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Chapeuzinho Vermelho, Cinderela, Branca de Neve... E se tais histórias fossem verdadeiras? E se houvesse um mundo onde as lendas realmente existissem? E se fosse possível acessar este mundo? Contos de Fábula narra a história de conhecidos personagens da forma como você nunca viu! A verdade por trás das lendas. Mas no mundo real nem sempre existe um final feliz.


Fantasía Todo público.

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Prelúdio

Perdoe-me a escrita trêmula da mão já envelhecida. Busco aqui um começo a altura dos fatos vividos, que de tão épicos imploravam-me para serem escritos. Compreendo, entretanto, os riscos; que o relato de tais fatos pode custar a vida de quem escreve e também daquele que ousa ler.

O que resta da minha vida porém é tão fugaz quanto o verde que se esvai desta folha avermelhada recém caída. Mas se teme por sua vida sugiro que se desfaça deste manuscrito que, não sei como, chegou às suas mãos. Queime-o! Enterre-o! E esqueça que um dia leu mesmo estas poucas palavras até aqui. Mas se acredita não ter nada a perder ou se julga o conhecimento do extraordinário uma recompensa que vale seu risco, o saber que segue lido será seu ganho ao longo desta jornada!

Ah! Lembrei como tudo começou! Foi neste mesmo lugar, em um final de verão muito semelhante a este. As mãos ainda jovens e firmes. Os olhos ainda aguçados que observavam uma folha vermelha que anunciava o outono a se aproximar.

O sol tímido despedia-se por trás das montanhas, pintando o céu de tons alaranjados. Um sorriso tímido desenhou-se em meu rosto quando observei um movimento familiar na passagem, há alguns metros de mim. A grama se estendia entre nós e além, formando um tapete verde sombreado pelas copas de muitas árvores que se projetavam ao céu. Mas naquele momento só me importava aquele vulto que surgia na passagem há alguns metros diante de mim.

A jovem me observou por um instante, retribuindo meu tímido sorriso com um bem mais largo. Seu rosto alvo de pele sedosa rosava pelo esforço através do dificultoso trajeto. Ela ergueu-se assim que conseguiu sair do buraco, sacudiu o vestido azul fazendo voar os pedaços de grama nele presos e, após ajeitar os cachos dourados, apressou-se em minha direção.

- Espero não ter demorado mais que o costume! - Comentou em meio ao sorriso.

- Não mais que o costume. - Retruquei implicante enquanto erguia-me também sacudindo a grama para então continuar: - Estava pensando sobre sua proposta de viver em seu mundo...

- Hoje é sua única chance! - Sua fala assumiu uma urgência inesperada. - Aproxima-se o fim do ciclo e logo a passagem não mais estará aberta. Você precisa decidir se irá comigo ou se permanecerá aqui. E precisa decidir agora!

O sorriso em meu rosto deu lugar a um misto de pesar e preocupação, visivelmente notado no semblante decaído de sobrancelhas curvadas. Já havia sido alertado sobre nosso tempo restrito e no início tomei seu aviso como o prenúncio de um amor de verão. Mas a medida que os dias passavam em sua doce companhia, era cada vez mais difícil a despedida. Seu toque macio e a doçura dos seus lábios. Seu olhar acolhedor e sua voz apaixonante. Já não conseguia imaginar minha vida sem ela. E antes do que imaginei precisava decidir prender-me de vez ao amor que nutria e abandonar toda a minha vida ou deixá-la ir para sempre. Sabia que um dia teria que me decidir mas não imaginava ter que fazê-lo tão repentinamente.

Do outro lado daquele buraco aguardava um mundo novo, tão fantástico quanto perigoso. Um mundo habitado por criaturas diminutas com asas e um imenso poder. Guerreiras de uma Ordem secreta, trajadas de mantos vermelhos e armas letais. Lobos imensos de aspecto humanoides. E criaturas tão diversas, perigosas e belas que aguçavam ainda mais meu desejo de embarcar naquela aventura sem volta.

Respirei fundo ainda pensativo enquanto caminhava em direção à passagem. Não sei por que me veio à mente, naquele exato momento, uma intrigante pergunta na qual nunca havia pensado. E cortando por completo o clima que se formara, sem querer permiti que a pergunta fugisse dos meus lábios:

- Por que chamam a passagem de Toca do Coelho?

- Se vier comigo, conto-lhe no caminho. - Respondeu Alice.

12 de Agosto de 2018 a las 22:49 0 Reporte Insertar Seguir historia
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