ichygo-chan ichygo Chan

Otimismo sempre foi a principal característica da personalidade cativante de Eijirou, algo que ele prezava em prol de sua sanidade mental, mesmo tendo vivido uma vida de provações e sofrimento. Sempre tinha um sorriso e uma palavra amiga a oferecer. Isso até sofrer a desilusão amorosa que o transformaria em alguém totalmente diferente. Pois ele podia aceitar todas as negativas que a vida lhe dava, menos aquelas palavras mesquinhas e maldosas que Bakugou lhe dedicou, renegando seu amor e o humilhando quando ele finalmente criou coragem para se declarar. Quebrado pela última vez ele irá se reerguer, porém sem o sorriso costumeiro e com o coração pesado e amargurado. O antigo Eijirou está morto e sepultado, e Bakugou será aquele que sentirá na pele os efeitos de sua mudança, uma vez que o único homem que pode ajudar a salvar sua filha, além de ser um dos mafiosos mais temidos da cidade, sente por si apenas ódio e desprezo e não parece nem um pouco disposto a lhe ajudar.


Fanfiction Anime/Manga Sólo para mayores de 21 (adultos).

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Prelúdio


      


Aos vinte e sete anos, depois de um casamento frustrado e um processo de divórcio moroso e cansativo, tudo o que Katsuki Bakugou desejava era poder descansar, ainda que a vida como pai solteiro e herói profissional lhe permitisse pouquíssimo tempo para isso. 


A ex-esposa, essa não merecia crédito algum por nada de bom na sua vida. Não que fosse uma pessoa ruim, era apenas egocêntrica e inconsequente, ainda que fosse três anos mais velha que ele.


No entanto admitia que a culpa havia sido sua, afinal foi essa mesma personalidade forte e destemida, de quem não liga para nada, que o atraiu a princípio e o fez acabar dando a maior mancada de sua vida quando, após várias rodadas de vodka, resolveu transar sem camisinha, movido pela curiosidade e embriaguês. 


Depois disso passaram a se encontrar periodicamente, e Bakugou até mesmo tentou engatar um relacionamento que não dava certo porque ele não sentia nada mais que um fugaz interesse por ela. Riza era muito desapegada a tudo, e uma fã neurótica que estava curtindo muito a ideia de poder estar com seu "herói preferido", gabando-se para as amigas de como havia conseguido conquistar o suposto amor de sua vida usando seu charme irresistível e fazendo-lhes inveja uma vez que Katsuki era um partido cobiçado por muitos. 


Quando ele estava prestes a dar um ponto final em tudo aquilo, ela apareceu grávida. Mitsuki, sua mãe, quase enlouqueceu com a ideia de ser avô, e mesmo a contragosto o próprio Bakugou aceitou a ideia, possesso por ter que assumir um compromisso com Riza que ameaçou criar um escândalo enorme, ou mesmo  abandonar a criança ou abortar se não estivesse casada, afinal era o sonho de toda fã poder casar com seu ídolo, e havia anos que ela tentava uma aproximação com ele, cativada pelo espírito briguento e teimoso que imperava no interior do coração do loiro. 


Eram idênticos, sem tirar nem pôr, como almas gêmeas. Ambos estressados, barulhentos, egoístas e violentos. Verdadeiros espíritos de porco. Nenhum dos dois dava o braço a torcer em uma discussão, e brigavam, gritavam e se esgotavam xingando e depreciando um ao outro. Tampouco viam a criança como uma extensão de ambos. Para Riza era a maneira de manter seu prêmio e para Katsuki era a consequência de suas escolhas burras, só que com pernas e braços. 


Isso até ela nascer. 


Aiko virou a garotinha do papai, a estrelinha dos olhos de Bakugou que se sentiu automaticamente arrebatado no momento em que a viu pela primeira vez. A menina mais parecia um clone seu, só que pequeno e feminino, inclusive na personalidade.


Mesmo que não admitisse, era visível a todos como ele era dedicada a ela, tendo inclusive assumido total responsabilidade por ela depois do nascimento, visto que a magia da maternidade havia terminado para Riza meses após o parto.

Com o mesmo empenho lutou pela guarda total dela após o divórcio, quando a ex esposa, após cinco anos de casamento decidiu que estava perdidamente apaixonada por outro herói, e Bakugou sabia bem quão longe ela era capaz de ir em prol de sua dedicação ao ídolo depois de ter vivenciado na pele. 


Por ele, dar fim a um casamento esgotado e sem futuro estava longe de ser algo ruim. Na verdade era quase uma libertação, já que o tesão, que era a única coisa que sentiam realmente um pelo outro, havia evaporado, disperso pela monotonia do cotidiano do matrimônio.


Não fez questão de muito, aceitando boa parte dos termos dela, ansioso para se libertar daquilo que havia se tornado um peso, grilhões que ele mesmo havia colocado em seus pés. Exigiu apenas que a guarda da filha fosse sua, algo que criou certa tensão entre eles, pois Riza via na menina o único meio de ainda manter Bakugou nas suas mãos, como havia sido desde o começo. No final cedeu, incapaz de negar a bonificação monetária que recebeu por isso, e também porque nunca foi uma mãe muito presente, achando todas as atividades maternas enfadonhas. Para Katsuki, desde que a filha permanecesse consigo, a mãe dela, o dinheiro e o resto do mundo poderiam ir para o inferno, literalmente que ele não se importaria nem um pouco. 


Um pai realmente dedicado, que levava a paternidade a sério, sentindo os efeitos positivos dela em sua personalidade que havia ficado mais branda pela menina. Sorria com mais frequência junto a ela, mesmo que os dois brigassem muito, dado a personalidade intempestiva de sua pequena. Ao mesmo tempo viviam grudados um ao outro, dividindo colo, carinhos e chamegos que deixavam os demais surpresos e extasiados. 


A fera que vivia dentro de Bakugou havia encontrado na pequena um domador eficaz, capaz de mantê-la adormecida e mansa quando queria com apenas um olhar e gesto. Batava um bico de choro, um resmungo descontente ou carinha de cão perdido para colocar o herói mais teimoso e turrão da galáxia a seus pés, fazendo suas vontades. Era também um alento a sua alma cansada das muitas escolhas frustradas que havia tomado. 


Aiko era o mundo dele. Sua luz e salvação. 


Por isso Bakugou estava prestes a enlouquecer. 


Alguém havia sequestrado sua filha na saída do colégio. Ela deveria estar esperando junto com os colegas do jardim de infância até que sua avó a buscasse, a quem Bakugou havia pedido ao perceber que se atrasaria, e ele nunca a deixaria esperando por mais tempo do que o necessário. Era raro não poder estar lá pessoalmente, tentava ao máximo estar no horário da saída, e as vezes se excedia no serviço para acelerar e chegar a tempo. No entanto daquela vez ele realmente estava ocupado, por isso confiou a mãe a tarefa de buscá-la naquela tarde. 


Só que aparentemente outra pessoa havia chegado antes de si e levado a menina.


Havia acabado mais um turno e estava suado, sujo e cansado, ansiando pelo reencontro com sua Biribinha - apelido que Aiko detestava com todas as forças de seu ser- quando recebeu a ligação que o deixou sem chão por alguns segundos. 


_ Que que foi, velha? Já pegou a Biribinha na escola?- falava apressado sem dar tempo de Mitsuki responder- Não esquece de ver se ela esqueceu aquela boneca nojenta que ela leva pra todo lado, e...


_Bakugou, ela não está aqui. - a voz alarmada da mãe fez seu coração quase parar. 


_ Como assim, mãe? - perguntou aflito aos berros. 


_ Ninguém sabe onde ela está! Já procuramos em todo lugar e nada- o tom choroso do outro lado da linha trouxe lágrimas aos olhos de Katsuki. 


_ Que porra é essa, mãe?! Cadê a minha filha?- era incapaz de manter-se calmo. - Eu estou indo para aí. 

Bakugou entrou no carro e praticamente voou pela estrada, repetindo para si mesmo que deveria ser um engano. Eles a encontrariam logo, e tudo ficaria bem. A cada minuto que olhava para o retrovisor e via o assento dela vazio sentia que o coração ia explodir. 


Aquilo só podia ser um pesadelo. Tinha que ser. Acordaria em breve e a encontraria na cama, ressonando tranquilamente.


Não podia ser real.





6 de Noviembre de 2018 a las 20:07 1 Reporte Insertar Seguir historia
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Pedro Lucas Pedro Lucas
AAAAA
July 31, 2022, 22:09
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