yumins May A.

Naruto encontrava-se cansado da maré de azar todo ano naquele mesmo mês, afinal, seu aniversário nunca deveria ser considerado algo repugnante para ele. Porém, a sorte bateu-lhe a porta sem que pedisse, e mesmo que não acreditasse fielmente naquilo, na hora, não importou em deixar as cartas falarem por elas próprias.


Fanfiction Anime/Manga Sólo para mayores de 18.

#naruto #narusasu #sasunaru
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Notas do autor: Olá galerinha, finalmente estou postando aqui! Vai ser uma história curta e um presente antecipado do aniversário do Naruto!! Espero que gostem!


Um homem, duas mulheres e um cupido.


Você tem uma nova notificação.


O que seria do mundo atual sem a tecnologia? Os aparelhos eletrônicos, a internet, os aparelhos celulares que constantemente saiam no mercado para a população. Todos meios de globalização e rápida comunicação para as diversas partes do mundo.

Eram com esses simples fatos que os políticos chegavam ao poder e tinham as bundas postas em cadeiras almofadadas com o melhor material. Mandavam e desmandavam perante as leis da constituição e enchiam os bolsos com rios de dinheiro que ganhavam do povo.

Mas, eles não eram os únicos afortunados neste mundo globalizado. As fortunas nos bancos, os nomes que rodeavam o mundo davam a certeza de que os inteligentes comandavam aquela massa super populosa no planeta. Infelizmente, nem sempre isso poderia ser aplicado a outras classes sociais.

Contudo, para uma única pessoa tudo poderia se explodir que não faria falta.

Era a quinta ou sétima vez que seu celular tocava sobre a mesinha, avisando-lhe que tinha uma nova notificação na caixa de mensagem ou em alguma rede social. Ele não tinha a menor vontade de abandonar o conforto de sua cama para atender ou conversar com quem quer que fosse irritando-o àquela hora.

Era claro que não estava mais tão cedo, á julgar pela claridade que adentrava a pequena fresta da única janela aberta naquele quarto. Deveriam ser que horas? Nove horas? Dez horas?

O celular tornou a tocar, e desta vez, a musica do Mario Bross mostrou-lhe que alguém o ligava. Ele bem sabia porque o estavam irritando logo de manhã, e por este simples motivo, queria sumir da face da terra.

Não precisava de ninguém para lembrar-lhe o que aquele mês significava.

Entretanto, precisava atender. Se não fosse aquilo que pensava, poderia ser sua gerente ligando para falar-lhe que estava despedido e que tinham colocado alguém melhor em seu cargo de segurança noturno. Ou sua mãe querendo que fosse até o supermercado comprar o que estava desejando comer por causa de sua nova gravidez.

Aquilo, fazia-o xingar o próprio pai mentalmente por este não estar por perto para cuidar da esposa. Mesmo sabendo que, ás vezes, ele era chamado às pressas para a empresa que trabalhava.

Ou, talvez, fosse sua amiga chorando rios e rios de lágrimas porque a banda coreana que gostava estava em turnê e não iriam passar na cidade em que moravam. Ele não aguentava mais ter que ouvi-la falar sobre o quão era difícil ter uma vida de fã.

E por estes fatores, não soube colocar em palavras qual das três situações fosse a pior para quando atendesse o celular.

No entanto, aquele mês significava o pior dos dozes, e nada que viesse a faze-lo ter mais azar o surpreenderia.

Sendo assim, com muito custo e com nenhum pingo de ânimo, praticamente, arrastou-se para fora da cama em direção a seu celular. Por sorte o mesmo encontrava-se desligado sobre a mesa e ao olhar as quatorze ligações perdidas, soube que estava muito encrencado.

Dez de sua amiga Sakura. Cinco de sua mãe. E quatro de sua amiga Ino. Ok. Ou alguém de sua família havia morrido ou ele seria o próximo a entrar em uma caixa de madeira por não atender nenhuma daquelas três mulheres.

Seu dedo correu pela tela do smartphone e rapidamente retornou para a primeira mulher que o tinha tirado de seu sono. Sakura. Ao colocar o celular sobre a orelha, acomodou-se sobre a mesinha que completava a simplicidade de seu quarto, enquanto ouvia os incontáveis barulhos de chamada até ser atendido.

- Eu vou te matar. Esta me escutando? Quem te deu o direito de ignorar dez ligações minhas, Naruto‼

- Eu estava dormindo, Sakura.

- Não me interessa o que estava fazendo. Podia estar esfolando esse seu pau, eu quero que pare tudo o que esta fazendo para me atender.

- E agora é o momento que você coloca uma aliança em meu dedo?

Ele pôde escutar. Naruto pôde escutar a risada fraca que Sakura soltou do outro lado da ligação. Ela poderia estar uma fera com o garoto, mas Naruto sabia como amansa-la com uma brincadeira.

- Seu idiota. O que eu tenho para conversar com você é muito sério.

- Não, não é.

- É claro que é, pare de drama, Naruto. – A voz de Sakura tornou-se firme, deixando-o sem forças para argumentar contra. Quando a amiga colocava algo em sua cabeça, não existia entidade que a fazia mudar de ideia. – É sobre a sua festa de aniversário. Se você não sabe, hoje já é dia primeiro, ‘tá legal? Eu preciso arrumar os preparativos e quero saber se tem algum problema ser aqui na minha casa!?

- Bom, eu tenho alguma opção?

- Não.

- Sakura você sabe que eu não quero..

- Naruto, cale a boca. Olha, você tem que parar de ficar se trancando justamente no mês do seu aniversário por causa do que aconteceu. Cara, já fazem anos isso.

- Como se fosse fácil..

- Você nunca tentou Naruto. Eu já falei que dou um jeito naquela vadia se ela aparecer, esqueceu disso? E outra, a prima do Neji, Hinata, vai estar lá.

Naruto não conseguiu segurar o riso. Entendera perfeitamente a malicia naquela frase de Sakura em relação à Hyuuga.

- Ela esta bonita?

- Bonita? Ela esta um avião. Naruto, eu juro para você. Se a Hinata cortasse para os dois lados eu não perderia tempo em leva-la para cama.

- É sério?

-Sério. Vai aproveitar Naruto. Eu tenho certeza de que ela quer repitir a dose, huh?

- E você? Não quer repetir também? Vai ser sua chance de ficar com a Hyuuga..

- O quê?. –Naruto esboçou um sorriso presunçoso, jogar nas entrelinhas com a Haruno sempre fora algo que o animava. Poderia imagina-la com os lábios presos entre os dentes. Os olhos verdes brilhando... –Você não sabe brincar, Naruto. Mas eu aceito.

Naruto riu contra o telefone.

- Obrigado, eu precisava de alguma animação para ir a esta festa.

- Idiota.

- Eu também te amo. Agora se me der licença eu vou tomar um banho e sair um pouco.

- Ok. Então vou começar os preparativos para a festa e você não ouse sair de Kyoto.

- É claro..

- Naruto!

- Tchau, Sakura.

E desligou.

Naruto não tinha nada a perder indo para aquela festa, justamente, por ser a sua festa de aniversário. Mas não podiam culpa-lo, afinal, o que havia acontecido anos atrás naquela mesma data tinha realmente abalado o coração do jovem garoto.

Infelizmente, Sakura estava certa. Naruto não deveria trancafiar-se todo mês de outubro por causa daquela garota. Precisava sair, conversar, conhecer novas pessoas e quem sabe – até –  alguém diferente.

Quando terminara de conversar com as outras duas mulheres, Naruto dirigiu-se para o banheiro. Já que o haviam acordado, pelo menos, aproveitaria aquele dia ameno para dar uma volta na pequena cidade de Kyoto.

Não demorara-se muito no pequeno recinto para logo sair e arrumar-se. A carteira e o celular ocuparam o bolso traseiro da calça a medida que descia as escadas.

Encontrando-se lá em baixo, resolveu que comeria alguma coisa pela rua. No entanto, fora barrado logo na porta. Kurama enroscou-se nas pernas do seu dono, olhando-o completamente pidona.

- Kurama. –Agachou-se para acariciar os pelos macios e meio avermelhados da gata.

A mesma havia sido encontrada por Naruto quando adolescente. Sempre amara os bichinhos, e por mais que a vontade de adotar um sempre fora grande, Kushina nunca aprovou a ideia, o que era totalmente contrariada pela mesma paixão do marido para com os animais.

Todavia, Naruto achara a gata mal cuidada em um beco. O coração enorme do garoto não o impediu de leva-la para casa e convencer a mãe de deixa-lo ficar com ela.

A gata era mestiça. O pelo em tom laranja e preto contrastava com as patas brancas. Havia um ponto vermelho no centro da testa, e os olhos que chamaram-lhe a atenção. Além de serem laranjas, a pupila era quase deformada e formava um triangulo preto.

Na época, Naruto achara que a gata fosse cega ou apresentava algum problema de visão. Porem, não. Era a linhagem de onde vinha.

- Esta com fome?. –Naruto a escutou ronronar e enroscar-se mais em sua perna. – Ah, eu não posso brincar agora, Kurama. Eu irei sair, mas prometo voltar logo para ficar com você, tá bom?

Naruto sempre tivera certeza de que Kurama entendia-o, o que deixava claro que, se a mesma falasse, com certeza xingaria-o. Afinal, fora claro o descontentamento naqueles olhos ao descobrir-se sozinha novamente.

- Desculpa, Kurama. Mas eu volto, huh?

Naruto beijou-a o topo da testa e levantou-se novamente, desta vez, tomando o rumo para a porta. Ao trancar o apartamento, Naruto virou-se para o elevador e aproveitou-o aberto para pega-lo. Cumprimentara alguns de seus vizinhos que entraram dos andares a caminho do térreo com ele para logo caminhar a rua.

O Uzumaki tinha a plena consciência de que deveria animar-se e fazer – ou tentar - exatamente o que Sakura falou. Faltavam poucos dias para seu aniversário e, definitivamente, passa-lo – assim como os outros anos – trancado em seu quarto, não seria uma possibilidade.

Porém, Naruto queria algo fora do comum naquele ano. Desejava passar com uma pessoa diferente, e não com, simplesmente, seus amigos. Não que os subjugasse, pelo contrário, a proposta de Sakura fora tentadora. No entanto, um momento á tróis era totalmente diferente de um momento a sós, com alguém.

E aquilo era exatamente o que Naruto procurava.

A verdade era que o Uzumaki estivera cansado de – após tanto tempo – passar aquele dia sozinho. Sempre fora uma pessoa carente, mesmo com seu jeito extrovertido, e querer um carinho a mais nunca fora proibido.

Modo este que o pegou desprevenido ao encarar tão minuciosamente as alianças na vitrine, onde tivera a certeza de que a ideia reforçava em sua mente. A mão tocou o vidro de forma involuntária e os pensamentos voaram para a época em que o dedo era ocupado por uma.

Cara. Estava ficando melancólico novamente e a ultima coisa de que precisava era sentir-se daquele jeito.

Naruto desviara os olhos da vitrine para sair á passos apresados da frente da loja. Tão apressados e ao mesmo tempo desengonçados, que não vira a placa a frente até chuta-la. Por sorte o barulho não chamou a atenção de ninguém dentro do estabelecimento.

Arrumara a placa no lugar, mas, antes que pudesse sair dali, algo chamou sua atenção.

Tarôt?

Ainda existiam pessoas que praticavam o tarôt?

Os olhos curiosos correram pela placa e pararam exatamente na – maldita – ultima frase. O sangue ferveu-lhe nas veias e bastou poucos segundos para a cabeça fantasiar diversos fins. Fins estes que fizeram-no adentrar o local.

O Uzumaki nunca fora um homem supersticioso, porém, acreditava que algumas pessoas provinham daquele dom de prever o futuro. Claro, qual o sentido daquelas casas existirem? Poderia não acreditar no místico, mas, se algo ocupa um determinado lugar, algum propósito apresenta.

O corredor pelo qual passara após entrar, levara-o a uma sala ampla e pouco iluminada. O cheiro de incenso de canela preenchera suas narinas de imediato. Nunca gostara do aroma, pois a fumaça adocicada era o estopim para irritar-lhe o nariz. No entanto, era quase imperceptível e Naruto agradeceu quando nada o fez.

As paredes em tom vermelho eram decoradas com quadros de entidades e colares de pérolas negras. E estavam dispostos no local de modo a serem vistos desde a entrada.

A esquerda de Naruto, uma estante em madeira maciça erguia-se do chão ao teto forrado de preto, e sobre suas prateleiras algumas jóias brilhavam na direção dele. Naruto pôde identificar diversos baralhos e outros instrumentos que julgara serem usados nas seções. 

Adentrara um pouco mais em direção á um armário de vidro, onde amuletos e imagens eram guardados. Naruto subjugou serem os famosos artefatos da sorte. Aqueles que as pessoas compravam para enfeitarem as casas na esperança que o desejo e a fé no objeto, realizassem os mesmos.

Talvez, ele devesse comprar um?

Rira, apenas cinco minutos no local já o fizera agarrar-se naquela esperança.

Ao virar-se para o lado contrário, uma mesa redonda jazia-se presente. Naruto aproximou-se da mesma deixando os olhos correrem pela toalha roxa que decaia até o chão. Em seu centro um sol decorava-a e nas extremidades da mesa duas cadeiras pretas estavam dispostas uma á frente da outra, apenas separadas pela própria madeira.

Naruto estivera imensamente entretido no local, que não notara uma porta ser aberta. Obviamente que o susto viera ao escutar tal voz.

- Fiquei curioso em saber por quanto tempo mais você ficaria por aqui. -Naruto olhou o rapaz. Era jovem, talvez, um ou dois anos mais novo que ele.

Fora, então , que a fala do rapaz viera em sua mente. Como sabia que estava ali? Naruto não lembrava-se de ter tocado em nada que fizesse barulho e nem mesmo de tê-lo visto ao entrar. Ele me viu por alguma bola de cristal?

Talvez o Uzumaki apresentasse uma expressão engraçada no rosto já que o rapaz deixou uma risada escapar pelos lábios.

-Não, eu não fiz nada disso do que esta pensando. Minha loja tem uma câmera onde consigo ver quem entra quando estou nos fundos.

Naruto acabou sorrindo com a resposta.

-Desculpe. Eu estava apenas dando uma olhada.

-Quem entra em uma loja como esta, não quer apenas ficar olhando.

O rapaz sorriu. O sorriso mais sincero e estranho que Naruto já viu. Porque ele tinha total razão. Como esconder alguma coisa de alguém que consegue ler o futuro?

O garoto aproximou-se a passos firmes até Naruto, ato que o fizera olha-lo melhor.

As roupas que usava eram um tanto engraçadas, porem, normais para uma pessoa como ele. A calça era de um tom vermelho fraco com desenhos pretos e aparentava ser de um tecido fino olhando daquela distância.

A blusa de mesma cor continha uns desenhos mais nítidos e reconhecíveis. Além de apresentarem letras em um idioma antigo que, claro, Naruto não entendeu nada do que poderiam significar.

Ele não usava nada em seus pés e diferente do que o Uzumaki achou que encontraria, o rapaz não tinha um turbante na cabeça e nem tocava uma flauta para fazer uma cobra dançar.

Pelo contrário, os cabelos do garoto eram de um vermelho vivo e forte que desciam até a altura dos ombros onde eram repicado nas pontas. E mesmo que fossem da mesma cor das roupas, deixou Naruto hipnotizado por um tempo.

-Ficar me olhando não vai resolver os seus problemas.

Naruto acordou do pequeno devaneio de sua mente ao notar o outro parado ao lado da cadeira oposta a que estava. Os olhos não foram desviados uma única vez.

-Como sabe que estou com problemas?

-Quem entra aqui não quer apenas ficar olhando.

Reforçou sua ideia e, assim, sentou-se.

O Uzumaki ficou receoso em um primeiro momento, afinal, já escutara que nem sempre saber sobre seu futuro era algo glorioso.

No entanto, sentou-se.

O rapaz o olhava com um sorriso em aprovação ao que estava fazendo e rapidamente suas mãos pegaram o baralho sobre a mesa. Este que Naruto nem ao menos havia notado ser posto ali.

-Diga-me, problemas com o amor?

-Como...

-Bem, talvez seja um pouco nítido isso.

-É?. -Naruto franziu o cenho. -Olha, na verdade, eu entrei aqui por que sem querer derrubei a placa na frente da sua porta. E, bem, admito que fiquei curioso para olhar melhor.

O garoto afirmou com a cabeça. As mãos voltaram a trabalhar e Naruto desviou os olhos para as mesmas. Então, notara que não eram apenas as roupas contendo os desenhos antigos, mas as mãos do rapaz também.

Os dedos finos e longos e até mesmo o dorso das mãos eram tatuados. Pelo ângulo que o Uzumaki conseguia olhar, as tatuagens subiam até uma determinada altura dos braços. E mesmo que não fosse certo, a imaginação fizera-a querer descobrir outras mais escondidas.

O baralho voltou para a mesa, mas desta vez estava separado em dois blocos totalmente iguais.

-Dê-me suas mãos.

Naruto o obedeceu prontamente e as pôs sobre os dois bloquinhos de cartas.

-Você agora precisa mentalizar o que quer, o que veio fazer aqui ou o que esta procurando. Sendo sobre o amor. Amizade. Familia. O que for pensado será refletido na escolha dos seus arcanjos, ou seja, nas suas cartas. Cada lado completa o outro, então uma carta andará de mãos dadas com a outra que for retirada. Você deverá retirar apenas cinco cartas, uma de cada mão e deve começar com a sua direita. Elas devem ser postas no centro da mesa em fileiras, então pense bem no que você quer descobrir.

Naruto engoliu em seco. Suas mãos suavam sobre as cartas do baralho, mas não era hora para desistir. Ele sabia muito o que queria e o porque de ter entrado ali. Afinal, não ficou pensando sobre isso desde que acordou?

Respirou fundo e começou a virar as cartas como fora explicado, uma após a outra, até que as cinco estivessem viradas sobre a mesa. Naruto não entendeu o que elas significavam, mas os desenhos eram bonitos de se olhar.

-Bem..

-Espera. Você não precisa saber o meu nome?

-Não. As cartas vão me falar o que preciso saber sobre você.

-Ah...-Naruto realmente não entendeu, mas esperou pacientemente pelas palavras do outro.

-A primeira carta foi A Roda do Destino. Ela remete muitas explicações e incertezas durante o seu relacionamento. O movimento da roda faz você, que segue o destino, ter altos e baixos. É preciso aprender a lidar com eles. -Ele a pegou e a colocou no topo da mesa, longe das outras e em uma linha reta. -Mas, nem sempre ela esta falando sobre um relacionamento atual. A Roda do Destino mostra que no passado você teve alguma desilusão. Ela indica que você precisa seguir o destino para ser feliz. Por isso, se aquele namoro não foi para frente, desencane. Talvez a pessoa não estivesse no seu destino. Ela sugere que tudo tende a dar certo.

Naruto praticamente pulou da cadeira ao escutar aquilo. Caralho, como ele sabia? Como? Era nítido que ele ainda sofria por causa de sua ex? Impossível! Aquilo havia acontecido há mais de quatro anos, nada mais restava no Uzumaki sobre ela. Há não ser o sentimento de remorso quando entrava naquele mês.

Cara, a carta não tinha falado tudo aquilo? Ou tinha?

O espanto era tão óbvio no rosto de Naruto que este não surpreendeu-se com o sorriso estampado no rosto do outro.

-A segunda carta foi A Sacerdotisa. Ela deixa claro o quanto você ainda pode estar preso ao seu passado, mas ela remete algumas coisas sobre a sua parceira. Já que possa existir uma dificuldade em se relacionar e demonstrar os sentimentos. -A carta foi posta juntamente com a outra, porém, em baixo desta, formando uma linha com as duas cartas. -Este arcanjo é uma mulher com uma coroa na cabeça. Sentada com um livro aberto sobre a saia, a personagem representa o poder feminino e todos seus aspectos. A energia do sexo feminino é passada através da intuição. A mulher tem consciência de seu poder e muitas vezes utiliza o sentimento como arma. A Sacerdotisa está intimamente ligado à questão de persistir em uma ideia, sem aceitar a opinião alheia, e na desconfiança para expressar os sentimentos.

Naruto franziu o cenho.

-Eu não sou deste jeito.

-A Sacerdotisa não necessariamente possa estar falando de você. Como eu disse, uma carta completa a outra. Duas irão falar sobre você e as outras duas sobre alguém que você tem em sua vida.

-E a ultima?

-Irá falar sobre os dois. Sobre o relacionamento de vocês dois.

-Mas eu não tenho ninguém assim.

-Não é o que as cartas falam.

-O que mais elas falam?

Naruto endireitou-se na cadeira a medida que o rapaz pegava a terceira carta.

-O Enamorado. Um homem, duas mulheres e um cupido. A carta é constantemente relacionada a questões do coração. Mas não é só isso que ela representa. O cupido direciona para caminhos sentimentais, mas todo o resto da simbologia se relaciona com as outras áreas da vida. É nesse sentido que a carta favorece o desenvolvimento espiritual. A partir da necessidade de escolha, você é obrigado a parar para analisar a situação e compreender seus pensamentos. -Ele colocou a carta em baixo das outras e Naruto notou que elas estavam criando uma linha do seu futuro. -Nem sempre ela esta ligada ao seu relacionamento, esta carta deve gerar uma reflexão em sua mente. Você deve analisar as suas decisões e as suas escolhas. Nem sempre as coisas estão todas claras para nós, então muitas vezes devemos parar para analisarmos melhor.

-Agora?

-A todo momento devemos refletir sobre nossas decisões. É isso mesmo que você quer? É isso mesmo que quer encontrar?

O Uzumaki não soube responder quando as reflexões tomaram sua mente. No entanto, as cartas continuaram a ser lidas.

-Esta carta é um tanto interessante, e esta atrelada ao seu futuro no relacionamento. A carta A força mostra que você, sim, encontrará uma pessoa para viver o que tanto você esta pedindo. Ela esta mais próxima do que você imagina. A Força significa que no relacionamento afetivo do consulente há um reconhecimento mútuo das capacidades de cada parceiro, e que ambos se dedicam e respeitam o sentimento construído. Você terá uma sorte com a pessoa que encontrar, além de, existir uma maturidade, que contribuirá para uma relação repleta de prosperidade, satisfação, magnetismo e atração física de ambos.

Finalmente Naruto estava escutando o que tanto queria. Aquela pequena revelação da carta sobre um futuro relacionamento o animou completamente, o que fez todas as outras sumirem da sua mente.

-E isso vai demorar?

-Encontrar essa pessoa?

-Sim.

-Eu não vejo o quanto isso vai perdurar até você encontrar, mas ela esta mais próxima do que você imagina. Se vai demorar semanas, meses ou horas eu não consigo te revelar.

-Você acha que até dia dez eu já possa estar com ela?

-Não se apressa o futuro, isso pode fazer com que ele mude.

-Mude?

-Cada ação tem um tempo para se acontecer. Se esta for apressada a linha criada para o seu futuro quebrará. -Disto isto a carta foi posta junto as outras na linha que se formava no centro da mesa. -A partir de agora qualquer coisa que você fizer para apressar esse seu desejo de ter alguém, poderá acarretar na distorção dessa linha sólida e nada irá acontecer.

O Uzumaki engoliu em seco. Ok. Não estava esperando por aquilo. Naruto era ansioso e não aguentaria esperar as coisas chegarem em suas mãos, pois sempre fazia o trabalho de apressar o que queria.

Porém, daquela vez, ele precisava ser diferente se quisesse ter o futuro realizado.

-Contudo, a ultima carta é O Mundo. Ela representa o equilíbrio perfeito de forças e sentimentos no relacionamento amoroso. O significado desta carta simboliza que o casal entende e aceita plenamente todos os defeitos e qualidades um do outro, e com isso supera todas as suas diferenças. A carta O Mundo representa o final feliz dos contos de fada, em que o amor passa por várias provações e no final tudo dá certo.

O garoto sorriu no exato momento que a ultima carta foi posta no final da linha. Todas estavam perfeitamente alinhadas e mostravam uma linha completa sobre Naruto. Começo, meio e fim. O futuro bem diante dos olhos do Uzumaki chegava a ser surreal.

Tantas duvidas surgiram em sua cabeça e tantas perguntas, que Naruto não soube por onde começar. Tinha tido o futuro lido, sabia o que o esperava, mas não o momento exato de acontecer. Como ele faria para não apressar o que queria?

-Vejo que ficou confuso.

-Não é fácil se esperar isso quando se sabe o que vai acontecer.

-Você não sabe quando, então é simples viver cada dia como se fossem os mesmos de ontem, semana passada ou mês passado.

-E se isso não acontecer?

-Você acredita que acontecerá?

-É claro que sim.

-Você vai fazer acontecer sem nem notar.

Naruto suspirou, estava claro que era o máximo que iria conseguir arrancar do outro naquele momento.

-Mais alguma coisa?. -Perguntou ao rapaz.

-Você quer saber mais alguma coisa?

-O quanto lhe devo?. -Brincou, arrancando uma risada anasalada deste.

-Não cobro minhas sessões. Só ver que deu certo já é o suficiente para mim. -O Uzumaki afirmou com a cabeça e então levantou-se, sendo acompanhado pelo rapaz.

-Então, obrigado! Eu posso te perguntar uma coisa. -O garoto afirmou com a cabeça. -Como é o seu nome?

-Por que quer saber?

-"Porque você é bem bonito." -Pensou, mas resolveu não abrir a boca para falar-lhe aquilo. -Para me lembrar da pessoa que me ajudou. Eu com certeza irei voltar se der certo, então quero 'te tratar pelo nome. -O garoto pareceu aceitar a resposta de Naruto e este agradeceu mentalmente pelo sorriso que havia recebido.

-Sabaku. Sabaku no Gaara.

-Naruto Uzumaki.

Ambos apertaram as mãos em um cumprimento.

-Obrigado, Gaara. Colocarei em prática tudo o que me falou. -Gaara concordou e acompanhou Naruto até a porta de entrada pelo corredor.

O Uzumaki despediu-se mais uma vez de Gaara e seguiu para a rua. Na mesma, notou que havia ficado mais do que deveria na loja, porém, não estava tão preocupado quanto aquilo.

Prontamente decidira que contaria a Sakura a novidade, entretanto, quando os passos puseram-se ao caminho recebeu uma mensagem de sua chefe avisando-lhe que precisaria dele como segurança na boate aquela noite. Naruto bufou, afinal, era sábado e estava disposto a sair para conhecer algumas pessoas. Porem, não seria naquele dia que faria aquilo.

Após responder que logo estaria por lá, Naruto discou rapidamente o número de Sakura a caminho de sua própria casa para arrumar-se.

-Naruto?

-Sakura! Você vai estar ocupada amanhã de manhã!?

-Terei um plantão bem cedo, mas estarei livre as noves.

-Eu posso passar aí para conversar com você?

-Hm, por que não passa agora?

-Por que é muita coisa que irei falar e minha chefe acabou de me chamar para ficar de segurança na boate.

-Sério? E o plano de ir conhecer novas pessoas?

Naruto sorriu amargurado, porém ou era aquilo ou ser despedido. E Naruto já estava tempo o suficiente lá para não querer ser mandado embora.

No inicio odiou o emprego e, principalmente, o lugar. Mas, agora, já era algo primordial para ele.

-É, bem, parece que vai ficar para amanhã. Mas isso não importa, quero conversar com você justamente isso. Eu posso passar aí?

-Naruto o que você fez!?. -O garoto riu com a desconfiança na voz da amiga. -Então passe, estarei te esperando na cafeteria do hospital.

-Muito obrigado, Sakura. Agora preciso ir, beijos!

Naruto desligou sem esperar a resposta da amiga. Não estava entendendo o motivo de estar tão agitado. Seu corpo estava elétrico e mais animado que nos dias normais.

Talvez, fosse efeito das cartas se encaixando no futuro dele? Ou apenas sua mente divagando por ter achado Gaara bonito?

O Uzumaki parou no centro do quarto e soube que seu subconsciente havia afirmado a segunda hipótese. Afinal, qual era o outro motivo mesmo?

Naruto sorriu. Havia tempo que não sentia-se daquele modo por outra pessoa que tinha se esquecido da sensação de como era ficar bobo daquele jeito.

Arrumou em sua bolsa o que precisava levar para o trabalho e, assim, seguiu rumo ao andar de baixo. Lembrou de comer alguma coisa ao passar por sua cozinha e de encher a vasilha de comida de Kurama. A gata não estava nada feliz por seu dono estar quase o dia inteiro fora de casa. Naruto sabia daquilo e tinha a consciência de mima-la muito quando voltasse.

Ao terminar a pequena refeição que estava fazendo pegou sua mala e despediu-se de Kurama, saindo em seguida do apartamento. Desceu direto para a garagem do prédio e rumou ao trabalho com seu carro.

A ruas de Kyoto encontravam-se iluminadas com as lamparinas, assim como o céu manchado de um vermelho alaranjado. Havia perdido quase a tarde toda na sessão com Gaara.

Assim como o dia fora quente, os indícios da noite eram os mesmos. E isso significava a boate lotada, afinal, os adolescentes aproveitariam para beber. E por este fato, Naruto martirizou-se por estar indo trabalhar, mesmo que gostasse do lugar não era um cara de desperdiçar uma boa noite entre amigos e bebidas.

Felizmente as condições que tinha devia-se ao trabalho naquela boate e, oras, um esforço apenas não iria mata-lo.

Poucos minutos ao chegar, estacionou seu carro na vaga designada e rumou para dentro do estabelecimento.

A Akatsuki era uma das famosas boates da cidade que competia com algumas outras na região. A fachada era de um preto vivo com o nome escrito em letras Neon roxas no centro da parede. A única entrada pela frente dava a um corredor com paredes roxas e alguns enfeites, com a saída para o interior da casa.

Naruto trabalhava ali há anos, mas sempre impressionava-se com a beleza do lugar. Assim como o corredor a cor que predominava naquele espaço era o roxo, porém, o espaço onde as pessoas aglomeravam-se para dançar era azul.

A casa era dividida em dois andares. O primeiro era completamente composto por sofás, mesas e bares. No centro do espaço dividido por um pequeno muro e alguns sofás em volta, tinha um pequeno palco para as dançarinas entreterem os clientes que não estavam no lugar, especificamente, para dançar.

Existiam duas escadas ao lado deste que iam para o segundo andar, que dava uma visão completa do inferior. O palco era um pouco maior e os clientes acomodavam-se nos sofás a frente. A pista de dança era enorme e poucos bares viam-se pelo local.

Contudo, a casa provinha de muitos jogos de luzes para entreter os clientes. Naruto sempre achou o lugar do tamanho de um shopping e com a mesma estrutura deste.

Passou pelo amplo espaço devidamente limpo, até chegar a sua pequena sala de segurança. Tirou da mochila o uniforme, uma calça simples preta e um blazer de mesma cor. O único toque de cor que existia era a gravata roxa enfeitando seu pescoço.

Ao sair, Naruto dirigiu-se para a entrada da boate e arrumou-se onde exatamente deveria ficar. A julgar pelas horas em seu relógio, logo as pessoas começariam a chegar e a fila na frente da mesma estender-se-ia como toda noite.

Entretanto, Naruto nunca vira a boate vazia depois de já estar aberta. Geralmente, quando assumia o posto, a fila encontrava-se interminável. Porém, um único carro – familiar – estava parado sobre a calçada.

Como a conduta dizia, Naruto dirigiu-se para abrir o mesmo, no entanto, a porta abrindo o fez relutar. A elegância, a superioridade, o olhar desafiador e o modo que saia do automóvel e andava deixou claro que o tempo não a havia mudado.

Naruto pareceu estar vendo um fantasma. E em sua visão, o fantasma mais lindo que já vira. O vestido tomara que caía emoldurava o belo corpo que tinha, deixando as coxas realçadas. Naruto teve a plena certeza de que fora um presente seu ao completarem um ano de namoro. Afinal, o Uzumaki sempre deixou claro o quanto ela ficava maravilhosa neles.

O salto fino que usava fazia o típico barulho no asfalto. E se Naruto achara que não pioraria, piorou, quando o caminho que fazia era justamente em sua direção. Ou melhor dizendo, para dentro da boate.

De repente, todo aquele entusiasmo e a sensação de horas antes, tinha sumido. As cartas foram claras para ele, no entanto, reencontrar seu passado muito bem vestida, impecável e majestosa, não fora algo que esperou. Afinal, ainda estava incerto sobre o que descobrira, porem, Naruto dispusera-se a dar uma chance.

Só reencontra-la para provar-lhe que o coração ainda batia por ela que havia sido a carta morta daquele jogo.

A mulher sorriu ao passar do seu lado, o mesmo – maldito - sorriso que lhe era direcionado após as juras de amor dele. O coração do Uzumaki não coube no peito, e sentiu cada parte da pele sendo rasgada para que o órgão recuperasse o folego perdido, os batimentos em vão e se propusesse a voltar para a caixa torácica.

Quando entrara, o peso do corpo caiu e os joelhos sofreram a queda brusca de segura-lo em pé. A garganta fechada denunciava o choro iminente, mas o direito de segui-la não cabia-lhe mais.

Maldito outubro!

Rogou em pensamentos, mesmo sabendo que aquela crença era totalmente fajuta. Outubro era apenas um mês e nada tinha coincidência ao reencontra-la justamente naquela época. Poderia ser em qualquer outro. Naruto trabalhava na boate mais procurada, a maldita casa que haviam se conhecido.

Ela não estava proibida de aparecer por lá, afinal.

Mas, Naruto não imaginou que a veria justamente naquela noite.  

6 de Septiembre de 2018 a las 17:25 0 Reporte Insertar Seguir historia
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