yuuic Yuui C. Nowill

Akechi era um detetive famoso e perspicaz. Raríssimas eram as coisas que chamavam sua atenção além do trabalho. Exceto, talvez, por um par de coxas adornadas por belas meias sete-oitavos. Pretas.


Fanfiction Juegos Sólo para mayores de 18.

#RealidadeAlternativa #yaoi #crossdressing #pwp #Persona5 #erótico #AmamiyaRen #AkechiGoro #GoroRen
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Parte 1

Notas do Autor

A ideia toda nasceu por culpa daquela skin do P5D. Desde que eu coloquei os olhos nela, foi impossível não querer fazer alguma coisa sobre. O resultado de um mês de trabalho foi esse. Aproveitem a estadia e leiam as "Notas Finais" para outros esclarecimentos. (Essa história foi dividida em 2 capítulos por conta do tamanho geral dela).


— Você está atrasado. — Sae anunciou, a vista estreita conforme me encarava. Sorri pequeno diante de sua acusação.


— Desculpe, mas você sabe como as coisas são burocráticas, não é mesmo? — Ela suspirou, puxando a manga do casaco cinza por sobre o relógio. Passou a mão pelos cabelos, ajeitando-os. — Vamos, Sae-san, não fique chateada. Nós ainda temos tempo, não?


— Apertado, mas temos. — Ela ergueu uma sobrancelha na minha direção, desconfiada. — Você está muito tranquilo diante da nossa atual situação, Akechi-kun.


— O que eu posso fazer? — Dei de ombros. — Não é como se tivéssemos escolha de todo modo. — Ajeitei melhor as luvas nos dedos, sempre diante do olhar atento de Sae. — E, como eu posso dizer...? Eu acredito que nossa pequena amiga será de grande ajuda.


— Você... — Ela suspirou, passando a mão pelos olhos. — Que seja. Vamos.


Shinjuku
à noite era um lugar receptivo ao mesmo tempo em que conseguia ser hostil aos desavisados. Muitas pessoas transitando, muitas luzes chamativas, muitos estabelecimentos. Tudo era relativamente desinteressante ao meu olhar.


Sae caminhava mais à frente, já sabendo nosso destino. Eu ia um pouco mais atrás, fazendo cobertura, principalmente dos vendedores ambulantes e dos homens de olhares suspeitos. Estava atento para qualquer abordagem inesperada; por sorte, nenhuma ocorreu.


Paramos diante de um bar no distrito vermelho. A fachada era sutil, apesar do letreiro colorido, luminescente, destacar-se na noite escura.


Crossroads. Hee. — Sae olhou-me de esgueira, curiosa. — O que acha que vamos encontrar?


— Não sei. Diga-me você. — Ri baixinho diante da provocação. — Você esteve investigando mais que o necessário, não é mesmo?


— Mais ou menos. Mas digamos que o máximo que poderíamos encontrar talvez seja o diabo em pessoa. — Ela revirou os olhos.


— Não se distraia. — Foi a minha vez de erguer as sobrancelhas, suspeito. O que me faria distrair em um bar como esse no meio de uma investigação importante?


Achava que Sae subestimava minhas capacidades.


Entramos lentamente, o sino anunciando nossa presença conforme abríamos a porta. Uma moça forte nos recebeu com um sorriso; estava atrás do balcão servindo uma outra mulher, cabelos bem curtos e negros, um par de óculos adornando sua cabeça como uma tiara.


— Ora. — A moça virou-se, sorrindo para nós. — Olá. — Acenou e, sem delongas, fez um gesto para nos aproximarmos. — Deixa eu adivinhar... Niijima Sae e Akechi Goro? — Sae estreitou a vista conforme o sorriso da moça aumentava. — Bingo! Ah, a propósito, eu sou Ohya Ichiko. Prazer em conhece-los.


— Presumo que já saiba sobre o que se trata a nossa vinda, uma vez que sabe quem somos. — Sae foi direta, cruzando os braços. — Está disposta a colaborar conosco?


— Nossa, quanta frieza. Sentem-se! Vamos tomar alguma coisa. Assim a conversa flui melhor.


— Nós não­–! — Interrompi Sae com um leve toque em seu ombro. Ela olhou-me por sobre ele, questionadora. Fiz um gesto para que ela seguisse com a sugestão de Ohya; um suspiro longo, desistente, deixou seus lábios. — Bom, tudo bem. Nesse caso, se importa se sentarmos em um lugar mais... privado?


— Sem problemas, sem problemas. — Ela fez um gesto de dispensa com a mão e apontou para uma mesa mais ao fundo. Começamos a nos dirigir até lá, quando Ohya entrou na minha frente, analisando-me de perto. — Hee... eu só havia te visto pela TV. Pessoalmente, você é ainda mais fofo.


— Eu... agradeço sinceramente, Ohya-san. — Estampei um falso sorriso, engolindo em seco discretamente pelo elogio inesperado e, de certo modo, desnecessário.


— Ichiko, não fique dando em cima do garoto. Ele é muito novo pra você. — A moça atrás do balcão advertiu, o olhar reprovador.


— Eu não estou dando em cima dele, Lala-chan. Que coisa. — Ela coçou os cabelos, voltando a se dirigir à mesa. — Peça para alguém nos atender, sim?


Assim que chegamos, Sae já estava confortavelmente ajeitada sobre o banco estofado. Ohya, sem cerimônias, ajeitou-se à direita e eu tomei meu lugar à esquerda, mais próximo de Sae. Estávamos frente a frente; ela cruzou os braços sobre a mesa, olhando-me intensamente.


— O que um detetive famoso quer com alguém como eu? — Sua pergunta era meio cínica. Sorri de canto, não me incomodando.


— Ohya Ichiko, paparazzi do segmento de entretenimento do Maiasa... Isso é, depois de ser transferida. — Ela ergueu ambas as sobrancelhas, desgostosa com o comentário — Alguém como você certamente tem informações preciosas na manga, estou errado?


— Se você considerar artigos estupidamente chamativos e click-baits de “informações preciosas”, quem sabe? Não acho que isso possa ser útil a qualquer um de vocês dois, no entanto.


— Para alguém ser transferido do segmento de política para o de entretenimento, certamente alguma informação muito confidencial deve ter sido descoberta. — Comentei usando um tom baixo. A vista de Ohya estreitou-se perigosamente, demonstrando seu total descontentamento com a minha afirmação. — Acredito que, mesmo no entretenimento, as coisas ainda cheguem aos seus ouvidos, não é mesmo?


— Astuto. Nada menos a se esperar do grande príncipe detetive, não é mesmo, Akechi-kun? — Ohya sorriu, mas ele era inegavelmente maquiavélico. — Acredito que saiba também que o caso que me expulsou do segmento político envolvia ninguém menos que Shido Masayoshi. Estou enganada? — Crispei os lábios, desgostoso. O sorriso dela pareceu mais brilhante nesse momento.


— Certo... nada de cartadas com a senhorita. — Ohya gargalhou, parecendo divertir-se com algo. — De todo modo, acredito que você consiga informações importantes, mesmo que não úteis aos seus artigos. Se importaria de colaborar conosco, nesse caso?


— Depois de um “senhorita” tão bem-vindo, certamente. — Ela voltou seu olhar para Sae que, em momento algum, descruzou os braços, observando nosso diálogo atentamente. — Gostaria de fazer algum comentário?


— Você está ciente de que, apesar de sua constante aparição na mídia, Akechi-kun ainda é um membro oficial da polícia e isso pode ser considerado desacato à autoridade, não mesmo?


— Hm, não sou tão tola quanto pareço, Niijima-san. — Ohya ajeitou as mãos para apoiar o queixo nelas, desleixada. — Eu entendo a posição de vocês, mas entendo também o meu lado da barganha. O que vocês querem aqui não é algo que um mandato policial resolva, não é mesmo? Se não, vocês já teriam optado por esse meio. — Sae pareceu respirar mais fundo, as unhas fincando-se nos braços. — Relaxe, relaxe! Eu estou disposta a colaborar. Mas não poderia deixar o nosso príncipe tirar uma com a minha cara assim, de graça.


— Eu peço perdão pela indelicadeza. Não era essa a intenção quando optei por essa abordagem.


— Dá próxima vez, pague um drink antes, seria mais sensato. — Ela piscou, sedutora. Ergui as sobrancelhas, surpreso. Ela não estava flertando mesmo? — Ah, por falar em drink... Miya-chan! — Sua voz ela melodiosa quando anunciou o nome da barwoman que nos atenderia.


Tão logo a voz de Ohya desfez-se no ar, sua figura surgiu diante dos meus olhos. A primeira coisa em que reparei, inegavelmente, eram em suas pernas lisas, brancas, em uma meia arrastão sete-oitavos preta, prendendo com graciosidade suas coxas. A barra de seu vestido era aberta dos lados, relevando um shorts preto curto, colado ao corpo. O próprio vestido, por sua vez, estava tão colado quanto o shorts, adornando precisamente cada curva de seu corpo, o preto destacando as estampas de dragão douradas.


Por seus ombros, caiam mexas em um tom de preto profundo, onduladas. Seus lábios estavam delineados por um batom vermelho vívido e, ah, seus olhos eram enfeitados por cílios perfeitamente arrumados; mas nada foi mais intenso do que seu olhar quando me encarou — eles eram de um cinza escuro, brilhoso. Sua boca esboçou um meio sorriso antes de pronunciar, lentamente, como se os lábios dançassem pra mim:


— O que vão pedir?


Senti o ar circular com dificuldade. Cogitei em falar algo, mas as palavras pareceram sumir da minha boca naquele instante. Foi a voz de Ohya que me trouxe de volta à realidade:


— O de sempre pra mim, Miya-chan! — Ela parecia empolgada.


— Dois copos d’água, por favor. — Foi a voz de Sae em seguida.


— Então, com vossa licença... — A barwoman virou-se em um movimento único e fluído, fazendo o laço atrás de seu vestido balançar, o som do salto batendo sutilmente no chão.


E eu só percebi que havia virado o pescoço para segui-la quando senti um beliscão de Sae no meu braço.


Ita–! O quê? — Olhei para ela, desentendido. Seu olhar sobre a minha figura era reprovador, quase fuzilante. Pisquei, atônito.


— Como assim, o quê? — Ela parecia indignada. Arregalei os olhos, realmente surpreso. — Akechi, você não–?


— Eu acho que a Miya-chan vai ter de trazer a sanidade do seu amigo de volta. — Ohya debochou. Senti meu rosto começar a queimar, levando a mão lentamente até a parte de traz do pescoço e massageando-a, sem jeito. — Ora, ora, não fique assim. A Miya-chan faz isso com a maioria dos fregueses, verdade seja dita.


— É proposital, então? — Foi o comentário meio ácido de Sae.


— Hmm, hmm. — Ohya negou com um aceno. — Eu acho que é o encanto natural dela. Não é nada forçado. Até eu, às vezes, me pego admirando. — Ela ajeitou-se contra o estofado, acenando vividamente para a barwoman. — Não é mesmo, Miya-chan?


Suprimi a vontade absurda de olhar na direção de onde ela acenou, somente para ter o vislumbre daquela figura encantadora uma vez mais. O olhar reprovador de Sae, contudo, era mais pertinente naquele instante. Pigarrei para chamar a atenção de Ohya.


— Como não temos a noite toda, Ohya-san... Se importa? — Delicadamente, puxei do bolso uma foto, colocando-a sobre a mesa. — Essa pessoa...


A partir daquele momento, nossa conversa foi estritamente técnica. Ohya nos fornecia informações importantes para o que tentávamos alcançar, todas elas de notícias que foram barradas pelos editores.


Quando Miya trouxera nossos pedidos, minutos depois, foi inevitável eu me desligar para observá-la de canto de olho. Ela não parecia se incomodar com a minha atitude tampouco, sorrindo de canto quando percebia o caminho do meu olhar.


Ao longo das horas em que passamos conversando com Ohya, ela pedia mais e mais bebida. A cada vez que Miya surgia para servi-la, eu me perdia mais um pouco em seu passar, em seu perfume, em sua essência. Era hipnótico de uma forma inexplicável.


Quase três horas depois de começarmos, Ohya já estava visivelmente alterada pela bebida e meu bloco de anotações perdia-se nas folhas escritas. Ela parou, apoiando a cabeça na mão, respirando mais fundo.


— Eu vou precisar ir ao banheiro. — Foi tudo o que Ohya disse antes de se levantar. Sae trocou olhares comigo e, mesmo sem nenhuma palavra, eu já havia entendido que ela iria acompanha-la.


Suspirei, cansado. Comecei a revirar as anotações que fizera, ponderando em como aquelas informações poderiam nos ajudar; algumas condiziam exatamente com o que suspeitávamos. Outras, no entanto...


O som do salto fez minha atenção dissolver-se. De esgueira, pude ver a barra do vestido de Miya exatamente ao meu lado. Ergui o olhar e virei a cabeça, percebendo que ela estava de braços cruzados; suspirou, parecendo decepcionada.


— Sabe. — Sua voz ela melodiosa, meio grave, profunda. — Ela costuma ficar horas no banheiro, principalmente depois de beber a quantidade que ela bebeu. — Seus olhos cinzas encontraram os meus e eu perdi o compasso por um momento. — Sua amiga vai ficar presa lá por um tempo.


— Não tem o que fazer, eu suponho. — Soltei o ar que não percebi que havia segurado, desviando o olhar do seu. — Eu vou esperar até que ela retorne. Viemos juntos de toda forma.


— Entendo. — Percebi quando Miya descruzou os braços, virando-se de frente para mim, o sorriso bailando nos lábios vermelhos. — O que acha de tomar uma batida? Eu posso fazer sem álcool para você, já que parece não beber esse tipo de coisa.


— Não posso consumir em serviço, na realidade. — Sorri meio amarelo. — Mas se você puder fazer sem álcool, eu aceitaria com prazer.


— Hm, bom. — Ela começou a se dirigir ao balcão e fez um gesto para que eu a seguisse. Ergui ambas as sobrancelhas, surpreso.


Percebi quando ela levantou um tampão e passou para o outro lado, começando a mexer nos copos, depois dirigindo-se ao que parecia ser a cozinha, atrás de uma cortina. Nesse meio tempo, a moça forte, chamada Lala-chan, fez um gesto para que eu me aproximasse, tal qual Miya havia feito anteriormente.


Meio relutante, segui até o balcão. Lala-chan pediu para que eu me sentasse e assim o fiz. Sem demoras, Miya retornou com algumas frutas e começou a preparar a batida que eu havia pedido, usando água gaseificada no lugar de álcool.


— Desculpe pelas atitudes da Ichiko mais cedo. Ela não pondera as palavras dela, principalmente depois de beber.


— Ah, era sobre isso. Não, tudo bem, eu não vejo problema. — Sorri como uma máscara para que o assunto não se aprofundasse. Os comentários de Ohya anteriormente haviam sido certeiros; não era um assunto que eu gostava muito de comentar, de toda forma.


Alguns anos de terapia e reabilitação fizeram com que a menção aos fatos não fosse tão abrupta, contudo.


Outros hábitos, como os de agora — sorrir e mascarar sensações — ainda eram resquícios de uma época sombria e que eu ainda tentava curar.


— Eu cansei de falar para ela melhorar essas atitudes, mas Ichiko parece não querer me ouvir... acho que a amargura dela ainda é grande.


— Lala-chan, não se engane. A Ohya é um demônio. — Foi a vez de Miya se manifestar, enquanto colocava delicadamente o copo à minha frente. Percebi como seus dedos longos, grossos, deslizavam sobre o vidro com delicadeza.


— Não seja tão cruel, Miya-chan.


— Só estou atestando fatos. — Caminhou lentamente até uma pia ali próximo, começando a lavar os utensílios que havia utilizado. — Ela tem um bom coração, apesar de tudo. Isso eu não posso negar.


— Um demônio pode ter um bom coração? — Comentei, meio ácido. Experimentei um pouco da batida, surpreso com o sabor. — Oh, wow.


— Obrigada em antecedência. E de nada pela recomendação. — Miya anunciou, piscando na minha direção. Engoli em seco, sentindo o pescoço começar a esquentar. Voltei a tomar a batida para ver se a sensação diminuía; em vão.


Os minutos pareciam correr lentamente, como se os ponteiros do relógio estivessem letárgicos. Prestava atenção em cada movimento de Miya: do simples passar dos dedos pelos utensílios enquanto os enxugava, até a forma como virava o corpo para guarda-los nas pequenas gavetas metricamente feitas na estante que dava suporte às diversas garrafas de bebidas.


Talvez eu tivesse descoberto um novo hobby e não estava sabendo bem como lidar com ele.


Ela virou-se quase em seguida para mim, o sorriso no canto dos lábios vermelhos, apoiando-se displicentemente sobre o móvel atrás de si. Devolvi o sorriso, meio sem jeito; pela forma como seus olhos brilhavam, ela parecia saber exatamente como eu estava me sentido.


O momento foi quebrado quando Sae retornou, um suspiro alto deixando seus lábios. No mesmo instante desviei o olhar, encarando-a curioso.


— Ela não vai sair de lá. — Foi sua constatação, passando a mão pelos ombros para aliviar a tensão. — Eu iria pedir a gentileza de alguém acompanha-la, se possível.


— Tudo bem. Isso acontece com frequência, infelizmente. — Miya suspirou, aproximando-se do balcão e da minha pessoa. O seu perfume inebriava totalmente o meu olfato. — Pode ficar tranquila que eu já vou atendê-la.


— Obrigada. — O olhar de Sae passou por Miya um instante e, logo, recaiu sobre mim e a batida em meus dedos. — Você está bebendo? — Foi sua indagação reprovadora.


— É sem álcool! — Afirmei em legítima defesa. A vista de Sae estreitou-se ainda mais, desconfiada.


— Feito com água gaseificada. Gostaria de experimentar? — Miya ofereceu, um sorriso doce bailando por seus lábios.


— Ah... não, obrigada. Já estamos de saída; está tarde e concluímos o que viemos fazer aqui de todo modo. — Foi a afirmação de Sae, a expressão mais serena. Suspirei, aliviado.


Sem demoras, voltei a mesa e recolhi meus pertences e os de Sae; já estava pegando a carteira quando percebi que ela havia pago a conta. Fiz um muxoxo; não gostava de dever aos outros dessa forma. Quando percebeu minha expressão, Sae fez um gesto de dispensa com a mão, claramente não se importando com o valor.


— A batida fica por conta da casa. — Miya piscou na minha direção. Engoli em seco, sentindo as maçãs do rosto pegarem fogo; quantas vezes isso já havia acontecido? Não conseguia me acalmar. — Voltem outras vezes, sem ser a serviço. Ficaremos felizes em recepcioná-los.


— Agradecemos o convite. — Foi o que Sae disse, já dirigindo-se à porta. — Boa noite e obrigada pelo serviço.


— Obrigado pelo serviço. — Repeti, sorrindo de canto. Troquei olhares uma vez mais com Miya, perdendo-me em seus olhos brilhantes. — E até breve. — Murmurei antes de encostar a porta, não sem perceber como o sorriso dela aumentou, certamente ouvindo minha vaga promessa.

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O breve realmente foi breve. Exatamente dois dias — talvez para eu ter a vã sensação de que não estava desesperado. As borboletas no meu estômago, contudo, pareciam alegar outra coisa.


Mas era visível que, sem a presença de Sae ao meu lado, as coisas pareciam fluir com mais facilidade.


O bar não estava movimentado, apesar do horário. Talvez por essa razão Miya estava sentada no banco ao meu lado, as pernas perfeitamente cruzadas, exibindo cada detalhe de sua pele leitosa. Sem as meias suas pernas eram ainda mais chamativas. A saia de couro preta ornava perfeitamente com a bata branca de mangas longas, provavelmente de algodão. Sua bota preta de zíper e cano curno tornava todo o seu vestir mais casual.


E, ah, a forma como aqueles cabelos negros caíam displicentemente por seus ombros era encantador, para não dizer sedutor; não, essa palavra certamente se aplicava aos seus lábios carnudos, o vermelho do batom praticamente cantando enquanto eu olhava para eles.


O sorriso que adornava sua boca pelo comentário aleatório que eu tinha feito conseguia ser mais estonteante do que toda a visão até agora; era o mais puro prazer.


— Você parecia menos receptivo da outra vez. — Foi seu comentário, apoiando o queixo na mão, o cotovelo em seu joelho, inclinando seu corpo para mais perto da minha pessoa. — A sua amiga te deixa tão sem graça assim?


— Não exatamente. — Cocei de leve o queixo. — Eu só acho chato paquerar na frente dela, se é que me entende.


— Ah, então, não nega que tudo isso seja um flerte descarado? — Engoli em seco, só agora percebendo que escorreguei no comentário. O olhar de Miya, no entanto, parecia ainda mais brilhoso devido a informação. — Tão facinho... — Ela murmurou e eu arregalei os olhos, sentindo o rosto esquentar. Um sorriso de deleite se estampou por seu rosto; era quase maldoso.


Pensei em protestar, porém no instante em que fui articular as palavras, o sino da porta tilintou, anunciando a chegada de um novo cliente. Em um movimento fluído, Miya endireitou-se e virou levemente o corpo para ver quem era. Seus cabelos acompanharam todo o seu virar, caindo para frente de seu corpo, a ponta dos fios encostando em suas coxas.


— Um instante. — Ela pediu rapidamente, levantando-se do banco com a mesma sutileza com a qual se movia, seu passar ritmado. — Boa noite! Sejam bem-vindos. — Ela cumprimentou, um sorriso receptivo em seu rosto.


Apoiei o cotovelo no balcão, a cabeça na mão, movendo lentamente o copo com a outra, misturando a bebida. Continuei observando enquanto ela conversava com os clientes recém-chegados, mais interessado em perceber a forma como seus lábios se moviam enquanto ela formulava as palavras.


Nessas horas em que estava aqui, eu havia notado um detalhe por menor em sua aparência, observando mais atentamente agora: Miya não tinha seios. Não parecia o caso de ter poucos; ela realmente não tinha.


Eu tinha algumas suspeitas quanto ao fato, mas seria indelicado demais perguntar nesse momento.


Observei quando ela passou por mim, guiando os recém-chegados a uma das mesas mais ao fundo. Dei um gole na bebida, endireitando-me no balcão. Certamente minha exclusividade havia acabado.


— Foi bom enquanto durou. — Murmurei retoricamente. — Ela está em horário de trabalho de todo modo.


Puxei o celular do bolso, ajeitando o copo com meia bebida por sobre o balcão. Abrindo o app de câmera, tirei uma foto, postando no meu instagram. Ser estrela de TV tinha desses detalhes: todas as mídias sociais tinham de estar em constante atualização.


Comecei a rolar pelo feed, verificando os favoritos e os comentários. O sino do bar tocou novamente, parecendo longe enquanto eu me distraía, até que uma voz captou minha atenção:


— Ora! — Desviei os olhos da tela para perceber Ohya à porta, sorrindo na minha direção. — Veja só, você voltou.


Sem delongas, ela veio sentar-se ao meu lado, um sorriso meio perverso adornando seus lábios. Ajeitou os óculos de Sol no cabelo escuro, cruzando as pernas, apoiando o cotovelo no joelho e o queixo na mão.


— Veio pela Miya-chan, estou certa? — Sorri meio de canto. A curiosidade em sua voz sobrepunha uma possível maldade em seu comentário.


— Seria meio óbvio se eu confirmasse?


Como se fosse invocada, Miya passou por nós, entrando do outro lado do balcão. Quando passou novamente, tamborilou as unhas feitas sobre a madeira à frente de Ohya, captando sua atenção.


— Já trago o seu. — Foi o comentário dela, sorrindo docemente.


— Isso aí, Miya-chan! Essa é a minha menina! — Ohya juntou as mãos, extremamente empolgada. — Ela é um partidão. Acho bom você se esforçar bastante. — Ergui as sobrancelhas, surpreso e perplexo com o comentário. De soslaio, percebi Miya fazer um gesto para que Ohya se aquietasse.


Percebi quando ela pegou vários copos, dispondo-os em uma bandeja preta. Em seguida, pegou duas bebidas, enchendo dois deles; depois, pegou algumas cervejas em um frigobar logo abaixo. Tudo arrumado, ela equilibrou a bandeja em uma mão; enquanto passava por nós deixou um copo à frente de Ohya e continuou, passando para o lado de fora do balcão e indo até a outra mesa para servir o que os clientes haviam pedido.


Cada movimento era preciso e gracioso. Era visível como ela estava acostumada a atender um movimento maior do que aquele, parecendo extremamente sossegada com a quantidade de pessoas presentes no momento.


Reparei, ainda, a forma como ela mantinha uma distância considerável dos fregueses, os ouvidos atentos aos pedidos, mas os olhos parecendo mais preocupados nas ações que eles poderiam tomar.


— A Miya-chan costuma ser assediada? — Perguntei, meio à esmo, meio à Ohya. Percebi a forma como ela balançava displicentemente o copo entre os dedos, movimentando a bebida devagar.


— Nunca aconteceu, mas é comum os clientes tentarem passar a mão das barwoman que atendem aqui. Já aconteceu com outras antes dela. — Ela suspirou, decepcionada. — A Lala-chan fica muito brava quando vê uma cena dessas. Ela já deixou bem claro aos clientes que não é para encostar nas meninas. E ela sempre adverte quando alguém ameaça.


— Entendo... É uma excelente atitude a dela. — Comentei, voltando o olhar ao meu copo.


— Ela deve ter gostado muito de você pra te deixar flertar descaradamente com a Miya-chan. — Ohya comentou, sorridente. — Ou talvez... — O sorriso foi se transformando em algo mais maldoso. — Ela esteja fazendo vista grossa por conta da Miya?


— Perdão? — Arregalei os olhos, parando o copo de bebida quase perto dos lábios. Voltei-o à mesa, erguendo uma das sobrancelhas em desentendimento. — Você quer dizer...?


— Que a Miya-chan está tão na sua! — O sorriso dela agora ia de orelha à orelha. Meus olhos abriram ainda mais. Movi a boca para articular algo, mas nenhuma palavra vinha à minha mente.


No mesmo instante, como um furacão, Miya passou perto de nós e, discretamente, beliscou o lado da barriga de Ohya. Ela deu um leve pulo na cadeira.


— Au! Seu beliscão dói, seu diabinho! — Ela virou-se para acompanhar Miya voltando para o lado de dentro do balcão. — O que foi agora?


— Não faça esses comentários. — Ela murmurou próximo de nós. — E o diabo aqui é você, não eu.


— Cria do diabo, diabinho é. — Ohya ergueu ambas as sobrancelhas, apoiando os cotovelos no balcão e o rosto nas mãos. — Eu acertei na mosca então, não é? Pra você ter se irritado desse jeito. — O sorriso era certamente maldoso em seus lábios.


E, naquele instante, eu percebi como Miya havia corado, escondendo o rosto atrás dos cabelos negros, distanciando-se de nós. Ohya gargalhou, deliciada.


— Nossa, eu deveria ganhar um prêmio toda vez que eu acertasse. — Ela enxugou as lágrimas dos olhos, divertindo-se com a situação.


— Não acha indelicado com ela fazer isso? Você poderia muito bem ter acabado com o clima...


— Vamos, Akechi, não se faça de sonso. — Ela virou-se na minha direção, apoiando uma das mãos na perna. — Você parece bem determinado. Ou acha que eu nasci ontem e não vi que seus olhos não desgrudam dela? Faça-me o favor. — Bati com a mão na testa, respirando fundo para tentar aquietar o vermelho do meu rosto.


— Você está sendo indelicada. Muito, por sinal. — Ohya fez um gesto de dispensa com a mão, voltando a beber.


— Vocês são jovens, tem mais é que flertar. Encher a cara é coisa pras tias feito eu. — Ela terminou o copo, balançando-o na direção de Miya. — Miya-chan! Traz mais pra mim?


Percebi o modo como Miya suspirou, descrente. Sem demoras, ela veio com a garrafa de bebida, pegando o copo de Ohya e enchendo-o uma vez mais. Pegou o meu também e repôs a bebida, gentilmente.


— Não ligue para o que ela fala. Principalmente depois que bebe. — Foi seu comentário enquanto se afastava.


— Seja grata! Estou arando o terreno pra você! — Ohya comentou, ácida.


— Prefiro sem sua ajuda, obrigada. — Miya revirou os olhos, guardando a garrafa e saindo pelo outro lado do balcão para atender à mesa.


— Diabinho ingrato. — Ohya fez um muxoxo. — Ok, Akechi, vamos esquecê-la um pouco e conversar, conversar! — Engoli em seco, desconfiado sobre o que essa conversa seria. — Me conte mais do seu instagram. Você tem um blog de gastronomia também, não?


Ah, isso.
Respirei aliviado.


— Bem...


A partir dali, as coisas foram mais amenas. Sem mais comentários ácidos ou maldosos. Apesar de, vez ou outra, Ohya rir mais alto do que deveria — provavelmente devido ao excesso de bebida; sua companhia era agradável. Ela parecia entender de tudo um pouco — nada menos de uma jornalista, afinal.


O tempo foi passando, os clientes indo e vindo. Em um determinado instante, o ambiente resumiu-se a eu, Ohya, Miya-chan e Lala-chan. Olhei rapidamente no relógio, surpreso com a hora.


— Oh, ops. Acho melhor eu ir. — Comentei. Ao meu lado, Ohya parecia nem se importar, muito absorta em sua linha de raciocínio, dialogando com o ar. — Err...


— Deixa, daqui a pouco ela para. — Miya comentou ao meu lado, baixo. — E provavelmente vai no banheiro, também.


— Ah... entendo. — Percebi quando ela arrastou a pequena capinha onde estaria o valor do que eu consumi. Sem demoras, olhei-o, peguei o dinheiro da carteira e deixei com ela. — Então, até a próxima, Miya-chan. Obrigado pela hospitalidade.


— Volte sempre. — O sorriso em seu rosto era ameno, satisfeito.


Tentei mais uma vez me despedir de Ohya, mas ela estava mais concentrada na bebida do que na minha pessoa. Após desistir, acenei minha despedida à Lala-chan e sai calmamente do bar.


A noite estava meio gelada devido ao horário. Respirei mais fundo, soltando o ar em um suspiro. Havia sido uma boa visita; um entretenimento divertido.


— Acho que vou voltar com mais frequência. — Comentei à esmo.


O som da porta me assustou levemente. Olhei e percebi que era Miya. Ela sorriu ao perceber que eu ainda estava ali.


— Sorte grande. — Ela se aproximou, o som do salto da bota enchendo o ar conforme ela caminhava. — Lá dentro eu não posso fazer isso, mas aqui... — Ela puxou o celular do bolso, o sorriso nos lábios vermelhos. — Trocar contatos, o que acha?


— Oh. — Acompanhei seu sorriso. — Excelente ideia.


— Deixo como... Akechi mesmo?


— Sim. Eu vou deixar como Miya-chan. — Ela sorriu satisfeita naquele momento.


Trocamos contato e ela guardou o telefone, espreguiçando-se lentamente. Percebi como cada músculo do seu braço se desenhou com o movimento. E, também só nesse momento, percebi que ela era praticamente da minha altura.


Dizia isso, pois o salto fazia com que ficasse exatamente do meu tamanho. Sem ele, ela deveria ser no máximo uns três centímetros mais baixa.


— Eu vou jantar porque meu horário é curto. Até mais. — Acenou pra mim e saiu para a noite em Shinjuku. Pisquei, observando-a se perder na multidão.


Olhei uma vez mais seu contato no meu celular, deixando um sorriso se espalhar pelo meu rosto. Certamente, uma noite proveitosa aquela.

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Crossroads; Shinjuku; Pesquisar.


Comecei a rolar a página pela tela do celular, lendo todos os artigos onde o bar Crossroads havia sido mencionado, a outra mão inquieta sobre o papel, a caneta anotando sem parar. Fiz um muxoxo.


Crossdressing; pesquisar.


Uma série de artigos começaram a aparecer. Rolei a página, desinteressado. Fitei o papel à minha frente, onde estava escrito “Crossroads”. Risquei o “roads”. Cross...


Bares Crossdresser; Shinjuku; pesquisar.


— O que você está fazendo? — A voz de Sae soou à milímetros do meu ouvido e eu arremessei o celular, assistindo-o pousar do outro lado da mesa cheia de papeladas. Fitei-a de soslaio, os olhos arregalados, suando frio. — O que é isso? — Ela estreitou a vista, desgostosa com o que via escrito no papel. Risquei tudo em um piscar. — Se tem tempo pra pensar em baboseiras, tem tempo pra terminar de revisar as atas desse caso! — Ela bateu com a caneta no meu nariz, bem na junção com a sobrancelha.


Ita­–! Pra que isso? — Ela deslizou a cadeira de rodinhas, voltando à sua própria bancada. — E, outra, você sabe que eu odeio papelada. É chato!


— Akechi, você não está mais no colegial para ficar reclamando na minha orelha que papelada é chata. — Sae sequer levantou o olhar de seus próprios papéis antes de me dar sermão.


Bufei, batendo com a cabeça na mesa, chateado. No mesmo instante, a pilha de papéis ao meu lado desmoronou, me soterrando com eles. Grunhi como um bicho.


— Odeio papelada! — Uma risada no fundo da sala foi ouvida e eu nem queria saber quem era a essa altura.


Delicadamente, saí dos papéis, começando a ajeitá-los conforme a ordem que indicavam. Enquanto fazia isso, deixei meus pensamentos rodarem na questão que estava procurando antes.


Quase um mês visitando frequentemente o Crossroads com o único intuito de ver Miya. Apesar dos contatos trocados, as mensagens eram raras — mesmo porque ela costumava responder mais à noite, próximo do horário do trabalho. No fim, acabávamos conversando pessoalmente, quando a clientela permitia.


Nos dias mais agitados, eu me resumia a assisti-la trabalhar. De uma forma silenciosa, entendia mais de sua personalidade, ainda que por diversas vezes eu suspeitava que aquilo era uma máscara.


Ou talvez fosse uma persona?


De todo modo, quanto mais eu sondava, mais encantado eu ficava. E, de certo modo, empolgado.


Era tamanho o sentimento que meu peito chegava a queimar de emoção. Fazia muito, muito tempo desde que uma pessoa havia captado meu interesse desse modo.


Akechi! — Virei-me no mesmo instante em que a tampinha da caneta acertou o meio da minha testa. Encolhi-me, passando a mão por ela. — Pare de sonhar acordado com o que quer que seja e preencha a papelada!


— Ok, ok. — Resmunguei, voltando aos papéis.


O som do celular desviou a minha atenção novamente. Busquei-o, esquecido na mesa, percebendo que era uma mensagem. O sorriso foi quase instantâneo ao ver de quem era; abri o mensageiro para ver:


Miya-chan [16:30]:
Quinta-feira vou sair mais cedo. O que acha de fazermos algo?


Arregalei os olhos, sentindo a garganta secar. Ela poderia estar implicando mil coisas com aquilo. E, no atual momento, até devido à influência da papelada, minha cabeça não estava funcionando perfeitamente.


Akechi [16:32]:
Acho perfeito. Tem algo específico em mente?


Miya-chan [16:33]:
Não exatamente. Talvez só passar um tempo a sós?


Arregalei os olhos, sentindo o rosto corar. Enfiei-me por entre os papéis, rubricando uma folha qualquer, só para disfarçar a situação. Com um pouco de falta de coordenação, digitei a resposta, ansioso:


Akechi [16:35]:
Podemos procurar algo por Shinjuku mesmo, já que vamos estar por lá.


Miya-chan [16:35]:
Não é má ideia. Vou procurar algumas coisas e te aviso! ;)


Miya-chan [16:36]
Te vejo na quinta! ;*


Apertei o celular levemente contra os dedos, um sorriso se desenhando no rosto lentamente; o coração batia acelerado, ansiando por um momento que ainda demoraria, mas que parecia estar tão próximo. Então, como um flash, a dúvida surgiu, fazendo meus pensamentos darem voltas e mais voltas em coisas talvez não tão próprias.


— Isso significa que eu tenho que levar lubrificante... à base de água? Ou silicone? — Murmurei como uma forma de esvaziar a mente.


Akechi!


— Já sei, a papelada, a papelada!

10 de Agosto de 2018 a las 03:53 2 Reporte Insertar Seguir historia
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Zen Jacob Zen Jacob
É tão engraçado ler essa história de novo depois de todo o material de Goro x Ren que você já produziu, a sensação é MUITO diferente do que da primeira vez que eu a li. Adorei a personalidade do Goro nessa história, como você tornou ele mais leve e adorei a parte que ele cita a terapia (nosso menino se cuidando, que orgulho <3). Essa coisa de o Goro ficar admirando a Miya no trabalho foi surpreendentemente fofa? Eu não lembrava de como ele se esforçava nesse início pra ficar perto dela, que menino mais fofo, meu deus. Aliás, uma coisa que me deixou pensativo foi a questão de o Goro não notar que a Miya não é uma garota cis logo de cara. Fui até procurar vídeo pra ver a voz do Ren, mas não encontrei nenhum bom com a voz em japonês, então fica aí uma questão: você imagina a voz dos personagens diferente de como elas são no jogo/anime ou tem a voz original em mente enquanto escreve? Enfim, acho que não tenho muito pra falar nesse primeiro capítulo, 'bora pro próximo e desculpa ter demorado tanto tempo pra comentar nesse, hime, sou uma negação como amigo. TT_TT
November 23, 2018, 01:31

  • Yuui C. Nowill Yuui C. Nowill
    Nossa, sério? Eu precisaria reler essa história inclusive, porque ela é meu amor. Tipo, amor MESMO. Porque eu peguei pra trabalhar um tema que eu gostei muito que foi a questão do crossdressing/dragqueen (eu não usei o termo DRAG porque foi como eu te perguntei aquela vez. No caso do Ren, ele separa a Miya dele como duas identidades. E quando é a Miya, ele age como A MIYA que em essência é o Ren, porém ao mesmo tempo não é o Ren. Mas não se encaixaria em Drag porque como tu comentou, não é somente se vestir com as roupas opostas e tal... aí não quis puxar muito pra esse lado, sabe?). E... modéstia a parte, eu acho que fiz um bom trabalho. Eu tentei respeitar os limites da Miya, deixar muito claro quais eram esses limites, demonstrar que as coisas não eram tão simples e que havia insegurança de ambas as partes... eu acho que fui bem, suponho? Eu não sei, eu amo essa história toda de várias formas e eu quero muito expandir ela aoudfhguoahdfug SOCORRO. Então, isso de o Goro não reparar que a Miya não era cis eu dou dois pontos: 1) o Ren por si só é andrógeno. Muito, muito andrógeno. Só olhar a personagem que você vai perceber isso. E quando você olha pra roupa crossdressing dele no P5D você definitivamente não fala que é um homem cis (me perdoa mas NÃO FALA). E 2) eu acho que o IMPACTO pro Goro foi tão ABSURDO naquele primeiro momento que mesmo que ele tivesse reparado ele não teria dado bola. Porque o que saltou a frente dele foram as coxas maravilhosas da Miya adornadas pela meia sete-oitavos, os cabelos pretos e aqueles OLHOS MEU DEUS AQUELES OLHOS. Sem contar que ele não pode parar e observar como ele quis porque a Sae tava LOUCA DA VIDA com ele KKKKKKKKKK Então é, a partir do segundo encontro foi mais fácil até por ter passado o choque inicial de "Meu Deus que pessoa LINDA ME DEIXA OLHAR" KKKKKKKKKKKK E eu acho que o Goro tá além do fofo aqui, suspeito até que é OOC, porque não sei se ele seria capaz de ser assim? Suponho que sem a influência merda do Shido, quem sabe? E, ah, quando eu fiz essa daqui, eu tava com a voz do FukuJun na cabeça mesmo. Eu acho a voz dele LINDA DE MORRER, principalmente ele fazendo o Joker. Nossa senhoraaaaaaaaa. Eu vou te mandar um vídeo do anime pra você entender a tonalidade da voz dele <3 De preferência do Joker, porque a voz que o FukuJun usa pro Renren é mais macia, menos densa. Só não é macia como a voz do Hoshi, porque a voz do Hoshi parece veludoooooooooooooo ç___________ç bicho o seiyuu em inglês do Akechi é fofo (como pessoa) e tem uma voz legal, porém A VOZ DO HOSHI, MEU DEUS, A VOZ DO HOSHI PRO AKECHI É HHHHHHHHHHHHMMMMMMMMMMMMGGGGGGGGGGGGGN. Mas então, nesse momento, a voz estava muito pertinente, mas hoje até por ter parado o jogo e também o anime, eu tô meio distante e tenho uma voz própria pra eles? É parecida com a voz original, mas eu sei que tem uma distorção no tom. OBRIGADA POR COMENTAR NO MEU XODÓ <3 vou esperar ansiosa você comentar a outra parte aaaaaaaaaaa November 23, 2018, 05:40
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