances de escada e abriu outra porta, sendo recebido com a enorme claridade da luz do dia. Era digamos que como qualquer  cobertura de prédio. Tinha algumas plantinhas, banquinho e uma vista muito bonita da cidade. O único diferencial é que havia uma pequena estufa ali, Junmyeon é claro, pensou o maior passando os olhos ao redor. Estava tudo um pouco largado e descuidado mas nada que tirasse total a beleza do lugar.

 

Se aproximou da pequena casa de vidros e abriu a porta, sendo recebido pelo cheirinho de Myosotis, a qual era o único tipo de flor que tinha tanto ali dentro quanto fora. Engraçado que tudo que continha um pouco de Junmyeon tinha aquela flor envolvida. Fosse no prédio, na decoração do apartamento, ate mesmo na floricultura do menor aquela florzinha azul era a que mais chamava atenção e claro que era a preferida do coreano.

 

Não sabia porque ela parecia ser tão significativa mesmo que incrivelmente não soubesse o significado dela em suas vidas mas ao sair de lá parecia ter sido atingido por um banho de inspiração.

 

~

 

Wu estava estranho, Junmyeon concluiu depois de duras análises. Estava mais radiante, até sua forma de dizer “oi, Jun” estava diferente. Para as outras pessoas que olhassem poderiam dizer que ele estava no seu normal mas Kim o conhecia tão bem quanto a si mesmo então afirmava com propriedade que havia algo se passando. E provavelmente tinha algo a ver com o notebook que ele passava dia e noite carregando por todo lado pelo apartamento.

 

O pensamento de que talvez ele tivesse voltado a fazer o que mais amava lhe deixou tão animado. Yifan era um ótimo escritor e o fazia com todo amor do mundo, amava as histórias que o mesmo produzia. Desta forma tentou ser o menos intrusivo possível, não lhe atrapalhar mesmo quando estava com o rosto todo sujo de cheddar.

 

Claro que não conseguia evitar de ficar apoiado no balcão da cozinha americana, admirando com um sorrisinho de lado o chinês sentado no sofá fazendo biquinho com a testa franzida, todo concentrado enquanto os dedos nervosos digitavam no teclado do notebook. Se coçava de curiosidade para saber o que ele tanto escrevia mas o maior sempre fugia quando perguntava sobre.

 

Naquele dia em específico Junmyeon acordou um tanto desanimado; era o aniversário de dois anos de namoro, o qual nem sequer existia mais além da sua memória. Em contrapartida Yifan parecia alegre, agitado mesmo que tentasse demonstrar o contrário, o que era deveras curioso e deixava o coreano um pouquinho esperançoso.

 

– Está com formiga na bunda, Fan? – questionou, soprando um riso enquanto colocava café em sua xicara.    

 

– Como assim? – questionou fingindo não ter entendido.

 

– Faz tempo que não te vejo assim, ainda mais de manhã.

 

– Não tem um motivo específico, quer dizer, só acordei me sentindo bem. Além disso consegui terminar o que andei escrevendo recentemente. – deu de ombros, colocando a torrada na boca enquanto olhava para os desenhos na toalha de mesa.

 

– Oh! Isso é ótimo. Quando poderei ler?

 

– Hm, logo. – sorriu de ladinho e a olhadinha que ele deu para o mais velho o desmontou por inteiro, tanto que seu corpo até deslizou pela cadeira.

 

– Você é tão malvado. – fez manha, suspirando enquanto negava com a cabeça e se levantava. – Tudo bem, eu espero. Bom, eu vou indo.

 

– Hyung… posso ir te buscar hoje? – questionou todo com as bochechas avermelhadas. Junmyeon, surpreso, riu baixinho e balançou a cabeça.

 

– Te vejo mais tarde. – deu um beijo singelo na bochecha do mais novo e saiu da cozinha.

 

~

 

O dia tinha tudo para ser voltado para o preto e branco, Junmyeon estava tão para baixo que suas plantinhas estavam sentidas, o mínimo toque parecia as deixar tão murchinhas que preferiu manter distancia. Não queria transmitir sua vibe ruim para as suas queridas preciosidades.

 

Além de tudo estava ansioso; fazia muito tempo desde a ultima vez que o chinês lhe buscou ao fim do expediente e lá estaria ele novamente, como nos velhos tempos. As horas foram passando e aquela sensaçãozinha na boca do estomago foi aumentando, parecia até que era a primeira vez que acontecia, se sentia um enorme adolescente apaixonado, e bom, era quase isso.

 

Mesmo com o enorme anseio para fechar a loja logo, tratou com maior simpatia e dedicação até o ultimo cliente, sendo retribuído com bons elogios tanto pelas flores bem cuidadas e tratadas, quanto por ser um ótimo vendedor. Aqueles tipos de comentários conseguiam lhe arrancar sorrisos, fazia seu trabalho com tanto amor e era muito satisfatório ter esse reconhecimento.

 

Por um segundo até mesmo esqueceu do que tanto esteve atacando sua ansiedade durante o dia. Estava trancando a porta da loja quando se assustou ao notar uma aproximação.

 

– Céus, que susto! – colocou a mão no peito e suspirou, ouvindo Yifan apenas rir.

 

– Estava distraído?

 

– Um pouco, é bom ouvir elogios quando não estamos num dia muito bom. – comentou, guardando a chave no bolso do casaco, se permitindo por fim olhar para o chinês com mais atenção.

 

Yifan vestia uma calça jeans escura e um casaco bem fofinho azul marinho junto com um cachecol que cobria parcialmente seu queixo e lábios. Não podia esquecer de admirar as bochechas e a ponta do nariz vermelhas por conta do frio. Queria tanto o abraçar bem apertado, o beijar e passear de mãos dadas para a casa mas infelizmente não tinha essa permissão.

 

– Você deveria ouvir elogios todos os dias.

– Ah, você acha? – riu sem graça. Estava olhando para os próprios pés que nem prestou atenção no maior se aproximando.

– Acho sim. E acho também que você fica fofo com esse casaco rosa. – pontuou, tirando uma mecha de cabelo que pairava sobre os olhinhos pequenos do mais velho.

Podiam ser simples ações e palavras mas Yifan não tinha noção de como fazia falta para o menor, os tê-los, mesmo que de forma tão sutil, naquele momento deixava Junmyeon sensível.

– Acho melhor irmos andando, está bem frio hoje. – pigarreou, colocando as mãos camufladas pelas luvinhas quentes dentro do bolso, sendo acompanhado pelo grandão.

 

~

 

Como não moravam longe rapidinho já estava entrando no prédio. Estavam entretidos numa conversa seríssima sobre como Junmyeon amava transformers e Yifan não suportava tais filmes enquanto entrava em casa.

– Não sei porque ainda moro com você. Isso é uma blasfêmia. – disse indignado, pendurado o casaco rosa ao lado da porta e tirando o tênis.

– Aceita que perdeu a graça depois do segundo filme, Jun hyung. – sorriu presunçoso, recebendo um revirar de olhos.

– Você fez algo na cozinha? – mudou de assunto, sentindo um cheiro muito bom de comida enquanto passava pela sala e era seguido pelo mais novo.

Ao entrar na cozinha se deparou com a mesa toda organizadinha com prato e talheres arrumados em seu devido lugar, tão bem colocados quanto poderia se esperar de uma pessoa com toc.

– Não tinha nada para fazer hoje então acabei fazendo nosso jantar. – explicou, tirando uma bela travessa de lasanha de dentro do forno e colocando na mesa.

– Uau... – exclamou o mais velho, sentindo seu estomago automaticamente se revirar com a visão daquele queijo todo derretido cheio de molho.

Yifan os serviu com um pedaço generoso da massa em seus pratos e se sentou de frente para o menor. Agradeceram pela refeição e começaram a comer; o mais novo, mesmo que já tivesse cozinhado antes, esperava ansiosamente pelo veredito de Junmyeon.

– Queria muito saber cozinhar tão bem assim. – disse, com os olhos fechados enquanto saboreava da comida, arrancando um riso satisfeito do grandão.

– Preciso ser bom em alguma coisa né.

– Ah, para, você é bom em muitas coisas. – disse inocentemente, não percebendo o quase duplo sentido que aquela frase poderia  ser interpretada. O silencio que caiu em seguida lhe deixou mais constrangido, apenas enfiou o garfo na boca e continuou comendo.

 

~

 

Depois que comemoram desataram a falar sobre diversos assuntos, Yifan estava, mais do que nunca, demonstrando interesse em querer saber mais sobre o menor e estava dando um enorme espaço pessoal para que Junmyeon fizesse parte. Era um enorme avanço. O clima estava tão ameno e gostoso entre eles que não queria que aquele momento acabasse.

– Preciso te mostrar uma coisa... – anunciou o maior enquanto revirava o talher sobre o prato.

– É o que andou escrevendo?

– Talvez, mas está lá em cima. – naquele momento ambos se olharam. Yifan porque queria captar a reação do mais velho diante da informação, já Junmyeon porque ficou surpreso e um aperto subiu em seu peito no mesmo segundo.

Havia construído aquele cantinho juntos, era simbólico e dizia muito deles. Saber que estivera lá sozinho, sem sua presença, lhe deixou com um gosto amargo.

– Tudo bem... – foi tudo que conseguiu dizer antes de se levantarem.

O caminho até o terraço era bem curto e a cada passo o coração de Junmyeon saltitava em seu peito sem saber o que esperar. Não aparecia por lá com tanta frequência como antes e fazia meses que não entrava na companhia de seu amado.

Yifan abriu a porta no pé da escada e deu passagem para o mais velho. A primeira coisa que seus olhos captaram foi as luzes coloridas que iluminavam todo o ambiente aberto, Havia um caminho de pedras bonitas sobre o chão e ao redor mais plantinhas do que imaginava ter antes. Os banquinhos agora pintados de branco estavam postos em lugares diferentes. E por ultimo sua estufa, havia algumas mudinhas que se recordava de nem terem florescido ainda e agora estavam lá desabrochadas.

– Yifan... o que... – tentou dizer mas nada coerente foi capaz de deixar sua boca. Estava estático, com as mãozinhas tremulas e um nó na garganta.

– Gostou? – perguntou receoso com as mãos dentro do bolso.

– C-claro que gostei, mas... por que fez tudo isso? – virou o rosto em direção do mais novo, que riu e respirou fundo, caminhando em direção a um dos bancos, pegando um pequeno livro que nem notou estar ali e voltou a se aproximar, parando em sua frente.

– Eu estive muito tempo me forçando a lembrar das minhas memorias com você mas parecia que nada estava funcionando, nem vendo nossas fotos, ouvindo suas musicas, fazendo coisas que fazíamos juntos. Lembra quando me perdi e precisou ir me buscar?! Eu estava tentando ir naquela sorveteria que disse ser sua preferida. Esses dias eu vim aqui e me senti bem, assim como me sinto quando estou na sua floricultura. Pensava que fosse pela flor mas não é por ela em si, de alguma maneira ela me faz lembrar você e não é por ser sua preferida, não. É mais forte, entende... Deixa meu coração acelerado mas de um jeito que não consigo ficar longe. Cheguei a conclusão de que não vou ser capaz de me lembrar dos nossos momentos e eu sinto muito, sei que significam muito pra você e um dia significou muito pra mim. Também não te amo como antes e na ultima vez que conversamos sobre nossa relação eu disse que não queria tentar nada, tinha medo de te magoar ao não me apaixonar novamente... – fez uma pequena pausa, deixando que Junmyeon ingerisse aquelas informações, o qual se encontrava com as orbes redondas cada vez mais marejadas. Diante do silencio prosseguiu.

– Esse lugar, cada diz que visitava era uma inspiração diferente, e ao final do dia, quando você chegava, eu só conseguia em como tudo que escrevi fazia total sentido. Cada pequena frase diz muito sobre mim, sobre você e sobre como me sentia... – estendeu o pequeno livro na direção do mais velho, que o pegou depois de bons segundos ainda encarando Yifan.

A capa era inteira em cor creme, com algumas flores branca e azul em pontos estratégicos e no meio o titulo. “Não me esqueças”. Os dedos pequenos tocaram sutilmente os desenhos de flor Myosotis e riu baixinho.

– Diante disso tudo que andou ocorrendo, da nossa reaproximação, das nossas conversas, dos novos momentos juntos, conclui que você é impossível de ser esquecido. A minha mente diz que te esqueci mas eu sei que existe um sentimento aqui dentro de mim que está mais vivo do que nunca, que não te apaga de forma alguma. E eu acho... acho não, tenho certeza que acabei me apaixonando por você novamente.

Junmyeon estava petrificado. As sobrancelhas estavam erguidas e os olhos arregalados enquanto respirava fundo varias vezes.

– V-você... – parou de dizer assim que as lagrimas começaram a rolar em disparada por seu rosto bonito. O chinês ficou preocupado achando que tinha feito tudo errado mas as duvidas se esvaíram ao sentir os braços do mais velho em torno da sua cintura.

– Obrigado por ser tão paciente comigo. – sussurrou enquanto praticamente cobria o menor e lhe fundia contra o seu peito. – Obrigado por nunca ter desistido de nós...

– E-eu... esperei tanto pelo dia em que voltaríamos a ser “nós”... – disse choroso, soluçando contra o casaco azul marinho, lhe apertando cada vez mais.

Não conseguia transformar em palavras o que aquela confissão do mais novo havia lhe causado. De forma nenhuma esperava por aquele baque sentimental, estava por um fio de desacreditar num futuro onde eles estivessem juntos outra vez e agora tudo parecia voltar aos eixos, ou quase isso.

Estar em seus braços lhe trazia uma calmaria sem fim, estava com tanta saudade daquele afeto e ser retribuído na mesma intensidade lhe fazia pensar que valeu a pena ter esperado. Por Yifan sempre iria valer a pena.

– Fan... por que esperou justo hoje para fazer isso? – perguntou olhando para cima com um beicinho tremulo e o rosto todo molhado.  

– Sendo sincero não tinha marcado para fazer isso hoje, só... acordei com a sensação de que era a hora.

Junmyeon não sabia o que pensar, era tanta coisa, tanto sentimento de uma só vez, era tanta surpresa envolvendo Yifan que deixava-o desnorteado. Como poderia ser tanta coincidência de acontecer justo no aniversario de namoro.

– Hoje estaríamos completando dois anos juntos... – falou baixinho com os olhos brilhando.

– Oh... Eu não sabia. – Wu umedeceu os lábios, dando um sorrisinho de lado enquanto pousava sua mão na bochecha rosada do mais velho, limpando os requisitos de choro.

Se sentia sortudo por estar ali com o mais velho, mais sortudo ainda por ter o seu amor. Junmyeon merecia tanto, não iria medir esforços para que aquela segunda chance valesse a pena não só para si, como para ele também.

21 de Diciembre de 2018 a las 22:12 0 Reporte Insertar Seguir historia
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Fin

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Krisho Flowers O KrisHo Flowers é o primeiro projeto no Spirit Fanfics e no Inkspired com objetivo de cultivar e fazer florescer novas fanfics KrisHo.

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