[...]
A escadaria ela longa, quase que tortuosa para quem carregava caixas tão pesadas.
Hoseok já estava na metade, levando os utensílios de cozinha nas costas, tomando cuidado com os degraus – e atrás, vinha Seokjin, com duas caixas grandes de roupas e coisas pessoais, empilhadas sobre seus braços. O Jung tinha total confiança no mais velho, mas naquela situação, temia que, se caísse, o mais alto poderia não ser capaz de segurá-lo.
Se fosse em qualquer outro momento, ela o faria sem pestanejar.
Cuidadoso, pousou a caixa no topo da escada, ajudando o namorado com o papelão pesado.
— Ah, suas coisas estão bem mais leves! — reclamou o mais baixo.
— Em compensação estou carregando duas caixas, bobo. — sorriu Jin, usando o namorado de apoio, que não demorou a relutar.
Depois de uma pequena disputa de altura, que não demorou a terminar com Seokjin agarrado à cintura de Hoseok, empurram seus pertences com os pés, até que adentrassem a porta de seu novo apartamento. O mais velho puxou as chaves do bolso da calça, avistando-as no bolso traseiro do moreno, percorrendo as mãos pela área rechonchudinha. Um bico de relutância formou-se nos lábios do outro, que tomou-lhe as chaves da mão, observando o lugar.
— Falta uma mão de tinta nas paredes, tem umas arrumações para fazer na cozinha também... — espreguiçou-se o Kim, cansado. — E cortinas, precisamos de cortinas nas janelas o mais rápido possível!
— Ah é? E por que esse desespero todo? — pousou os cotovelos no parapeito da janela, o Jung, que recebia a brisa entreposta do terceiro andar do prédio.
— Por que você adora andar de cueca por aí. — resmungou o loiro, sendo recebida por uma risada gostosa. — Não quero que os vizinhos se deparem por aí com a sua bunda, logo de manhã, antes do café.
— Você está parecendo um pervertido falando assim, Jin-Hyung. — sorriu o moreno, como sempre, caloroso, voltando a ser agarrado pelo namorado. — Estou com fome, e cansado, e sujo. Foram muitas caixas que você me fez trazer.
— Olhe pelo lado bom, pelo menos, moramos juntos agora. Vai dizer que seu esforço não valeu a pena, Hope?
O menor pousou os dedos sobre o queixo, pensativo sobre sua resposta; enquanto Seokjin batia os pés sobre o assoalho, sugestivo. Ansioso, ergueu uma das sobrancelhas, inusitando sobre o que ocorreria em seguida. Logo, ergueu o indicador um tantinho torto para o outro, chamando-o para perto.
Ao pular as caixas que estavam em sua frente, puxou-o para um abraço confortável. Hoseok não lhe daria sua resposta, pelo fato de sua boca estar ocupada, encontrando-se com a do mais velho. Um pequeno selinho, transformou-se em dois, três, quatro, até mais do que ambos poderiam de fato contar.
Talvez, se o carro de mudanças houvesse chegado, eles continuariam seus afagos em cima do sofá. A destra do menor aventurou-se sobre o pescoço do maior, agarrando-a delicadamente, para poder ter um encontro mais demorado sobre sua boca. Ele se divertia provocando o loiro, repuxando seus lábios para que ele pudesse mordê-lo de volta.
O Jung desceu o hálito para o pescoço de seu Hyung, brincando com a área ao mordiscá-la sem muita força.
— Estou com fome.
— Por acaso eu tenho gosto de frango para você me morder assim?
— Não, mas eu tô’ com fome.
— Vamos sair então.
— Com que dinheiro, Jin-sshi? Gastamos toda a nossa verba com esse apartamento. O único bom dele ser pequeno, é o fato que a cama é de solteiro, e eu vou poder dormir em cima de você. — riu Hoseok, sendo apertado pelo loiro protestante.
— Eu também posso dormir em cima de você, sabia?
— O que não muda a situação de eu estar com fome. — terminou o Jung, quase que infantil. — A geladeira ainda não chegou para que possamos cozinhar. — suspirou. — Infelizmente, eu não tive dinheiro nem para comprar uma escova de dentes; é difícil trabalhar e estudar.
— Ah não, você não vai usar minha escova de dentes. — reclamou o mais velho, indignado. — É anti-higiénico. Só falta dizer que também não tem pasta de dente?
— E daí se usarmos a mesma escova? Duvido que consiga evitar me beijar, mesmo sem escovar os dentes. E eu não trouxe o da casa dos meus pais, Hyung... Aliás, qual o problema com o creme dental?
— O dia em que dormi lá, a pasta era neutra. E eu uso a de menta.
— E? — piscou o moreno, interessado.
— E que eu não gosto da neutra, ela arde tudo, e é horrível, quase líquida. — terminou Seokjin, vendo o namorado revirar os olhos. — O que foi hein? Eu não gosto.
— Tudo bem, podemos dividir a pasta de dentes também.
— A minha pasta de dentes? Hope...
— Ah, vai dizer que eu tenho um bafo tão grande assim? — o Jung viu o maior negar. — Então vem logo me beijar!
Gracias por leer!
Podemos mantener a Inkspired gratis al mostrar publicidad a nuestras visitas. Por favor, apóyanos poniendo en “lista blanca” o desactivando tu AdBlocker (bloqueador de publicidad).
Después de hacerlo, por favor recarga el sitio web para continuar utilizando Inkspired normalmente.