aline-carneiro1525481876 Aline D

Quando ela entrou na sua vida, sem pedir licença, Tenshin não podia imaginar que aquela mulher, dividida e fragmentada, o conquistaria e faria com que ele se apaixonasse por seus dois lados. Quando ela o conheceu, não imaginaria como ele a faria desejar deixar de ser dividida e se tornar uma mulher inteira. Essa é a jornada de um grande amor.


Fanfiction Anime/Manga Sólo para mayores de 18.

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Capítulo 1 – Abra seus olhos

All this feels strange and untrue

And I won't waste a minute without you

My bones ache, my skin feels cold

And I'm getting so tired and so old

The anger swells in my guts

And I won't feel these slices and cuts

I want so much to open your eyes

'Cause I need you to look into mine

Tell me that you'll open your eyes

 (Snow Patrol: Open your eyes – eyes open, 2006)

Ano 783

Quatro garotos de seus 16 anos jogavam basquete no pátio da Escola Estrela Laranja. Eram todos altos e magros, mas nenhum deles era realmente bom naquilo. De cada dez tentativas, apenas uma, com sorte, resultava em cesta. Foi quando outros dois garotos vieram, da direção do pátio de lutas, conversando animadamente e pararam para ver o jogo. Um deles tinha o cabelo roxo azulado e os olhos intensamente azuis e o outro, um pouco mais baixo e atarracado, cabelos arrepiados e olhos pretos e uma expressão serena e inocente. Os garotos que jogavam pararam e olharam para eles, perguntando:

- Qual o problema?

- O professor disse que não podemos mais lutar com ninguém – o garoto de cabelos azuis disse. Eu e Goten somos fortes demais. E não vemos mais graça em lutar um contra o outro. Então ele nos disse para vir aqui matar o tempo jogando com vocês.

Os quatro garotos caíram na gargalhada.

- Mas vocês dois são... Minúsculos. A gente está jogando em dupla, mas não queremos fazer dois trios com vocês para atrapalhar. Não queremos os baixotes nos nossos times...

Os dois se entreolharam. O menino mais baixo disse então:

- Vocês tem razão. Vamos jogar nós dois contra vocês quatro. Não é justo assim, Trunks?

- Pode acreditar, Goten...

Os garotos mais altos toparam. E em cinco minutos, estavam arrependidos. Como dois garotos tão baixinhos podiam ser tão... Bons?

Trunks e Goten eram rápidos, ágeis, e sua altura não fazia a menor diferença: eles podiam acertar a cesta de longe, e saltavam muito alto, conseguindo arrancar a bola da mão dos garotos facilmente. Estava sendo um massacre.

Estavam de divertindo com o desespero dos garotos quando algo subitamente chamou a atenção de Goten, uma estranha oscilação de ki. Olhou em volta e viu apenas uma garota na arquibancada. Ela estava de cabeça baixa, de lado, arfando, talvez tivesse acabado de entrar, mas podia estar a algum tempo ali, ele não sabia. Mas sentiu certa simpatia porque percebeu que aquela variação de ki era comum quando sentia que a pessoa estava chateada.

Instantes depois o sinal tocou, anunciando que o tempo da educação física havia acabado, ele deu uma desculpa qualquer a Trunks, que mesmo sendo sensível a variações de ki como ele não pareceu detectar nada anormal, e em vez de ir imediatamente para o vestiário ele se aproximou de onde ela estava.

A menina era loura, tinha os cabelos cheios e brilhantes, um nariz fino e delicado. Ela ouviu os passos de Goten e se levantou, espantada, olhando para o outro lado. Ele não se intimidou e disse:

- Olá. Você é nova na escola? Meu nome é Goten, não vou te fazer mal nem te zoar.

A garota não respondeu. Goten não se intimidou e se aproximou, sorrindo:

- Ei, eu só fiz uma pergunta...

- E eu não quero responder. Vá embora.

Ele percebeu então que a menina estava chorando e disse:

- Eu sei que a escola tem bullies. Mas eu não sou um deles.

A garota o olhou de lado e virou o rosto para ele lentamente. Achou que veria repulsa, como sempre acontecia, mas, para seu espanto, apenas arregalou os olhos um pouco, sem maldade nenhuma no rosto. Ela perguntou:

- Que foi, nunca viu ninguém com três olhos?

Goten a fitou por um minuto antes de responder. Ela tinha um par de olhos verdes e um terceiro, preto, no meio da testa. Ele então deu um sorriso simpático e disse:

- Na verdade, sim, já vi uma pessoa com três olhos.

Foi a vez de a menina arregalar os três olhos, espantada...


Ano 753 – na véspera da final do 22º de artes marciais

Tenshin Han sentia-se aborrecido, mesmo tendo vencido Mestre Kame na pele do alter ego dele, Jackie Chun. Não gostava de vencer daquela forma, e ainda se sentia incomodado porque as últimas palavras de mestre Kame antes de deixar o ringue haviam mexido com alguma coisa dentro dele. Tudo que ele conhecia, tudo que ele sabia, havia sido ensinado pelo Mestre Tsuru e por Tao Pai Pai, mas ele não se lembrava de sentir nenhuma alegria como a que via no rosto dos alunos do Mestre Kame. Havia alguma coisa que ele precisava descobrir sobre si mesmo, mas ele não sabia ainda o que era. Precisava dar fim àquela inquietação.

- Está tudo bem, Tenshin? – a voz do amigo o tirou do devaneio. Chaos havia sido derrotado por Kuririn, mas parecia mais sereno que ele, que vencera.

- Está – ele disse, mentindo – só quero ficar um pouco sozinho.

Ainda tinha uma noite antes da final e ficou olhando a paisagem no terraço do hotel onde estavam hospedados. Não queria ir para o quarto, não conseguiria dormir.

- Achei você – uma voz feminina disse atrás dele.

Ele se virou e viu uma garota loura e bonita. Ela tinha um sorriso cínico e olhos verdes grandes e maliciosos que o encaravam decididos. Ele tinha certeza de que a conhecia de algum lugar.

- Quem é você? – ele perguntou e a garota ampliou o sorriso cínico.

- Eu estava vendo você lutar e me apaixonei pelo seu jeito selvagem. – ela disse, sem a mínima cerimônia.

Tenshin abriu a boca, mas não conseguiu dizer nada. Não era especialista em garotas, aliás, achava que nem era atraente para elas, afinal, era careca e tinha três olhos! Mas aquela garota o olhava de um jeito que nenhuma outra jamais havia olhado.

- Não vai dizer nada, Tenshin Han? – ela disse, dando dois passos na direção dele.- em que quarto você está? Procurei em alguns andares e só achei lutadores gordos e feiosos...

- E-eu estou no 302... c-com o Chaos... O que você quer?

Ele congelou onde estava. Não sabia como reagir. Ela continuava se aproximando e logo, suas mãos tocaram seu peito e subiram pelos seus ombros. Ela estava muito perto, e ele a olhava com seus três olhos arregalados, sem realmente saber o que fazer. De repente, os olhos dela encontraram os dele e ela o puxou pela camisa, sussurrando um instante antes de colar os lábios nos dele:

- Quero você.

Os lábios dela eram quentes e macios, e ele ainda tinha os olhos arregalados quando ela abriu a boca e sua língua tocou os lábios dele, enquanto ela enroscava os braços em volta de seu pescoço. Como que despertando de um transe, ele segurou-a pela cintura, trazendo-a mais para perto e fechou os olhos, entregando-se finalmente ao poder sedutor daquele beijo insinuante. Ficaram assim um longo tempo, e ele tentava administrar ainda todas aquelas sensações quando seu nariz roçou de leve no dela e ela se afastou, por um instante. Fungando e levando a mão ao nariz, que parecia estar coçando.

- A-a-atchim! – ela espirrou e, repentinamente, transformou-se diante dos seus olhos em outra garota, parecida com a primeira, porém completamente diferente.

Seus cabelos eram negros e sua pele, mais clara. Os olhos tinham cor de violeta e uma inocência que nem com muito esforço a contraparte loura conseguiria reproduzir. Como que sentindo ainda o calor dos lábios dele nos dela, ela tocou de leve a própria boca e perguntou:

- O que nós estávamos fazendo?

Ele a encarou e não soube responder.

Ela pareceu se dar conta das mãos dele em volta de sua cintura e sussurrou:

- Me desculpe... eu não tive a intenção.

De repente, ela se desvencilhou dele e saiu correndo, deixando-o atônito e confuso encostado contra a mureta do terraço do hotel.

***

Lunch entrou correndo no quarto, o coração aos pulos. Fechou a porta atrás de si e encostou-se contra ela, levando automaticamente a mão aos lábios.

Eles tinham se beijado?

Ela não se lembrava.

Ele era um lutador do torneio, isso ela podia se lembrar, mas como havia parado com os braços em volta de sua cintura... e por que ela tinha a sensação de que havia sido beijada?  O que acontecera?

- Lunch, tá tudo bem? – Bulma levantou a cabeça, estava deitada e parecia cansada. Havia saído do torneio e corrido para o hospital, onde passara um tempo com Yamcha.

Ela se ajeitou rapidamente e disse:

- Sim. Eu me assustei com uma barata no corredor do hotel – ela mentiu.

- Barata? – disse Bulma, meio apavorada. – Mas que espelunca... vou ligar para a recepção...

- Não se preocupe – Lunch tornou a mentir- um funcionário matou. Deve ter entrado pela janela do corredor.

Ela se despiu e colocou uma camisola, apressadamente, deitando-se e cobrindo-se para evitar o olhar desconfiado de Bulma, que apagou a luz e deu boa noite a e ela.

Lunch fechou os olhos com força, tentando lembrar-se do rosto atraente do rapaz, da sensação dos seus braços em volta dela, do calor que ele parecia emanar...

“Ele é tão bonito...” – pensou, sorrindo com os olhos fechados.

***


Ano 763 – No Hospital Geral de Satan City

- Senhorita Lunch, eu preciso que você relaxe e tente ficar calma. Para o tratamento dar certo, é preciso que a senhorita confie em mim... nós vamos tentar resolver seu problema. – a voz do Dr. Black era tristonha e monocórdia, sem graça como ele, um homem de cabelos cor de palha e olhos azuis muito claros que se destacavam num rosto comprido e triste.

Ela se remexeu na cadeira, e parecia que o pedido para se acalmar e relaxar havia tido o efeito contrário. Era mais um especialista, mais um tratamento, mais uma tentativa. Terapias, hipinose, remédios... nada a havia curado. Ela seguia daquela forma terrível, dividida. E a pior parte era que quando a outra tomava conta ela fugia das terapias, dos remédios e dos tratamentos e quaisquer avanços que ela podia ter desciam por água abaixo.

O terapeuta acendeu uma luz azulada que incidiu diretamente sobre seu rosto, e ela fechou os olhos, assustada e confusa. Então, o homem disse, calmamente:

- Senhorita Lunch... eu preciso que a senhorita abra os olhos.

Lentamente, cheia de esperança ela abriu os olhos. Precisava se curar. Queria saber como era deixar de ser dividida. E se tornar inteira.


Notas:

1.    O ano 783 é dois anos após o torneio do poder. Trunks e Goten tem, respectivamente, 16 e 15 anos, mas estão na mesma série. Goten é um ano adiantado.

2.    O Ano 753 é o ano do Torneio de Artes Marciais vencido por Tenshin Han.

3.    Depois do ano 760, Lunch desaparece na história Canon de Dragon Ball Z. Essa história busca preencher essa lacuna.

4.    A música do Snow Patrol “Open your eyes” é uma referência tanto à aproximação de Lunch e Tenshin quanto ao tratamento em que ela busca a cura. A tradução abaixo:

Tudo isso parece estranho e falso

E eu não vou perder um minuto sem você

Meus ossos doem, minha pele está fria

E estou ficando tão cansado e tão velho

A raiva incha em minhas entranhas

E eu não vou sentir essas fatias e cortes

Eu quero muito abrir seus olhos

Porque eu preciso que você olhe para o meu

Me diga que você abrirá seus olhos

9 de Diciembre de 2018 a las 15:36 0 Reporte Insertar Seguir historia
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