Ele era lindo, mas sua beleza era mais do que apenas sua aparência, sua beleza era inteira, alma e coração.
O mais bondoso, a compaixão por excelência, a empatia por regra, seus olhos refletiam toda a sua doçura.
A alma mais pura do mundo, o amor pelo próximo.
Suas batalhas eram travadas não somente nos campos de combate, mas também lutava para que não tivesse que matar, perdoava seus inimigos, dava-lhes todas as chances de arrependimento, voltar atrás, acreditava no perdão não lhe agradava o tirar o sangue e a vida de seus oponentes, não compreendia as guerras.
Mesmo que fosse sua vida em risco, preferia doa-la por amor a humanidade.
A beleza transcendia sua aparência, e ela refletia todo seu coração, corajoso, forte, nobre, abnegado.
Quase um anjo com poder de um Deus, ao qual ele não havia escolhido, sequer tinha sido consultado, apenas aceitava, obedecia, fiel a si mesmo, não se curvava a maldade, impensável acreditar que o único caminho era a violência, ferir o outro.
Buscava o caminho da paz, queria uma vida mundana, comum, fazer o bem, abrandar as dores do corpo e d’alma, acalentar os corações.
Seguir em paz, sua nobreza de espírito, despertava cobiça entre deuses e homens, a generosidade inata virtude sincera.
Coração puro, quase uma maldição, por ser belo, mais que qualquer beleza efêmera, a beleza real. Íntegro, despido de maldade.
O mais virtuoso humano sobre a terra.
Destinado a ser receptáculo de um deus perverso, o mais temido dos deuses, maculado seu corpo, ferido no que mais lhe era caro, sua alma manchada, o sangue dos inocentes em sua consciência, os lamentos dos condenados.
As torturantes agonias dos que sofrem, nada seria suficiente para que o impedisse de lutar, seu irmão à sua frente, diante da verdade cruel e inquestionável, ele era o escolhido para ser sacrificado.
Shun ofertava sua vida com alegria para salvar a humanidade, se com isso nenhum outro ser humano precisasse sofrer, se fosse para acabar com a guerra tola e sem sentido.
Sua vida teria valido a pena.
Ainda havia o tempo onde a inocência era seu maior desejo, sem perder-se como uma criança adulterada, pelo flagelo da guerra.
Nenhuma guerra poderia ser santa, pois traz consigo a morte e a miséria.
Se fosse capaz de fazer valer sua vontade, sofreria sozinho, para que nenhum outro ser tivesse que sucumbir aos tormentos impostos.
Sua felicidade estava em ser o sacrifício em nome da paz e do amor.
Tal qual sua estrela guia Andrômeda, acorrentada ao rochedo para salvar a todos que amava.
Lamentava apenas deixar seu irmão e amigos, que os também tinha como seus irmãos, eram seus companheiros, sua força, sua alegria e sua razão de acreditar e seguir sempre em frente.
Por eles nenhum obstáculo era grande o suficiente, Shun era capaz de ultrapassar qualquer dificuldade em seu caminho em seus auxílios, pelos seus mais amados e queridos amigos e pela deusa por quem lutava.
Pelo Cisne, deixou seu cosmo expandir ao máximo que pôde, chegando aos limites de suas forças, não tinha dúvidas de que era o certo a fazer, nem questionou outra opção, salvaria o amigo o irmão se preciso fosse trocaria sua vida pela vida de Hyoga. Como a lebre deu a sua para alimentar o viajante faminto, igualmente como Shiryu relatou ao Seiya.
Faria o mesmo por qualquer um deles, não fazia distinção, em seu nobre e puro coração havia apenas compaixão e ternura.
A possessão de Hades, foi um duro golpe para si, sendo o senhor dos mortos a representação de todo o oposto que significava sua existência como pacifista, preferindo ele a sofrer do que a infligir dor a quem quer que fosse, preferia muito mais se defender do que atacar mesmo que fosse um inimigo.
Isso era o que Andrômeda não entendia por que tinham que ser inimigos, por que não poderiam resolver as coisas de maneira amena, conversando, cedendo cada qual uma parte, para entrar em consenso, seria muito mais proveitoso e menos danoso para os envolvidos.
Sua obstinação era inspiradora, tal qual ao enfrentar os Marinas e tentando salvar seu opositor, apenas o prendeu ao lançar-se a arma de libra contra o pilar que sustentava o templo de Poseidon, sendo surpreendido ao ver o general guardião lançar-se ao encontro do seu golpe, findando assim sua vida em prol do que acreditava, cumprir com seu dever ao senhor dos mares.
Mesmo tendo sido atacado diversas vezes com as técnicas do seu oponente derrotando-o com suas correntes a cada golpe recebido. Desferindo em cada um apenas a defesa evitando ferir e matar, pois isso o entristecia e não almejava mais sangue em suas mãos, pois julgava terminantemente desnecessário causar danos irremediáveis, tentando a todo custo poupar-lhe a vida.
Mesmo assim seu esforço teria sido em vão e mais sangue, e mais uma morte dava-se por seu confronto.
Quase sobrenatural sua beleza, sobressaia além do exterior, sua derradeira beleza era mais profunda, mais sublime, Shun era ainda mais belo, mais puro, mais nobre, a beleza de seu coração que não rendia-se a maldade, continuava fiel a si mesmo, sem esmorecer as mazelas e maldades de homens e deuses, Shun era a verdadeira essência da beleza com todo seu ser.
Shun seria para sempre um dos lendários, não apenas por suas lutas e vitorias, era lendário por seu espírito justo, bondoso, como um doce beijo inocente, era o começo e o desejo de um mundo de paz, uma criança que fora forçada a ir a uma guerra que jamais foi santa, pois se derramar sangue em nome dos deuses não pode ser visto como algo santo.
Seu olhar transparente revelava apenas o que seu juvenil e cálido coração abrigava, amor, compaixão e redenção.
Seu corpo jovem, detentor de tantos anseios, desejava o findar de todas as lutas, sonhava salvar vidas não tirar, tornar-se médico, ajudar sem distinção, a quem precisasse, não importando quem fosse forjado para guerra, uma máquina de combate, seu Cosmo com poder quase infinito, ao nível de deuses, sua força imensurável.
E assim sendo, não trairia sua natureza, a qual o fazia ser visto como sensível demais, não importava que parecesse fraco, que suas lágrimas fossem má interpretadas, que o tomassem por frágil, ele não mudaria se para isso precisasse infligir sofrimento aos outros.
Seria para sempre o belo e jovem cavaleiro de Andrômeda, a alma mais pura conhecida, o coração bondoso, lindo como quase um anjo, sendo sempre um humano.
Legítimo herdeiro da armadura de virgem, a alma merecedora dos campos Elísios, onde os poucos escolhidos dos Deuses eram destinados, sua derradeira morada, livres de todo julgamento e aflições.
Destinados a terem sua eternidade de paz.
Santo de Andrômeda, Shun cavaleiro da esperança, guerreiro do amor e da paz.
O mais belo e nobre dos cavaleiros de Athena.
Uma união de historias do meu universo de Saint Seya focado em Shun de Andrômeda Leer más sobre saint seiya .
Gracias por leer!
Podemos mantener a Inkspired gratis al mostrar publicidad a nuestras visitas. Por favor, apóyanos poniendo en “lista blanca” o desactivando tu AdBlocker (bloqueador de publicidad).
Después de hacerlo, por favor recarga el sitio web para continuar utilizando Inkspired normalmente.