Lu Han ri sem humor e se toca. Está encostado contra a parede fria de seu quarto, mergulhado na escuridão que não sabe se vem do cômodo ou de seu próprio coração. Com os dedos dormentes, ele sente a pele cicatrizada de sua coxa, os ossos salientes de seu quadril e até mesmo a textura de sua milionésima lágrima em poucos minutos. Se antes os seus dígitos abrigavam um universo inteiro, agora a ansiedade cria pequenos buracos negros que sugam qualquer resquício de vivência. E Lu Han jura para si mesmo que nunca deixará ser consumido, mas no segundo seguinte percebe que é impossível. É como se sua essência se desfizesse entre inseguranças e egocentrismos, crises e impotências. E, no final da noite, ele é apenas partículas de poeira estelar se dissolvendo sem qualquer significância.
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