Não consigo compreender de onde a Baa-chan tirou essa ideia de me colocar na escola em que ela é diretora, e ainda por cima meus pais concordaram, não dá para acreditar nisso. Ok compreendo que a Kurenai me pediu para que eu tentasse uma aproximação com outros adolescentes de minha idade e tentar me relacionar, até parece que é tão fácil assim, não depois do que já passei.
Infelizmente não dá para ficar remoendo de quão essa ideia é absurda o dia inteiro, uma hora tenho de levantar e tentar encarar isso numa boa; encaro o celular que apitava aquele barulho a mais de minutos em cima da escrivaninha do outro lado do quarto, estratégia para levantar. Levanto sem nenhum ânimo, procuro pelo chinelo, que esqueci onde o deixei ontem antes de me deitar, não o acho “espero que não seja a Kurama que o carregou novamente” sigo em direção ao celular para desligar o despertador, e seguidamente para o banheiro que há no quarto.
Encaro-me no espelho, não consigo entender o que as pessoas pensam o que eu sou; vejo as cicatrizes em meu rosto contrastando com o meus imensos olhos azuis e cabelos loiros, a minha pele está mais pálida do que o normal e as bolsas escuras que residiam debaixo de meus olhos me dá a aparência meio mórbida.
— Pelo jeito vou ter arrumar essas olheiras hoje. — Digo ainda me observando no espelho, entro no box, ligo o chuveiro, sinto a água morna entrar em contato com a minha pele, queria tanto compreender o meu propósito de vida o porquê de ainda está vivo, preferia ter morrido se soubesse que isso aconteceria, mas aconteceu e agora tenho de tentar o máximo não pensar nisso; fecho o registro do chuveiro e pego a minha toalha e começo a me secar indo de encontro ao espelho novamente, observo a minha baixa estatura e magreza “isso já está muito notável”, nunca estive tão magro assim, puxo uma pequena balança que mantinha debaixo do armário da pia para confirmar as minhas suspeitas, é e pelo visto elas estavam certas.
— 43 kilos. — Muito abaixo do normal. Não posso fazer nada já que tudo que eu como não costuma parar em meu estomago. Empurro a balança de volta para debaixo do armário, e começo a vestir o uniforme da escola que estava dobrado na pequena bancada da pia, com certeza foi a Kaa-san que o colocou aí ontem. Agora devidamente vestido, pego um corretivo e pó na gaveta do armário para esconder somente essas olheiras deixando o mais natural possível.
— Acho que ficou bom, ninguém vai perceber assim eu espero. — Caminho para fora do banheiro, pego o um All Star preto e calço, procuro pela minha mochila que fui forçado a comprar junto com cadernos novos; pego o celular e os fones, coloco no bolso da calça, confiro se está tudo certo e saio do quarto. Desço as escadas lentamente sem nenhum ânimo, ao chegar à sala abandono a mochila em um dos sofás e vou em direção à cozinha fitando o chão.
— Está atrasado. — Levanto a cabeça e observo a minha progenitora e todo o ambiente, Tou-san e Baa-chan também estavam ali presentes me observando com a mesma intensidade que a Kaa-san está. Como esperado, eles querem saber da minha reação com tudo isso que está acontecendo.
— Não tinha percebido, desculpe. — Falei voltando a fitar o chão e caminhando em direção a uma cadeira da mesa. Peguei a xícara de café que Kaa-san depositou a minha frente e rejeitei as torradas também colocadas ali, tentei ignorar o olhar fulminante que ela me lançou.
— Naruto você tem que comer, se não ficará fraco, e hoje você começa a frequentar a escola. — Dirigi o olhar a ela novamente, observei o seus cabelos vermelho como sangue, ela é linda, tem razão de ter feito tanto sucesso como modelo no tempo em que desfilava, não que tenha parado totalmente, mas hoje ela é uma empresária e estilista bem sucedida.
— Ela tem toda a razão Naruto, você passará mal se não se alimentar direito. — Agora quem disse foi o Tou-san; viro-me em sua direção e o observo, sou a sua copia perfeita, mas obviamente ele é bem mais alto, musculoso e sua pele não é pálida como a minha. Ele também é lindo, e não digo isso por parecer-me com ele só falo porque ele realmente é, ele também está em sua melhor forma. — E meu tempo está acabando infelizmente, tenho que ir para a empresa, cuide bem dele Tsunade. — Meu pai diz se levantando e vindo em minha direção me abraçando e passando a mão nos meus cabelos bagunçando-os.
— Pode deixar Minato ele ficará bem. — Minha avó diz enquanto ele se vira para Kaa-san a dando um beijo e saindo da cozinha mas antes dizendo um bom dia.
— Então vai comer? — Kushina diz com uma sobrancelha erguida, quando ela me olha assim não é muito confiável a contestar. Pego a torradas sem dizer nada e tento colocar para dentro, implorando para meu estomago não recusar naquele momento, e por milagre consegui as comer. Depois desse feito virei para a Baa-chan que continuava sentada ali na mesa e a encarei, como se ela entendesse esse olhar se levantou.
— Vamos indo Naruto, se não chegaremos mais atrasados do que já estamos. — Sem acreditar ainda que estou sendo submetendo a isso me levanto.
— Se cuide meu filho, se sentir que não está bem procure a sua avó imediatamente, me ouviu? — Ela falou vindo em minha direção e me abraçando enquanto eu respondia somente com um aceno positivo com a cabeça. — Também estou indo trabalhar agora, volto a tarde, já estarei aqui quando chegar então não se preocupe, ok? — Confirmei com a cabeça novamente.
Tsunade já esperava na porta com as chaves do carro em mãos e a sua pasta, andei em sua direção e a abracei, instantaneamente sumi em seus braços, por ser baixinho e ela alta, realmente não queria ir mas não posso fazer nada em relação a isso, já tinha sido muito adiado. Segui para a sala onde peguei a mochila no sofá e saímos de casa ao encontro do carro estacionado em frente à casa; “espero que nada aconteça e que esse dia passe rapidamente”, esse foi o meu pensamento enquanto entrava no carro e Tsunade dava partida.
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