dosik 餅 Ester

Mesmo que não queiram, Byun Baekhyun e Park Chanyeol estão casados pelo bem das empresas das famílias e vão ter que aprender a lidar com isso. [CHANBAEK] [CASAMENTO ARRANJADO] [MPREG] [SLICE OF LIFE]


Fanfiction Bandas/Cantantes Sólo para mayores de 18.

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Começo

Era lógico que devia fazer aquilo, afinal, quando foi que fez algo que queria fazer, e não que fora obrigado a fazer? Nunca. Sempre seguindo todas as ordens dos seus pais, sempre fazendo o que todos esperavam de si, sendo sempre o filho único e perfeito dos Byun. Mas aquele era o limite, aliás, tinha passado do limite. Um casamento arranjado? Não tinha a menor possibilidade de um homem maior de idade, cidadão de um país livre e democrático, ser obrigado a se casar por interesse de negócios em pleno século XXI.

Aquilo era um absurdo, desde a primeira palavra sobre o assunto que ouviu sair da boca de sua mãe, soube que aquilo era um absurdo. Era demais até para eles. Precisava reagir, precisava negar tudo aquilo, deixar claro para os seus pais o quanto aquilo era absurdamente impensável. E tinha até os reunido em um raro jantar de família, tinha encarado seu pai e sua mãe, e estava pronto para deixar tudo sair de sua garganta e se livrar daquele peso e daquele compromisso.

Mas não conseguiu.

As palavras ficaram presas mais uma vez, como sempre ficavam quando tentava contrariá-los, porque Byun Baekhyun era um covarde. Um total e completo covarde. Negar algo a seus pais e se tornar o filho imperfeito era algo que não estava pronto para fazer. Podia até pensar que estava finalmente pronto, mas não estava. Aquela criação e jeito de ser já estava tão enraizada em quem ele era que pensar em seguir um caminho diferente era uma missão impossível, que por mais que não admitisse, deixava-lhe aterrorizado. E muito.

Não era uma pessoa de muitos amigos, não havia muitas pessoas na vida para si, só tinha seus pais em quem se agarrar e eles eram as únicas pessoas em quem confiava, mesmo que lhe fizessem passar por coisas que não queria. Eles lhe amavam e zelavam pelo seu melhor, do jeito deles, mas zelavam. E a ideia de perdê-los ou desapontá-los lhe assustava muito mais do que imaginava. Provavelmente, por isso, não conseguiu colocar para fora o que queria, não conseguiu falar para eles que era contra toda aquela ideia, que não iria se casar forçadamente de jeito algum. Não era somente um covarde, mas também, um babaca.

Não tinha jeito, nem volta, nem solução. Iria se casar com Park Chanyeol, sem conseguir dizer uma palavra contra.

Não era como se tivesse uma antipatia pelo Park, mas também não tinha coisa alguma a favor, nem sequer o conhecia. Avistou-o algumas vezes em eventos e jantares que reuniam alguns dos empresários mais influentes da cidade, nas quais seus pais e os pais dele sempre estavam inclusos. Nem desconfiava que suas famílias eram amigas, mas aparentemente estava muito por fora das relações que seus pais mantinham com outras pessoas.

O anúncio foi feito em um desses jantares, no qual, estranhamente, só havia os Byun e os Park reunidos. Aquela estranheza se desfez completamente, assim que seus pais revelaram do que aquele jantar se tratava, e deu lugar para uma completa surpresa. Baekhyun havia ficado absurdamente sem fala, de queixo caído, sem saber como reagir àquilo e, quando encarou o seu aparentemente noivo, viu que ele estava tão surpreso quanto a si mesmo.

— Eu não quero me casar com você. — Foi a primeira coisa que disse a ele, quando se encontraram sozinhos.

Seus pais haviam insistido para que fossem até o jardim da casa, para terem privacidade e conseguirem conversar. Estavam sentados, lado a lado, na grama bem cortada, algumas luzes coloridas iluminavam as plantas mais altas, e aquele seria um cenário bem romântico, se toda aquela situação fosse ignorada. O que estava completamente fora de questão.

— Eu também não quero me casar com você. — Ele falou olhando as plantas mais à frente. — Mas eu tenho muita coisa a perder na empresa dos meus pais para contrariá-los assim. Você se voluntaria? — Ele desviou o olhar até estar lhe encarando nos olhos, esperando uma resposta que não veio. — Foi o que eu pensei.

Voltaram para dentro da casa, não muito tempo depois. Não havia o que falar, não havia o que discutir, iriam se casar e aquilo seria inevitável, a não ser que algum dos dois arriscasse tudo e decidisse ir contra a vontade dos pais.

O tempo até o casamento passou voando, como areia escorrendo entre os dedos. Baekhyun não conseguira se livrar de sua covardia, tampouco soube de algum ato vindo de Chanyeol. Sentia como se estivesse sendo estrangulado um pouco mais a cada dia, sufocando e agonizando antes que o golpe final o encontrasse. E quando a espera para aquele fatídico dia chegou, os papéis foram assinados sem muita cerimônia, o anúncio da junção das empresas das duas famílias saiu na mídia e os dois recém-casados se mudaram para uma casa onde teriam que conviver até que a morte os separasse.

Havia dois quartos naquela casa, e um deles sustentava uma decoração puramente infantil, sem móvel algum dentro. O Byun sentiu um gosto amargo em sua boca e um bolor se formar em seu estômago. Não duvidava nem um pouco que aquilo fora obra de sua mãe. A ideia implícita naquilo lhe deixava enjoado só de cogitar. Não queria se casar com Chanyeol, não queria viver junto com ele, não queria ter intimidade com ele, imagina só ter um filho com ele. Aquilo estava fora de questão.

Um silêncio incômodo e constrangedor se instalou em cada canto daquela casa desde o momento que puseram os pés ali, e os dois organizaram toda a mudança sem falar muita coisa. Não tinham o que conversar, não eram amigos, não eram conhecidos, não sabiam nada um do outro e nunca haviam se falado antes do jantar no qual seus pais anunciaram o casamento. A ficha parecia cair várias vezes, em momentos diferentes do dia, e Baekhyun sentia o impacto daquela constatação cada uma das vezes, com mais brutalidade do que seu emocional aguentava. O clima tenso entre os dois era algo quase sólido, e o Byun só queria sair correndo para o mais longe possível daquela situação.

Estava casado com um completo desconhecido.

Era quase meia noite quando terminaram de organizar a maior parte das coisas. Ainda havia alguns sapatos e utensílios de cozinha para guardar, mas aquilo poderia esperar até o dia seguinte. A tensão pareceu ainda pior na hora de dormir. Baekhyun hesitava em ir em direção ao quarto, olhando para o sofá grande da sala e se perguntando se não seria melhor dormir ali. Aquela era uma situação completamente fora de sua zona de conforto, não fazia a mínima ideia de como lidar com isso tudo. Chanyeol estava um pouco menos atordoado, apesar de não concordar com nada daquilo, e resolveu tentar organizar os pensamentos e dar um rumo para toda aquela situação onde seus pais haviam o metido.

— Nós precisamos conversar. — Foi o que disse para o Byun, antes de sentar-se no sofá e convidá-lo a fazer o mesmo. — Nem eu nem você queremos isso, mas agora estamos casados e esse fato não vai mudar, pelo menos por um tempo, então precisamos estabelecer algumas coisas. — Baekhyun ouviu em silêncio e acenou minimamente com a cabeça para que continuasse. — Eu não sei como você é, mas agradeceria se não fizesse muito barulho, porque eu me sinto incomodado. Nós podemos dividir o quarto, se você quiser, não me sinto desconfortável com isso e nada precisa acontecer entre a gente. — Parou de falar por um momento, permitindo que o outro se manifestasse, caso tivesse alguma coisa a falar, mas ele somente concordou com tudo o que disse. — Não foi por nossa vontade, mas, como eu falei, estamos casados. Eu pretendo honrar este casamento e não me envolver com ninguém. Não me sentiria bem com isso e espero que você faça o mesmo, tanto pela relação que nós temos agora, quanto pelo bem do futuro das nossas empresas que se fundiram.

Baekhyun engoliu em seco. Nunca havia visto um sorriso no rosto de Chanyeol, mas naquele momento, ele sustentava uma expressão mais séria que o normal. Repassava tudo o que ele disse rapidamente em sua cabeça. Sem barulho, dividir a cama, sem se tocarem, sem traição. Podia lidar com aquilo, podia se acostumar se não havia outra saída. Iriam continuar com suas rotinas, se adaptar com os horários e logo nem precisariam se ver com muita frequência, afinal, tinham seus trabalhos e suas tarefas a fazer. Suspirou baixo e aquiesceu.

— Por mim tudo bem. Estou de acordo com tudo que você falou.

— Quer acrescentar algo?

— Não, por enquanto. Se surgir alguma coisa eu te digo.

Foi difícil dormir naquela noite. Baekhyun se sentia estranho, a cama era espaçosa o suficiente para que não precisassem ficar tão próximos, mas mesmo assim, era desconfortável. Iria partilhar uma cama com aquele homem pelo resto de sua vida, e a tensão era incômoda quase como se o ar se tornasse denso. Custou muito para pegar no sono, e só conseguiu dormir por duas ou três horas antes de ouvir o despertador tocar em cima do criado mudo ao lado da cama.

Chanyeol foi o primeiro a levantar e o Byun deixou seus olhos caíram sobre a figura dele por alguns instantes. Parecia cansado, tinha uma expressão de quem também não havia conseguido dormir, e com passos curtos se pôs para fora do quarto. O cheiro forte de café adentrou o cômodo alguns minutos mais tarde, e se sentiu impelido a levantar, mesmo que quisesse passar mais um pouco de tempo ali, tentando finalmente dormir sem que outra pessoa estivesse deitada sobre o acolchoado macio junto consigo.

Tomou café da manhã um pouco depois de Chanyeol acabar de comer, de propósito, e se viu mais aliviado ao constatar que não precisariam passar muito tempo juntos, no final das contas. O trabalho dele, assim como o seu, tomava a maior parte do dia, então não precisariam conviver por muito mais do que as noites e os finais de semana.

Seu trabalho rendeu muito naquele dia, precisava tanto de algo para distrair a mente que seus dedos pareciam máquinas digitando o mais rápido que conseguia e seus olhos pareciam dobrar a concentração ao ler os inúmeros documentos em pilhas que seu secretário havia levado ao seu escritório. Os outros dias não foram muito diferentes, mas a estranheza da primeira noite não foi tão intensa nas que se seguiram.

Aquela semana se passou em um completo silêncio. Eram raríssimas as vezes em que se falavam para alguma coisa, e não passavam muito tempo na companhia um do outro. Tinham os próprios trabalhos e as próprias obrigações, e depois que as empresas se juntaram, todo o trabalho só aumentou, felizmente, em conjunto com o valor das ações e a influência que exerciam sobre a economia coreana.

Foi quando a correspondência chegou que os dois voltaram a se falar. Chanyeol buscou os papéis na caixa de correio e adentrou a casa enquanto lia um em específico. Era sábado, e Baekhyun estava esquentando o café, já que tinha acordado tarde, quando o Park entrou na cozinha, segurando um pequeno convite na mão.

— O que é isso? — Pigarreou ao ouvir sua voz muito mais rouca do que o normal, talvez pela falta de uso.

Já não costumava falar muito na empresa, sempre trancado em seu escritório, deixando qualquer interação que deveria fazer a cargo de seu secretário. Em casa então, nem se fala, não abria a boca para algo muito além de um bom dia cordial ou um boa noite quando iam dormir. Não queria se casar com Chanyeol para começo de conversa, mas não podia negar que aquela situação lhe deixava desconfortável.

Porque era muito difícil conviver com alguém em meio a todo aquele clima tenso. Era incômodo se policiar para evitar qualquer contato ou qualquer coisa que o pusesse numa situação em que teria que conversar com ele. Era horrível viver com receio de fazer qualquer coisa, simplesmente porque agora vivia com Chanyeol e não sabia como ele poderia reagir. Já estava daquele jeito nos primeiros cinco dias em que estavam morando juntos, nem podia imaginar como iria aguentar uma vida inteira daquela maneira.

Ele virou o pequeno envelope na mão, analisando-o algumas vezes antes de lhe responder.

— É um convite. Oh Seungmin, da Ely Enterprise, nos mandou parabéns pelo casamento e nos convidou para a festa em comemoração aos 10 anos da empresa. — Ele desviou a atenção do papel, iniciando um contato visual, e Baekhyun sentiu o olhar dele pesar sobre si.

— É uma boa oportunidade pra conseguir investidores. — Comentou, tentando parecer indiferente. — Quando é a festa?

— No sábado da semana que vem.

Baekhyun aquiesceu e Chanyeol também acenou com a cabeça, os dois concordando silenciosamente que iriam. Aquilo passou a ser gradualmente comum entre eles. Era mais cômodo e evitava qualquer frustração de falar algo indevido.

Não queria ir, por Deus, não queria mesmo ir, mas sendo o futuro sucessor da empresa de sua família, em conjunto com Chanyeol, não podia se dar o luxo de perder potenciais negociações. Investimento era uma palavra que devia estar sempre em seus objetivos e pela qual deveria sempre buscar, como um homem de negócios. E se estava casado com o Park, que pelo menos não fosse à toa.

14 de Julio de 2018 a las 13:55 0 Reporte Insertar Seguir historia
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